CLIPPING DA ABRAFRIGO Nº 941 DE 25 DE FEVEREIRO DE 2019

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Ano 5 | nº 941 | 25 de fevereiro de 2019

NOTÍCIAS

Expectativas positivas para a arroba do boi gordo

Na última sexta-feira (22/2) não houve intenção dos compradores em alongar as programações de abate, portanto, as ofertas de compras ao longo do dia foram monótonas

Sendo assim, o reabastecimento dos estoques dos frigoríficos paulistas trabalhou na mesma velocidade do fluxo de vendas: devagar. As escalas de abates atendem três dias no máximo. A virada de mês e o carnaval repercutiram pouco no mercado paulista do boi na terceira semana de fevereiro. Cenário oposto ocorreu em algumas regiões de Goiás e Mato Grosso do Sul, por exemplo, onde as altas de preços têm ocorrido com maior força em função da dificuldade de compra. Por fim, para a esta semana existem condições para melhoras na precificação da arroba: aumento do consumo no mercado interno (feriado de carnaval), exportações em bons patamares e mercado interno de carne enxuto (escalas curtas e menos dias de abate).

SCOT CONSULTORIA

Abate halal de gado bovino avança no país

Conforme o Presidente da Fambras Halal, Mohamed Hussein El Zoghbi, cerca de 100 frigoríficos brasileiros estão certificados para fazer o abate halal. A Fambras, que surgiu da Federação das Associações Muçulmanas do Brasil, é a maior certificadora no segmento

De olho no mercado internacional, os principais frigoríficos do país estão investindo nas caixas cilíndricas, chamadas de box rotativo, para adaptar as linhas de abate ao sistema aceito pelo mercado muçulmano. A tendência é que a maior parte da carne produzida nas grandes indústrias siga o método halal. Embora sem saber, os consumidores brasileiros e europeus já estão comprando a carne de bovinos que foram abatidos de acordo com os preceitos islâmicos. Isso porque nem todos os cortes de carne dos animais abatidos para a produção voltada aos muçulmanos são vendidos nesses mercados. No Egito, por exemplo, há grande demanda pelo dianteiro bovino. Os cortes do traseiro, como a picanha, são vendidos a outros mercados, principalmente o brasileiro. Na JBS, maior empresa de proteínas animais do mundo, a participação do abate halal já é significativa. Atualmente, cerca de 65% das exportações de carne bovina feitas pela JBS a partir do Brasil são do produto halal, afirmou ao Valor o Presidente da Friboi, Renato Costa. Principal responsável pelo forte avanço das exportações brasileiras de carne bovina em 2018, a China é o país que impulsiona a produção de carne bovina halal da JBS. De acordo com Costa, cerca de 80% das exportações feitas pela companhia para a China são do produto que é feito segundo os preceitos islâmicos. O Presidente da Friboi está otimista com a possível abertura da Indonésia à carne bovina brasileira, depois de anos de negociações entre os governos dos dois países e das queixas do Brasil na Organização Mundial de Comércio (OMC). Em entrevista ao Valor em Dubai, o executivo da Fambras afirmou que a implementação das caixas rotativas, tecnologia obrigatória para o abate kosher (judeu), deverá ajudar a sustentar a produção de carne halal graças aos ganhos de produtividade que oferecem. “Não atrasa o abate. Você mantém a produção de carne dentro do que é esperado”. Cada caixa rotativa custa R$ 550 mil. Com uma linha dupla desses equipamentos, é possível manter os abates entre 100 e 120 cabeças de gado por hora. No sistema anterior, 80 cabeças por hora eram abatidas.

VALOR ECONÔMICO

Vacinação contra febre aftosa imunizou 98,50% do rebanho previsto

Criadores deverão aplicar apenas a vacina de 2 ml na campanha deste ano

A segunda etapa da campanha de vacinação contra a febre aftosa, realizada em novembro, imunizou 94,87 milhões de bovinos e búfalos no país, dos 96,31 milhões previstos, segundo dados do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa). Com isso, a cobertura vacinal atingiu 98,50%. A maior parte dos estados vacinou animais com idade de até 24 meses. As exceções foram o Acre, Amapá, Espírito Santo e Paraná, que vacinaram animais de todas as idades, de acordo com dados informados pelo Departamento de Saúde Animal e Insumos Pecuários. Na etapa de novembro de 2018 foi usada pela última vez a vacina de 5 ml. A partir deste ano, nas etapas de vacinação, nova dose de 2 ml bivalente (para dois tipos de vírus) será utilizada. As campanhas iniciarão em 15 de março no Amazonas, concentradas nos meses de maio (1ª etapa) e de novembro (2ª etapa) na maioria das unidades federativas. Os produtores precisam estar atentos para usar a dose correta da vacina – 2 ml – para não haver sobredosagem no animal, que pode provocar caroços, edemas, inchaços e até abscesso, no caso eventual de contaminação.

MAPA

SC está preocupada com fim da vacinação contra aftosa no PR

Secretário de agricultura de SC entende que outros Estados ainda não estão preparados para a retirada da vacina

A possibilidade de antecipação de 2021 para 2019 da retirada da vacinação contra a febre aftosa pelo Paraná preocupa Santa Catarina, disse o secretário da Agricultura e da Pesca, Ricardo de Gouvêa, que participou da reunião da Câmara da Agroindústria da FIESC, realizada em Florianópolis. Santa Catarina é o único Estado brasileiro a manter, desde 2007, o status de livre de aftosa sem vacinação. “Particularmente, entendo que outros Estados ainda não estão preparados para a retirada da vacina; depois de reconhecidos pelo Ministério da Agricultura, levamos mais 14 anos para recebermos o aval da Organização Mundial de Saúde Animal (OIE)”, disse Gouvêa. O Programa Nacional de Erradicação e Prevenção da Febre Aftosa (PNEFA prevê a suspensão gradativa da vacinação contra febre aftosa no Brasil, começando pelo Paraná. A expectativa é de que, até 2023, o Brasil seja reconhecido pela OIE como país livre de febre aftosa sem vacinação.

PORTAL DBO

Santa Catarina quer certificado “independente” de livre de aftosa

SC é o único Estado brasileiro a manter, desde 2007, o status de livre de aftosa sem vacinação

Independentemente supostos avanços conquistados pelos outros Estados brasileiros em relação ao programa de erradicação da doença da febre aftosa, o governo de Santa Catarina, juntamente com a iniciativa privada e produtores rurais, já apresentou ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) a proposta de que o Estado se mantenha com a certificação (de livre de aftosa sem vacinação) independentemente do restante do País. Segundo as autoridades locais, a separação de Santa Catarina do resto dos Estados garante que, em caso de ocorrência de febre aftosa em outra região, a certificação internacional catarinense não seja afetada. Nessa situação, Santa Catarina, reforçam as autoridades, continuaria autorizada a exportar os produtos de origem animal, pois se manteria como uma zona a parte do restante do País.

PORTAL DBO

Relação de troca piorou para o recriador/invernista no Rio de Janeiro

O mercado de reposição está aquecido no Rio de Janeiro, principalmente nos negócios que envolvem animais mais jovens.

Este aumento da demanda por bezerros resultou em alta nos preços. Na contramão, com o mercado do boi gordo sem firmeza, houve desvalorização para a arroba. Na comparação mensal, em média, a referência para os animais entre 6 e 7,5@ subiu 1,2%, já o preço do boi gordo de 16,5@ caiu 1,4%. Além dos bezerros, outra categoria que teve ajuste positivo nos preços neste início de ano foi o garrote de 9,5@, contudo o aumento no preço (1,5%) foi impulsionado mais pela oferta restrita do que pela procura. Diante deste cenário, a relação de troca piorou para o recriador/invernista. Considerando estas três categorias o poder de compra caiu 2,6% desde o começo do ano. Para os próximos dois meses a previsão é de que as chuvas no estado sejam abaixo da média histórica, este quadro pode prejudicar a capacidade de suporte das pastagens e esfriar a procura por negócios com reposição.

SCOT CONSULTORIA

ECONOMIA

Ibovespa sobe na esteira de balanços; Magazine Luiza salta

O Ibovespa fechou em alta na sexta-feira, na esteira de uma bateria de resultados corporativos, com Magazine Luiza disparando mais de 10 por cento após números fortes no quarto trimestre, enquanto Hypera foi destaque negativo

Índice de referência do mercado acionário brasileiro, o Ibovespa subiu 0,98 por cento, a 97.885,60 pontos. O volume financeiro somou 13,99 bilhões de reais. No exterior, Wall Street fechou com os principais índices acionários no azul, tendo no radar as negociações comerciais entre Estados Unidos e China. Investidores seguem monitorando o andamento da proposta de reforma da Previdência encaminhada nesta semana ao Congresso Nacional, com ajustes de expectativas para a tramitação, de eventuais mudanças ou desidratação do texto. “A batalha agora é acertar a articulação política do Executivo, de modo a evitar que a proposta seja excessivamente desfigurada”, afirmou a equipe da Brasil Plural a clientes. Para Marcelo Mesquita, sócio na Leblon Equities, a bolsa tem um pano de fundo estruturalmente positivo, com o governo brasileiro na direção de reformas necessárias, de política fiscal responsável e venda de ativos para reduzir a dívida pública e juros por consequência. “O mercado aguarda agora a execução deste projeto, seja no Executivo, no Legislativo e até no Judiciário. Na medida em que as coisas forem sendo de fato implementadas, teremos a bolsa reagindo continuadamente, pois o custo de capital no país estará se reduzindo e os negócios valendo mais”, afirmou.

REUTERS

Dólar recua ante real com apetite a risco em meio a expectativas sobre negociações EUA-China

O dólar encerrou em queda na sexta-feira, acompanhando o exterior, com maior procura por risco diante do otimismo ligado às negociações comerciais entre Estados Unidos e China

O dólar fechou em baixa de 0,55 por cento, a 3,7412 reais na venda. A moeda oscilou entre 3,7665 reais e 3,7268 reais. Na semana, a divisa caiu 1,01 por cento ante o real. O dólar futuro recuava 0,74 por cento. O Secretário do Tesouro dos EUA, Steven Mnuchin, informou que a equipe de negociadores chineses estendeu a viagem em dois dias para prosseguir com as conversas. O Presidente dos EUA, Donald Trump, afirmou que há uma chance boa de um acordo, acrescentando que as decisões finais serão feitas por ele e pelo Presidente chinês, Xi Jinping. Segundo Trump, ele e Xi devem se reunir na Flórida. O representante de Comércio dos EUA, Robert Lighthizer, disse que os países progrediram na questão de transferências de tecnologia, uma das demandas cruciais dos norte-americanos. Como parte das negociações, a China aceitou comprar até 1,2 trilhão de reais em produtos norte-americanos, reportou a CNBC, citando fontes familiarizadas com a situação. No plano doméstico, o foco seguiu no assunto reforma da Previdência. O líder do PSL na Câmara, Delegado Waldir (GO), disse nesta sexta que o texto não vai avançar até que o projeto referente à aposentadoria dos militares chegue ao Congresso. Ainda nesta sexta, o Presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), disse que o governo ainda não tem os votos necessários para aprovar a reforma, mas que há um sentimento favorável na Casa, acrescentando que a matéria pode ser votada ainda no primeiro semestre.

REUTERS

FRANGOS & SUÍNOS

FRANGO/CEPEA: Exportação elevada impulsiona preços domésticos

Preços da carne de frango in natura têm apresentado altas expressivas no correr deste mês

Os preços da carne de frango in natura têm apresentado altas expressivas no correr deste mês, impulsionados pelo ritmo aquecido dos embarques brasileiros da proteína e também pela menor oferta doméstica – vale lembrar que o mercado esteve desfavorável ao setor em boa parte de 2018, o que levou avicultores a reduzir a produção. No acumulado de fevereiro (até o dia 21), o frango inteiro congelado negociado no atacado da Grande São Paulo se valorizou expressivos 5,1%, com o preço médio a R$ 4,34/kg na quinta-feira, 21. Para o produto resfriado, a alta foi ainda mais intensa, de 8,2%, com negócios a R$ 4,42/kg no dia 21. Dentre os cortes acompanhados pelo Cepea no mercado paulista, o peito de frango resfriado foi o que teve a maior valorização no acumulado parcial de fevereiro, de 4,2%, fechando a R$ 5,45/kg na quinta-feira. Quanto às exportações, conforme dados da Secex, nos primeiros 11 dias úteis deste mês, a quantidade média diária de carne de frango exportada pelo Brasil foi de 16,84 mil toneladas, volume 42,1% superior ao registrado em janeiro, quando era de 11,85 mil t/dia.

CEPEA/ESALQ

Frango: queda no atacado em São Paulo

As vendas perderam força na segunda quinzena do mês, com isso, os preços caíram no atacado

A carcaça passou de R$4,45 por quilo para os atuais R$4,15 por quilo, queda de 6,7% na semana passada. Nas granjas de São Paulo, apesar da menor movimentação, os preços se mantiveram nas mesmas bases. A ave terminada segue cotada, em média, em R$3,00 por quilo. Para o curto prazo o mercado deverá seguir frouxo, a não ser que ocorra uma melhora na demanda devido ao carnaval.

SCOT CONSULTORIA

INTERNACIONAL

Inundações farão Austrália reduzir suas exportações

As inundações que atingiram na semana retrasada o norte da Austrália, terceiro principal país exportador de carne bovina do mundo, terão impacto relevante no comércio da proteína nos próximos anos

De acordo com projeções divulgadas no país, em torno de 500 mil cabeças de gado morreram, principalmente em Queensland. Esse volume representa mais de 5% do total de abates no país, conforme dados do Escritório Australiano de Estatísticas, um órgão do governo. O Gerente Internacional da Meat & Livestock Australia (MLA), Nick Meara, admitiu que é “possível” que as exportações australianas de carne bovina caiam de 2% a 3% nos próximos dois anos. A MLA, que contava com um estande na principal feira do Oriente Médio, fornece estatísticas e serviços aos frigoríficos australianos de carne bovina e para o governo local. De acordo com estimativas do Departamento de Agricultura dos EUA (USDA, na sigla em inglês), a Austrália exportou, no ano passado, 1,6 milhão de toneladas de carne bovina em equivalente carcaça. O país ficou à frente dos EUA, mas atrás de Brasil e Índia – os asiáticos vendem, prioritariamente, carne de búfalo a preços baratos. As enchentes atingiram uma área de cerca de 50 quilômetros de largura, disse uma fonte. “A infraestrutura da região vai demorar de dois a quatro meses para ser ajustada”, afirmou. Dados preliminares da indústria australiana de carne bovina apontam que a recuperação da produção local levará de um a dois anos. Um dos grandes problemas é que a região afetada é importante na criação de bezerros, o que atinge diretamente a produção futura de gado. Entre os frigoríficos, a brasileira JBS, maior produtora de carne bovina do mundo, deverá ser uma das prejudicadas porque possui uma unidade na região de Queensland.

VALOR ECONÔMICO

Brasil negocia comércio de carnes com o Peru, diz ministra

A ministra da Agricultura, Tereza Cristina, afirmou que o Brasil está negociando um acordo para exportar carnes para o Peru, especialmente a da região Norte do país

Em visita ao Acre, afirmou não fazer sentido o produto brasileiro não poder entrar no mercado peruano ao mesmo tempo em que eles compram de países como Estados Unidos e Austrália. “Nós já estamos bem encaminhados. Vamos ter uma missão em breve para o Peru para abrir o mercado de carnes”, disse a Ministra, em nota divulgada pelo Ministério da Agricultura. A pasta não informa quando seria essa missão. Diz apenas que foram feitos convites ao Governador do Acre Gladson Camelli e produtores acreanos para integrar a comitiva.

Globo Rural

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