Ano 5 | nº 1103| 18 de outubro de 2019
NOTÍCIAS
CEPEA: Médias nominais do boi e da carne seguem em patamares recordes
A baixa oferta de animais prontos para o abate segue sustentando os valores da arroba do boi gordo e, consequentemente, da carne no atacado
Além disso, segundo pesquisadores do Cepea, a demanda internacional pela carne bovina brasileira continua bastante aquecida, principalmente por parte da China. Assim, a média do Indicador do boi gordo ESALQ/B3 na parcial de outubro (até o dia 16), de R$ 160,94, é a maior da série do Cepea, em termos nominais. Já em termos reais, trata-se do patamar mais elevado desde fevereiro de 2018. Nessa quarta-feira, 16, o Indicador fechou a R$ 161,40, ligeira queda de 0,5% no acumulado parcial do mês. Para a carne negociada no atacado, a elevação acumulada na parcial deste mês é de 4,8%, com a carcaça casada do boi negociada, à vista, a R$ 11,39/kg na quarta. A média mensal da carcaça casada em outubro, de R$ 11,02/kg, é a maior, em termos nominais, da série do Cepea. Já em termos reais, é a mais elevada desde janeiro de 2018.
Cepea
Cotações do boi e da carne subiram
O mercado do boi gordo está com os preços em alta
Na última quinta-feira (17/10), a cotação do boi gordo subiu em 13 praças, considerando o preço à vista. Destaque para o Norte de Minas Gerais, cuja cotação valorizou 1,9% na comparação dia a dia. Nos últimos trinta dias, a cotação subiu em todas as praças pecuárias monitoradas pela Scot Consultoria. A oferta restrita e a exportação explicam esse cenário. No acumulado das duas primeiras semanas de outubro, o Brasil embarcou uma média diária de 8,2 mil toneladas de carne bovina in natura. Caso esse ritmo se mantenha até o fim do mês, serão exportadas 188,76 mil toneladas, recorde. No mercado atacadista o preço subiu. O boi casado de animais castrados está cotado em R$11,10/kg, alta de 0,5% em relação ao fechamento anterior.
SCOT CONSULTORIA
Carne bovina brasileira terá grande fatia da expansão do comércio global, diz USDA
O Brasil deverá capturar uma grande fatia da expansão do comércio global de carne bovina em 2020, impulsionada principalmente pela demanda da China, segundo relatório do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) divulgado na semana passada
O USDA espera que as exportações de carne bovina brasileira cheguem a um recorde de 2,6 milhões de toneladas em 2020. Para 2019, a expectativa do USDA é de que o Brasil exporte 2,25 milhões de toneladas. As exportações globais de carne bovina devem alcançar um recorde de 11,5 milhões de toneladas em 2020, impulsionadas por crescentes embarques do Brasil, Índia, Estados Unidos e Argentina. A Austrália deve reduzir as vendas externas e as exportações da União Europeia e do Uruguai devem permanecer inalteradas. Além do Brasil, o USDA considera que Argentina e Paraguai estão bem posicionados para atender à demanda recorde vinda da China. “A forte demanda da Ásia, associada ao suprimento de exportações limitado por parte da Oceania, irá ampliar ou gerar novas oportunidades na Ásia para outros exportadores como Estados Unidos, Índia e México”, informou o órgão do governo norte-americano. O USDA espera que as importações de carne bovina pela China aumentem para 2,9 milhões de toneladas, respondendo por 25% do volume de carne bovina comercializado globalmente. A produção de carne bovina global deverá aumentar 1% em 2020, para 61,9 milhões de toneladas, em peso equivalente carcaça. A produção brasileira é estimada em 10,8 milhões de toneladas e o consumo doméstico de carne bovina é projetado em 8,24 milhões de toneladas em 2020.
CARNETEC
Boi gordo com preços sustentados no Oeste de Santa Catarina
Segundo levantamento da Scot Consultoria, na região Oeste de Santa Catarina, o boi gordo está cotado, em média, em R$153,50/@, a prazo e livre de Funrural. Alta de 3% em relação ao início do mês. Em relação a São Paulo, o diferencial de base está em 6,69%
Para a vaca gorda, a arroba está cotada em R$135,00, nas mesmas condições de pagamento do boi gordo. Alta de R$5,00/@ no acumulado do mês. A oferta escassa de boiadas explica o comportamento dos preços. Para o curto prazo, a expectativa é de que a baixa disponibilidade de animais terminados mantenha o mercado do boi gordo com viés de alta.
SCOT CONSULTORIA
Boi gordo pode ter novas altas mesmo na segunda quinzena, diz SAFRAS
O regime irregular de chuvas nas últimas semanas prejudica o desenvolvimento das pastagens, quadro que atrasa a engorda do rebanho extensivo
O mercado físico do boi gordo segue com preços firmes nas principais praças de produção e comercialização do país. “A tendência de curto prazo ainda remete a reajustes, em linha com a restrição de oferta que permanece dominante no segundo semestre. O regime irregular de chuvas nas últimas semanas prejudica o desenvolvimento das pastagens, quadro que atrasa a engorda do rebanho extensivo”, comenta o analista de Safras & Mercado, Fernando Henrique Iglesias. Ainda segundo ele, nessas condições “é seguro acreditar que a oferta de animais de pasto estará apta ao abate apenas no primeiro trimestre do próximo ano, formando uma lacuna de oferta justamente no período de maior demanda no ano, nas Festas”. Em São Paulo, preços passaram de R$ 166 a arroba para R$ 167 a arroba. Em Minas Gerais, preços de R$ 159 a arroba, estáveis. Em Mato Grosso do Sul, os preços permaneceram em R$ 156 a arroba. Em Goiás, o preço permaneceu em R$ 153 a arroba em Goiânia. No Mato Grosso, o preço seguiu em R$ 148 a arroba. O atacado teve preços estáveis para a carne bovina. “No decorrer da segunda quinzena do mês há menor espaço para reajustes, avaliando o arrefecimento da demanda que resulta em uma reposição mais lenta entre atacado e varejo. No entanto, o otimismo em torno das exportações ainda é grande, avaliando o estreitamento das relações comerciais com a China”, disse Iglesias. O corte traseiro teve preço de R$ 13,40 por quilo, estável. A ponta de agulha seguiu em R$ 8,75 por quilo, enquanto o corte dianteiro permaneceu em R$ 8,90 por quilo.
CANAL RURAL
ECONOMIA
Ibovespa recua sob peso de cenário político
O principal índice da bolsa paulista recuou na quinta-feira, após seis altas seguidas, em meio a ruídos no cenário político doméstico, que fizeram investidores preferirem realizar lucro
O Ibovespa caiu 0,39%, a 105.015,77 pontos. O giro financeiro da sessão somou 15,3 bilhões de reais. A crise no PSL, partido do Presidente Jair Bolsonaro, se intensificou com a decisão do governo de afastar a deputada federal Joice Hasselmann da liderança do governo no Congresso Nacional, após o envolvimento da parlamentar na polêmica disputa sobre a liderança do PSL na Câmara. Às vésperas do início da safra de balanços de companhias brasileiras, a XP Investimentos disse que aguarda uma temporada relativamente fraca, citando um cenário ainda desafiador para a atividade econômica. No exterior, ecoaram notícias sobre acordo do Brexit, com o Primeiro-Ministro britânico, Boris Johnson, dizendo que está confiante de que os parlamentares britânicos apoiarão o acordo em uma votação no sábado.
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Dólar fecha em alta e bate máxima em mais de 3 semanas com incertezas sobre fluxo
O dólar voltou a subir e bateu o pico de fechamento em mais de três semanas na quinta-feira, com o real sendo novamente destaque negativo nos mercados globais diante de incertezas sobre a oferta de moeda no país
O dólar à vista fechou em alta de 0,39%, a 4,1702 reais na venda. É o maior valor para um encerramento desde 23 de setembro (4,1709 reais na venda). No mercado futuro, o contrato de dólar de maior liquidez subia 0,40%, a 4,1715 reais, às 17h40. O dólar ganhou impulso e bateu a máxima do dia, de 4,1825 reais na venda. O fluxo cambial no país segue negativo —o saldo em 12 meses até setembro é o pior em 20 anos— e o mercado deposita nos leilões do pré-sal esperanças de alguma melhora na oferta de dólar. O mau desempenho do real também foi creditado outra vez ao aumento de apostas de afrouxamento monetário ainda mais agressivo pelo BC. A curva de juros passou a colocar alguma aposta em corte de 0,75 ponto percentual da Selic tanto neste mês quanto em dezembro. Mas alguns analistas têm defendido que a fraqueza da taxa de câmbio também decorre de outros fatores, como a queda nos preços das commodities em dólar. Em um mês, o índice CRB de commodities acumula queda de cerca de 4,8%. O real acumula depreciação nominal ante o dólar de 2,2% no mesmo período. Já o índice do dólar contra uma cesta de divisas cai 0,7% no intervalo, enquanto um índice de moedas emergentes sobe 0,2% no mesmo período.
REUTERS
Brasil abre 157.213 vagas formais de trabalho e tem melhor setembro em 6 anos
O Brasil teve criação líquida de 157.213 vagas formais de emprego em setembro, segundo o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) divulgado na quinta-feira pelo Ministério da Economia, no melhor desempenho para o mês desde 2013 (+211.068)
O dado marcou o sexto resultado positivo consecutivo no ano. De acordo com o Caged, também foi a primeira vez em 2019 em que todas os Estados ficaram no azul. No acumulado dos nove primeiros meses do ano, foram criadas 761.776 vagas, na série com ajustes —resultado mais forte para o período desde 2014 (+904.913). Dos oito setores econômicos pesquisados, sete apresentaram resultado positivo, com destaque para serviços (+64.553 postos), indústria de transformação (+42.179) e comércio (+26.918). Na ponta negativa, apareceu o setor de serviços industriais de utilidade pública, com fechamento de 448 vagas. O saldo do trabalho intermitente -regime implementado pela reforma trabalhista- ficou positivo em setembro em 6 mil empregos. A modalidade permite jornada em dias alternados ou por horas determinadas. Na modalidade de trabalho parcial, houve criação líquida de 1.807 vagas. Apesar da melhoria que vem sendo observada na abertura de postos de trabalho, a taxa de desemprego ainda está em patamar elevado no país. Conforme dados mais recentes divulgados pelo IBGE, a taxa ficou em 11,8% no trimestre encerrado em agosto, estável ante os três meses anteriores, mas numa queda de 0,3 ponto em relação a igual período de 2018. Os números mostram diminuição nos níveis de população desocupada e na população desalentada, mas o emprego sem carteira de trabalho assinada no setor privado bateu novo recorde da série histórica, num total de 11,8 milhões de pessoas.
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EMPRESAS
Balanços do 3º tri devem destacar fase positiva de empresas de carnes, vê BTG Pactual
Analistas do BTG Pactual estimam que a temporada de resultados do terceiro trimestre destacará o momento positivo para as empresas de proteína, já que ciclos positivos de commodities e câmbio favorável continuam sustentando margens em bases sólidas
Thiago Duarte e Henrique Brustolin afirmam manter a preferência pelas companhias ligadas a carne bovina em relação às de aves no trimestre, já que os spreads de gado nos EUA atingiram os níveis mais altos de todos os tempos, enquanto Brasil e Argentina se beneficiaram dos crescentes preços de exportação de carne bovina. Para eles, Marfrig deve ser a mais beneficiada desse cenário e publicar um trimestre ‘estelar’, com todos os olhos focados na geração do fluxo de caixa livre e nas diretrizes anuais. JBS e Minerva devem seguir o exemplo, na visão dos analistas, e divulgar margens sólidas de dois dígitos. A BRF, por sua vez, deve ter outro trimestre bom, na avaliação de Duarte e Brustolin, que, contudo, não esperam que as margens melhorem sequencialmente, à medida que os spreads de aves se achatam. A safra de balanços do setor começa com BRF no dia 8, e continua com Marfrig dia 11, Minerva dia 12, e JBS dia 13.
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JBS Biodiesel é a 1ª empresa a obter aval para emitir crédito de descarbonização
A JBS Biodiesel, da JBS, tornou-se na quinta-feira a primeira companhia de biocombustíveis a obter certificação para emitir créditos de descarbonização (CBios) no âmbito do Programa Nacional de Biocombustíveis (RenovaBio), conforme informação da empresa e da reguladora ANP
A certificação, que está sendo pedida por uma centena de produtores de biocombustíveis, incluindo companhias de etanol, permitirá que as empresas possam emitir créditos para serem comprados a partir de 2020 por distribuidoras de combustíveis, como forma de compensação pelas vendas de combustíveis fósseis. Assim, os CBios devem ser uma nova fonte de renda para o setor de biocombustíveis. A expectativa é de que quase 29 milhões de créditos sejam negociados no ano que vem, conforme meta estipulada pelo Conselho Nacional de Política Energética. A JBS Biodiesel informou que tem expectativa de colocar mais de 600 mil CBios anualmente no mercado. “Não tem como mensurar o valor (a ser obtido com a emissão dos créditos), os CBios vão ser negociados em bolsa, tudo vai depender de oferta e demanda”, disse à Reuters o Diretor da JBS Biodiesel, Alexandre Pereira, lembrando que cabe ao setor emitir os créditos e às distribuidoras a compra para neutralizar o CO2.
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FRANGOS & SUÍNOS
Suíno voltou ao patamar dos três dígitos nas granjas em São Paulo
Nas granjas de São Paulo, a cotação do suíno voltou ao patamar dos três dígitos, sendo negociado, em média, em R$100,00 por arroba. A valorização na semana foi de 3,1%
A demanda está aquecida, no entanto, com a entrada da segunda quinzena o movimento no mercado interno poderá perder força em curto prazo. No atacado, a valorização nos últimos sete dias foi de 5,3%, com a carcaça cotada, em média, em R$7,95 por quilo. No mercado externo, as exportações seguem aquecidas mantendo o mercado firme. Segundo a Secex, até a segunda semana do mês, o volume diário embarcado de carne in natura ficou 34,6% maior que o embarcado diariamente em setembro último e 29,2% mais que igual período do ano passado. Para o médio prazo, a expectativa é de preços firmes no mercado brasileiro. O mercado externo deverá seguir com a demanda aquecida e também existe a projeção de aumento no consumo doméstico, com a proximidade do final do ano.
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