CLIPPING DA ABRAFRIGO Nº 924 DE 31 DE JANEIRO DE 2019

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Ano 5 | nº 924 | 31 de janeiro de 2019

 NOTÍCIAS

Preço do boi gordo sobe em São Paulo

A virada de mês, somada a dificuldade de comprar boiadas, surtiu efeito, principalmente em São Paulo

No estado, a pouca disponibilidade de bovinos terminados apertou as escalas de abate dos frigoríficos. E como a maioria das indústrias procura gado para os primeiros dias da próxima semana, as ofertas de compra ganharam força. Na comparação dia a dia, a arroba do boi gordo paulista subiu na última quarta-feira (30/1) e ficou cotada em R$152,00, à vista, livre de Funrural. O cenário só não está mais firme pois a boa oferta de vacas e novilhas tem “segurado” o mercado. Contudo, a expectativa de sustentação no mercado paulista do boi permanece pois a oferta de gado está baixa em Goiás e Mato Grosso do Sul, onde as cotações também subiram. Ou seja, os frigoríficos de São Paulo também estão com dificuldade para trazer gado de estados vizinhos, fator que pode colaborar com valorizações da arroba.

SCOT CONSULTORIA

Ritmo menor no mercado de reposição

O mercado do boi gordo tem trabalhado com equilíbrio entre oferta e demanda na maior parte do país. A oferta está baixa, o escoamento está lento e essa “briga” deixa o cenário travado

Diante disso, recriadores e invernistas se afastam das compras de reposição e o volume de negócios diminuiu nos últimos dias. Mas cabe destacar que apesar desse ritmo mais lento no mercado, em algumas regiões surgem oportunidades de compra interessantes para recriadores e invernistas. Tomando como base São Paulo, em janeiro o poder de compra do invernista aumentou frente às categorias mais eradas. Atualmente são necessárias 13,2 arrobas de boi gordo para a compra de um boi magro anelorado (12@). Há um mês nesta mesma relação eram necessárias 13,3 arrobas, ou seja, melhora de 0,6%. Apesar de singela, essa melhora vem em um período em que os pastos estão com maior qualidade e capacidade de suporte, o que pode garantir a engorda da boiada a um custo menor e trazer melhores resultados para o invernista. De maneira geral, para o curto prazo, há uma tendência de maior procura de boiadas pelos frigoríficos, já visando abastecer os estoques para o início do próximo mês. Esse fator tende a aumentar a dar maior firmeza às cotações do boi gordo e assim aumentar a demanda por negócios no mercado de reposição.

SCOT CONSULTORIA

Pressão de baixa no mercado de sebo

Apesar da estabilidade nos preços, o mercado de sebo está pressionado

No Brasil Central, segundo a Scot Consultoria, a gordura animal está cotada, em média, em R$2,40/kg, livre de imposto. Há negócios ocorrendo até R$0,15/kg abaixo da referência. No Rio Grande do Sul, o produto está cotado em R$2,40/kg. Com a oferta maior que a demanda, a expectativa para o curto prazo é de que o mercado siga com os preços patinando.

SCOT CONSULTORIA

EUA querem contrapartida para reabrir para carne

Os Estados Unidos querem tirar proveito dos acenos positivos de Jair Bolsonaro a Donald Trump e voltaram a cobrar do Itamaraty, nas primeiras semanas deste ano, a criação de uma cota de 750 mil toneladas para exportar trigo ao Brasil sem tarifa, afirma uma fonte graduada do novo governo. Washington pede que a Câmara de Comércio Exterior (Camex) aprove logo a criação da cota, que já é um pedido antigo

O governo americano também tem cobrado a eliminação da cota de 600 milhões de litros (sem incidência de tarifa) que limita suas vendas de etanol ao Brasil. Válida desde 2017, a cota deverá expirar ainda este ano. Em contrapartida, o governo brasileiro espera que os americanos reabram seu mercado para as exportações de carne bovina in natura, embargadas há quase dois anos depois que foram detectados abscesso (inflamações) em lotes embarcados por frigoríficos brasileiros para aquele mercado. Há uma expectativa em Brasília que essa retomada possa acontecer por volta de março, quando existe uma possibilidade de que Jair Bolsonaro visite Washington – naquela que seria uma das primeiras viagens internacionais do presidente. Para tentar desbloquear o mercado americano para a carne bovina in natura, o Ministério da Agricultura chegou a anunciar, no início de julho de 2017, que os cortes dianteiros de carne in natura destinada aos EUA teriam que ser na forma de recortes, cubos, iscas ou tiras. Não funcionou.

VALOR ECONÔMICO

ECONOMIA

Dólar fecha quase estável frente a real COM ATUAÇÃO DO BC

Com elevação de 0,06 % o dólar fechou quase estável ante o real na quarta-feira, em sessão com pauta relevante no exterior, com decisão do Federal Reserve e negociações comerciais entre os Estados Unidos e China, além da atuação do Banco Central brasileiro

O dólar teve variação positiva de 0,06 por cento, a 3,7246 reais na venda. Na mínima da sessão, alcançou 3,7031 reais e na máxima alcançou 3,7734 reais. No fechamento do mercado de câmbio à vista, o Fed anunciou manutenção dos juros na faixa de 2,25 a 2,50 por cento e disse no comunicado que acompanhou a decisão que será paciente em elevar os custos de empréstimo ainda mais neste ano. O dólar futuro recuava 0,66 por cento após as sinalizações do banco central norte-americano. Uma nova rodada de negociações comerciais entre EUA e China também esteve no radar, com autoridades norte-americanas recebendo o Vice-Premiê chinês, Liu He. No plano doméstico, o Banco Central vendeu integralmente a oferta de 3,2 bilhões de dólares em leilão de linha —venda com compromisso de recompra— nesta quarta-feira. Para quinta-feira, o BC já anunciou mais um leilão de linha, com oferta de 3 bilhões de dólares. Se vender a oferta total, terá rolado um montante de 6,2 bilhões de dólares que vencem em 4 de fevereiro. O BC também vendeu nesta sessão os 13,35 mil swaps cambiais tradicionais, equivalentes à venda futura de dólares, que faltavam para concluir a rolagem de 13,398 bilhões de dólares que vencem em fevereiro.

REUTERS

Ibovespa fecha em alta com reação de Vale e Fed ‘paciente’

O Ibovespa fechou em alta na quarta-feira, apoiado na disparada das ações da Vale, após a mineradora anunciar um plano de ação na esteira da tragédia em Brumadinho, e na sinalização de que o banco central norte-americano será paciente antes de novas altas de juros

Índice de referência do mercado acionário brasileiro, o Ibovespa subiu 1,42 por cento, a 96.996,21 pontos. O giro financeiro da sessão somou 18,65 bilhões de reais. No fim da tarde, o Federal Reserve manteve os juros norte-americanos na faixa de 2,25 a 2,50 por cento e repetiu o a sinalização moderada em relação ao processo de normalização das condições monetárias nos Estados Unidos. O chairman Jerome Powell reforçou o discurso em entrevista à imprensa logo depois. Profissionais do mercado afirmam que a perspectiva de prolongamento do ambiente de elevada liquidez global, em particular o tom ‘dovish’ do BC norte-americano, tem apoiado ativos de mercados emergentes neste começo de ano, prevalecendo sobre as preocupações com a desaceleração global. No caso da bolsa paulista, o Ibovespa já acumula em 2019 alta de mais de 10 por cento. Os EUA e a China também começam nesta quarta-feira nova rodada de discussões comerciais em meio a profundas diferenças sobre as exigências de Washington por reformas econômicas estruturais de Pequim.

REUTERS

IGP-M avança 0,01% em janeiro com aumento dos preços ao consumidor, diz FGV

A pressão sobre os preços ao consumidor aumentou e o Índice Geral de Preços-Mercado (IGP-M) passou a registrar variação positiva de 0,01 por cento em janeiro, sobre recuo de 1,08 por cento em dezembro, informou a Fundação Getulio Vargas (FGV) na quarta-feira

No mês, o Índice de Preços ao Consumidor (IPC), que tem peso de 30 por cento no índice geral, passou a subir 0,58 por cento, ante avanço de 0,04 por cento em dezembro. A maior contribuição para o resultado partiu do grupo Habitação, que passou a subir 0,41 por cento, depois de ter recuado 0,21 por cento antes. O Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA), que responde por 60 por cento do índice geral e apura a variação dos preços no atacado, teve queda de 0,26 por cento em janeiro, contra recuo de 1,67 por cento no mês anterior. O IPA mostrou que os preços das Matérias-Primas Brutas tiveram destaque ao atenuar a queda a 0,30 por cento em janeiro, ante recuo de 2,45 por cento no mês anterior. Vale mencionar o comportamento dos itens minério de ferro, leite in natura e mandioca. O Índice Nacional de Custo da Construção (INCC), por sua vez, acelerou a alta a 0,40 por cento no período, de 0,13 por cento antes.

REUTERS

EMPRESAS

Guerra comercial é ‘muito negativa’ para BRF, diz Parente

A guerra comercial entre Estados Unidos e China é “muito negativa para BRF”, disse hoje o CEO global da companhia, Pedro Parente, em debate promovido em São Paulo pelo Credit Suisse

“A gente vê o nosso custo aumentar e, por outro lado, o competidor [fica] em condições mais favorecidas do que nós”, disse o executivo, citando a distorção nos preços dos grãos. De acordo com Parente, os produtores de carne dos Estados Unidos foram favorecidos pelo conflito na medida em que Pequim reduziu drasticamente a importação dos produtos agrícolas dos EUA. Com isso, o preço da ração animal (basicamente milho e soja) para os produtores de aves e suínos caiu. O efeito inverso aconteceu no Brasil. A China ampliou as importações de soja, o que teve reflexo negativo para o custo dos frigoríficos brasileiros, explicou Parente. Do lado dos agricultores brasileiros, o impacto positivo da guerra comercial precisa ser minimizado, avaliou o Presidente da SLC Agrícola, Aurélio Pavinato, que também participou do debate. Segundo ele, os preços da soja no Brasil não sofreram grandes oscilações, já que o prêmio pago pela soja brasileira nos portos subiu, compensando as quedas na bolsa de Chicago. No último mês, os prêmios pagos pela soja no Brasil em relação à cotação de Chicago já voltaram aos níveis normais devido ao pré-acordo comercial firmado entre Estados Unidos e China.

VALOR ECONÔMICO

MEIO AMBIENTE

Redes de fast food são intimadas a reduzir emissão de gases

Mc Donald´s, KFC e Burger King foram incitados, por uma comissão de investidores globais, a reduzir as emissões de gases estufa em suas cadeiras produtivas com a crítica de que a indústria de produção animal seja o setor responsável pelas maiores emissões sem um plano de baixo carbono

A crescente preocupação de que a indústria é negligente com as mudanças climáticas e que tem falhado em atingir as metas de emissões impulsionou mais de 80 investidores que representam US$ 6,5 bilhões a desafiar aos donos das cadeias de fast food a estabelecer altas metas para os seus fornecedores de carne e produtos lácteos, o que pode provar a preferência de demanda. Numa carta conjunta organizada pela Farm Animal Investment Risk & Return (Fairr) Initiative and sustainability organisation Ceres, as companhias de fast food – que possuem mais de 120 mil restaurantes em todo o mundo – foram censurados por expandir sem mitigar suficientemente os impactos ambientais. “Se olharmos para os próximos 20 anos, o (gás) metano é 80 vezes mais potente ao aquecimento do planeta do que o dióxido de carbono. Então a poluição da pecuária desempenha um papel descomunal na condução climática da devastação que nós já vemos nas chuvas, inundações furações e incêndios florestais”, disse Ian Monroe, Chefe do escritório de investimentos da Etho Capital e conferencista de sistemas terrestres da Universidade de Stanford (Califórnia, EUA). Fazendas de pecuária é uma das principais causas de desmatamento e poluição de água, responsável por 14,5% da emissão de gases de efeito estufa (metano, óxido nitroso e dióxido de carbono) Se a demanda global por carne crescer 95% até 2050 nas refeições, como esperado, haverá sérias consequências. Em todo o mundo, fazendas animais usam 83% das terras agrícolas enquanto fornecem apenas 18% da ingestão calórica, com consumidores na Europa que comem cerca de cinco vezes mais carne do que o recomendado de carne vermelha, frango e produtos lácteos, de acordo com a Fairr.

Globo Rural

FRANGOS & SUÍNOS

Bloqueio da Arábia Saudita não foi retaliação, afirma Parente

Pedro Parente vê desautorização de importações como forma de controle da oferta pelo país asiático

O CEO Global da BRF, Pedro Parente afirmou que não vê como retaliação a decisão da Arábia Saudita de desautorizar a importação de carne de frango de cinco frigoríficos brasileiros, sendo duas plantas da BRF. A possível retaliação, chamada de especulação por Parente, teria sido resultado da sinalização do governo brasileiro de querer mudar a embaixada do País para Jerusalém. “Na realidade, no nosso ver, não teve isso. Foi uma maneira que a Arábia Saudita encontrou de controlar a oferta de frangos naquele país”, disse, em referência a uma medida para proteger seus produtores locais.  “A Arábia Saudita tentou controlar previamente com uma medida ligada a maneira halal de produzir esses alimentos, era uma questão. Agora buscaram uma maneira de controlar a oferta por meio do número CIF”, afirmou, durante evento do Credit Suisse, nesta quarta-feira, em São Paulo. Segundo o executivo, “felizmente o impacto (do bloqueio) não é material”. Das oito plantas, duas foram bloqueadas, sendo que apenas uma estava efetivamente vendendo para este país.

ESTADÃO CONTEÚDO

Suíno Vivo: dia sem alteração para as cotações

Na quarta-feira (30), as cotações do suíno vivo permaneceram estáveis nas principais praças do país, sendo o maior valor de negociação anotado no Paraná, a R$3,85/kg

O Indicador do Suíno Vivo Cepea/Esalq, referente a ontem (29), trouxe cenários mistos, sendo a maior variação a queda de -1,07% em São Paulo, a R$3,69/kg. Os suinocultores paulistas e do oeste catarinense começam 2019 registrando diminuição no poder de compra frente aos principais insumos utilizados na alimentação dos animais, como ressalta o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) da Esalq/USP.

Notícias Agrícolas

Frango Vivo: cotações estáveis nesta quarta (30)

Na quarta-feira (30), a cotação do frango vivo se manteve estável nas principais praças do país, sendo o maior valor de negociação anotado no Paraná, a R$2,82/kg

O indicador da Scot Consultoria para o frango em São Paulo trouxe estabilidade para o frango na granja, a R$2,75/kg e para o frango no atacado, a R$3,90/kg. A Scot ressalta que o mercado de frango está fraco neste final do mês e que há negócios ocorrendo abaixo da referência nas granjas paulistas. Contudo, as expectativas são positivas para o curto prazo.

Notícias Agrícolas

INTERNACIONAL

Argentina: Abrem registro para frigoríficos para exportar carne para os EUA

O Ministério do Agroindústria da Argentina autorizou o registro de empresas de refrigeração interessadas em exportar carne bovina para os Estados Unidos. Em princípio, a cota inicial seria de 5 mil toneladas, segundo a revista Chacra

O país retornará ao mercado após ser fechado por 17 anos. A cota anual total será de 20.000 toneladas com uma taxa reduzida de US $ 44 por tonelada de carne. Estima-se uma receita próxima entre US $ 150 milhões e US $ 180 milhões. A Argentina tem a possibilidade de exportar cortes de carne bovina resfriada e desossada para o país norte-americano. Além disso, a resolução indica que os interessados em vender o produto devem adaptar os critérios internacionais “primeiro a chegar, primeiro a ser servido”.

El País Digital

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