CLIPPING DA ABRAFRIGO Nº 1206 DE 31 DE MARÇO DE 2020

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Ano 6 | nº 1206| 31 de março de 2020

NOTÍCIAS

Retomada de preço no mercado do boi gordo

Com a oferta de boiadas limitada e as escalas de abate enxutas, as ofertas de compra melhoraram.

Em São Paulo, por exemplo, na última segunda-feira (30/3), houve negócios fechados em R$200,00 a R$205,00/@, segundo levantamento da Scot Consultoria. Nesse nível de preço os negócios envolvem boiadas jovens, com até quatro dentes, para atender o mercado chinês. Para o curtíssimo prazo, a expectativa é de que, caso a oferta de gado não melhore, a demanda seja suficiente para manter as cotações firmes.

SCOT CONSULTORIA

Pecuarista começa a soltar a boiada e frigorífico se alivia

Confira por que o ponto de equilíbrio do mercado do boi gordo sugere uma arroba acima de R$ 200 em São Paulo

O mercado do boi gordo registrou boa liquidez neste primeiro dia da semana, segundo relata a Informa Economics Consultoria.  “Após um período de bastante incerteza e especulação, o mercado físico do boi parece ter encontrado um ponto de equilíbrio”, avalia a consultoria paulista. Mais satisfeito com os preços da arroba, o pecuarista parece estar mais disposto a fechar negócio, avalia a FNP. Por sua vez, os frigoríficos continuam mantendo uma posição mais agressiva nos balcões de negócios, pois necessitam preencher as suas escalas de abate, que ainda estão curtas pela baixa oferta de boiada registrada nas últimas semanas. Diante desse cenário, os preços do boi gordo subiram nesta segunda-feira em algumas importantes regiões pecuárias, como em algumas praças do Mato Grosso, Goiás, Rondônia e Toncantins, de acordo com levantamento da FNP. Em São Paulo, se manteve firme, a R$ 204/@, a prazo.

No mercado atacadista, no fim de semana, houve diminuição nas vendas de cortes bovinos, pois muitos consumidores já haviam se abastecido para a reclusão social na última semana, observa a consultoria. O período de final de mês (quando o poder aquisitivo da população é menor) também contribuiu para a menor liquidez de negócios, ressalta. “No entanto, espera-se para os próximos dias um aumento na demanda por carnes com a entrada de massa salarial do mês seguinte”, prevê a FNP. No front externo, a retomada das atividades na China, principal destino da carne bovina brasileira, indica um possível aumento nas exportações de cortes bovinos. Ainda em relação ao mercado externo, a FNP destaca o embarque de animais vivos feito no último sábado pelo Rio Grande do Sul. Foram exportadas 21 mil cabeças de gado em pé para abate Halal, comum em países predominantemente muçulmanos. Segundo a FNP, a quantidade de animais vivos exportada foi recorde para o Estado e superior aos volumes que vinham sido registrados no País.

PORTAL DBO

Alta na cotação do sebo bovino na comparação anual

Nos últimos sete dias, a oferta regulada a demanda manteve o mercado do sebo com os preços estáveis, mas firmes.

Segundo levantamento da Scot Consultoria, no Brasil Central, o sebo está cotado, em média, em R$3,10/kg, livre de imposto. Frente ao mesmo período de 2019, houve valorização de 40,9%. Já no Rio Grande do Sul, o produto está cotado em R$3,20/kg, nas mesmas condições. Na comparação anual, o preço do sebo subiu 42,2%. A oferta limitada e a demanda aquecida explicam o movimento de alta ao longo dos últimos doze meses, principalmente a partir do segundo semestre de 2019.

SCOT CONSULTORIA

Recomendação de quarentena afeta as vendas de carne bovina no varejo

Na última semana, o cenário foi de menor circulação de pessoas nos estabelecimentos varejistas.

Diante desse quadro, para reduzir os prejuízos, alguns açougues adotaram o sistema de entregas (delivery), no qual os supermercados são mais acostumados a trabalhar. Com relação aos preços da carne bovina no varejo, a alta mais expressiva foi no Paraná, de 1,6% em uma semana, na média dos cortes pesquisados pela Scot Consultoria. Em São Paulo, o aumento foi de 0,07% na mesma comparação. Rio de Janeiro e Minas Gerais tiveram recuo de 0,03% e 0,15%, respectivamente. Em curto prazo, as vendas deverão seguir em menores volumes, com uma possível retomada após a virada do mês, após os pagamentos de salários.

SCOT CONSULTORIA

Mercado árabe continua ávido por boi brasileiro

Confira o quanto os países desse bloco vêm aumentando as importações de animais vivos e de carne bovina. A mais recente é a maior importação da história do Rio Grande do Sul

Começou no sábado, 28/3, com previsão do navio zarpar nesta terça, 31, o embarque de 20 mil bovinos vivos para a Jordânia. O carregamento está sendo realizado no porto de Rio Grande, no Rio Grande do Sul, pela empresa Sagres Agenciamentos Marítimos. De acordo com a superintendência do porto, este é o maior embarque de gado vivo da história no Rio Grande do Sul. Em sua maioria, os bovinos vendidos são de raças europeias, como angus e hereford e suas cruzas. Em tempo de coronavírus, a administração do porto estabeleceu que a tripulação não desembarca, permanecendo no navio durante toda a operação. “Estamos ajudando na segurança alimentar, e prova disso são as exportações de gado e soja”, diz Paulo Fernando Curi Estima, diretor superintendente do Porto de Rio Grande. Para Ali Saifi, diretor executivo da Cdial Halal, certificadora de produtos halal para esses países, e que consumidos pela população hislâmica, o setor não deve parar. “Haverá ajustes ou mesmo trocas, mas o comércio continua”, diz ele. O executivo lembra que nesse período, os povos islâmicos começam a se preparar para o hamadã, que neste ano começa na noite do dia 23 de abril e termina em 23 de maio. O hamadã é a principal celebração desse povo, que neste mês jejua durante todo o dia e à noite se reúne em volta de pratos especiais para a ocasião. “As compras estão ocorrendo agora”, afirma Saifi. “Embora não saibamos como será o comportamento do povo islâmico neste ano, por causa do coronavírus, a celebração permanece.”  De acordo com o executivo, não por acaso a certificação de produtos tem crescido para esses países. “Há  um movimento em busca de um monitoramento em toda a cadeia, como acontece hoje com a logística.” Para ele, esse é o próximo movimento no mercado das certificações aos países do mundo árabe. O mercado de animais vivos para os países árabes tem crescido de forma consistente nos últimos cinco anos. Em 2015, o envio de bovinos vivos rendeu ao País US$ 73,9 milhões. No ano passado foram US$ 236,9 milhões (confira o quadro abaixo). Igualmente, o mercado de carne também tem crescido. No ano passado foram 360,3 mil toneladas por US$ 1,2 bilhão, ante 280,1 mil toneladas por US$ 1 bilhão em 2015. O mundo árabe é constituído por dezenove países, doze dos quais são asiáticos (Jordânia, mais Síria, Líbano, Iraque, Arábia Saudita, Iêmen, Iêmen do Sul, Sultanato de Omã, Qatar, Emirados Árabes Unidos, Bahrein, Kuwait) e outros sete africanos (Egito, Líbia, Tunísia, Argélia, Marrocos, Mauritânia, Sudão).

PORTAL DBO

Carne bovina: coronavírus faz frigoríficos congelarem cortes nobres

Presidente do Sindifrigo diz que a pandemia gerou um cenário inédito no Brasil e afirma que futuro dos preços é incerto

Diante do cenário de oferta restrita e demanda aquecida, os contratos futuros do boi gordo para abril ultrapassaram R$ 200 nesta segunda-feira, 30, na B3. De acordo com o Sindicato das Indústrias de Frigoríficos de Mato Grosso (Sindifrigo), o abate de animais continua reduzido e, com a população estocando alimentos, a procura pela carne bovina segue. O presidente da entidade, Paulo Bellincanta, afirma que a pandemia de coronavírus culminou em um cenário inédito para o mercado do boi gordo e da carne bovina. “É diferente de qualquer coisa que a gente viveu ou aprendeu até agora. Há oscilações muito bruscas, tanto em consumo como movimentos em preços que não são naturais”, afirma. Bellincanta diz que o momento é muito complexo, já que há muitos fatores agindo ao mesmo tempo. “Você tem o dólar precificado com um bom preço, o que incentiva as exportações. Por outro lado, tem um único mercado importador, o chinês, e tem restrições em todos os outros mercados”, completa. Em relação ao mercado interno, ele afirma que apesar da população estar estocando alimentos, as carnes não foram os principais itens procurados. Além disso, a alta na demanda não compensa totalmente as perdas na demanda do setor de turismo. “Tivemos de 80% a 90% de redução nos restaurantes, churrascarias e estabelecimentos de food”. Segundo o presidente do Sindifrigo, outro fato inédito tem sido registrado: a sobra de cortes nobres. “Há empresas congelando picanha e com oferta excessiva de contra-filé, alcatra e cortes que puxam o preço da arroba”, comenta.

CANAL RURAL

Transportadores de boi gordo têm queda expressiva na demanda por viagens

Redução é decorrente das incertezas do mercado e da diminuição do volume de bois abatidos por frigoríficos

Transportadores de boi gordo e de animais de reposição têm enfrentado nas últimas semanas uma redução expressiva na demanda por viagens, diante da incerteza no mercado em decorrência da pandemia do novo coronavírus.

A explicação, segundo transportadores, está na diminuição do volume de bois abatidos por frigoríficos em várias regiões do País, por causa da queda no consumo interno e da exportação, e a freada nas compras de animais de reposição por confinadores. O proprietário da Ferreira Faria Transportes, Eduardo Ferreira Faria, disse que registrou uma queda de 20% no número de animais transportados para abate em frigoríficos desde a semana passada.

De acordo com ele, a empresa vinha transportando 500 bois gordos por dia antes do início da crise do novo coronavírus, que derrubou os preços da arroba e levou frigoríficos a reduzirem o abate. O indicador Esalq/BM&F para o boi gordo, que na quinta-feira, 26, ficou em R$ 201,85 a arroba, chegou a cair para R$ 187,40 no dia 18 de março passado. A Ferreira Faria Transportes, com sede em Araguari (MG), tem 20 carretas, e carrega animais para frigoríficos de Minas Gerais, São Paulo e Goiás, que atuam no mercado doméstico e na exportação Faria, que também é pecuarista em Marabá (PA), afirmou ainda que não tem feito transporte de animais de reposição nos últimos dias.

“Há uns 10 dias, o confinador, fazendeiro que compra bezerro e boi magro, parou de negociar”, relatou. Os preços dos animais de reposição estão elevados e os confinadores aguardam para ter uma melhor sinalização sobre as cotações de venda do boi gordo no futuro. Embora as escalas dos frigoríficos ainda estejam curtas, Faria disse ter observado sinal de melhora na demanda por transporte de animais para os próximos dias. A razão foi a recuperação nos preços do boi gordo no mercado físico desde quarta-feira, 25, o que estimulou o pecuarista a ofertar. Além disso, a perspectiva de que as vendas de carne continuem firmes no mercado doméstico e de retomada das exportações fez frigoríficos voltar às compras. Mas ele acha que a melhora no cenário é momentânea e pode perdurar até o período de pagamentos de salários no próximo mês, quando normalmente o consumo de carne fica mais firme.

A redução no número de viagens para carregar gado bovino fez a 3 Irmãos Transportes, de Alexânia (GO), dar férias para metade dos motoristas que emprega. Segundo Júlio Roriz, sócio-proprietário da empresa, normalmente são feitas 40 viagens por semana, carregando boi gordo e boi magro. Mas esse número começou a cair desde o dia 10 de março e está em 10 viagens semanais. A 3 Irmãos transporta animais para dois frigoríficos que atendem o mercado doméstico e para um confinamento em Goiás. O maior volume transportado é de boi magro, segundo Roriz. Ele afirmou que quatro funcionários da empresa estão em férias, com duração de 15 dias desde a ultima segunda-feira. A partir do dia 8 de abril, os outros quatro motoristas entrarão em férias. O empresário calcula uma queda de 70% em seu faturamento bruto por conta na redução das viagens com gado bovino. Para ele, a retomada das viagens para carregamento de gado magro depende da redução da volatilidade no mercado de boi.

ESTADÃO CONTEÚDO

Apesar do coronavírus, MS mantém campanha de vacinação contra febre aftosa

Pecuaristas já podem se organizar para comprar doses e iniciar vacinação em maio, informou o governo do Estado

Mato Grosso do Sul vai manter o calendário de vacinação contra a febre aftosa, cuja primeira etapa ocorre em maio, além do calendário de ações que prevê a retirada da imunização dos rebanhos até 2023, informou em nota a Secretaria de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar (Semagro). Mesmo sob a pandemia de coronavírus, o secretário Jaime Verruck garantiu que o cronograma de vacinação não sofrerá nenhuma alteração e os pecuaristas já podem organizar a sua programação para aquisição de doses de vacina, bem como da aplicação.

ESTADÃO CONTEÚDO

ECONOMIA

Dólar tem 2ª maior cotação da história e fecha acima de R$5,18 com exterior

O dólar começou a semana em alta ante o real, fechando na segunda maior cotação da história, puxado por um dia de fortalecimento generalizado da moeda norte-americana conforme agentes financeiros ainda buscam a segurança da divisa diante da perspectiva de recessão global.

O banco central dos Estados Unidos já anunciou medidas para injetar trilhões de dólares no sistema financeiro, enquanto o Congresso dos EUA aprovou um pacote histórico de 2,2 trilhões de dólares. Mas nada disso tem parado a demanda por dólares, reflexo de um mercado temeroso sobre o rumo da economia. “Essas medidas continuam, contudo, frágeis e altamente dependentes do progresso da pandemia do Covid-19”, disse o Scotiabank em nota.

O número de casos de Covid-19 em todo o mundo já passou de 547 mil, com 35.006 mortes. O dólar à vista subiu 1,47%, a 5,1815 reais na venda nesta segunda-feira. É a segunda mais elevada cotação para um fechamento, atrás apenas da de 18 de março (5,1993 reais). Na B3, o contrato de dólar futuro mais negociado tinha alta de 1,63%, a 5,1845 reais, às 17h17. No exterior, um índice do dólar frente a uma cesta de moedas subia 0,8%. O dólar se valorizava entre 1,5% e 2,5% ante um grupo de divisas emergentes. O dólar fechou perto das máximas do dia, recuperando toda a queda vista entre 11h45 e 12h15, mesmo depois de o Banco Central ter vendido 625 milhões de dólares no mercado à vista. No geral, analistas ainda veem o dólar ajustando para baixo até o fim do ano. A pesquisa Focus do BC divulgada mais cedo mostrou que a mediana das estimativas para a taxa de câmbio ao fim de 2020 se manteve em 4,50 reais. As projeções para o desempenho da economia e para a taxa Selic, porém, diminuíram.A força do dólar nesta sessão em todo o mundo decorreu ainda da visão de que a moeda dos EUA segue mais atrativa do que seus pares, já que outros BCs além do Fed também estão cortando os juros —reduzindo o retorno “extra” pago ao investidor que decide tomar outra moeda em detrimento do dólar. No Brasil, a expectativa apontada pela curva de juros futuros da B3 é de novo corte de 0,25 ponto percentual da Selic até junho.

REUTERS

“Tempos de guerra” fazem Ibovespa caminhar para pior perda mensal desde 1998

O Ibovespa fechou em alta nesta segunda-feira, com ações blue chips entre os principais suportes, acompanhando o desempenho dos pregões em Wall Street, mas o volume foi menor que a média registrada pela bolsa paulista, conforme a pandemia do novo coronavírus continua adicionando volatilidade aos negócios.

Índice de referência do mercado acionário brasileiro, o Ibovespa subiu 1,65%, a 74.639,48 pontos. Durante a sessão, oscilou da mínimas de 73.184,22 pontos à máxima de 75.429,74 pontos. O volume financeiro somou 19,8 bilhões de reais, abaixo da média do ano, de cerca de 29 bilhões de reais, e da média do mês, de mais de 35 bilhões de reais. O avanço no pregão desta segunda-feira vem após uma queda de 5,5% na última sessão, com a perda em março alcançando cerca de 28%, que se mantida representará o pior desempenho mensal desde agosto de 1998 (-39,55%). “Tempos de guerra”, afirmou a XP Investimentos em relatório a clientes, no qual voltou a revisar projeção do Ibovespa no final de 2020, desta vez a 94.000 pontos, de 132.000 pontos antes, dado o forte efeito nos lucros das empresas esperado nos próximos trimestres.

REUTERS

Senado aprova projeto que concede R$600 a vulneráveis

O Senado aprovou remotamente e por unanimidade nesta segunda-feira o projeto que estabelece uma renda emergencial de 600 reais aos chamados vulneráveis durante a crise do coronavírus por três meses, prorrogáveis se assim o Executivo decidir.

Já aprovada na última semana pela Câmara dos Deputados, a proposta confere o direito a duas cotas do auxílio —1.200 reais— a mulheres que sejam as únicas provedoras de famílias, e segue à sanção presidencial após a aprovação desta segunda-feira com o voto de 79 senadores. Pelo Twitter, o Presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), contaminado pelo coronavírus e isolado em casa, pediu ao presidente Jair Bolsonaro sancione a proposta imediatamente. “Em nome dos brasileiros que passam dificuldades financeiras neste momento de pandemia do Covid-19, solicito ao presidente da República Jair Bolsonaro a sanção imediata do projeto de lei, que garante auxílio de 600 reais aos trabalhadores autônomos, aprovado há pouco pelo Senado Federal”, publicou o senador na rede social. Inicialmente, o governo se dispunha a conferir um vale no valor de 200 reais. Mas construiu-se um consenso, na Câmara, em torno de 500 reais. Durante a votação do projeto de forte apelo popular, o Executivo concordou em fechar o valor em 600 reais. Segundo o ministro da Economia, Paulo Guedes, o pacote de ajuda a autônomos com concessão de um vale de 600 reais terá um custo de cerca de 50 bilhões de reais. Terão direito ao auxílio trabalhadores informais e microempreendedores individuais, e aqueles com renda familiar mensal per capita de até meio salário mínimo, ou renda familiar mensal total até três salários mínimos, entre outros. O texto original do projeto já trazia parâmetros adicionais de caracterização da situação de vulnerabilidade social para elegibilidade ao Benefício de Prestação Continuada (BPC). Mais cedo, o Senado aprovou projeto que autoriza, em caráter excepcional e durante a suspensão das aulas em razão de situação de emergência ou calamidade pública, a distribuição de merendas do Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE) aos pais ou responsáveis dos estudantes das escolas públicas de educação básica.

O Senado e a Câmara têm realizado sessões remotas desde o acirramento da crise do coronavírus.

REUTERS

Com três meses de confinamento, PIB cai 1,8% em 2020, estima Ipea

A economia brasileira terá retração de ao menos 0,4% este ano como consequência da pandemia de coronavírus que levou governos estaduais e locais a adotarem medidas de isolamento social, estima o Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada), que trabalha com três cenários para o PIB, a depender do prazo de confinamento imposto pela doença.

No pior cenário, que prevê três meses de confinamento, a economia teria retração de 1,8% em 2020. O Ipea projetava, antes da pandemia de Covid-19, uma expansão da atividade econômica de 2,1 %. Mas, com a mudança de cenário provocada pela pandemia, as projeções foram revisadas. Segundo o Instituto, se o isolamento social perdurar por todo o mês de abril, o PIB este ano sofrerá retração de 0,4 %. Caso as restrições durem dois meses, contando a partir de abril, a queda na atividade será de 0,9 por cento. “O custo em termos de PIB é crescente porque, mesmo com medidas mitigadoras bem sucedidas, os riscos de falências e de demissões aumentam quanto maior for o tempo em que as empresas ficam com perda muito grande (ou total) de faturamento”, disse o Ipea em seu carta de conjuntura divulgada na segunda-feira. O diretor do Ipea José Ronaldo Souza Junior disse que a expectativa é de recuperação da economia a partir do terceiro trimestre. “Para que a recuperação ocorra é importante que medidas sejam tomadas para mitigar os danos sobre a economia”, afirmou à Reuters. “Quanto mais tempo a economia ficar parada maior o impacto no PIB. Não estamos discutindo o que é melhor, com ou sem distanciamento social, estamos medindo apenas o impacto dessas perdas”, acrescentou. O Ministério da Economia também já reviu sua projeção de PIB para este ano para 0,02%, frente a estimativa anterior de crescimento de 2,1%. Em 2019, a economia brasileira teve o terceiro ano consecutivo de crescimento modesto, ao avançar apenas 1,1%, segundo dados oficiais do IBGE, ante 1,3% em 2018 e em 2017.

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IGP-M passa a subir 1,24% em março com pressão do atacado, diz FGV

O Índice Geral de Preços-Mercado (IGP-M) passou a subir 1,24% em março sob pressão do atacado em meio ao surto de coronavírus no país, depois de ter terminado fevereiro com variação negativa de 0,04%, informou a Fundação Getulio Vargas (FGV) na segunda-feira.

O resultado ficou acima da expectativa em pesquisa da Reuters de alta de 1,20% no mês. O Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA), que responde por 60% do índice geral e apura a variação dos preços no atacado, teve no mês avanço de 1,76%, contra deflação de 0,19% em fevereiro. Colaborando para esse movimento, o grupo Matérias-Primas Brutas estendeu a alta a 4,77% em março, ante 0,36% no mês anterior, com impulso dos itens minério de ferro, soja e café. Por sua vez o Índice de Preços ao Consumidor (IPC), com peso de 30% sobre o índice geral, desacelerou a alta a 0,12% em março, ante 0,21% no mês anterior. O grupo Educação, Leitura e Recreação deu a principal colaboração para o arrefecimento do IPC, já que passou de alta de 1,04% em fevereiro para queda de 1,01% este mês. Em meio à pandemia de coronavírus em todo o mundo, os preços das passagens aéreas foram fator importante para essa leitura, recuando 10,26%, ante ganho de 0,34% anteriormente. Já o Índice Nacional de Custo de Construção (INCC) subiu 0,38%, contra alta de 0,35% em fevereiro. O IGP-M é utilizado como referência para a correção de valores de contratos, como os de aluguel de imóveis.

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Mercado passa a ver no Focus contração de 0,48% do PIB do Brasil em 2020 e Selic a 3,50%

O mercado passou a ver contração da economia brasileira neste ano em meio às incertezas sobre os impactos da pandemia de coronavírus no país e no mundo, com inflação abaixo de 3% e taxa de juros ainda mais baixa.

De acordo com a pesquisa Focus que o Banco Central divulgou na segunda-feira, a expectativa agora é de uma contração de 0,48% do Produto Interno Bruto (PIB) em 2020, contra alta de 1,48% vista antes. Para 2021, permanece a projeção de expansão de 2,50%. O cenário para a produção industrial passou a uma expansão de 0,85% neste ano, de 1% antes, recuperando-se com um crescimento de 2,50% no próximo ano. A estimativa atual do governo para a economia este ano é de avanço de 0,02%, mas o secretário do Tesouro Nacional, Mansueto Almeida, alertou no fim de semana que essa projeção pode estar defasada e que uma nova pode mostrar o PIB negativo. O levantamento semanal com uma centena de economistas mostrou ainda que a expectativa é de que a taxa de juros Selic seja reduzida novamente em maio e termine o ano a 3,50%. Antes a expectativa era de que permanecesse na taxa atual, de 3,75%. Para 2021 a conta para os juros básicos foi reduzida em 0,25 ponto percentual, a 5%. O Top-5, grupo dos que mais acertam as previsões, vê os juros ainda mais baixos no final deste ano, a 3,13% na mediana das projeções, de 3,38%. Para o ano que vem, também houve redução na expectativa, a 4,50%, de 5,0%. Os economistas consultados também passaram a ver a inflação abaixo de 3% em 2020, a 2,94%, contra 3,04% na semana anterior. Para 2021, a estimativa foi reduzida em 0,03 ponto percentual, a 3,60%. O centro da meta oficial de 2020 é de 4% e, de 2021, de 3,75%, ambos com margem de tolerância de 1,5 ponto percentual para mais ou menos.

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FRANGOS & SUÍNOS

Quarentena reduz drasticamente demanda por suínos nas principais praças produtoras

Dirigentes de entidades do setor apontam que suinocultor independente e pequenas e médias agroindústrias estão sofrendo com a interrupção de demanda provocada pela quarentena em linha

Na semana passada (22/03 a 28/03), quando o período de quarentena começou a valer oficialmente em vários estados do Brasil, o setor da suinocultura já começou a sentir os efeitos da ruptuda da demanda, devido ao fehcamento de escolas, restaurantes, lanchonetes, hotéis e demais serviços de alimentação. Ainda na semana passada, suinocultores independentes em São Paulo e Minas Gerais não conseguiram fechar negociação com frigoríficos devido à queda na produra. Em Santa Catarina, também houve dificuldade na comercialização, acompanhada por queda nos preços. De acordo com o presidente da Associação de Criadores de Suínos do Rio Grande do Sul (ACSURS), Valdecir Folador, a questão tem afetado principalmente os produtores independentes e os pequenos e médios frigoríficos. “O que a gente tem conversado com produtores aqui, principalmente os que stão fora da integração, e com os pequenos e médios frigoríficos, é que há uma dificuldade na agroindústria para escoar a produção”, disse. Ele explica que estes pequenos e médios frigoríficos, geralmente, atendem exclusivamente o mercado doméstico e possuem um portifólio menor de produtos, e sentem mais os efeitos do isolamento social em linha. “Os que atentem o mercado externo sofrem menos com a atual situação, já que as expoetações estão aquecidas”, disse. “Estes estabelecimentos reduziram para essa semana de froma drástica a compra de animais, e somado às vendas interestaduais, foi uma queda de até 70% do volume de vendas desses suinocultores esta semana”, explica Folador.

Os preços do quilo do suíno vivo no Rio Grande do Sul também caíram, devido à maior oferta de animais. Na semana passada, a queda no valor foi de R$ 0,08, passando de R$ 5,50 (cotação do dia 20 de março), para R$ 5,42, valor cotado no último dia 26. Itamar Canossa, Presidente da Associação de Criadores de Suínos de Mato Grosso, explica que as oscilações no mercado de suínos ocorridas em São Paulo e no sul do país chegam no estado com certo atraso, cerca de uma semana. Segundo ele, a redução dos preços já começou a ser percebida, mas não da forma drástica como em outros estados. “A gente percebe que essa semana começou a ter um recuo no preço ofertado ao produtor, e aqui no Mato Grosso são quase todos independentes. Apesar de termos visto uma queda nos preços não tão significativas, temos a previsão de que vai cair mais um pouco”, disse. Na última semana, houve uma queda de R$ 0,10 no preço do quilo do suíno em Mato Grosso, passando de R$ 4,48/kg (preço do dia 24), para R$ 4,48 no dia seguinte. Ele cita, além do recuo da demanda por causa do fechamento de escolas, serviços de alimentação e hotéis, a incerteza dentro da casa das famílias em relação à situação financeira. De acordo com Canossa, muitas pessoas estão em casa, sem trabalhar, e como não sabem como ficará a situação dos empregos, acabam também economizando nas compras. “Existe também uma situação inusitada em que o frigorífico tem estoque, tem demanda, mas com a atual situação e as incertezas na economia, fica com medo de vender e levar calote”, disse.

NOTÍCIAS AGRÍCOLAS

Suíno: mercado continuou com preços caindo na segunda-feira (30)

O mercado de suínos segue tendo desvalorizações neste começo de semana. De acordo com análise do Cepea/Esalq, o atual cenário de quarentena e distanciamento social tem reduzido a demanda de restaurantes, escolas, hotéis e outros serviços de alimentação por carnes.

Assim, segundo informações do Cepea, o volume de negociação envolvendo suíno vivo, carnes e cortes já está menor, resultando em baixas significativas nos valores desses produtos. Em São Paulo, de acordo com a Scot Consultoria, a queda na arroba do suíno CIF foi de 5%/4,85%, chegando a preços de R$ 95/R$ 98. A carcaça especial também teve desvalorização, entre 1,30%/1,25%, caindo para R$ 7,60/R$ 7,90. No caso do animal vivo, de acordo com informações do Cepea/Esalq, referentes a sexta-feira (26), apenas o Rio Grande do Sul ficou com preço estável em R$ 5,11/kg. Santa Catarina teve queda de preços de 1,15%, fechando em R$ 5,15/kg, São Paulo com retração de 0,88%, com preço de R$ 5,61/kg, Paraná com desvalorização de 0,37%, chegando a R$ 5,35/kg, e queda de 0,19% em Minas Gerais, cravando R$ 5,39/kg.

NOTÍCIAS AGRÍCOLAS

Frango: semana começa com cotações estáveis

A semana começa com cotações em sua maioria estáveis para o mercado de frango. Segundo análise do Cepea/Esalq, o fato de esse produto ter maior tempo de prateleira e, consequentemente, facilitar o estoque, pode ter estimulado atacadistas e varejistas a intensificarem as compras dessa proteína.

Em São Paulo, segundo a Scot Consultoria, a ave de granja permaneceu com preço estável de R$ 3,25/kg, enquanto no atacado teve queda de 2,17%, chegando a R$ 4,50/kg. No caso da ave viva, cotações estáveis no Paraná e em Santa Catarina, com preços de R$ 3,22/kg e R$ 2,51/kg, respectivamente. De acordo com dados do Cepea/Esalq, referentes à sexta-feira (27), tanto a ave congelada quanto a resfriada não tiveram mudanças nos preços, ficando cotadas em R$ 4,72/kg a congelada e R$ 4,55/kg a resfriada.

NOTÍCIAS AGRÍCOLAS

EMPRESAS

S&P altera perspectiva para rating da BRF de “positiva” para “estável”

Agência de classificação de risco manteve a nota de crédito da companhia

Diante da maior volatilidade provocada pelo coronavírus, a agência de classificação de risco Standard & Poor’s (S&P) alterou a perspectiva para o rating da BRF, de “positiva” para “estável”. Ao mesmo tempo, a agência companhia. Em escala global, o rating corporativo da BRF é de “BB-”. Em escala nacional, a nota de crédito é “brAA+”. Na avaliação da S&P, a dona das marcas Sadia e Perdigão conta com liquidez suficiente para resistir aos solavancos do coronavírus sobre a economia global. Além disso, a agência destacou que a demanda por alimentos é mais resiliente na comparação com outros mercados, o que favorece a companhia brasileira. Nesse cenário, a S&P espera que a BRF conseguia manter o índice de alavancagem (relação entre dívida líquida e Ebitda) em nível “controlável”, próximo de 3,5 vezes. “Entendemos que a estrutura de capital da BRF no último ano deve lhe permitir resistir a esse cenário adverso. Esperamos que a empresa mantenha um índice de dívida sobre Ebitda inferior a 4,0 vezes”, informou a S&P. Em relatório, a agência também destacou que a BRF pode precisar de mais capital de giro dada a “provável redução de capacidade na rede de logística”, possíveis restrições nas exportações e oscilações nas taxas de câmbio. Como fator negativo, a S&P também citou o custo mais alto com ração. “O aumento nos preços dos grãos no Brasil pode pressionar as margens da BRF no segundo semestre de 2020, dependendo de sua capacidade de ajustar os preços e o montante de sua exposição com hedge”, apontou a agência.

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