Ano 6 | nº 1205| 30 de março de 2020
NOTÍCIAS
Boi gordo: mercado em recuperação
Com preços maiores sendo ofertados para a compra de boiadas, os negócios voltaram a fluir.
Segundo levantamento da Scot Consultoria, na última sexta-feira (27/3), a cotação do boi gordo na praça paulista ficou em R$200,00/@, considerando o preço à vista, bruto.
As indústrias conseguiram efetuar compras de lotes maiores e alongar, mesmo que moderadamente, as escalas de abate. A programação de abate atende a quatro dias em São Paulo.
SCOT CONSULTORIA
Fechamento de bares e restaurantes faz com que frigoríficos foquem as vendas no varejo
Com a recomendação de as pessoas ficarem em casa e o fechamento de bares e restaurantes, muitas indústrias frigoríficas foram obrigadas a mudarem as estratégias de venda da carne. Além disso, férias coletivas e realocação de funcionários também têm sido registradas.
Do lado da demanda, a população que havia estocado carne, agora tende a comprar menores quantias e em uma menor frequência. Com esse recuo nas vendas, os preços da carne bovina no atacado perderam firmeza e houve queda nos preços de 0,1% na comparação semanal, na média dos 22 cortes pesquisados pela Scot Consultoria. Na comparação com 30 dias atrás, o recuo foi de 1,5%. Porém, mesmo com esses recuos, os patamares estão acima do registrado no mesmo período do ano anterior. O preço médio da carne no atacado é 17,8% maior do que em março de 2019.
SCOT CONSULTORIA
China retoma compras de carne bovina do Brasil a nível elevado e já impulsiona arroba
Principal compradora de carne bovina do Brasil, a China começa a retomar importações da proteína a níveis elevados, depois de uma desaceleração ocorrida no primeiro bimestre em meio à crise do coronavírus, de acordo com integrantes do mercado consultados pela Reuters nesta sexta-feira.
“Os chineses voltaram a comprar com mais intensidade, voltaram a fazer pedidos (maiores). Os preços não são os mesmos do fim do ano passado, mas são bons preços e com esse (patamar de) câmbio ajuda muito”, disse à Reuters uma fonte de uma grande exportadora sob condição de anonimato.
Um movimento mais agressivo dos chineses no Brasil, maior exportador global de carne bovina, potencialmente deve beneficiar empresas como Marfrig, JBS e Minerva —no caso das duas últimas companhias, elas chegaram a dar férias coletivas devido a impactos do coronavírus.
Cesar de Castro Alves, consultor de Agronegócio do Itaú BBA, concorda que houve uma melhora no ritmo de negócios entre Brasil e China recentemente, embora este movimento ainda não tenha aparecido nos últimos dados de exportação de carne.
Até a terceira semana de março, os embarques totais da carne bovina in natura estavam, em média, 7% mais baixos na comparação com o mesmo período do ano anterior e eram 5% inferiores a fevereiro, ressaltou o Itaú BBA em levantamento.
Segundo a fonte da exportadora, a recente retomada de pedidos da China se deve aos sinais de arrefecimento do coronavírus no país e ao recuo nos níveis de estoques locais.
“O enfrentamento da peste suína africana (PSA) sugere necessidade (chinesa) de importação de 2,9 milhões de toneladas de carne bovina neste ano”, estima o Itaú BBA.
REUTERS
Preços mais altos do boi podem ter ficado para trás, diz Itaú BBA
Em meio à crise provocada pelo coronavírus, os pecuaristas devem ter dificuldade para recuperar os “excelentes” preços do boi gordo que eram registrados até fevereiro deste ano. Essa é a avaliação da equipe de analistas da diretoria de agronegócios do Itaú BBA.
No momento, as cotações do animal ainda estão em patamares elevadas. No acumulado de março, o preço médio do boi gordo no Estado de São Paulo — referência para o restante do país, está em R$ 200,09 por arroba, conforme o indicador Cepea/B3. Trata-se de uma alta de 1,5% na comparação com a média de fevereiro, que foi de R$ 197,05 por arroba. No mercado futuro, porém, o sinal já é de preços menores. Na B3, os contratos com vencimento em maio (os mais negociados) são cotados a R$ 190 por arroba.
Vale lembrar que, antes do ‘lockdown’ de várias cidades do país ser implementado, os frigoríficos que atuam no mercado doméstico já enfrentavam uma situação difícil devido ao custo elevado para a compra de gado. Por causa das chuvas abundantes no início do ano, as pastagens ganharam qualidade, e o pecuarista segurou a venda de boi.
Nesse cenário, grandes frigoríficos anunciaram em meados do mês a parada temporária de diversos abatedouros. A JBS, por exemplo, deu férias coletivas aos funcionários de cinco plantas. A Minerva adotou uma postura semelhante, parando quatro abatedouros.
Na indústria de carne bovina, a avaliação é que abril será particularmente difícil, com queda no consumo de carne. O primeiro momento, de corrida dos consumidores aos supermercados para fazer estoque, já passou, disse um dono de frigorífico ao Valor. Nesse cenário, o preço do boi gordo poderia começar a cair de forma mais importante.
Em relatório, os analistas do Itaú BBA destacaram que a oferta de boi gordo no Brasil, mais escassa, até deve sustentar o preço do gado “mais para frente”. No entanto, a demanda é uma grande incerteza no mercado doméstico e também no mercado externo.
O Itaú BBA lembrou que, a despeito do início de recuperação das exportações de carne bovina à China — o país precisa de mais carne importada para lidar com a escassez provocada pela peste suína africana —, a economia chinesa deve crescer menos que o previsto por causa do coronavírus.
O banco reduziu a estimativa de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) da China de 5,3% para 3,3% em 2020. O risco é que a economia mais fraca afete o fluxo das exportações de carne, o que teria impacto no preço do boi.
Diante dos problemas de demanda, o banco recomendou cautela. O alerta do Itaú BBA também vale para os pecuaristas que engordam gado em confinamento — sistema intensivo com dieta baseada em grãos utilizado na entressafra brasileira, a partir de maio.
“O quadro agora enseja mais atenção no planejamento do primeiro giro dos confinamentos já que a demanda ganhou contornos de incerteza e os custos de ração subiram ainda mais”, apontou o Itaú BBA, em boletim divulgado nesta sexta-feira.
VALOR ECONÔMICO
Coronavírus desafia mercado global de carnes
A pandemia global do coronavírus covid-19 está desafiando o mercado global de carnes, apesar da resiliência das commodities do segmento de alimentação, segundo analistas do INTL FCStone e do Rabobank.
A pandemia global do coronavírus covid-19 está desafiando o mercado global de carnes, apesar da resiliência das commodities do segmento de alimentação, segundo analistas do INTL FCStone e do Rabobank.
A expectativa de retorno das atividades normais na China, após um período de confinamento e redução das atividades econômicas e logísticas para conter o coronavírus, traz alívio aos grandes frigoríficos exportadores.
Mas a indústria de carnes também está atenta aos potenciais impactos de redução no consumo em mercados locais no curto e no médio prazo – principalmente da carne bovina – como resultado da crise econômica causada pela desaceleração nas atividades e medidas de contenção do vírus adotadas por diversos países.
“A queda do poder aquisitivo do consumidor final, em meio a uma possível recessão econômica, estimula fontes alternativas à carne bovina, tais como a suína e a de frango, que são mais baratas”, afirmaram analistas do INTL FCStone em relatório divulgado na semana passada.
“O quadro de evolução do vírus também desafia e modifica a dinâmica do comércio de carnes, com a previsão apontando para um aumento dos estoques domiciliares, enquanto o atacado e restaurantes reduzirão ainda mais suas escalas de vendas.”
A oferta mais restrita de milho para ração no mercado doméstico, com safra de verão abaixo de 26 milhões de toneladas e estoques de passagem menores, também pode afetar os custos do setor de carnes. “A safrinha é monitorada de perto, uma vez que a falta de chuvas pode prejudicar o potencial produtivo”, disse a analista de Inteligência de Mercado, Ana Luiza Lodi.
Carne de frango
Na avaliação do Rabobank, a perspectiva para o mercado global de carne de frango em 2020 será afetada materialmente pela pandemia do coronavírus, mas a competitividade desta proteína em relação a outras opções mais caras favorece o produto.
“Apesar de a perspectiva ainda ser moderadamente positiva para a maioria dos mercados, o coronavírus está adicionando significativa incerteza e deverá agora causar uma desaceleração econômica global”, escreveram analistas do Rabobank.
Os analistas esperam maior demanda por produtos de carne de frango voltados para o consumo em casa durante o período de contenção do coronavírus.
“A disponibilidade da força de trabalho e problemas logísticos, além daqueles que afetam a distribuição, irão provavelmente afetar o suprimento nos próximos meses”, disseram os analistas.
Os impactos da peste suína africana e da gripe aviária também devem continuar causando volatilidade no mercado global de frango, aumentando a demanda por parte da China e estoques em mercados locais do Vietnã e Filipinas.
CARNETEC
Mercado do couro: atenção às exportações
Segundo levantamento da Scot Consultoria, no Brasil Central o couro verde está cotado em R$0,75/kg, considerando o produto de primeira linha.
Na comparação com o início do ano houve alta de 87,5%, contudo, em relação ao mesmo período de 2019, o produto está custando 6,3% menos.
No Rio Grande do Sul, o couro verde comum está cotado em R$0,80/kg, entretanto, no estado, há negócios ocorrendo acima da referência.
A valorização do dólar frente ao real e a oferta limitada da matéria-prima colaboraram com a alta de preço registrada no primeiro trimestre de 2020.
Porém, o surto do coronavírus deve impactar no mercado do couro. Países como Itália e China, grandes compradores do couro brasileiro, sofreram graves consequências em função da doença.
Para o curto prazo, portanto, a atenção se volta para o comportamento das exportações.
Mesmo com o dólar alto, caso a demanda diminua (devido ao coronavírus), é possível que haja ajuste negativo das cotações.
SCOT CONSULTORIA
Plano Estratégico para erradicação da febre aftosa completa dois anos com evoluções em vários estados
O objetivo é garantir o status sanitário de país livre de febre aftosa e ampliar as zonas livres sem vacinação
Criado para manter as condições sustentáveis que visam garantir o status sanitário de país livre de febre aftosa e ampliar as zonas livres sem vacinação, o Plano Estratégico 2017-2026 do Programa Nacional de Erradicação e Prevenção da Febre Aftosa (PE-PNEFA) alcança pouco mais de dois anos de execução com evoluções nos estados do Paraná, Rio Grande do Sul e nos estados que compõem o Bloco I (Acre, Rondônia e parte do Amazonas e do Mato Grosso).
Nesses estados, as ações necessárias para evolução com segurança para a condição de zona de livre de febre aftosa sem vacinação apresentam bom nível de execução. Diante deste cenário, no Paraná, a última vacinação ocorreu em maio de 2019 e no Rio Grande do Sul, a última vacinação deve acontecer nos meses de março e abril deste ano.
No Bloco I, após reunião ocorrida recentemente em Manaus (AM), de forma consensual, o Departamento de Saúde Animal da Secretaria de Defesa Agropecuária (SDA) e os integrantes do Bloco acordaram com a suspensão da vacinação, com a última etapa ocorrendo em novembro de 2019. Da mesma forma como procedido para o Estado do Paraná, o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) publicará em abril atos normativos proibindo, no Rio Grande do Sul e no Bloco I, o uso e a comercialização da vacina contra a febre aftosa e o ingresso de animais vacinados contra a doença.
A expectativa é o reconhecimento pela OIE desses estados como zonas livres de febre aftosa sem vacinação em maio de 2021. Para isso, deverão ser conduzidas atividades que visam demonstrar a implantação na região de medidas de vigilância compatíveis com o status de livre sem vacinação.
No Bloco I, em particular, nova avaliação do Mapa ocorrerá em agosto, com objetivo de decidir se o pleito de reconhecimento a ser encaminhado à OIE abarcará o Bloco em sua totalidade ou em parte. O Ministério está trabalhando com os estados envolvidos para que o Bloco siga de forma conjunta, desde que atendidos os requisitos pactuados no PE-PNEFA.
“Mesmo diante das expectativas de avanço, a execução do PE-PNEFA de forma geral ainda depende da conclusão das ações pactuadas em parte expressiva dos estados envolvidos”, observa o diretor do DSA, Geraldo Moraes. Segundo o diretor, independentemente de qualquer previsão de calendário, o que determina a evolução de cada bloco ou UF é a implantação das ações acordadas no Plano Estratégico.
De acordo com o diretor, especificamente neste ano, agregam-se à execução do Plano as incertezas decorrentes da pandemia do coronavírus, tanto no ambiente interno como no ambiente internacional, sobretudo quanto às condições de manutenção, por parte da Organização Mundial da Saúde Animal (OIE), do calendário de avaliação dos pleitos dos países para reconhecimento internacional da condição sanitária.
“Estavam previstas reuniões em março e abril deste ano, com as equipes gestoras estaduais dos blocos, para avaliação da condição atual de execução do PE-PNEFA, mas tiveram que ser suspensas em decorrência da pandemia do novo coronavírus (Covid-19)”, observa Moraes.
MAPA
ECONOMIA
Dólar fecha acima de R$5,10 e engata 6ª semana de ganhos
O dólar fechou em alta de mais de 2% ante o real nesta sexta-feira, chegando a se aproximar de 5,13 reais na máxima, num pregão de fortalecimento da divisa frente a rivais emergentes diante de renovados temores sobre o coronavírus.
O dólar subia 0,9% e 2,3% ante algumas das principais divisas emergentes nesta sessão, mas caía frente a vários pares de mercados desenvolvidos. Para alguns analistas, essa divergência aponta um cenário em que os emergentes vão sentir mais os efeitos da crise do que o mundo rico.
A diretora-gerente do FMI, Kristalina Georgieva, demonstrou nesta sexta-feira particular preocupação com os mercados emergentes, que, segundo ela, precisarão de mais de 2,5 trilhões de dólares para lidar com a crise.
Além disso, o mercado segue sem bases para avaliar os efeitos da crise. “A profundidade e a duração da queda econômica e do mercado permanecem altamente incertas devido à falta de padrões históricos apropriados para modelar as dinâmicas macro”, disse o Goldman Sachs em nota.
O banco espera que o PIB do Brasil contraia 3,4% em 2020, com a Selic, o juro básico, descendo a 3,00% (ante os atuais 3,75%). Quanto menor o juro, menos atrativo para o estrangeiro é o investimento em renda fixa no Brasil em comparação a outros mercados, o que prejudica a expectativa de ingresso de capital no país.
O dólar à vista BRBY> fechou esta sexta em alta de 2,22%, a 5,1066 reais na venda. Durante os negócios, chegou a 5,1291 reais.
No acumulado da semana, a cotação ganhou 1,58%. Em seis semanas consecutivas de alta, o dólar disparou 18,73%.
Na B3, o dólar futuro de maior liquidez se apreciava 1,51% nesta sessão, a 5,0980 reais, às 17h23.
Contra uma cesta de moedas do G10 -que inclui as divisas da zona do euro, Japão e Canadá-, o dólar caía 1%. A Câmara dos EUA aprovou o pacote histórico de 2,2 trilhões de dólares para ajudar a economia a enfrentar a crise do coronavírus. Junto com outras medidas, a ação reforça perspectiva de liquidez no mundo.
REUTERS
Ibovespa fecha em baixa no dia, mas avança 9,5% na semana e quebra série de perdas
O Ibovespa fechou em queda nesta sexta-feira, com a aversão a risco no exterior corroborando um ajuste após três pregões de alta, conforme os mercados permanecem voláteis no mundo em razão da pandemia do novo coronavírus, mas teve o primeiro ganho semanal desde meados de fevereiro.
Índice de referência do mercado acionário brasileiro, o Ibovespa caiu 5,51%, a 73.428,78 pontos, após oscilar da mínima de 73.057,12 pontos à máxima de 77.707,88 pontos. O volume financeiro no pregão somou 23,36 bilhões de reais.
Na semana, contudo, o Ibovespa acumulou alta de 9,48%, apoiado em recuperações técnicas e esforço global para conter os efeitos do Covid-19. O ganho quebrou uma série de cinco semanas negativas, com perdas totais de mais de cerca de 40% no período. Apesar da melhora, a queda em 2020 é de cerca de 36%.
De acordo com o analista Rafael Ribeiro, da Clear Corretora, o Ibovespa tem como grande desafio para a próxima semana romper a faixa de 83 mil pontos “para de fato engatilhar uma recuperação consistente”.
REUTERS
Governo vai financiar folha de pagamento de pequenas empresas em programa de R$40 bi
O governo anunciou nesta sexta-feira um programa de 40 bilhões de reais para financiar por dois meses a folha de pagamento das pequenas e médias empresas com recursos do Tesouro e dos bancos, buscando fornecer respiro de caixa às companhias em meio à pandemia do coronavírus.
Em coletiva de imprensa no Palácio do Planalto, o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, afirmou que a taxa aos tomadores será de 3,75% ao ano, com zero de spread, e a linha de financiamento contará com seis meses de carência e 30 meses para o pagamento.
O programa, voltado às empresas com faturamento anual de 360 mil a 10 milhões de reais, será financiado pelo Tesouro, que entrará com 17 bilhões de reais por mês, e pelos bancos, que contribuirão com 3 bilhões de reais. O BNDES será responsável pela operacionalização.
Na prática, isso significa que o governo ficará com 85% do risco de inadimplência e os bancos com os demais 15%.
Os recursos poderão ser utilizados exclusivamente para a folha de pagamento dos funcionários das empresas, com o dinheiro sendo canalizado por meio dos bancos diretamente para a conta dos empregados. A dívida, portanto, ficará com a empresa.
O limite será de até dois salários mínimos por trabalhador.
Caso as empresas queiram pagar acima desse teto a seus funcionários, arcarão com esse encargo por conta própria, fora da linha disponibilizada pelo governo, disse o presidente do BC.
As empresas que tomarem o crédito ficarão contratualmente impedidas de demitir o funcionário pelo prazo de dois meses.
Campos Neto afirmou que o programa deve estar pronto em “uma semana ou duas” e deve beneficiar 1,4 milhão de empresas e 12,2 milhões de pessoas.
Em nota, o Banco Central informou que o programa será implementado por meio de Medida Provisória (MP), com abertura de um crédito extraordinário de 34 bilhões de reais —equivalente à parte do Tesouro— e criação de um fundo operacionalizado pelo BNDES, fiscalizado e supervisionado pelo BC.
“Seis bilhões (de reais) de recursos dos bancos privados completarão os 40 bilhões do programa”, disse o BC.
REUTERS
Moraes acata pedido do governo e retira obstáculo da Lei de Responsabilidade Fiscal para gastos com pandemia
O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), aceitou neste domingo pedido feito pelo governo do presidente Jair Bolsonaro e retirou os obstáculos impostos pela Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF) à expansão dos gastos públicos para conter a pandemia de Covid-19, doença provocada pelo coronavírus e que já matou 136 pessoas no país.
Segundo a decisão de Moraes, que terá de ser referendada pelo plenário da corte, durante a vigência da emergência de saúde pública e do estado de calamidade publica decretados por causa da pandemia fica afastada a “exigência de demonstração de adequação e compensação orçamentárias em relação à criação/expansão de programas públicos destinados ao enfrentamento do contexto de calamidade gerado pela disseminação de Covid-19”.
O ministro disse em seu despacho que a decisão também se aplica a todos os entes federativos que tenham decretado estado de calamidade por causa do coronavírus.
A decisão de Moraes foi comemorada pelo ministro-chefe da Advocacia-Geral da União, André Mendonça, em sua conta no Twitter.
“Agora, sem os entraves, podemos ajudar os nossos trabalhadores e empresários nesse momento tão difícil”, escreveu ele na rede social.
REUTERS
FRANGOS & SUÍNOS
Ovos: preços subiram nas granjas e no atacado em São Paulo
Os preços dos ovos seguem o movimento de alta.
Na semana passada a valorização nas granjas de São Paulo foi de 9,2%, com a caixa com trinta dúzias de ovos sendo negociada, em média, em R$106,50. No atacado em igual comparação, a alta foi de 8,8%, com a caixa do produto estando cotada, em média, em R$111,00. A demanda está aquecida, com o consumidor se abastecendo em razão do coronavírus. No curto prazo, a expectativa é de que o mercado permaneça com preços firmes, mas o cenário demanda monitoramento.
SCOT CONSULTORIA
Coronavírus reduz negócios e diminui preço dos suínos, aponta Cepea
Queda mais expressiva na semana foi de 10,1%, em São José do Rio Preto (SP)
Os efeitos da pandemia de coronavírus, como a menor demanda em restaurantes e outros serviços de alimentação, têm reduzido o volume de negócios e o preço do suíno vivo, bem como das carnes e cortes.
Segundo o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea-Esalq/USP), a queda mais expressiva entre 18 e 25 de março foi registrada em São José do Rio Preto (SP), de 10,1%, com o animal cotado a R$ 5,32 o quilo na quarta-feira (25/3).
No mercado de carcaças da Grande São Paulo, a especial se desvalorizou 2,8% em sete dias, a R$ 8,55/kg. O preço da carcaça comum recuou 1,6% no mesmo período, a R$ 8,22/kg na quarta-feira (25/3).
Dentre os principais cortes de suínos coletados pelo Cepea negociados no atacado no Estado de São Paulo, o pernil com osso apresentou a desvalorização mais forte no mesmo período, de 4,4%, com média de R$ 9,64/kg.
REVISTA GLOBO RURAL
EMPRESAS
STJ autoriza irmãos Joesley e Wesley Batista a participar de reuniões do grupo J&F
O ministro do Superior Tribunal de Justiça (STJ) Rogerio Schietti Cruz autorizou nesta sexta-feira a participação dos empresários Joesley e Wesley Batista em reuniões da diretoria e dos demais órgãos administrativos das empresas do grupo J&F, mas sem direito a voto.
“Sem embargo, não identifico risco concreto em autorizar apenas a participação, sem direito a voto, do recorrente nas reuniões da diretoria e demais órgãos administrativos das empresas investigadas”, disse o ministro do STJ.
A principal empresa do grupo J&F é a maior processadora de carne do mundo, a JBS. A empresa também controla o Banco Original.
“Continua a viger a proibição de exercer cargo ou função na administração das empresas do grupo J&F, e de operar no mercado de câmbio ou de valores mobiliários, mas não há vedação a que, no propósito de oferecer subsídios, pelo conhecimento e longa experiência que possuem das empresas, participem das reuniões dos seus órgãos colegiados, sem direito a votar eventuais deliberações”, completou. O magistrado, entretanto, manteve a proibição dos dois exercerem cargos de administração nas empresas investigadas em desdobramentos da Operação Lava Jato e de realizarem operações de câmbio e de valores mobiliários.
O ministro do STJ tomou a decisão na análise de um recurso apresentado pela defesa de Joesley Batista e, ao avaliar o caso, ampliou os efeitos dela para o irmão Wesley Batista.
REUTERS
INTERNACIONAL
Tyson Foods doa US$ 13 mi a comunidades no entorno de suas unidades nos EUA
Os recursos incluem US$ 2 milhões em subsídios comunitários e US$ 11 milhões em produtos doados pela empresa
A Tyson Foods, gigante do setor de carnes, anunciou nesta sexta-feira (27) a doação de US$ 13 milhões para apoiar necessidades críticas nas comunidades locais onde a empresa opera, em resposta à pandemia de covid-19.
Os recursos incluem US$ 2 milhões em subsídios comunitários e US$ 11 milhões em produtos doados pela empresa desde 11 de março às comunidades do entorno de suas unidades.
“Nossa empresa se orgulha de desempenhar um papel crítico na alimentação do país durante este período desafiador, e reconhecemos a importância de apoiar os membros de nossa equipe, suas famílias e as comunidades ao redor das fábricas”, disse Noel White, CEO da Tyson Foods, em nota.
VALOR ECONÔMICO
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