CLIPPING DA ABRAFRIGO Nº 1203 DE 26 DE MARÇO DE 2020

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Ano 6 | nº 1203| 26 de março de 2020

 

NOTÍCIAS

Mercado do boi voltando aos fundamentos

Em São Paulo, os pouquíssimos negócios efetivados durante os últimos dez dias reduziram os estoques e, apesar da incerteza com relação ao consumo, os compradores, aos poucos, estão voltando a ofertar preços melhores pelo boi gordo. As escalas de abate atendem, em média, três dias no estado.

Segundo levantamento da Scot Consultoria, a arroba do boi gordo está cotada em R$194,00, bruto, R$193,50, com o desconto do Senar e em R$191,00, livre de imposto (Senar e Funrural). Alta de 1,6% na comparação dia a dia ou R$3,00/@.

Vale ressaltar que houve negócios até R$6,00/@ acima da referência, porém, pontuais.

SCOT CONSULTORIA

Frigorífico sai da moita e preço do boi gordo reage

Depois de quase duas semanas de pressão baixista, cotações são um pouco mais consistentes no mercado pecuário

Nesta quarta-feira, oferta de boiada gorda não foi suficiente para atender o aumento da demanda dos frigoríficos, o que resultou em valorizações da arroba em algumas importantes praças pecuárias brasileiras, sobretudo no Centro-Oeste brasileiro, região que concentra o maior contingente de animais de corte do País.

Nas praças do Mato Grosso do Sul, os preços do gado gordo subiram nesta quarta-feira devido à atuação mais ativa de frigoríficos de fora do Estado, segundo a FNP. Mato Grosso e Goiás também registram um maior volume de negócios efetivados, o que também resultou em melhoria dos preços da arroba em algumas regiões pecuárias.

No Pará e Tocantins, relata a FNP, as indústrias ofereceram preços mais altos na compra de boiada e conseguiram efetivar negócios, estendo as escalas para o meio da próxima semana.

Na região Norte do País, a valorização da arroba está associada não só ao escoamento de carne para o mercado interno, mas também às exportações de gado em pé. Estima-se que 10 mil cabeças de boiada gorda sejam embarcadas nos navios até o final desta semana, informa a FNP.

PORTAL DBO

Impulsionado pela pecuária, PIB do agro mineiro cresce 5,12% em 2019

Segundo o Cepea, o resultado atrelou-se especialmente ao bom desempenho das exportações de carnes

O Produto Interno Bruto (PIB) do Agronegócio de Minas Gerais, calculado pelo Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada), da Esalq/USP, cresceu 5,12% em 2019, representando 36% do PIB estadual. Segundo pesquisadores do Cepea, assim como observado no agronegócio brasileiro, o setor em Minas Gerais também foi impulsionado principalmente pelo ramo pecuário, cujo PIB avançou 8,51% no ano passado. O PIB do ramo agrícola também avançou, mas em menor intensidade: 2,07%.

Segundo pesquisadores do Cepea, o excelente resultado do ramo pecuário atrelou-se especialmente ao bom desempenho das exportações de carnes, já que a demanda interna ficou enfraquecida em grande parte do ano no País. A ocorrência do surto de Peste Suína Africana (PSA) nos países asiáticos causou forte aumento na demanda mundial por carnes, com destaque para o papel da China, e os preços internacionais das proteínas animais subiram expressivamente, o que se refletiu nos preços domésticos. O setor pecuário, tanto em Minas Gerais quanto no Brasil como um todo, reagiu ao cenário favorável e expandiu a produção dentro da porteira e na agroindústria.

PORTAL DBO

Secretaria de Defesa Agropecuária lança Painel de Controvérsia

A nova ferramenta busca permitir que a sociedade e o setor regulado auxiliem a SDA a promover os ajustes necessários em seus atos normativos

Foi publicado no Diário Oficial da União (DOU), desta quarta-feira (25), a Portaria nº 68 que aprova o Manual de Funcionamento do Painel de Controvérsias da Secretaria de Defesa Agropecuária (SDA) e do Regimento do Conselho de Soluções da Defesa Agropecuária. A nova ferramenta busca permitir que a sociedade e o setor regulado auxiliem a SDA a promover os ajustes necessários em seus atos normativos.

“O Painel de Controvérsias efetiva uma demanda da sociedade para obter respostas estruturadas e qualificadas. O processo de avaliação de controvérsia ocorre de maneira fundamentada, ordenada, transparente e isonômica. Assim, a sociedade auxilia o Estado no controle dos atos administrativos e o Estado busca a modernização da gestão e dos seus atos, conforme preconizado pelas diretrizes de liberdade econômica”, ressalta a diretora do Departamento de Suportes e Normas da Secretaria de Defesa Agropecuária, Judi Nóbrega.

O novo canal é uma ferramenta empregada em organismos internacionais visando assegurar uma solução para a controvérsia. Com o painel, fica-se instituído um fluxo único, para promover o aperfeiçoamento da qualidade regulatória.

Esta portaria entra em vigor no dia 4 de maio de 2020.

MAPA

ECONOMIA

Dólar fecha em queda com exterior, mas segue acima de R$5

O dólar fechou em queda nesta quarta-feira, mas novamente defendeu a linha dos 5 reais, com a baixa da moeda desacelerando durante a tarde conforme investidores perceberam persistentes divergências no debate para aprovação de pacote trilionário nos EUA para mitigar os efeitos da crise do coronavírus.

Toda a expectativa se volta para a aprovação de um pacote de 2 trilhões de dólares em ajuda econômica a empresas e cidadãos norte-americanos. Já foi anunciado acordo entre o governo Trump e o Congresso dos EUA para dar passagem ao projeto. Mas ao longo da tarde a demora na aprovação pelo Senado e comentários de parlamentares de lá adicionaram alguma cautela.

Mais estímulo fiscal nos EUA é visto por vezes como um fator positivo ao dólar, mas analistas do Morgan Stanley explicam que desta vez o evento tende a ser negativo para a moeda, o que explica a baixa recente do dólar frente a vários rivais.

“Vemos como negativo ao dólar na medida em que isso ajuda a compensar forças deflacionárias globais e adiciona uma sustentável fonte de liquidez em dólar e demanda importada dos EUA ao sistema global”, disseram estrategistas do banco em nota.

O dólar à vista fechou em queda de 0,96%, a 5,0334 reais na venda, depois de na mínima do dia ser cotado a 4,9735 reais.

Na B3, o dólar futuro tinha baixa de 1,14%, a 5,0440 reais.

O Banco Central voltou a realizar leilões de câmbio nesta sessão, mas apenas para rolagem de linhas no valor de 3,3 bilhões de dólares.

Nesta quarta, o dólar caía 1,2% contra o rand sul-africano, 1,8% ante o dólar canadense e 3,6% frente ao peso mexicano, divisas sensíveis ao cenário de risco.

REUTERS

Ibovespa tem segunda alta forte seguida com pacote dos EUA no radar

O Ibovespa voltou a fechar em forte alta nesta quarta-feira, com várias ações valorizando-se mais de 20%, em meio a apetite a risco respaldado pela iminência da aprovação pelo Congresso dos Estados Unidos de um pacote econômico de 2 trilhões de dólares em resposta à pandemia do Covid-19.

Índice de referência do mercado acionário brasileiro, o Ibovespa saltou 7,5%, a 74.955,57 pontos – na segunda alta seguida, o que não acontecia desde a virada do mês. O volume financeiro totalizou 28,68 bilhões de reais.

REUTERS

EMPRESAS

Lucro da JBS dispara no quarto trimestre e supera previsões

A JBS, maior processadora de carne do mundo, publicou nesta quarta-feira lucro líquido de 2,43 bilhões de reais para o quarto trimestre do ano passado, um salto sobre os cerca de 560 milhões obtidos um ano antes e acima do esperado por analistas.

O desempenho foi apoiado por forte demanda da China, que ampliou importações de alimentos após a epidemia de peste suína africana que atingiu seu rebanho.

A expectativa média de analistas para o lucro da JBS, dona de marcas como Seara e Swift, era de 2,19 bilhões de reais, segundo dados da Refinitiv.

Executivos da companhia afirmaram que a JBS tem a estrutura adequada para superar as incertezas geradas pela pandemia de coronavírus.

A JBS conseguiu reduzir dívida ao longo do ano passado e não tem necessidade de levantar capital adicional, afirmou o vice-presidente financeiro, Guilherme Cavalcanti, à Reuters. A companhia espera economizar em 2020 cerca de 100 milhões de reais em pagamento de juros, disse o executivo.

“Foi muito feliz de ter alongado a dívida no momento certo”, disse Cavalcanti.

A JBS encerrou 2019 com queda na alavancagem. A relação dívida líquida sobre Ebitda fechou o ano em 2,16 vezes em reais ante 3,18 vezes em 2018. Em dólares, a alavancagem caiu de 3,01 vezes para 2,13 vezes.

O presidente-executivo, Gilberto Tomazoni, afirmou que a demanda chinesa vai continuar elevada uma vez que os impactos gerados pela peste suína persistem na cadeia de alimentos do país.

Além disso, o executivo citou que as cidades chinesas estão reduzindo restrições à circulação relacionadas ao coronavírus, o que deve ser positivo para a demanda.

Tomazoni afirmou que a JBS está pronta para enfrentar os impactos da pandemia por causa de sua base de produção diversificada. “Dependendo do tamanho do navio, as ondas vão balançar mais ou menos”, disse o executivo.

Os planos para a listagem das ações dos negócios internacionais do grupo nos Estados Unidos continuam uma prioridade para a JBS, mas o momento para isso é incerto dadas as turbulências geradas pelo Covid-19 no mercado financeiro, disse Tomazoni.

RESULTADO A JBS teve lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização de 5,67 bilhões de reais nos três últimos meses do ano passado, ante expectativa média de analistas compilada pela Refinitiv de 5,53 bilhões.

A companhia teve alta de quase 21% na receita líquida do período, para 57 bilhões de reais.

Na divisão de bovinos no Brasil, a JBS registrou crescimento de quase 100% nas vendas à China, com os volumes avançando 61% e os preços médios crescendo 23%, com reflexo da forte demanda do país asiático.

A divisão Seara, de alimentos processados, teve receita líquida de 5,7 bilhões de reais, alta de quase 24% sobre o quarto trimestre de 2018, graças a uma demanda ainda aquecida no Brasil e em mercados no exterior.

Em 2019, os volumes de embarques de suínos da JBS para a China a partir dos Estados Unidos subiram 10%. Já a Pilgrim´s Pride, companhia norte-americana controlada pelo grupo brasileiro e que vende produtos de carne de frango, teve alta de cerca de 25% na receita líquida do quarto trimestre, totalizando 12,6 bilhões de reais.

REUTERS

JBS anuncia compromisso com manutenção de empregos e investimentos no Brasil

Em meio ao coronavírus, grupo também reforçou o caixa como medida de precaução

Na maior empresa privada não financeira do Brasil, a ordem é preservar todos os empregos e seguir em frente com o pacote multibilionário de investimentos. Em entrevista concedida nesta quarta-feira ao Valor, o CEO global da JBS, Gilberto Tomazoni, afirmou que a companhia mantém todas as operações em funcionamento para garantir o abastecimento de carnes em meio ao avanço da covid-19. No mundo, a JBS emprega mais de 240 mil pessoas. Apenas no Brasil, o número de funcionários é da ordem de 120 mil. Considerando empregos indiretos, o grupo contribui com mais de 400 mil vagas no país.

VALOR ECONÔMICO

JBS anuncia plano de recompra de até 10% das ações em circulação

A JBS informou na noite desta quarta-feira que seu conselho de administração aprovou plano de recompra de ações. A empresa poderá adquirir até 10% das 1,56 bilhão de ações ordinárias em circulação. Há ainda 63,2 milhões de ações mantidas em tesouraria.

Segundo a companhia, não haverá alterações na composição do controle acionário ou da estrutura administrativa com essa operação, diz o fato relevante arquivado junto à CVM. O prazo para as aquisições é de 18 meses, iniciando-se nesta quarta-feira.

VALOR ECONÔMICO

Frigol adota inteligência artificial no abate de unidade no Pará

A unidade da Frigol em Água Azul do Norte é o “primeiro frigorífico do Pará a utilizar inteligência artificial para classificação das carcaças bovinas e tecnologia blockchain para a rastreabilidade completa dos bovinos abatidos”, informou a empresa na quarta-feira (25).

Com isso, tanto a classificação das carcaças quanto o processo de rastreabilidade em Água Azul do Norte tornam-se, segundo a Frigol, os mais avançados do mundo, pois são realizados com total segurança e transparência. “A tecnologia está aí para ajudar os pecuaristas e a indústria em um ambiente de total confiabilidade, com informações completas sobre a origem e as características da carne para os consumidores”, disse o diretor de operações da Frigol, Orlando Negrão, em nota. Com o uso da inteligência artificial e da tecnologia blockchain, os pecuaristas acompanham os abates em tempo real e com imagens, via aplicativo Trace Beef instalado no smartphone, reforçando a confiança nos dados coletados. Essa tecnologia vai até o consumidor final, que também pode avaliar os cortes nos supermercados.

CARNETEC 

FRANGOS & SUÍNOS

China fará leilão de 20 mil toneladas de carne suína de reservas estatais em 27 de março

A China irá leiloar 20 mil toneladas de carne suína congelada de suas reservas estatais em 27 de março, segundo aviso do Centro de Administração de Reservas de Mercadorias da China nesta quarta-feira.

A China já liberou 230 mil toneladas de carne suína de suas reservas até o momento neste ano, após ter liberado 140 mil toneladas em dezembro. As vendas frequentes de carne suína vêm em momento em que o principal consumidor global de carne de porco enfrenta uma severa escassez da proteína após uma epidemia de peste suína africana ter abatido o rebanho doméstico.

MONEYTIMES

China encoraja governos locais a estocar produtos de aves e aquicultura

A China afirmou nesta quarta-feira que encoraja governos locais a estocar temporariamente produtos de aves e aquicultura, em uma tentativa de apoiar os setores agrícolas após cortes de produção e oferta sem precedentes em meio à crise do coronavírus.

O país asiático aumentará o apoio fiscal e tributário aos produtores de aves e ao setor de aquicultura para ajudá-los a sobreviver aos impactos das medidas de contenção ao coronavírus, de acordo com comunidado conjunto divulgado pelos ministérios de Planejamento e Agricultura da China.

Isolamentos impostos a pessoas e produtos para conter a epidemia afetaram logísticas e a própria produção no setor agrícola chinês, ameaçando a produção de carnes justamente em um momento em que o país mais populoso do mundo enfrenta uma enorme escassez de carne suína.

REUTERS

Saiba o que pode mexer com o mercado de proteínas nas próximas semanas

O clima é de muita incerteza, afirmou pesquisadora do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada

Os mercados e produtores têm passado por dificuldades nas últimas semanas por conta do avanço do novo coronavírus. De acordo com a pesquisadora do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), Juliana Ferraz, afirma que o mercado de suínos tem sido o mais penalizado a cargo dos cancelamentos de empresas que atendem o mercado de food service, como hotéis e restaurantes.

“Apesar do consumo anular se mantendo aquecido, os mercados movimentados, isso tem feito que parte dos agentes estejam reabastecendo e comprando, mas mesmo assim esse movimento não foi suficiente para tentar manter o preço do suíno”, afirma ela.

Em contrapartida, o frango está conseguindo se manter estável no mercado, apesar de queda na primeira quinzena. Juliana confirma que mercado estava aquecido por grandes redes atacadistas estarem buscando proteína em estoque.

Em relação a tendência do mercado para os próximos dias, ela afirma “o mercado continue trabalhando  em patamares de preços baixos das semanas anteriores mas pode ter picos de recuperação dependendo do comportamento do consumidor”.

CANAL RURAL

INTERNACIONAL

Uruguai: Emergência agropecuária pela seca abrange 500 mil hectares produtivos

O Ministério da Pecuária, Agricultura e Pesca (MGAP) formalizou a declaração de emergência agrícola devido ao déficit hídrico em vários ramos da polícia que envolvem todo Montevidéu e Canelones, e parte de Lavalleja, San José e Maldonado.

O vice-secretário do MGAP, Ignacio Buffa, comentou que “há algum tempo a parte sul do país está passando por uma situação de déficit hídrico que se agravou nas últimas semanas, e é por isso que o ministro assinará o decreto”.

Buffa disse que a área total é de 500 mil hectares produtivos e representa 6 mil Dicose afetados. “O foco será os produtores familiares, um grupo que foi priorizado no desembarque de políticas públicas e os pequenos produtores”, acrescentou.

Com a declaração de emergência agrícola, “uma série de mecanismos são ativados para gerar apoio aos produtores, com dinheiro proveniente de um fundo da Receita Geral para emergências agrícolas que ronda os US $ 8 milhões”, explicou Buffa.

Ele acrescentou: “Serão implementadas medidas de apoio diretas ao produtor, assim como estão avaliando outras ferramentas associadas aos aspectos de crédito”.

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