CLIPPING DA ABRAFRIGO Nº 940 DE 22 DE FEVEREIRO DE 2019

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Ano 5 | nº 940 | 22 de fevereiro de 2019

NOTÍCIAS

BOI/CEPEA: pecuária brasileira tem produtividade recorde

Produtividade da pecuária nacional atingiu patamar histórico em 2018, de acordo com dados divulgados pelo IBGE

A produtividade da pecuária nacional (quilogramas por animal) atingiu patamar histórico em 2018, de acordo com dados divulgados pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) neste mês. Vale lembrar que o número de animais abatidos no ano passado também cresceu, sendo o maior desde 2014. Segundo pesquisadores do Cepea, esses números mostram a evolução da pecuária nacional, que vem respondendo a investimentos realizados nos últimos anos, especialmente após a forte seca enfrentada pelo Centro-Sul brasileiro entre 2013 e 2014, que resultou em redução do rebanho e da produtividade nacional. Em 2018, a produtividade média do rebanho brasileiro (considerando-se boi, vaca, novilho e novilha) foi de 249,35 kg/animal, a mais alta da série, 0,2% maior que a de 2017, 4,86% acima da de 2014 e 5,07% superior à de 2013. Em termos de produtividade, no quarto trimestre de 2018, registrou-se a segunda maior marca da história, de 253,39 kg/animal, atrás apenas (em 0,39%) da observada no terceiro trimestre do mesmo ano.

CEPEA/ESALQ

Mais altas do que baixas no mercado do boi gordo

No fechamento da última quinta-feira (21/2) foram registradas mais altas do que quedas nos preços da arroba do boi gordo. Mesmo com consumo calmo, a oferta comedida de boiadas explica esse cenário

Em algumas regiões, os bons volumes de chuvas, permitem aos pecuaristas reterem as boiadas no pasto em engorda e isso diminui a disponibilidade de bovinos terminados. Nestas regiões a ponta compradora ofertou preços acima das referências, e a cotação da arroba subiu em três praças pecuárias, frente ao levantamento anterior (20/2). Em Belo Horizonte-MG, por exemplo, a alta foi de 0,7%, o que significa R$1,00/@ a mais na comparação dia a dia. Por lá as programações de abate atendem, em média, até a metade da semana que vem (26/2). Em São Paulo, os preços estão estáveis, porém, os frigoríficos sentem dificuldades em alongar as escalas de abate, que atendem, em média, quatro dias. A margem de comercialização dos frigoríficos que desossam está em 17,2%, abaixo da média histórica.

SCOT CONSULTORIA

PL do autocontrole é vago, mas eleva valor de multas

O Ministério da Agricultura pretende elevar de R$ 15 mil para até R$ 2 milhões o valor máximo das multas cobradas de agroindústrias que desrespeitarem regras previstas no projeto de lei do autocontrole de processos produtivos das empresas do setor, que a Ministra Tereza Cristina quer enviar para votação no Congresso até abril

Considerada vaga por especialistas, a minuta do projeto de lei que o ministério prepara para regulamentar e ampliar o escopo do autocontrole no país, obtida pelo Valor, prevê que programas possam ser implantados e monitorados pelas próprias companhias ou por “entidades de terceira parte” contratadas por ela e credenciadas pelo ministério. O Sindicato Nacional dos Auditores Fiscais Federais Agropecuários (Anffa Sindical) teme que essa medida abra espaço para a “terceirização” da fiscalização e inspeção de carnes e outros alimentos. O Secretário de Defesa Agropecuária do ministério, José Guilherme Leal, garante, porém que a Pasta não dispensará a fiscalização nos estabelecimentos e auditará as “entidades” credenciadas. Com o autocontrole ganhando “força de lei”, a ideia é dar mais responsabilidade às empresas nos processos de produção e qualidade dos produtos, dispensando fiscalização frequente ou permanente em algumas etapas sempre que possível. O ministério tem sido muito criticado por países importadores nos últimos anos pela carência de fiscais para auditar a fabricação de alimentos. Ainda que queira enviar o PL ao Congresso durante os 100 primeiros dias de governo, a ministra Tereza Cristina quer, antes, debater o texto com auditores fiscais e empresas do setor. “O autocontrole já acontece em vários segmentos. O que precisamos é modernizar e caminhar para frente. O Brasil tem um potencial enorme de produção e o ministério a cada dia terá menos perna para isso”, afirmou Tereza ontem, após seminário sobre o assunto promovido pelo ministério no Tribunal de Contas da União (TCU).

VALOR ECONÔMICO

Laboratórios da Mérieux, BRF perdem acreditação após operação Trapaça

Laboratórios brasileiros envolvidos no escândalo de segurança alimentar da BRF tiveram uma importante acreditação cancelada pelo Inmetro, afirmou um representante do Ministério da Agricultura na quinta-feira

O Secretário de Defesa Agropecuária, José Guilherme Leal, disse que três laboratórios da Mérieux Nutrisciencies no Brasil, responsáveis por testes em produtos da BRF, não estão mais autorizados a fazerem testes após a perda de uma acreditação conhecida como ISO 17025. Tal acreditação é necessária para que o ministério permita um laboratório a realizar testes de segurança alimentar em seu nome. Segundo o Inmetro, o órgão federal responsável pela acreditação, os três laboratórios da Mérieux e dois laboratórios controlados pela BRF perderam os certificados ISO 17025 em janeiro. O Inmetro afirmou que a decisão está baseada no envolvimento das empresas na operação Trapaça, da Polícia Federal, que acusa a BRF, dona das marcas Sadia e Perdigão, e a Mérieux de fraudarem testes de segurança de alimentos. O Inmetro afirmou que o cancelamento das acreditações vale por dois anos e que a concessão de uma nova demora em média 10 meses. O Secretário afirmou que ele e executivos da Mérieux discutiram “medidas corretivas”, sem dar detalhes. A Mérieux está presente em 23 países e as operações no Brasil representam quase 7 por cento do faturamento da companhia. A BRF afirmou que depois de perder as acreditações do Inmetro, os laboratórios afetados, que ficam em Goiás, redirecionaram os testes exigidos pelo ministério para outras unidades autorizadas.

REUTERS

ECONOMIA

Dólar avança quase 1% ante real com cautela por cena política

O dólar fechou em alta na quinta-feira, refletindo cautela ligada à cena política local com foco na tramitação da reforma da Previdência no Congresso

O dólar avançou 0,91 por cento, a 3,7618 reais na venda. A moeda oscilou entre 3,7163 e 3,7730 reais. O dólar futuro subia 0,93 por cento. O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), determinou nesta quinta-feira o envio da proposta de Previdência à Comissão de Constituição e Justiça, onde começará a tramitar, antes do colegiado começar os trabalhos. Maia pretende instalar a CCJ na próxima terça-feira. O movimento acontece num momento político delicado para o Planalto, o que levanta questões sobre quanto do texto original proposto conseguirá ser mantido e sobre o tempo de tramitação. Na véspera, até mesmo parlamentares mais identificados com o governo fizeram críticas públicas à proposta, citando, por exemplo, a decisão de não incluir mudanças nas aposentadorias dos militares. Alguns participantes do mercado avaliam que o sucesso da tramitação do projeto é a chancela necessária não só para avançar com outras pautas da agenda econômica, como também atrair o investidor estrangeiro de volta ao Brasil. No exterior, o dólar subiu contra moedas emergentes, impulsionado por uma certa aversão ao risco após dados econômicos fracos na zona do euro e nos Estados Unidos.

REUTERS

Bolsa fecha em leve alta em sessão repleta de balanços, com Previdência ainda em foco

A bolsa paulista fechou com o Ibovespa em leve alta quinta-feira, numa sessão volátil marcada por bateria de resultados corporativos, enquanto investidores continuaram repercutindo a proposta de reforma da Previdência e monitorando Wall Street

O índice de referência do mercado acionário. BVSP encerrou com variação positiva de 0,4 por cento, a 96.932,27 pontos, após oscilar da mínima de 95.793,10 pontos à máxima de 97.231,40 pontos. O volume financeiro somou 16,25 bilhões de reais. Investidores continuaram repercutindo a proposta de reforma da Previdência encaminha ao Congresso Nacional na quarta-feira. Para o gestor Rodrigo Galindo, sócio da Novus Capital, momentos de volatilidade são esperados nos próximos dois a três meses, durante a tramitação da proposta, mas ele ressaltou que vê qualquer realização de lucros na bolsa como oportunidade para aumentar sua exposição a ações brasileiras. Dados da B3 mostram que o capital externo negociado no segmento Bovespa está negativo em 851 milhões de reais em fevereiro até dia 19, embora no acumulado do ano as entradas superem as saídas em 668,1 milhões de reais. No exterior, números fracos sobre a economia norte-americana pressionaram os pregões em Wall Street, onde investidores também continuaram na expectativa de novidades sobre as negociações comerciais entre EUA e a China.

REUTERS

Educação pressiona e IPCA-15 sobe 0,34% em fevereiro, ainda abaixo da meta em 12 meses

A prévia da inflação oficial brasileira acelerou a alta em fevereiro em um movimento sazonal alimentando pelos preços de Educação, porém permanece em 12 meses abaixo do centro da meta do governo, dando conforto ao Banco Central para manter os juros no atual nível

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo-15 (IPCA-15) teve alta de 0,34 por cento em fevereiro, contra avanço de 0,30 por cento em janeiro, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) na quinta-feira. O resultado repete o de fevereiro de 2000 e representa a menor taxa para meses de fevereiro desde o início do Plano Real em 1994. Em 12 meses, o IPCA-15 passou a acumular alta de 3,73 por cento, de 3,77 por cento no mês anterior, indo ainda mais abaixo da meta oficial de inflação do governo para 2019 —4,25 por cento pelo IPCA, com margem de 1,5 ponto percentual para mais ou menos. O IBGE destacou em fevereiro a influência do grupo Educação, que exerceu o maior impacto depois de os preços passarem a subir 3,52 por cento, de 0,31 por cento em janeiro. Alimentação e bebidas, que tem forte peso sobre os bolsos dos consumidores, desacelerou a alta em fevereiro a 0,64 por cento, de 0,87 por cento no mês anterior, influenciado pela alimentação no domicílio. Na outra ponta, os grupos Transportes e Vestuário apresentaram deflação em fevereiro, respectivamente de 0,46 e 0,92 por cento. Ainda que a tendência seja de pressão maior no início do ano principalmente por efeitos sazonais, as perspectivas para a inflação em 2019 permanecem ancoradas, com a pesquisa Focus mais recente mostrando que a expectativa do mercado é de uma alta do IPCA em 2019 de 3,87 por cento.

REUTERS

FRANGOS & SUÍNOS

PR alcança segundo melhor mês em abate de frangos de sua história

A avicultura paranaense iniciou 2019 com números positivos na produção. De acordo com dados do Sindicato das Indústrias de Produtos Avícolas do Estado do Paraná (Sindiavipar), em janeiro foram abatidas 161 milhões de cabeças de frango, segundo maior número mensal da história do estado, atrás apenas das 161,8 milhões de cabeças registradas em agosto de 2017

O índice marcou alta de 2,3% em comparação ao primeiro mês de 2018, informou o Sindiavipar na quinta-feira (21). Já nos embarques houve retração de 12,2% em comparação ao mês de janeiro de 2018, com 107,9 mil toneladas embarcadas contra 123 mil toneladas do ano passado, segundo informações da Secretaria de Comércio Exterior (Secex/Mdic) compiladas pelo sindicato. No total, as exportações geraram US$ 165,8 milhões em receitas para o estado no período. “Esse número um pouco abaixo não nos preocupa. Registramos oscilações nos embarques para nossos principais parceiros, com alguns registrando queda e outros elevando seus índices. Os números históricos de abate demonstram a confiança do setor na estabilidade do mercado, que deve ser notada nos próximos meses”, avaliou em nota o Presidente do Sindiavipar, Domingos Martins.

CARNETEC

SUÍNOS/CEPEA: carne se valoriza, mas permanece competitiva

Baixa oferta de suíno vivo em peso ideal para abate tem mantido os preços do animal em alta em todas as regiões acompanhadas pelo Cepea

Diante desse cenário, frigoríficos têm repassado as valorizações do vivo à carne. Segundo colaboradores do Cepea, apesar dessas recentes recuperações nos preços do animal e da proteína, as médias parciais de fevereiro ainda estão abaixo das de janeiro, contexto que mantém a carne suína competitiva frente às principais substitutas (bovina e de frango). Nessa quarta-feira, 20, o quilo do animal foi negociado na média de R$ 3,90 na região de SP-5 (Bragança Paulista, Campinas, Piracicaba, São Paulo e Sorocaba), alta de 6,1% em relação à do dia 13. A média deste mês, porém, é 4,6% inferior à de janeiro, a R$ 3,68. Para as carcaças, enquanto a especial suína registra queda mensal, as demais proteínas (carcaça casada bovina e frango resfriado) apresentam relativa estabilidade neste mês, o que tem mantido a competitividade da carne suína em fevereiro. Na parcial do mês, a carcaça casada bovina registra leve desvalorização de 0,1%, com o quilo da carne negociado, em média, a R$ 10,47. A cotação da carne de frango, por sua vez, subiu 0,2%, com a proteína resfriada tendo média de R$ 4,33/kg em fevereiro. Com isso, a proteína suína está apenas 1,49 Real mais cara que a carne de frango e 4,66 Reais mais barata que a proteína bovina, ganhos de competividade de respectivos 15,4% e 5,7%, frente ao observado em janeiro.

 CEPEA/ESALQ

Suíno: mercado firme, mesmo na segunda quinzena do mês

Mesmo com a entrada da segunda metade do mês, o mercado de suínos se mostrou firme

Nas granjas paulistas, o animal terminado apresentou alta de 7,0% nos preços nesta semana. Atualmente a arroba do cevado está negociada, em média, em R$76,00. No atacado, a valorização nos últimos sete dias foi de 5,8%, com a carcaça cotada, em média, em R$6,35 por quilo. Apesar na melhora nas cotações, as vendas já começaram a retrair. Os compradores estão dosando seus pedidos a fim de não acumular estoques. Para os próximos dias, a demanda deverá perder o fôlego e as cotações podem se tornar vulneráveis a retração. Desde o início de fevereiro as cotações na granja e no atacado subiram 10,1% e 22,1%, respectivamente.

SCOT CONSULTORIA

Frango Vivo: mercado ficou estável nesta quinta (21)

Na quinta-feira (21), o mercado de frango vivo teve estabilidade em todas as praças, com a maior cotação sendo anotada em R$3,00/kg em São Paulo

O indicador do frango em São Paulo da Scot Consultoria trouxe estabilidade para o frango na granja, a R$3,00/kg e para o frango no atacado, a R$4,20/kg. Contudo, o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) da Esalq/USP ressalta que o mês de fevereiro vem se consolidando como mais um mês de queda no poder de compra de avicultores do estado de São Paulo frente ao milho. De acordo com levantamentos do Cepea, este é o quarto mês consecutivo em que o cenário está desfavorável aos produtores paulistas.

CEPEA/ESALQ

Suíno Vivo: alta de 2,56% no PR

Na quinta-feira (21), a cotação do suíno vivo teve alta de 2,56% no Paraná, sendo estabelecida a R$4,00/kg.

O Indicador do Suíno Vivo Cepea/Esalq, referente a ontem (20), teve alta para todas as praças, sendo a mais expressiva a alta de 0,78% em São Paulo, a R$3,86/kg. Segundo o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) da Esalq/USP, a baixa oferta de suíno vivo em peso ideal para abate tem mantido os preços do animal em alta em todas as regiões acompanhadas.

CEPEA/ESALQ

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