CLIPPING DA ABRAFRIGO Nº 1246 DE 29 DE MAIO DE 2020

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Ano 6 | nº 1246| 29 de maio de 2020

 

NOTÍCIAS

Oferta restrita e mercado do boi gordo firme

As recentes variações positivas na cotação do boi gordo refletem um cenário de pouca disponibilidade de boiadas prontas para o abate, apesar dos ajustes na taxa de lotação em função da menor capacidade de suporte das pastagens

Em Goiânia-GO, com dificuldades em compor as escalas de abate, as indústrias saíram às compras ofertando preços maiores na última quinta-feira (28/5). Segundo levantamento da Scot Consultoria, o boi gordo ficou cotado em R$186,00/@, a prazo, bruto, R$183,00/@, livre de Funrural, pagamento em 30 dias, e em R$182,50/@, livre de impostos (Senar + Funrural), também a prazo. Alta de R$1,00/@ ou 0,5% na comparação dia a dia. Apesar de mais um adiamento no período de quarentena em São Paulo, as medidas restritivas serão flexibilizadas em regiões do estado, com a retomada de parte das atividades consideradas não essenciais a partir da próxima semana. A expectativa incide sobre o reflexo no consumo de carne bovina, contudo, o quadro de crise econômica estabelece limites a esse avanço.

SCOT CONSULTORIA

Arroba do boi: Reajustes para cima se tornaram recorrentes, diz Safras

No fechamento da quinta-feira, 28, os preços ficaram estáveis nas principais praças pecuárias acompanhadas pela consultoria

O mercado físico do boi gordo registrou preços estáveis nas principais praças de produção e comercialização do Brasil na quinta-feira, 28, segundo a consultoria Safras. O analista Fernando Henrique Iglesias afirma que o fim da atual safra é diferente, com oferta curta em um ano marcado por retenção de fêmeas, o que dá sustentação aos preços. “Os frigoríficos não têm conseguido pressionar os preços de balcão nas últimas semanas, e os reajustes para cima se tornaram recorrentes”, diz. Por outro lado, geadas registradas no norte do Paraná e no sul do Mato Grosso do Sul podem gerar algum adicional de oferta, uma vez que com o desgaste das pastagens o pecuarista se vê forçado a negociar as boiadas. Enquanto isso, a demanda doméstica de carne bovina segue enfraquecida pelas medidas de isolamento social. Os relaxamentos programados para o início de junho no estado de São Paulo tendem a alterar o quadro, mas a demanda não retornará aos níveis de antes da pandemia. Na capital de São Paulo, os preços do mercado à vista ficaram em R$ 194 a arroba. Em Uberaba (MG), permaneceram em R$ 187 a arroba. Em Dourados (MS), continuaram em R$ 178 a arroba. Em Goiânia (GO), o preço indicado foi de R$ 185 a arroba. Já em Cuiabá (MT), ficou em R$ 172 a arroba. No mercado atacadista, os preços da carne bovina ficaram estáveis. Com a queda no consumo doméstico, as exportações para a China continuam dando sustentação aos preços. A ponta de agulha ficou em R$ 11,20 o quilo. Já o corte dianteiro permaneceu em R$ 11,75 por quilo, e o corte traseiro permaneceu com preço de R$ 13,40 o quilo.

AGÊNCIA SAFRAS

Exportações recordes sustentam o preço do boi

Os preços da arroba do boi gordo têm sido sustentados pelo mercado externo aquecido e pela oferta restrita de animais prontos para o abate neste período de entressafra brasileira, segundo informações do Cepea.

O Indicador do boi gordo CEPEA/B3 (estado de São Paulo, à vista) fechou a R$ 206,65 nessa quarta-feira, 27, elevação de 3,42% entre 30 de abril e 27 de maio. Quanto às exportações, segundo dados preliminares da Secex, até a terceira semana de maio, já haviam sido embarcadas 114,07 mil toneladas de carne bovina in natura. Diante disso, possivelmente, as exportações totais deste mês devem atingir novamente um recorde. Até este momento, quando considerados os meses de maio, o volume atual está abaixo somente do total embarcado em 2007, de 138,23 mil toneladas.

CEPEA

Alta nos preços dos bovinos para reposição

A oferta de bovinos para abate tem aumentando com as chuvas mais escassas, dias mais curtos e queda na temperatura na maior parte do território nacional

Consequentemente, os recriadores e invernistas aumentaram a procura por animais para reposição. Segundo levantamento da Scot Consultoria, na média de todos os estados monitorados, entre machos e fêmeas anelorados e mestiços, a alta foi de 0,8% nos últimos sete dias. Já comparado ao início do ano, a valorização foi de 6,9%.

SCOT CONSULTORIA

Rabobank estima queda na produção de carne bovina brasileira em 2020

O Rabobank reduziu sua estimativa para produção de carne bovina brasileira em 2020 para uma queda de 1% em relação a 2019, segundo informações em relatório divulgado nesta semana

Na estimativa divulgada em dezembro do ano passado, o Rabobank esperava um crescimento de 3,5% para a produção de carne bovina no Brasil em 2020. O abate de bovinos no Brasil já teve queda de 9,2% no primeiro trimestre, conforme dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE). Além disso, um dos maiores compradores de carne bovina brasileira, a China, reduziu as compras do produto nos primeiros meses do ano diante dos impactos do coronavírus. O Rabobank também espera fraca demanda doméstica para carne bovina e riscos relacionados aos possíveis impactos da covid-19 na produção dos frigoríficos do país nos próximos meses. Até o momento, o Rabobank disse que a oferta reduzida de carne bovina e a contração da demanda se equilibraram, ajudando a manter preços para o gado vivo e para a carne no atacado estabilizados. “Mas com a redução das chuvas e condições mais secas nas últimas semanas, espera-se que o aumento na oferta de animais para abate pressione preços do boi e da carne bovina para baixo no mercado doméstico, principalmente enquanto as restrições de quarentena são mantidas ou ampliadas”, disse o banco. “Com o crescimento da oferta e redução no consumo doméstico, esperamos que as exportações aumentem”, escreveram analistas do banco.

CARNETEC

‘Eventual fechamento de frigoríficos de bovinos no Brasil não afetaria cadeia produtiva’

Segundo a Scot Consultoria, a cadeia pecuária no Brasil “é muito pulverizada” e “convive há tempos” com eventuais aberturas e fechamentos de plantas

O eventual fechamento temporário de frigoríficos de bovinos no Brasil por causa de casos de contaminação de coronavírus dos funcionários não teria efeito prejudicial à cadeia produtiva como um todo, avaliou o sócio-diretor da Scot Consultoria, Alcides Torres. Durante a “live” “Mercado sem rodeios: boi, leite e insumos em tempos de Covid-19”, promovida pela própria Scot na noite desta quarta-feira, Torres disse que a cadeia pecuária no Brasil “é muito pulverizada” e “convive há tempos” com eventuais aberturas e fechamentos de plantas, sem que isso afete sobremaneira todo o processo produtivo e desequilibre o fornecimento nacional de carne. “Logicamente há efeitos regionais, onde a situação pode ser dramática, mas nacionalmente afeta pouco”, disse ele, acrescentando, ainda, que há regiões nas quais se um frigorífico fechar, outro acaba atendendo à demanda. O consultor disse que situação diferente ocorre nos Estados Unidos, onde as plantas têm grande capacidade diária de abates, “cerca de seis vezes as maiores plantas frigoríficas do Brasil”, disse. E, por isso, a cadeia pecuária ali sente mais este efeito das paralisações por causa de contaminação do coronavírus. Torres disse ter informação que os frigoríficos no Brasil têm tomado todos os cuidados para evitar a contaminação dos seus funcionários, “embora sempre haja esse risco (de contaminação)”.

ESTADÃO CONTEÚDO

ECONOMIA

Dólar tem maior alta em 3 semanas e real lidera perdas globais com ajustes e noticiário político

O dólar registrou na quinta-feira a maior alta diária ante o real em três semanas, de uma só vez mais do que apagando as perdas da véspera, com uma recomposição de posições em meio ao acirramento da “briga” pela Ptax de fim de mês e a uma cena política doméstica ainda inspirando cautela. No ano, o real perde 25,49% ante o dólar, lanterna entre 34 rivais da moeda dos EUA.

O mercado realizou lucros depois de ter vendido dólares nos seis pregões anteriores, período em que a cotação caiu 8,30% —maior desvalorização para o período desde janeiro de 2009. O dólar operou em alta durante toda a quinta-feira, mas acelerou o movimento perto do fim da sessão, conforme os mercados externos pioraram o sinal. No mercado à vista, o dólar subiu 1,95%, a 5,3860 reais na venda, maior alta desde 7 de maio (+2,39%). Na B3, o dólar futuro de primeiro vencimento —ainda o mais líquido— tinha valorização de 2,16%, a 5,3900 reais, às 17h25. O mercado tende a ficar mais volátil no fim do mês, quando se intensifica a “disputa” entre comprados e vendidos em dólar na B3 em busca de uma Ptax mais conveniente a suas operações. A Ptax é a taxa calculada pelo Banco Central que serve de referência para liquidação de contratos futuros e outros derivativos. Mas o clima político também seguiu como fator para os negócios. O Presidente Jair Bolsonaro voltou a direcionar críticas a ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) e demonstrou irritação com operação da Polícia Federal que, na véspera, cumpriu mandados de busca e apreensão contra pessoas aliadas a ele e acusadas de envolvimento na produção e distribuição e fake news. O real teve a pior performance entre as principais moedas nesta sessão, mas o Banco Central não realizou operações extraordinárias no mercado de câmbio. Na avaliação de estrategistas do JPMorgan, as saídas de recursos do Brasil podem persistir, o que pressionaria o câmbio e as taxas de juros. “Permanecemos neutros em relação ao real, pois a moeda pode se valorizar em meio a um dólar mais fraco globalmente, mas as idiossincrasias e os preços não são particularmente atraentes”, disseram profissionais em nota recente. “O real tem sido a moeda de performance mais fraca no mundo emergente no acumulado do ano, e esse desempenho inferior provavelmente continuará no curto prazo.”

REUTERS

Ibovespa recua com atritos EUA-China e tensão política

A bolsa paulista teve uma sessão de realização de lucros na quinta-feira, com o aumento dos atritos entre China e Estados Unidos e o conflito institucional no Brasil envolvendo governo, Congresso e Supremo Tribunal Federal (STF) servindo como argumentos para vendas

Índice de referência do mercado acionário brasileiro, o Ibovespa fechou em queda de 1,2%, a 86.890,55 pontos, segundo dados preliminares, após acumular alta de 7% na semana até a véspera. Na máxima desta sessão, chegou a superar os 88 mil pontos, o que não acontecia desde março. O volume financeiro no pregão somava 22,5 bilhões de reais.

REUTERS

Desemprego sobe a 12,6% e Brasil tem perdas recordes de ocupação no tri até abril

O desemprego voltou a aumentar no Brasil e chegou ao maior nível em um ano no trimestre encerrado em abril, com perdas recordes na ocupação, e o número de desempregados atingindo 12,8 milhões, diante das dispensas provocadas pelas medidas de restrição ao coronavírus

A taxa de desemprego apurada pela Pnad Contínua chegou a 12,6% entre fevereiro e abril, de 11,2% no trimestre encerrado em janeiro, informou na quinta-feira o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). No mesmo período de 2109, a taxa era de 12,5%. O resultado é o mais elevado desde o trimestre encerrado em março do ano passado, quando a taxa ficou em 12,7%.  Assim, já ficam claros os impactos sobre o mercado de trabalho do fechamento de lojas e comércio e das determinações de isolamento social devido à pandemia, com perdas de emprego tanto entre os informais quanto entre os trabalhadores com carteira assinada. “O isolamento foi responsável para os movimentos acentuados do mercado de trabalho”, disse a analista da pesquisa, Adriana Beringuy. Com a economia fadada a sofrer forte contração neste ano, o número de desempregados entre fevereiro e abril no país chegou a 12,811 milhões, de 11,913 milhões entre novembro e janeiro e 13,177 milhões no mesmo período do ano anterior. Por sua vez, o total de pessoas ocupadas caiu a 89,241 milhões no trimestre até abril, queda recorde de 5,2% sobre o período anterior (de novembro de 2019 a janeiro de 2020) e de 3,4% ante o mesmo intervalo de 2019. “Dos 4,9 milhões de pessoas a menos na ocupação, 3,7 milhões foram de trabalhadores informais. O emprego com carteira assinada no setor privado teve uma queda recorde também. A gente chega em abril com o menor contingente de pessoas com carteira assinada”, explicou Beringuy. No trimestre até abril, o contingente de trabalhadores com carteira assinada no setor privado caiu a 32,207 milhões, de 33,711 milhões entre novembro e janeiro. Sem carteira no setor privado, eram 10,126 milhões de empregados no período, contra 11,673 milhões no trimestre imediatamente anterior. Segundo o IBGE, a queda na população ocupada foi generalizada, chegando a sete dos dez grupos de atividades avaliados na pesquisa, sendo as exceções agro, comunicação e administração pública.

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EMPRESAS

Liminar obriga JBS a garantir distanciamento físico em reabertura de fábrica em SC

A JBS precisará manter uma distância de 1,5 metro entre os funcionários da unidade da Seara em Ipumirim, segundo liminar da Justiça do Trabalho atendendo a parte dos pedidos do Ministério Público do Trabalho de Santa Catarina

Em comunicado, o MPT afirmou, segundo a decisão, que a JBS também precisará promover afastamento remunerado de funcionários suspeitos de terem o novo coronavírus, mesmo que eles não apresentem sintomas. A fábrica da Seara em Ipumirim, que foi fechada em 18 de maio por auditores do trabalho vinculados ao Ministério da Economia, só poderá reabrir após a empresa cumprir as medidas, informou o comunicado. Procurada, a JBS disse que não irá comentar processos judiciais em andamento e reiterou sua confiança na segurança do seu protocolo para proteger seus colaboradores.

REUTERS

FRANGOS & SUÍNOS

JBS vai pedir aval do governo de SC para sacrificar 650 mil frangos

Aves não poderão ser abatidas porque frigorífico de Ipumirim foi interditado

A JBS vai protocolar na Secretaria de Agricultura e no órgão ambiental de Santa Catarina o pedido para sacrificar cerca de 650 mil frangos, apurou o Valor. Procurada, a JBS não comentou. As aves, que estão nas granjas, não poderão ser abatidas porque o frigorífico de Ipumirim, no oeste catarinense, está interditado desde a semana passada. A unidade foi interditada pela Justiça do Trabalho a pedido do Ministério Público do Trabalho (MPT), que alega que a empresa não cumpriu as medidas necessárias para proteger os funcionários do coronavírus. Na quinta-feira, o MPT informou que conseguiu uma liminar na Justiça exigindo que a JBS garanta o distanciamento de 1,5 metrô entre os funcionários no abatedouro de Ipumirim. Na Justiça, a JBS vem argumentando que já adotou uma série de medidas de proteção, e que vem seguindo a recomendação específica para os frigoríficos feita conjuntamente pelos Ministério da Saúde, Agricultura e Economia – este último por meio da Secretaria de Trabalho. A interdição da unidade de Ipumirim preocupa as autoridades locais. Na terça-feira, o prefeito Volnei Schmidt pediu ajuda do Ministério da Economia para reabrir a unidade, que gera 1,7 mil empregos diretos e indiretos e é responsável por cerca de 60% da arrecadação municipais. “Desde o início da pandemia foi constatado que a empresa instituiu protocolos rígidos de segurança de forma a prevenir a proliferação do vírus dentro da sua unidade industrial, e sempre que editadas novas recomendações pelas autoridades de saúde, à empresa de pronto as atendeu”, informou a prefeitura de Ipumirim, em nota divulgada na terça-feira. A autoridade municipal ressaltou, ainda, que a Vigilância Sanitária estadual e municipal vinha monitorando a unidade. “Por esses motivos, ainda que eventual falha em algum dos procedimentos tenha sido constatada por parte dos auditores fiscais, o município sugere que sejam realizadas as correções mediante protocolos adicionais e que sejam restabelecidas as atividades”, acrescentou a prefeitura. Conforme o último boletim epidemiológico do governo catarinense, Impimirim registra 51 casos da covid-19. A incidência de casos por 100 mil é considerada elevada, de 672. A população de Ipumirim é de pouco mais de 7 mil pessoas.

VALOR ECONÔMICO

Suíno: cotação caiu 3,4% nas granjas paulistas em uma semana

Após uma semana de valorização nas granjas e estabilidade no atacado, os preços do suíno recuaram em ambos os elos nesta última semana de maio

O animal terminado nas granjas paulistas está cotado, em média, em R$86,00 por arroba, queda de 3,4% comparado a última semana. No atacado, a baixa foi de 2,9% no mesmo período, finalizando a última semana do mês com a carcaça cotada, em média, em R$6,80 por quilo. O mercado está fraco, reflexo da queda na demanda do mercado interno devido à influência do isolamento social, em função da pandemia de coronavírus.

SCOT CONSULTORIA

INTERNACIONAL

Covid-19 infectou mais de 3 mil funcionários de frigoríficos nos EUA, diz sindicato

Mais de 3 mil funcionários de frigoríficos dos Estados Unidos testaram positivo para Covid-19 e ao menos 44 deles morreram, disse na quinta-feira o maior sindicato de trabalhadores do setor do país

Empresas como Tyson Foods, Smithfield Foods e JBS USA fecharam temporariamente cerca de 20 unidades de processamento no mês passado, à medida que funcionários adoeciam por causa do novo coronavírus, o que levou à escassez de alguns produtos nos mercados locais. O United Food and Commercial Workers International pediu que as companhias e o governo do presidente Donald Trump façam mais para proteger os trabalhadores da doença. O sindicato reportou 35 mortes em frigoríficos até 12 de maio. Em 28 de abril, Trump ordenou que as fábricas de carnes permanecessem abertas para proteger a cadeia de suprimento de alimentos norte-americana, apesar das preocupações com surtos do coronavírus. A produção segue aquém do normal, devido à crescente ausência de funcionários e às medidas de distanciamento social entre trabalhadores. “Muitos trabalhadores estão sendo mandados de volta para as plantas de processamento de carnes sem que as proteções adequadas tenham sido aplicadas, provocando mais surtos nas fábricas e em nossas comunidades”, disse Nick Nemec, agricultor na Dakota do Sul, que faz parte de um grupo que trabalha em conjunto com o sindicato. Uma autoridade estadual do Iowa afirmou nesta quinta-feira que 555 funcionários de uma unidade de carne suína da Tyson Foods em Storm Lake testaram positivo para o novo coronavírus, o que representa cerca de 22% da mão de obra da instalação. A Tyson Foods disse que está trabalhando com autoridades de saúde locais e conduzindo testagem em grande escala em Storm Lake. A empresa implementou medidas de segurança para proteção de trabalhadores, como a obrigatoriedade do uso de máscaras e a instalação de barreiras físicas nos refeitórios.

REUTERS

Com dificuldade em preencher as escalas de abate, JBS Austrália suspende operações por uma semana

A paralisação foi adotada diante das incertezas do mercado internacional e a oferta restrita de animais terminados para o abate

A maior fábrica de processamento de carne bovina da JBS na Austrália, localizada em Dinmore, suspendeu as operações por uma semana. De acordo com as informações do Beef Central, a paralisação foi adotada diante das incertezas do mercado internacional e a oferta restrita de animais terminados para o abate. A indústria é responsável por abater 1.370 cabeças por turno, sendo que são dez turnos por semana e representa cerca de 13.700 cabeças. No entanto, em plena capacidade o frigorífico chega a abater até 1.700 animais por turno e emprega mais de 1.600 funcionários. Ainda de segundo as informações do Beef Central, o fechamento temporário da planta frigorífica não vai afetar as operações nas demais indústrias da empresa. “A decisão mais uma vez sinaliza a desconexão que está ocorrendo entre os preços do boi australiano e o atual mercado global de carne bovina que está sendo impactado pelo o coronavírus”, comentou o jornalista Jon Condon. O leste da Austrália passou por dois anos de secas prolongadas que afetaram na alimentação dos animais neste ano. Diante deste cenário, as cotações do boi registraram aumentos expressivos nas últimas seis semanas. “A medida de suspender os trabalhos em uma fábrica, como Dinmore, é extrema. Só que não podemos preencher as escalas de abate para a próxima semana”, disse o Chefe de Operações da JBS Northern, Anthony Pratt, ao Beef Central. Em entrevista, ele ressaltou que vender carne australiana no mercado internacional está cada vez mais difícil. “O impacto do coronavírus ainda é muito aparente e as condições comerciais globais estão piorando”, afirmou.

BEEF CENTRAL

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