Ano 5 | nº 1017 | 18 de junho de 2019
NOTÍCIAS
Boi gordo: mercado enxuto e comprador
As programações de abate, de maneira geral, estão enxutas. O impacto disto tem sido indústrias ofertando preços maiores pelo boi gordo
Segundo levantamento da Scot Consultoria, em São Paulo, por exemplo, a referência subiu 0,7% na última segunda-feira (17/6), em relação ao fechamento anterior e a arroba ficou cotada em R$151,50, à vista, livre de Funrural. No estado, as escalas de abate atendem a três dias. Na comparação semanal, a cotação do boi subiu 2,4%. Vale lembrar que estamos em plena segunda quinzena, período quando normalmente a demanda por carne diminui, o que causa pressão sobre os preços. A volta do embarque de carne bovina à China é o que tem dado fôlego para o mercado. Esse cenário deve permanecer ao longo da semana, tendo em vista que os estoques dos frigoríficos estão baixos.
SCOT CONSULTORIA
Preços futuros do boi sobem, seguindo onda de otimismo após reabertura chinesa
Retomada das exportações para a China reanima mercado físico e preços futuros acompanham
Os contratos futuros do boi gordo negociados na bolsa brasileira B3 voltaram a registrar sólidos ganhos nesta semana, impulsionados por um forte movimento de compras de oportunidade depois das quedas acumuladas, relata a Economics Informa FNP em seu recente boletim semanal. O vencimento junho/19 subiu 0,56% nesta quinta-feira e fechou em R$ 151,50/@. Já o contrato para outubro (pico da entressafra) encerrou o dia em R$ 163,60/@, alta de 0,25% ante o pregão anterior.
PORTAL DBO
Rabobank vê “cenário positivo” para exportação brasileira de carne
Houve uma retomada mais rápida do que o esperado dos embarques brasileiros, avalia o banco
A China deve manter o ritmo acelerado das suas importações de proteína animal no decorrer dos próximos meses devido ao surto de Peste Suína africana, que tem acometido seu rebanho suíno, a sua principal fonte de proteína animal, segundo informativo sobre commodities divulgado nesta segunda-feira pelo Rabobank. Na avaliação do banco com sede na Holanda, o grande apetite chinês pelas proteínas animais deve ter um efeito em cascata, resultando no aumento dos preços das carnes no mercado interno brasileiro. Em seu boletim, o Rabobank ressalta o “cenário positivo das exportações de carne bovina”, que de janeiro a maio deste ano cresceram 16,6%, em volume, na comparação com o mesmo período do ano anterior. Os compradores destaques, afirma o banco, são China, Rússia, Emirados Árabes e Irã, países “que têm aumentado substancialmente suas importações de carne bovina brasileira dado os preços competitivos em função do câmbio”. A suspensão dos embarques brasileiros para China devido o caso atípico da “vaca louca” impactou temporariamente as operações de abate dos frigoríficos que atendem o mercado externo, fato que colaborou para a queda nas cotações do boi gordo negociada no mercado interno. No entanto, avalia o Rabobank, “houve uma retomada mais rápida do que o esperado dos embarques, que deve ser ter a situação normalizada em passo acelerado”.
PORTAL DBO
ECONOMIA
Governo eleva previsão do valor da produção agropecuária do Brasil para R$600,9 bi
O Valor Bruto da Produção Agropecuária (VBP) do Brasil em 2019 foi estimado na segunda-feira em 600,93 bilhões de reais, ante 597,8 bilhões de reais na pesquisa divulgada em maio, com o setor pecuário e o milho e o algodão mostrando força, informou o Ministério da Agricultura
A projeção aponta um crescimento de 1,4% na comparação como ano anterior. Caso se confirme a previsão, o VBP ficaria próximo ao recorde alcançado em 2017, de 604,16 bilhões de reais (em termos reais), em uma série iniciada em 1989. “O montante não deve ficar muito diferente até o fim do ano, uma vez que faltam apenas as culturas de inverno e o trigo para o fechamento”, disse em nota o Coordenador-Geral de Estudos e Análises da Secretaria de Política Agrícola do ministério, José Garcia Gasques. A pecuária vem liderando o crescimento neste ano, com aumento real de 4,1%, para 202,3 bilhões de reais, “revelando recuperação da atividade” em meio a uma forte demanda na exportação, com a China elevando as compras enquanto lida com a peste suína africana. O VBP das lavouras deverá se manter praticamente estável em relação ao ano passado, ficando em 398,6 bilhões de reais. Se entre os principais grãos produzidos pelo Brasil a soja registrou quebra de safra neste ano, a de milho deverá ser recorde de mais de 100 milhões de toneladas, segundo especialistas. O bom resultado do VBP neste ano ocorre apesar de a soja, principal produto da pauta de exportação do Brasil, ter registrado redução anual da ordem de 20 bilhões de reais —ano passado a safra foi recorde e os preços foram elevados por uma forte demanda da China. Na pecuária, o crescimento deve-se principalmente a bovinos, suínos e frangos. Entre esses, o destaque maior é do frango, com crescimento de 13% no valor da produção.
REUTERS
Mercado passa a ver crescimento abaixo de 1% em 2019
O mercado reduziu com força a expectativa para a taxa básica de juros neste ano após 18 semanas de estabilidade, ao mesmo tempo em que passou a ver crescimento econômico abaixo de 1% em 2019 pela primeira vez
A pesquisa Focus divulgada pelo Banco Central na segunda-feira mostrou que a estimativa agora é de que a taxa básica Selic termine este ano a 5,75%, uma forte redução ante estabilidade no atual patamar de 6,5% vista antes. Os economistas consultados passaram a ver três cortes seguidos de 0,25 ponto percentual na Selic, em setembro, outubro e dezembro. O cenário para 2020 também apresentou redução na estimativa para os juros, a 6,5% de 7% no levantamento anterior. Com isso, as perspectivas para o mercado como um todo se alinham às do Top-5, grupo dos que mais acertam as previsões, que também baixou a conta para a Selic este ano a 5,75%, de 6,5%, mantendo a perspectiva para 2020 em 6,5%. A pesquisa semanal com uma centena de economistas apontou ainda que a expectativa para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) este ano caiu a 0,93%, de 1% antes, no 16º corte seguido. Para o próximo ano caiu 0,03 ponto percentual, a 2,20%. Para a inflação, a alta do IPCA em 2019 passou a ser calculada em 3,84%, de 3,89% antes, com os investidores mantendo a expectativa de avanço de 4% no próximo ano. O centro da meta oficial de 2019 é de 4,25 por cento e, de 2020, de 4 por cento, ambos com margem de tolerância de 1,5 ponto percentual para mais ou menos.
REUTERS
Ibovespa fecha em queda com cautela antes de decisões de juros
O Ibovespa iniciou a semana fechando em baixa, após oscilar muito ao longo da sessão, refletindo a cautela do mercado com os próximos dias no cenário internacional e com os possíveis desdobramentos na tramitação da reforma da Previdência
O Ibovespa fechou a sessão em queda de 0,43%, a 97.623,25 pontos. Segundo profissionais do mercado, os negócios reverberaram em parte às crescentes apostas de que autoridades monetárias poderão indicar nesta semana que estão abertas a fazer cortes em taxas de juros ainda neste ano. Na semana cortada pelo feriado de Corpus Christi, na quinta-feira, haverá reuniões de política monetária dos bancos centrais dos Estados Unidos, Japão e da Inglaterra.
Além disso, haverá também reuniões do Comitê de Política Monetária do Banco Central, na terça e quarta-feira. A expectativa de corte da Selic foi reforçada com a pesquisa Focus, que mostrou o mercado reduzindo a previsão de crescimento econômico pela 16ª semana seguida. A pesquisa também mostrou que a estimativa agora é de que a Selic termine o ano em 5,75%, ante atual patamar de 6,5%. O mercado ainda espera mais desdobramentos na sequência da Tramitação da reforma da Previdência. Mais cedo, o Presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), disse esperar que a proposta de reforma seja aprovada na comissão especial da Casa em 26 de junho.
REUTERS
Dólar fica quase estável à espera de Fed e Copom
O dólar ficou praticamente estável ante o real nesta segunda-feira, num dia de poucas variações em vários mercados financeiros, com investidores preferindo cautela antes das decisões de política monetária no Brasil e nos Estados Unidos
O dólar à vista BRBY registrou variação positiva de 0,03%, a 3,9005 reais na venda. Na B3, o contrato de dólar futuro de maior giro <DOLc1 tinha ligeira queda de 0,10%, a 3,8955 reais. A quarta-feira reserva tanto a decisão do Copom no Brasil quanto o anúncio de taxa de juros pelo Federal Reserve (Fed, banco central dos Estados Unidos). A expectativa do mercado é que o Copom adicione referências “dovish” a seu cenário, enquanto o mercado projeta que o Fed indique cortes de juros nos EUA até o fim do ano. O mercado evitou nova queda do dólar nesta sessão também atento ao noticiário político. Depois de rebater declarações do ministro da Economia, Paulo Guedes, no fim da semana passada, o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), disse que a maneira como Joaquim Levy, agora ex-presidente do BNDES, foi forçado a deixar o cargo foi “covardia”. “Tirando gritarias ideológicas e políticas de ambos os lados, vejo a situação de hoje como apenas mais um ruído político, do que uma mudança de direção econômica ou ideológica do governo”, disse Dan Kawa, sócio da TAG Investimentos.
REUTERS
EMPRESAS
Fitch eleva rating da JBS de “BB-” para “BB”, com perspectiva estável
A agência de classificação de risco Fitch Ratings elevou hoje o rating global da JBS “BB-” para “BB”, com perspectiva estável. O rating em escala nacional foi elevado de “A (bra)” para “AA+ (bra)”
De acordo com a agência, a atualização reflete a desalavancagem esperada da JBS e a forte geração de fluxo de caixa livre e maior flexibilidade financeira devido à gestão recente de passivos. A Fitch ainda destacou que o perfil de negócios da JBS é forte devido ao seu tamanho, diversificação geográfica e proteíca em suínos, aves e bovinos. A agência destacou que a empresa é a mais diversificada geograficamente no setor de proteínas devido à sua forte presença na América do Norte, América do Sul, Austrália e Canadá. “Essa diversidade geográfica permite que o grupo reduza a volatilidade dos negócios inerente ao setor”, afirmou a agência por meio de nota. A Fitch espera que a JBS continue a se desalavancar devido à forte geração de fluxo de caixa livre, devido ao forte desempenho da empresa em suas operações nos EUA, Canadá e Austrália. Essas operações representaram cerca de 80% do Ebitda ajustado de 2018, de R$ 14,9 bilhões. Em comparação aos concorrentes brasileiros, a Fitch avalia que a JBS tem uma posição favorável do ponto de vista de risco de negócios ante Marfrig Global Foods (“BB-”, com perspectiva estável) e Minerva (“BB-“, com perspectiva estável). Por outro lado, o índice de alavancagem da JBS continua maior do que a das americanas Tyson Foods (“BBB”, com perspectiva estável) e Smithfield Foods (“BBB”, com perspectiva estável).
VALOR ECONÔMICO
FRANGOS & AVES
Abate de suínos cresceu 5,5% no primeiro trimestre
De janeiro a março foram abatidos 11,31 milhões de cabeças de suínos
De acordo com os dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) no 1º trimestre de 2019, foram abatidas 11,31 milhões de cabeças de suínos, representando aumentos de 5,5% em relação ao mesmo período de 2018, e de 1,1% na comparação com o 4° trimestre de 2018. Desde 2001 não acontecia de um primeiro trimestre alcançar uma produção maior na comparação com o trimestre imediatamente anterior (4° trimestre), o que culminou com o melhor primeiro trimestre do abate em toda a série histórica, iniciada em 1997. Em todos os meses do 1° trimestre de 2019 alcançou-se também o melhor resultado da série histórica para cada mês, respectivamente. O peso acumulado das carcaças alcançou 992,28 mil toneladas, no 1º trimestre de 2019, representando aumentos de 3,9% em relação ao mesmo período de 2018, e de 1,2% em relação ao trimestre imediatamente anterior (Gráfico I.7). Os animais foram abatidos com peso médio de 87,7 kg, queda de 1,5% em relação ao 1° trimestre de 2018 (89,0 kg). A Região Sul respondeu por 66,2% do abate nacional de suínos, no 1º trimestre de 2019, seguida pela Sudeste (18,6%), Centro-Oeste (14,2%), Nordeste (0,9%) e Norte (0,1%). De acordo com o IBGE o abate de 589,01 mil cabeças de suínos a mais no 1º trimestre de 2019, em relação ao mesmo período do ano anterior, foi impulsionado por aumentos em 20 das 25 Unidades da Federação participantes da pesquisa. Entre os Estados com participação acima de 1%, ocorreram aumentos em: Santa Catarina (+195,14 mil cabeças), Rio Grande do Sul (+104,40 mil cabeças), São Paulo (+83,14 mil cabeças), Paraná (+74,00 mil cabeças), Minas Gerais (+66,05 mil cabeças), Mato Grosso (+64,11 mil cabeças), Goiás (+9,34 mil cabeças) e Mato Grosso do Sul (+5,25 mil cabeças). Em contrapartida, neste trimestre não ocorreram quedas em UF’s com participação acima de 1%. No ranking das UFs, Santa Catarina continua liderando o abate de suínos, com 26,6% da participação nacional, seguido por Paraná (20,7%) e Rio Grande do Sul (18,8%).
Peste suína: FAO eleva para quase 4 milhões o número de animais abatidos na Ásia
A revisão para cima no volume deve-se à elevação no número de casos identificados no Vietnã, que passou para 2,5 milhões de suínos
A Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO) informou que 3.638 milhões de suínos já foram eliminados em países asiáticos por causa da contaminação com a peste suína africana (ASF, na sigla em inglês). O número representa um incremento de 300 mil animais em relação ao levantamento anterior da organização, de 7 de junho. A revisão para cima no volume de animais descartados em virtude da infecção com o vírus deve-se à elevação no número de casos identificados no Vietnã, que passou de 2,2 milhões de suínos para 2,5 milhões de suínos. No país, segundo o Ministério da Agricultura e Desenvolvimento Rural local, a epidemia atingiu mais duas províncias, totalizando 56 regiões afetadas pela doença desde 19 de fevereiro. A situação mais crítica, em termos de extensão, permanece sendo a da China, onde foi detectado um novo foco da doença, somando 139 focos em 32 províncias, incluindo a região administrativa de Hong Kong. Desde a identificação do surto, em agosto do ano passado, 1,133 milhão de animais foram eliminados, de acordo com dados divulgados pelo Ministério da Agricultura e Assuntos Rurais do país. A Coreia do Norte permanece com um foco da doença identificado, desde 23 de maio, afetando uma província e levando à eliminação de 77 animais. Quanto à Mongólia, desde o primeiro caso detectado em 15 de janeiro, 11 surtos foram notificados em seis províncias e em uma cidade, levando à eliminação de 3,1 mil animais. No Camboja, 2,4 mil animais foram descartados, com um foco detectado em uma província, em 2 de abril. Nesses países, os números se mantiveram em relação ao balanço anterior.
Estadão Conteúdo
Maiores informações:
ABRAFRIGO
imprensaabrafrigo@abrafrigo.com.br
Powered by Editora Ecocidade LTDA
041 3088 8124