Ano 5 | nº 1104| 21 de outubro de 2019
NOTÍCIAS
Mercado do boi gordo finaliza a semana calmo
Apesar de ter trabalhado em ritmo acelerado ao longo da última semana, na sexta-feira (18/10) o mercado do boi gordo ficou menos movimentado
Tanto compradores quanto vendedores estavam operando mais devagar, aguardando para realizar negócios nesta semana. Em São Paulo a referência para o boi gordo ficou em R$162,50, à vista e livre de Funrural. Nesta semana, os cortes desossados, no mercado atacadista, subiram em média 2,8%. Foi a maior alta registrada dos últimos 25 meses, ou seja, desde meados de setembro 2017 a carne não subia tanto de uma semana para outra. A margem dos frigoríficos que desossam ainda está abaixo da média histórica, mas subiu 1,7 ponto percentual desde o começo do mês, atingindo o patamar atual de 17,3%.
SCOT CONSULTORIA
Instrução Normativa estabelece regras para destinação de resíduos da pecuária
As regras possibilitam a utilização de rotas tecnológicas para o os resíduos de forma sanitariamente segura
O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento publicou na sexta-feira (18), no Diário Oficial da União, a Instrução Normativa 48/2019, que estabelece as regras sobre o recolhimento, transporte, processamento e destinação de animais mortos e resíduos da produção pecuária como alternativa para a sua eliminação nos estabelecimentos rurais. A IN estabelece regras que possibilitam a utilização de rotas tecnológicas para o os resíduos da produção pecuária de forma sanitariamente segura, alternativas às práticas até então adotadas. De acordo com a Instrução Normativa, para destinar animais mortos e resíduos da produção pecuária para unidade de recebimento, de transformação ou de eliminação, o estabelecimento rural deve possuir cadastro atualizado junto ao Serviço Veterinário Oficial e dispor de um local exclusivo para o recolhimento, que deverá estar fora das áreas utilizadas para o manejo da exploração pecuária e afastado das demais instalações do estabelecimento rural. Os veículos utilizados para o transporte de animais mortos e resíduos da produção pecuária devem ser de uso exclusivo para esta finalidade. Também devem ser vedados e identificados. É obrigatório o porte de Documento de Trânsito de Animais de Produção Mortos (DTAM) durante todo o percurso para o transporte de animais mortos e resíduos da produção pecuária. O Serviço Veterinário Oficial de cada estado deverá estabelecer os controles necessários para a devida aplicação da IN.
MAPA
Pouca oferta e a chuva ganhando ritmo dão forças as cotações no mercado de reposição
Apesar da liquidez ainda baixa, as especulações, por outro lado, seguem intensas
Diante deste quadro, as cotações no mercado de reposição seguem firmes e em alta na maior parte das praças pesquisadas pela Scot Consultoria. Na comparação com a semana anterior, os preços dos animais de reposição tiveram novo aumento de 0,4%, considerando os machos anelorados de todos os estados pesquisados. As altas foram puxadas, principalmente, por Goiás e Minas Gerais, onde cada categoria valorizou, em média, 1,1%. Em São Paulo os preços também reagiram e a referência dos machos anelorados de reposição subiu 0,8%, na média, na comparação semanal. Já em Mato Grosso os preços permaneceram estáveis, sendo a chuva descompassada o principal fator que tem retraído os compradores. Em curto e médios prazos, com a arroba do boi gordo seguindo um viés altista, e a capacidade de suporte das pastagens melhorando conforme a regularização do período das águas, é provável que mercado de reposição siga aquecido.
SCOT CONSULTORIA
ECONOMIA
Ibovespa recua, com investidor à espera de safra de balanços
O principal índice da bolsa paulista caiu na sexta-feira, contaminado pela fraqueza de Wall Street e relativa cautela com a temporada brasileira de balanços que começa na próxima semana
O Ibovespa caiu 0,27%, a 104.728,89 pontos. O volume financeiro no pregão somou 16,2 bilhões de reais. A sessão começou com otimismo, puxado sobretudo pelo desempenho das ações da Petrobras após dados de produção considerados positivos por analistas, mas o fôlego arrefeceu conforme as bolsas em Nova York estenderam perdas. Nos Estados Unidos, notícias corporativas pesaram, com destaque para nomes como Johnson & Johnson e Boeing, em sessão de agenda econômica mista na China, onde o PIB desacelerou acima do esperado no terceiro trimestre, mas a produção industrial cresceu mais que o previsto em setembro. O gestor Ricardo Campos, sócio-fundador da Reach Capital, disse que o noticiário político também não ajudou. “A briga do presidente Jair Bolsonaro com o seu partido põe em dúvida o ritmo da agenda de reformas, que deve voltar a ser tocada pelo Congresso.” A crise no PSL teve início a partir de denúncias sobre irregularidades em campanhas do partido e foi agravada após disputas internas que resultaram em um racha na legenda e, nos mais recentes desdobramentos, na suspensão de cinco deputados. Para o gestor Henrique Bredda, sócio da Alaska Asset Management, o efeito do conflito no PSL tende a ser limitado uma vez que o Congresso tem chamado para si a responsabilidade da pauta de reformas, como no caso da reforma da Previdência.
REUTERS
Dólar tem queda e flerta com suporte técnico por exterior
O dólar teve queda de mais de 1%, com investidores realizando lucros depois de na véspera catapultarem a cotação de novo para perto do patamar psicológico de 4,20 reais. Mesmo com o alívio, o dólar à vista apenas conseguiu reduzir a alta da semana, que ficou em 0,58%, na segunda semana consecutiva de valorização
O real teve o melhor desempenho entre as principais divisas nesta sessão. A queda do dólar foi expressiva a ponto de aproximar a cotação de um importante suporte técnico, que se deixado para trás poderia acionar novas ordens de venda de dólar e puxar a cotação ainda mais para baixo. Segundo operadores, o mercado embolsou lucros nesta sessão depois de forte pressão de alta que colocou a moeda em patamares mais atrativos para venda. Segundo Bruno Marques, gestor dos fundos multimercados da XP Asset, o câmbio parece “mais equilibrado” nos atuais níveis, mas de toda forma deve agora começar a antecipar o fluxo dos leilões da cessão onerosa, com potencial fluxo estrangeiro, o que pode jogar a favor de algum alívio adicional no dólar. Com a baixa desta sessão, o dólar passou a acumular queda de 0,87% em outubro, mas em 2019 ainda sobe cerca de 6,2%. Como motivo para essa alta, analistas citam a escassez de fluxo em parte pela falta de estímulo a operações com o real devido à queda do diferencial de juros a mínimas históricas, na esteira do recuo da Selic também a pisos recordes. No mercado à vista do Brasil, o dólar fechou esta sexta-feira em queda de 1,22%, a 4,1193 reais na venda. Na B3, onde os negócios com dólar futuro vão até as 18h, o contrato de dólar de maior liquidez cedia 1,15% às 17h29, a 4,1195 reais. E a volatilidade implícita de três meses de opções de dólar/real —uma medida da incerteza sobre o rumo da taxa de câmbio— subiu a 12,625% nesta sessão, máxima em quase um mês, indicação de que o cenário para o câmbio segue instável.
REUTERS
Incerteza e PIB fraco inibem investimento
Combinação afeta disposição de investir, apesar da melhora do retorno e da queda do custo de capital
A lenta recuperação do investimento, iniciada a partir de 2016 e sustentada pelo setor privado, perdeu fôlego no segundo trimestre deste ano. Embora as taxas de retorno estejam mais atraentes para as empresas que desejam investir, o alto nível de incerteza e as perspectivas de baixo crescimento da economia jogaram contra a continuidade de melhora do indicador. As conclusões são de estudo Centro de Estudos do Mercado de Capitais (Cemec) da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe), elaborado a partir das demonstrações financeiras de 240 empresas de capital aberto e de 421 companhias fechadas. De 2016 a 2018, a taxa do investimento mostrou leve alta, de 14,97% para 15,42% do Produto Interno Bruto (PIB), segundo as estimativas do estudo. O processo se interrompeu no ano encerrado no segundo trimestre, quando o indicador retrocedeu a 15,14% do PIB. O levantamento do Cemec-Fipe analisa os dados nos 12 meses terminados a cada trimestre para evitar distorção nas comparações. Com a retração dos investimentos públicos, a retomada que se viu foi capitaneada pelo setor privado, mostra o estudo. As companhias, fechadas e abertas, aumentaram seus investimentos de 2016 a 2018 de 1,79% para 3,46% do PIB. A maior parte do bolo cabe às empresas de capital aberto, que ampliaram a cifra de 1,1% do PIB em 2016 para 2,65% no período anual encerrado no primeiro trimestre deste ano. No segundo trimestre, porém, o indicador caiu a 2,5% do PIB.
VALOR ECONÔMICO
FRANGOS & SUÍNOS
Maior procura eleva preços de cortes para churrasco
Com isso, os preços desses cortes têm subido em outubro, com a média deste mês já superando a de setembro
As vendas de carne de frango no atacado da Grande São Paulo estão abaixo das expectativas de agentes do setor para esse período. Observa-se, no entanto, maior demanda doméstica por cortes utilizados especialmente em churrascos, como asa, drumet, tulipa e coração. Com isso, os preços desses cortes têm subido em outubro, com a média deste mês já superando a de setembro. Dentre os produtos congelados, a asa é o corte que mais se valorizou no atacado paulista na média parcial de outubro (até o dia 16), passando de R$ 6,98/kg em setembro para R$ 7,48/kg neste mês, alta de 7,2% no período. De acordo com colaboradores consultados pelo Cepea, além do aumento da procura interna, a firme demanda por parte de países asiáticos por esses tipos de cortes também tem contribuído para enxugar a oferta doméstica e, consequentemente, elevar os preços desses produtos. Já para o frango inteiro congelado e resfriado, os valores até registram alta, mas de forma menos intensa.
Custo de produção de frango chega a nível mais alto do ano em setembro
O custo de produção de frango de corte medido pela Central de Inteligência de Aves e Suínos (Cias) da Embrapa subiu em setembro, enquanto o de suínos ficou estável na comparação com o mês anterior, informou a Cias na sexta-feira (18)
O ICPFrango, que mede o custo de frango de corte, subiu 1,55% em setembro para a sua pontuação mais alta do ano, a 222,51 pontos, puxado pelo aumento de 1,8% no custo de nutrição. O índice de custo de frango acumula alta de 2,12% no ano. O custo de produção do quilo do frango de corte vivo no Paraná, em aviário tipo climatizado em pressão positiva, ficou em R$ 2,88 em setembro. Já o custo de produção de suínos medido pelo ICPSuíno em setembro caiu 0,03% em relação a agosto, a 221,69 pontos, mantendo uma trajetória praticamente estável desde o mês de junho. No acumulado do ano, o índice sobe 1,13%. O quilo vivo do suíno produzido em sistema de ciclo completo em Santa Catarina teve um custo de R$ 3,88 em setembro.
CARNETEC
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