Ano 4 | nº 846 | 27 de Setembro de 2018
NOTÍCIAS
Oferta restrita de boiadas impulsiona as cotações do boi gordo
Mercado em alta
No fechamento de ontem a arroba do boi gordo teve ajuste positivo em 15 das 32 praças pesquisadas pela Scot Consultoria. Na comparação mensal, na média das cotações de todas as praças, a arroba do boi gordo teve alta acumulada de 3,7%, o que reforça o cenário de firmeza do mercado. A oferta restrita de boiadas limita as compras e, como reflexo, já se observam alguns frigoríficos diminuindo os abates, pulando dias de escala ou até mesmo entrando em férias coletivas. No mercado atacadista de carne bovina com osso, as referências fecharam estáveis frente ao último levantamento (25/9). A carcaça de bovinos castrados está cotada em R$10,05/kg.
Scot Consultoria
Consumo de carne deve crescer 2%
O aumento da oferta de carne bovina no mercado, impulsionado principalmente pelo avanço mais do que proporcional dos abates de fêmeas, tende a ser absorvido pelo crescimento esperado no consumo doméstico, algo entre 1% e 2% nas estimativas mais recentes, e pelo incremento das exportações, favorecidas pela demanda aquecida lá fora e pela desvalorização do real frente ao dólar
O cenário externo, mesmo com o fechamento do mercado russo à carne brasileira, tem se mantido mais do que promissor, estimulando as estratégias de internacionalização e diversificação geográfica dos principais grupos brasileiros. Nos dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), foram abatidos 15,454 milhões de animais na primeira metade do ano, alta de 4,3% em relação a igual período do ano passado, deixando para trás a queda de 16% registrada em maio como reflexo da greve dos caminhoneiros. Daquele total, em torno de 45,5% eram fêmeas, percentual que se compara a 43,9% no primeiro semestre do ano passado. A matança de vacas e novilhas cresceu 8,1% na mesma comparação, para 7,031 milhões de cabeças, e contribuiu com 83,5% para o crescimento geral dos abates. Os números confirmam a previsão de uma reversão no ciclo pecuário, observada mais timidamente em 2017 e consolidada neste ano com maior descarte de fêmeas e consequente aumento da produção de carne, afirma Adolfo Fontes, analista sênior do Rabobank. Anualizando os números do IBGE, o banco espera um aumento de 5% na produção, o que corresponderia a uma oferta adicional de 400 mil toneladas de carne no mercado doméstico. O consumo per capita no Brasil havia caído de 39 para 36 quilos por habitante/ano entre 2014 e 2016 e tende a se aproximar de algo em torno de 37 a 38 quilos neste ano, prevê Fontes. As perspectivas para o setor são mais favoráveis no mercado externo. “Considerando o fechamento da Rússia em dezembro do ano passado, o desempenho das exportações tem sido muito bom”, analisa Leonardo Alencar, Gerente Executivo de inteligência de Mercado da Minerva Foods.
VALOR ECONÔMICO
Acre e Rondônia devem vacinar contra aftosa pela última vez no ano que vem
Campanha deve ocorrer em maio, como prevê o Plano Nacional de Erradicação da doença, que completou um ano e será avaliado agora em outubro
Os resultados do primeiro ano de execução do Programa Nacional de Erradicação e Prevenção da Febre Aftosa (PNEFA) serão discutidos entre os dias 1º e 5 de outubro, por integrantes do Departamento de Saúde Animal (DSA) do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), de serviços veterinários oficiais (SVO), das Superintendências da Agricultura (SFA) e dos quatro laboratórios oficiais (Lanagros), que fazem a sorologia da aftosa. As reuniões serão realizadas na Escola Nacional de Gestão Agropecuária (Enagro), em Brasília. O PNEFA completou um ano no último dia 20. Na avaliação do departamento, o plano está dentro do cronograma previsto e não teve qualquer alteração. Com isso, os estados do Acre e de Rondônia, deverão ser os primeiros a fazer a última campanha de vacinação contra a aftosa em maio do próximo ano. O Paraná, que está com suas ações sanitárias adiantadas, pleiteia a antecipação da retirada da vacinação. O relatório final do Paraná deve sair em outubro, uma vez que já houve a supervisão pelo ministério. Ainda neste ano, o Mapa definirá se o estado poderá iniciar a retirada da vacina no primeiro semestre do ano que vem. O PNEFA tem prazo de execução entre 2017 e 2026. O reconhecimento do país como livre da doença com vacinação ocorreu em maio deste ano, em Paris, durante a reunião anual da Organização Mundial de Saúde Animal (OIE).
MAPA
ECONOMIA
Ibovespa fecha quase estável após sessão volátil com Fed e pesquisas eleitorais
O Ibovespa fechou praticamente estável nesta quarta-feira, após sessão volátil, marcada por decisão de política monetária sem surpresas nos EUA, enquanto o curso da corrida presidencial no Brasil continuou ocupando as atenções no âmbito doméstico
O principal índice de ações da B3 encerrou com variação positiva de 0,03 por cento, a 78.656,16 pontos, após oscilar da mínima de 78.530,18 pontos à máxima de 79.460,89 pontos. O volume financeiro somou 10,6 bilhões de reais. Para o analista Filipe Villegas, da corretora Genial, o mercado segue receoso com potenciais desfechos da eleição presidencial no país, dado o cenário ainda incerto sinalizado pelas pesquisas nas simulações do segundo turno. Ele observa, contudo, que o comportamento da bolsa nos últimos dias sinaliza que há uma expectativa de que dificilmente o vencedor conseguirá ignorar uma agenda reformista. O Ibovespa avançou mais de 5 por cento na semana passada e acumula alta de 2,58 por cento em setembro. Dados da B3 mostram que, na semana passada, houve entrada líquida de mais de 2 bilhões de reais no segmento Bovespa. Nos Estados Unidos, o Federal Reserve elevou os juros como esperado e deixou sua perspectiva de política monetária para os próximos anos praticamente inalterada diante do crescimento econômico estável e mercado de trabalho forte no país.
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Fed derruba dólar a R$4,0262, menor nível em cinco semanas
O dólar terminou a sessão com queda superior a 1 por cento e no menor nível em mais de um mês, próximo dos 4 reais, após o Federal Reserve manter sua previsão sobre a trajetória gradual de aumento dos juros nos Estados Unidos.
O dólar recuou 1,39 por cento, a 4,0262 reais na venda, menor valor desde os 3,9517 reais de 20 de agosto. Na mínima, a moeda foi a 4,0096 reais e, na máxima, 4,0949 reais. O dólar futuro tinha baixa de 1,3 por cento. À tarde, o levantamento CNI/Ibope sobre a corrida eleitoral não influenciou os negócios. A pesquisa mostrou Bolsonaro com 27 por cento das intenções de voto e Haddad com 21 por cento, uma diferença de seis pontos percentuais, a mesma vista na pesquisa divulgada pelo instituto na segunda-feira, embora, naquela ocasião, Bolsonaro tivesse 28 por cento e Haddad, 22 por cento. Mais cedo nesta semana, os mercados haviam mostrado preocupação com um cenário de maior dificuldade para Bolsonaro, trazido justamente por pesquisa Ibope. À tarde, o desfecho da decisão de política monetária do Federal Reserve ajudou a derrubar um pouco mais o preço do dólar ante o real. “Havia algum temor de que o Fed poderia indicar mais aumentos dos juros no próximo ano, mas ele manteve a previsão de que devem ocorrer mais três novas altas em 2019”, explicou o economista-chefe Candido, da Guide. Ao elevar a taxa de juros para o intervalo de 2,00 a 2,25 por cento nesta tarde, o terceiro aumento em 2018, o Fed deixou sua perspectiva de política monetária para os próximos anos praticamente inalterada em meio ao crescimento econômico estável e a um mercado de trabalho forte no país. A autoridade monetária previu mais um aumento em dezembro, mais três no ano que vem e um derradeiro em 2020.
REUTERS
ANTT abre brecha para que frete de retorno não precise ser pago
A Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) enviou na noite de terça-feira à Abiove um ofício que abre brecha para o não pagamento do frete de retorno aos caminhoneiros que voltarem à sua origem sem carga depois de feita uma entrega
Pagar pela volta do caminhão vazio pode mais que dobrar os custos de transporte rodoviário de grãos e, segundo representantes do setor, jogaria por terra a vantagem competitiva de fluxos logísticos mais recentes, como os do chamado “Arco Norte”. O documento da ANTT afirma em seu último parágrafo: “Se ajustadas entre as partes, contratante e contratado, condições de contratação sobre o eixo vazio, obrigatoriamente, a avença deverá constar expressamente em documento fiscal”. Assinado pela Superintendente Rosimeire Lima de Freitas, a carta é uma resposta a questionamentos feitos pela Abiove, mas ainda não é um posicionamento oficial. A expectativa do setor agrícola era que a agência reguladora fizesse os devidos esclarecimentos em seu site. Procurada, a ANTT informou que o ofício é apenas de um esclarecimento à entidade e que não há qualquer decisão em relação ao tema. Apesar de não ser uma palavra final, o ofício foi celebrado – com cautela – pelas tradings. Dentre todas as consequências do tabelamento que garante um preço mínimo de transporte ao caminhoneiro, o frete de retorno vazio – e, portanto, não contratado – está entre as que mais provocaram críticas. Para o setor, é uma medida “ilegal”, que fere o princípio da economia de mercado. Na ponta do lápis, a referida “ilegalidade” se traduz em custos extras de R$ 25 bilhões ao ano, de acordo com cálculos da Esalq-Log realizados em agosto passado. Segundo uma fonte, a ANTT ponderou que o frete-retorno deveria seguir a nova regra caso fosse objeto do contrato. “Se a trading contratar só o trecho de ida, a volta, seja com ou sem carga, é responsabilidade do transportador”, disse. Portanto, a tabela se aplicaria ao frete carregado contratado.
VALOR ECONÔMICO
Inadimplência cai em agosto a menor nível histórico, aponta BC
A inadimplência no Brasil caiu a 4,2 por cento em agosto, menor patamar da série iniciada pelo Banco Central em março de 2011, refletindo a desalavancagem de empresas e famílias apesar de a economia não estar avançando em 2018 com o fôlego inicialmente esperado pelo governo
Divulgado pelo BC na quarta-feira, o dado é referente ao segmento de recursos livres, em que as taxas de juros são livremente definidas pelos bancos. Em julho, o percentual de não pagamento havia sido de 4,3 por cento e, em agosto do ano passado, de 5,6 por cento. “Essa redução continua uma trajetória que a gente vem observando desde 2017. Essa recuperação se deve a, por um lado, retomada da atividade, ainda que gradual, e por outro lado ao desempenho do próprio setor bancário no gerenciamento das suas operações de crédito”, afirmou o Chefe do Departamento de Estatísticas do Banco Central, Fernando Rocha. O movimento se deu em meio ao leve barateamento das condições de crédito. Em agosto, os juros médios foram a 38,0 por cento ao ano no mesmo segmento, sobre 38,1 por cento em julho. O estoque geral de crédito no país, que também inclui os recursos direcionados, teve alta de 1,0 por cento em agosto sobre julho, a 3,155 trilhões de reais, alcançando 46,7 por cento do Produto Interno Bruto (PIB). Segundo o BC, a desvalorização cambial respondeu por 0,3 ponto percentual deste avanço, já que a forte alta do dólar sobre o real no mês, que foi alavancada por incertezas políticas ligadas às eleições presidenciais, elevou o saldo total em algumas modalidades de crédito, como por exemplo os repasses externos e o financiamento às exportações. A jornalistas, Rocha destacou que o movimento respondeu por uma elevação de 10 bilhões de reais do estoque de crédito no mês, o que representa, na prática, uma atualização de quanto os devedores têm que pagar a mais em seus financiamentos unicamente pela exposição que têm ao dólar. No acumulado dos oito primeiros meses do ano, a expansão do estoque de crédito no país foi de 2,1 por cento, alcançando 3,4 por cento em 12 meses.
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Confiança do comércio no Brasil atinge em setembro menor nível em um ano por incertezas econômicas, diz FGV
A confiança do comércio no Brasil caiu em setembro e atingiu o menor nível em cerca de um ano diante das incertezas em relação à economia, informou a Fundação Getulio Vargas (FGV) na quarta-feira
O Índice de Confiança do Comércio (Icom) caiu 1,2 ponto e chegou a 88,7 pontos em setembro, atingindo o menor valor desde agosto de 2017 (84,4 pontos). “A nova queda da confiança do Comércio em setembro parece refletir a incerteza em relação ao ritmo esperado para a economia nos últimos meses do ano”, explicou em nota o coordenador da FGV/IBRE, Rodolpho Tobler. O levantamento de setembro mostrou que a confiança do comércio ocorreu em nove dos 13 segmentos pesquisados. A FGV informou que o Índice de Expectativas (IE-COM) recuou 2,4 pontos, para 92,2 pontos, influenciado principalmente pela piora do indicador da tendência dos negócios nos seis meses seguintes. Já o Índice da Situação Atual (ISA-COM) permaneceu estável em 85,7 pontos, após quatro quedas seguidas. “O Índice de Expectativas voltou a cair depois de esboçar uma melhora no mês anterior, sugerindo que os empresários ainda estão preocupados e incertos com o rumo da economia”, completou Tobler.
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EMPRESAS
CVM rejeita termo de compromisso com JBS em caso de insider trading
A Comissão de Valores Mobiliários (CVM) informou nesta quarta-feira que seu colegiado rejeitou a proposta de termo de compromisso com a JBS e seus principais acionistas em um caso de ‘insider trading’ devido à gravidade das alegações envolvidas. Em um caso separado referente à divulgação tardia de planos de uma oferta pública inicial de ações da JBS Foods International, o colegiado da CVM aceitou um acordo com acionistas e ex-executivos da JBS
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FRANGOS & SUÍNOS
Brasil diz que Índia abriu seu mercado de carne suína ao país
O Ministério da Agricultura e a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), que representa o setor de carne suína e de aves, informaram na quarta-feira a abertura do mercado indiano para a carne suína do país
A informação sobre a abertura à carne brasileira pela Índia, um país com 1,3 bilhão de habitantes, foi recebida pelo Ministério da Agricultura brasileiro na terça-feira. “Agora, compete ao setor privado brasileiro atuar para que as exportações aconteçam e que o produto seja bem recebido pelos consumidores indianos”, comentou em nota o Ministro da Agricultura, Blairo Maggi. Conforme a pasta, a alíquota do imposto de importação para esse tipo de produto na Índia é de 30 por cento, uma barreira que o setor privado do Brasil terá de lidar. Na avaliação do Presidente da ABPA, Francisco Turra, “se por um lado é uma vitória para o Brasil, por outro é o reconhecimento da capacidade brasileira de ofertar produtos com excelência acerca da qualidade dos produtos e do preservado status sanitário”. Ele ressaltou que a abertura ocorre em um momento em que algumas nações, especialmente na Ásia, sofrem com focos de Peste Suína Africana, o que tende a impactar os estoques dos países produtores. A ABPA não apresentou quanto o Brasil poderia exportar adicionalmente com a abertura da Índia. Também não detalhou a partir de quando isso poderia acontecer. De acordo com Turra, as negociações entre brasileiros e indianos para a viabilização das exportações de carne suína estavam na pauta das relações comerciais dos dois países há, pelo menos, quatro anos, e a agilização das tratativas ocorreu após visita do Ministro Blairo Maggi à Índia.
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Brasil segue sem conseguir exportar frango à Indonésia
O Brasil continuará sem poder exportar carne de frango para a Indonésia por algum tempo, apesar da vitória obtida contra o país asiático no ano passado diante dos juízes da Organização Mundial do Comércio (OMC)
Isso significa que a expectativa brasileira de exportar entre US$ 70 milhões e US$ 100 milhões por ano para aquele grande mercado, a partir de 2018 — que já se encaminha para o fim — não deve se concretizar em breve. Na quarta-feira, em reunião do Órgão de Solução de Controvérsias, a delegação brasileira voltou a cobrar dos indonésios a implementação efetiva da decisão da OMC para retirar barreiras à entrada do produto brasileiro. O Brasil ganhou o contencioso em agosto de 2017. Em seguida, foi feito um acordo bilateral, pelo qual a Indonésia sequer recorreu ao Órgão de Apelação e recebeu prazo até 22 de junho deste ano para derrubar as barreiras. Os indonésios tomaram algumas medidas. O Brasil reconhece isso, mas apontou nesta quarta, na OMC, uma série de falhas em cada uma das delas. Primeiro, continua excluída uma linha tarifária para frango que é importante para o Brasil, de forma que a importação não pode ser feita. Segundo: o país não alterou completamente a regra pela qual o frango importado só pode ser utilizado para alguns fins e vendido em determinados locais. E sobretudo, a Indonésia continua sem aceitar a certificação sanitária brasileira. Inicialmente, o país alegou que o Brasil não tinha enviado um questionário. O governo brasileiro voltou a mandar o documento. Mesmo assim, a certificação ainda não foi concedida. E deve demorar, pois o governo indonésio vai provavelmente querer enviar uma missão técnica ao Brasil. Agora, o Brasil vai acelerar as pressões, para tentar começar, enfim, a exportar carne de frango ao país em 2019.
VALOR ECONÔMICO
Exportações de frango devem reverter perdas
A avicultura brasileira espera confirmar neste semestre a reação esboçada por seus principais indicadores, recompondo parcialmente as perdas acumuladas ao longo da primeira metade do ano
Ainda assim, os dados de exportação e produção tendem a fechar no vermelho, muito embora em baixa menos pronunciada do que a observada nos primeiros meses do ano. “Foi um primeiro semestre de crise para o setor, com alta dos custos da ração, num momento de crescimento da produção, sobretudo em janeiro e fevereiro, e dificuldades para as exportações. Mas o cenário está um pouco melhor”, resume Adolfo Fontes, analista sênior do Rabobank. Na ponta das exportações, segundo Ricardo Santin, Diretor Executivo da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), o mercado já se adaptou às restrições criadas pela União Europeia. O bloco suspendeu as compras de 20 indústrias brasileiras, das quais 12 unidades da BRF, ao indicar a presença de salmonela em alguns embarques para a região. O setor também está se ajustando à mudança no protocolo do abate halal imposto neste ano pela Arábia Saudita, principal mercado de destino da carne de frango brasileira. A indústria enfrentou ainda a imposição de tarifas antidumping temporárias pela China, variando de 18% a 38% conforme a empresa. “Houve uma inflexão na curva de queda e as exportações tendem a voltar a crescer neste semestre, encerrando o ano com recuo de 1% frente a 2017, podendo até mesmo repetir os volumes do ano passado”, arrisca-se Santin. O fato é que as vendas externas, empurradas pela alta do dólar, retomaram em setembro níveis próximos a 400 mil toneladas mensais, acima da média de 330,0 mil toneladas registrada entre janeiro e agosto deste ano. No período, o país exportou 2,647 milhões de toneladas, em queda de 7,5% em relação aos oito primeiros meses do ano passado, com a receita caindo 13%, para US$ 4,183 bilhões. Nas duas primeiras semanas de setembro, a média diária dos embarques, nos dados do Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços (Mdic), subiu 13,4% em relação ao mesmo período do ano passado.
VALOR ECONÔMICO
PR respondeu por 37% das exportações de carne de frango em agosto
O Estado do Paraná, maior criador de aves do país, respondeu por 37,6% da carne de frango exportada pelo Brasil em agosto, de acordo com dados divulgados hoje pelo Sindicato das Indústrias de Produtos Avícolas do Estado do Paraná (Sindiavipar)
Trata-se de uma fatia maior do que a registrada no mesmo período do ano passado, quando os frigoríficos paranaenses representavam 34,6% das exportações de carne de frango. Em nota, o Sindiavipar também comemorou o resultado das exportações no bimestre de julho a agosto deste ano. No período, os embarques de carne de frango do Paraná para o exterior atingiram 313,6 mil toneladas, avanço de 11,8% ante as 280,3 mil toneladas do mesmo intervalo de 2017. O sindicato não divulgou os resultados segregados por mês.
VALOR ECONÔMICO
Exportações de carne suína in natura acumulam 38,6 mil t em setembro
Segundo dados do MDIC valor acumulado chega a US$ 94 milhões
De acordo com a balança comercial divulgada nesta semana pelo Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços (MDIC), a carne suína in natura já acumula 38,6 mil t embarcadas na terceira semana de setembro, o que representa um valor de US$ 94 milhões. Em comparação ao mesmo período de 2017 a média diária subiu 5%. O valor por tonelada também subiu, se comparado ao mês passado houve valorização de 34,1%, visto que em agosto o valor pago por tonelada era de US$ 1.814,7 contra US$ 2.432,9 em setembro. Na comparação com 2017 a valoração foi de 1,1%, visto que no mesmo período o valor por tonelada era de US$ 2.406,8.
INTERNACIONAL
EUA: em agosto, foram alojados 11,1 milhões de cabeças em confinamento
O número de bovinos confinados nos Estados Unidos para estabelecimentos de engorda com capacidade de 1.000 ou mais cabeças totalizou 11,1 milhões de cabeças em primeiro de setembro de 2018, 6% a mais que em 2017, de acordo com o Serviço Nacional de Estatísticas Agrícola do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (NASS/USDA)
As colocações de animais em confinamento durante agosto foram de 2,07 milhões de cabeças, 7% acima que no mesmo período do ano anterior. As colocações líquidas foram de 2,02 milhões de cabeças. A comercialização de boi gordo em agosto totalizou 1,98 milhão de cabeças, levemente a mais que em 2017. Outras saídas totalizaram 55.000 cabeças durante agosto, 12% a mais do que em 2017.
USDA
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