Ano 4 | nº 844 | 25 de Setembro de 2018
NOTÍCIAS
Carcaça bovina atinge o maior preço nominal dos últimos dois anos
A pouca oferta de boiadas associada à menor disposição dos vendedores na última segunda-feira (24/9), deixou o mercado procurado
Em São Paulo, as escalas de abate atendem, em média, três dias e a dificuldade de preenchê-las fez com que os frigoríficos fossem mais agressivos. No levantamento de 24/9 a arroba do boi gordo subiu R$0,50 frente à sexta-feira (21/9) e ficou cotada em R$151,50, à vista, livre de Funrural. Com os estoques da matéria-prima mais enxutos, o preço da carcaça bovina subiu no atacado. A referência para o boi casado de animais castrados está em R$10,05/kg. É a maior cotação desde setembro de 2016, em valores nominais. A expectativa é que o ritmo de venda de carne seja maior que o da compra de boiadas em função do abastecimento do varejo, sinal de mercado firme para a cotação da arroba do boi gordo e da carne bovina.
SCOT CONSULTORIA
Frigoríficos pagam mais pela arroba para preencher escalas de abate em MT
O preço da arroba do boi gordo em Mato Grosso chegou à maior cotação em 111 dias na semana passada, em meio à redução de oferta e elevação da demanda por carne, informou o Instituto Mato-Grossense de Economia Agropecuária (Imea) na segunda-feira (24)
A média do preço da arroba no estado chegou a R$ 132,29 no dia 20 de setembro. O período seco reduz as pastagens pressionando a oferta de bovinos suplementados a pasto, mas os frigoríficos estão aceitando pagar mais para preencher suas escalas de abate. “Vale a ressalva de que, apesar de estarem desembolsando mais pela matéria-prima, as indústrias frigoríficas têm observado uma melhora na demanda, visto que a cotação da carcaça casada do boi tem registrado altas consecutivas nas últimas semanas”, informou o Imea em relatório. O Imea espera que esse cenário de pressão na oferta de boi gordo se mantenha até novembro, quando deve começar a ocorrer a recuperação plena das pastagens.
CARNETEC
Mercado de reposição: categorias de machos “segurando as pontas”
Mais uma semana com firmeza nas cotações do mercado de reposição
Na média de todas as categorias de machos e fêmeas em todos os estados pesquisados pela Scot Consultoria, as cotações praticamente se mantiveram (subiram 0,1%) nos últimos sete dias, fechando a 12a. semana consecutiva com ajustes positivos. A demanda por machos tem sido maior do que a de fêmeas e isso refletiu nas cotações. Os preços para machos tiveram alta semanal de 0,3%, enquanto as fêmeas desvalorizaram 0,1% no mesmo período. Pelo lado das categorias mais demandadas, o destaque vai para as mais jovens. As referências para bezerros de 12 meses (7,5@) e bezerros de desmama (6@) tiveram as maiores valorizações semanais, 0,3% e 0,4%, respectivamente. Para o curto prazo, a tendência é de que o mercado de reposição continue sua toada de preços firmes, acompanhando o cenário para o boi gordo, fato que estimula recriadores e invernistas a investir na reposição.
SCOT CONSULTORIA
ECONOMIA
Ibovespa cai 1,84% com embolso de lucros
O principal índice de ações da bolsa paulista fechou em baixa na segunda-feira, refletindo movimentos de realização de lucro, após ter tido o melhor desempenho semanal do ano, com investidores atentos à disputa presidencial no país
O principal índice de ações da B3 caiu 1,84 por cento, a 77.984,18 pontos. O volume financeiro do pregão somou 7,56 bilhões de reais. Na semana passada, o Ibovespa acumulou alta de 5,32 por cento. Para o gestor Igor Lima, sócio na Galt Capital, novas pesquisas mostrando que o candidato do PT, Fernando Haddad, segue tendência de crescimento nas intenções de voto ditaram ajuste os preços das ações, embora o cenário para o segundo turno ainda não indique favoritos. “A disputa polarizada no primeiro turno entre Jair Bolsonaro (candidato à Presidência do PSL) e Haddad parece consolidada, mas o segundo turno está absolutamente equilibrado. Dessa forma, qualquer excesso de euforia ou de pessimismo tende a ter vida curta”, avaliou. “Temos que conviver com essa incerteza.” Sondagens DataPoder360 e BTG Pactual/FSB, conhecidas entre a noite de sexta e a manhã desta segunda-feira mostraram Bolsonaro firmando-se na liderança do primeiro turno, com Haddad crescendo e se distanciado do terceiro colocado.
REUTERS
Dólar sobe ante real com correção
O dólar terminou a segunda-feira em alta ante o real, corrigindo parte do forte recuo da semana passada enquanto os investidores aguardavam mais uma pesquisa de intenções de votos do Ibope, depois que levantamento do BTG Pactual mostrou mais cedo avanço de Fernando Haddad (PT) na segunda colocação, com Jair Bolsonaro (PSL) estagnado na liderança
O cenário externo em baixa, que mais cedo levou a moeda para as mínimas, acabou provocando influência contrária à tarde, favorecendo a alta. O dólar avançou 1,00 por cento, a 4,0880 reais na venda, depois de cair 2,86 por cento na semana passada, o maior recuo semanal desde meados de julho de 2017. O dólar futuro avançava cerca de 0,90 por cento. Na mínima, a moeda foi a 4,0362 reais e, na máxima, 4,0970 reais. Além disso, nas simulações de segundo turno, Bolsonaro oscilou dois pontos para baixo, para 44 por cento das intenções de votos, no cenário disputado com Haddad, que passou para 40 por cento, de 38 por cento antes. Os dois estão em empate técnico. O avanço do dólar ante o real também teve influência externa com o fortalecimento da moeda norte-americana ante outras divisas de países emergentes, depois de cair ante a grande maioria delas durante a manhã. O dólar subia ante os pesos chileno, mexicano e o rand sul-africano, tendo a guerra comercial entre Estados Unidos e China como pano de fundo, com a entrada em vigor de nova rodada de tarifas. Ante a cesta de moedas, o dólar estava praticamente inalterado, com investidores à procura de pistas para estender o rali dos últimos meses na moeda antes da decisão do Federal Reserve nesta quarta-feira. Na ocasião, o banco central norte-americano, deve elevar as taxas de juros no país, pela terceira vez neste ano, e os investidores querem indicações sobre um possível quarto aumento, em dezembro.
REUTERS
IPC-Fipe acelera alta a 0,36% na 3ª quadrissemana de setembro
O Índice de Preços ao Consumidor (IPC) de São Paulo registrou alta de 0,36 por cento na terceira quadrissemana de setembro, depois de subir 0,30 por cento na segunda leitura do mês, informou nesta terça-feira a Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe). O IPC-Fipe mede as variações quadrissemanais dos preços às famílias paulistanas com renda mensal entre 1 e 10 salários mínimos.
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Governo eleva previsão de valor da produção agropecuária do Brasil em 2018
O Ministério da Agricultura aumentou na segunda-feira a previsão para o valor bruto da produção agropecuária (VBP) do Brasil em 2018 para 565,6 bilhões de reais, ante 563,5 bilhões de reais na estimativa de agosto
Mesmo com a elevação, o valor ainda está 2,5 por cento abaixo do total somado em 2017, de 579,8 bilhões de reais, segundo nota divulgada pela pasta. O VBP da agricultura foi estimado em 384,2 bilhões de reias, redução de 1,2 por cento ante o ano passado, e o da pecuária deve ser de 181,3 bilhões de reais, queda de 5,1 por cento versus 2017. A nota divulgada pela pasta não deixou claro o motivo para o aumento na projeção mensal do VBP deste ano. Na comparação anual, entretanto, o ministério aponta a redução dos valores na carne suína e a produtividade menor de algumas lavouras, juntamente com os preços mais baixos de produtos agrícolas (café, cana-de-açúcar, laranja, uva, mandioca, feijão e arroz), como os principais fatores para a diminuição do VBP.
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Economistas elevam projeção para inflação e dólar em 2018 e 2019 e mantêm visão para juros, mostra Focus
As expectativas para a inflação e o dólar neste ano e no próximo foram elevadas na pesquisa Focus divulgada pelo Banco Central nesta segunda-feira, enquanto a projeção para a taxa básica de juros permaneceu inalterada mesmo depois de a autoridade monetária ter indicado que pode subir a Selic à frente caso haja piora do quadro atual
A expectativa agora é de que alta do IPCA em 2018 chegue a 4,28 por cento, de 4,09 por cento antes. Para 2019, a conta subiu a 4,18 por cento, de 4,11 por cento. O IPCA-15 aumentou 0,09 por cento em setembro, ante alta de 0,13 por cento no mês anterior, atingindo em 12 meses avanço de 4,28 por cento. O centro da meta oficial para este ano é de 4,50 por cento e, para 2019, de 4,25 por cento, com margem de tolerância de 1,5 ponto percentual para mais ou menos para ambos. A mudança ocorre na esteira de perspectiva de maior depreciação do real, com a expectativa de o dólar terminar este ano agora a 3,90 reais, de 3,83 reais na semana anterior. Em 2019, a moeda norte-americana deve ficar a 3,80 reais, ante 3,75 reais estimados antes. Na semana passada, o BC manteve a taxa de juros no seu piso histórico de 6,5 por cento, mas apontou que pode subir a Selic à frente caso haja piora do quadro atual, conforme as incertezas ligadas às eleições vêm guiando uma escalada do dólar frente ao real. No Focus, a Selic continua sendo estimada em 6,5 por cento no final deste ano e a 8 por cento em 2019. O Top-5, grupo dos que mais acertam as previsões, manteve suas projeções respectivamente em 6,5 e 7,63 por cento, na mediana das projeções.
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EMPRESAS
JBS Biodiesel recupera mais de 2 milhões de litros de óleo de cozinha em 2018
A JBS Biodiesel informou na segunda-feira (24) que recuperou 2,3 milhões de litros de óleo de fritura usado nos oito primeiros meses de 2018. O volume já é 15% superior ao total coletado em 2017 e a expectativa é fechar o ano superando a marca de 3 milhões de litros adquiridos
O resultado foi possível graças ao projeto Óleo Amigo, conduzido em parceria com a JBS Ambiental e que busca conscientizar a sociedade sobre a importância do descarte correto do óleo de cozinha. Lançado em março de 2017, na cidade de Lins (SP), a iniciativa tem parceria com a Secretaria Municipal de Educação de Lins e foi incluída como atividade nas escolas da cidade e de mais 20 municípios do entorno, como Bauru, Guaiçara, Promissão, entre outros. Ao todo, são mais de 30 instituições de ensino e 13 mil alunos impactados pelo programa. Atualmente, o Óleo Amigo conta com mais de 300 pontos de coleta, como estabelecimentos comerciais, hospitais, igrejas e outras instituições da região. Até o fim do ano, a JBS Biodiesel deve utilizar cerca de 30 milhões de litros de óleo de fritura usado em sua produção. Além do programa Óleo Amigo, a empresa também compra óleo de cozinha recuperado de terceiros. Somente no ano passado, a JBS Biodiesel investiu mais de R$ 5,5 milhões em sua fábrica em Lins para ampliar a capacidade de produção de biodiesel por meio do reaproveitamento de óleo de fritura e dos demais resíduos da cadeia produtiva, como sebo bovino, suíno e de aves.
CARNETEC
FRANGOS & SUÍNOS
Menor oferta deu sustentação às cotações no mercado de suínos
O mercado de suínos apresentou valorização na última semana. No geral, a oferta restrita ditou o ritmo
Nas granjas paulistas, o animal terminado passou de R$69,00/@ na semana passada para os atuais R$72,00/@, alta de 4,3% no período. A valorização no atacado foi de 1,8% no mesmo período, com a carcaça negociada atualmente, em média, em R$5,70/kg. Apesar da melhora, o período do mês já começa a limitar os pedidos do lado comprador devido ao consumo retraído. Em um ano, os preços na granja e no atacado estão 10,0% e 7,9% menores, respectivamente. Em igual período o preço do milho subiu, reduzindo o poder de compra do suinocultor em 37,2%.
Scot Consultoria
INTERNACIONAL
China diz que EUA adotam intimidação em disputa comercial no momento em que novas tarifas entram em vigor
Os Estados Unidos e a China adotaram novas tarifas sobre os produtos um do outro na segunda-feira, com as duas maiores economias do mundo sem mostrar sinais de recuo em uma disputa comercial cada vez mais amarga que deve prejudicar o crescimento econômico global
Pouco depois de as novas taxas entrarem em vigor, a China acusou os EUA de adotarem “intimidação comercial” e disse que está ameaçando outros países para se submeterem a suas vontades, afirmou a agência de notícias oficial Xinhua, reiterando a disposição da China de lutar se necessário. Mas Pequim também disse que está disposta a retomar as negociações comerciais com os EUA se as conversas forem “baseadas em respeito mútuo e igualdade”, disse a Xinhua, citando um documento sobre a disputa publicado pelo Conselho de Estado da China. As tarifas dos EUA sobre 200 bilhões de dólares em produtos chinesas e as taxas retaliatórias de Pequim sobre 60 bilhões de dólares em produtos dos EUA entraram em vigor na segunda-feira, embora as taxas não sejam tão altas quanto se esperava inicialmente. Os EUA aplicarão incialmente tarifas de 10 por cento, subindo para 25 por cento no final de 2018. Pequim impôs taxas de 5 a 10 por cento e alertou que responderá a qualquer aumento nas tarifas dos EUA sobre produtos chineses de forma correspondente. Os dois lados já haviam adotado tarifas sobre 50 bilhões de dólares em produtos um do outro. Várias rodadas de negociações comerciais entre os dois países nos últimos meses não tiveram grandes avanços e tentativas de marcar outra reunião nas próximas semanas falharam. Uma autoridade da Casa Branca disse na semana passada que os EUA continuarão a acionar a China, mas acrescentou que não há data para mais negociações. A China, que acusa Washington que não ser sincero, decidiu não enviar o Vice-Primeiro-ministro Liu He a Washington esta semana, informou na semana passada o Wall Street Journal.
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Austrália registra aumento das exportações de gado vivo
A forte demanda da Indonésia e do Vietnã levou a um grande aumento no número de bovinos vivos exportados pela Austrália, com agosto representando o maior carregamento mensal neste ano
As exportações mensais de Townsville atingiram uma alta de três anos em agosto, mostra a última edição do resumo comercial da indústria, Livelink. Com 680 mil cabeças no acumulado do ano, as exportações de gado vivo agora estão 24% acima dos níveis do ano passado. Analistas disseram que a demanda indonésia vem da necessidade de confinamento de rebanhos após grandes festivais, incluindo o Eid-al-Adha, no final de agosto. A extensão do aumento pode levar a um excesso de oferta de gado para abate no final do ano, segundo alguns. A demanda aliada ao aumento da oferta na Austrália, por conta de uma boa estação chuvosa no ano passado no Território do Norte e dos abates induzidos pela seca em Queensland nos últimos meses. Ter gado vivo no centro das negociações do Acordo de Associação Econômica Integral Indonésia-Austrália mostrou o compromisso do governo australiano e indonésio de ver o comércio crescer. Uma cota de 575 mil cabeças de bovinos machos figurava no acordo com uma tarifa zero dentro da cota, que crescerá 4% ao ano em cinco anos. A indústria também se beneficiará com a mudança para um regime de importação mais voltado para o mercado, com licenças a serem emitidas automaticamente e anualmente, segundo analistas do Meat and Livestock Australia (MLA). As exportações de animais que para engorda e abate para o Vietnã no ano até agosto aumentaram 15% em relação ao ano anterior. O MLA disse que as compras oportunistas também resultaram em um aumento nas exportações para a Malásia e as Filipinas para o ano até agosto – embora os volumes tenham aumentado em uma base baixa no ano anterior. No lado processado, a atenção ainda está firmemente voltada para o aumento da oferta de gado nos Estados Unidos e como a pressão negativa provavelmente será aplicada aos preços de importação dos EUA como resultado. Analistas do MLA informaram que a demanda de carne bovina nos EUA tem sido muito forte durante o verão e que tem apoiado os preços do gado, apesar do aumento nos animais confinados. O mercado de futuros também aponta para a demanda sustentada de carne bovina no ano que vem, disseram eles.
FarmOnline
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