Ano 4 | nº 843 | 24 de setembro de 2018
NOTÍCIAS
Semana de ajustes positivos no mercado do boi gordo
A oferta restrita de boiadas garantiu firmeza às cotações da arroba do boi gordo durante toda a semana passada. No acumulado semanal, o ajuste positivo para a arroba, na média de todas as praças, foi de 0,7%
No fechamento da última sexta-feira (21/9), o cenário não foi diferente, com alta em sete praças pecuárias. Destaque para o Espírito Santo, que teve a maior variação na comparação diária, 1,8%. No estado a referência para a arroba do boi gordo está em R$145,00, a prazo, livre de Funrural. A escassez de boiadas na região provocou dificuldade de compra para os frigoríficos. As escalas de abate estão “apertadas” por lá e já se observam em alguns casos frigoríficos com programações atendendo apenas um dia de abate. No mercado atacadista de carne bovina com osso, a carcaça de bovinos castrados fechou cotada em R$9,97/kg, alta de 0,3% na semana passada. Apesar de estarmos na segunda quinzena do mês, período que sazonalmente ocorre queda no consumo, a oferta restrita de boiadas tem sido suficiente para manter as cotações firmes. Para o curto prazo, com o varejo se abastecendo para o início de mês deve colaborar com a precificação da carne e boi.
SCOT CONSULTORIA
Auditores fiscais agropecuários decidem não fazer greve
Os auditores fiscais federais agropecuários decidiram não paralisar suas atividades, como ameaçaram em agosto
Maurício Porto, Presidente do sindicato da categoria, declarou, em nota, que “uma greve, neste momento, prejudicaria a economia, poderia colocar em risco a segurança alimentar brasileira e a ainda poderia ser acusada de ser política”. Porto participou ontem de reunião com o Secretário de Gestão de Pessoas, do Ministério do Planejamento, Desenvolvimento e Gestão (MPDG), Augusto Chiba, que afirmou que não atenderia as demandas dos auditores. A posição do Secretário foi passada aos auditores ontem mesmo em Assembleia Geral Extraordinária da entidade que os representa. Segundo o sindicato, desde março a categoria está conversando com o governo federal e nos últimos meses, “embora haja o apoio do Ministro da Agricultura, as negociações não têm sido satisfatórias”. “O discurso de que não há recursos para atender as pautas é falacioso. Há recurso para pagar o aumento do Judiciário, mas não há recursos para corrigir déficit de pessoal que atua na fiscalização do alimento que chega na casa dos brasileiros e que é responsável por manter o crescimento do país?” questiona o presidente na nota divulgada. Os auditores reivindicam a realização de um concurso público para o preenchimento de 1,6 mil vagas, ajuste na portaria que regulamenta os adicionais de fronteira e nivelamento salarial com outras carreiras nas quais há a participação de auditores.
VALOR ECONÔMICO
Demanda melhora e sebo bovino tem valorização
Após dezenove dias de estabilidade o mercado de sebo teve valorização no Brasil Central
Ao contrário do observado no mercado de couro, onde o preço vem caindo mês a mês, a última desvalorização do sebo foi em meados de março e, de lá pra cá, a cotação ou ficou estável ou teve alta. No Brasil Central, a gordura animal está cotada, em média, em R$2,20/kg, livre de imposto, segundo levantamento da Scot Consultoria. Valorização semanal de 2,3%. No Rio Grande do Sul, apesar da boa demanda, não houve alteração e o produto está cotado, em média, em R$2,30/kg, nas mesmas condições. Para o curto prazo a expectativa é de que a demanda continue alta e mantenha o mercado com preços sustentados.
SCOT CONSULTORIA
Fêmeas puxam crescimento de 9% no volume de abate de bovinos neste ano
O aumento do abate de fêmeas deve fazer com que o número de bovinos abatidos neste ano no Brasil chegue a 41 milhões de cabeças, um incremento de 9% em relação ao ano passado, projetou na quarta-feira (19) o Sócio Diretor da consultoria Athenagro, Maurício Palma Nogueira
“O abate das fêmeas que ficaram no rebanho deve fazer com que a maior produção aconteça neste ano. Em 2019, contudo, a menor oferta de bezerros deve fazer com que os abates atinjam 39 milhões de cabeças”, afirmou, durante a coletiva que apresentou resultados do Rally da Pecuária de 2018. “Esse é um movimento de ajuste de rebanho, típico de virada de ciclo pecuário. Acreditamos que ele já esteja em alta, mas esperamos que a baixa entrará mais cedo também”, acrescenta o coordenador da expedição. De acordo com Nogueira, o número de animais confinados entre os entrevistados durante o rally cresceu 9,5% neste ano ante 2017, com estimativa de terminação em cocho de 890 mil cabeças. “Acreditamos que o confinamento no Brasil deve aumentar de 400 a 500 mil cabeças, mesmo com um primeiro semestre ruim e com muitos confinadores grandes dizendo que não vão confinar”, diz. Ele projeta que o número de animais terminados em cocho no Brasil deve chegar a 5,5 milhões de cabeças. Segundo Nogueira, as exportações de carne bovina também devem crescer neste ano entre 11% e 12% em volume ante os embarques do ano passado, para uma quantidade entre 1,9 milhões de toneladas e 2 milhões de toneladas. A perspectiva positiva para a pecuária também leva em consideração que concorrentes como a carne de frango tiveram mais dificuldades no ano. “Mesmo que a economia não esteja boa, o frango sofreu mais com a greve dos caminhoneiros e com a relação de troca com o valor do milho do que a pecuária.” Ele ainda acrescentou que a valorização da moeda norte americana não tem impacto relevante nos preços da arroba, embora a mantenha firme e estimule as compras.
DCI
ECONOMIA
Dólar fecha no menor patamar em um mês, abaixo de R$4,05
O dólar recuou pela terceira sessão consecutiva e fechou no menor patamar em um mês nesta sexta-feira, abaixo de 4,05 reais, com os investidores desmontando apostas na alta da moeda norte-americana. O dólar recuou 0,59 por cento, a 4,0477 reais na venda, acumulando na semana retração de 2,86 por cento. Foi a maior queda semanal desde a semana encerrada em 14 de julho de 2017. No mês até agora, a moeda acumula queda de 0,61 por cento. Na mínima da sessão, o dólar chegou bem perto dos 4 reais, ao marcar 4,0282 reais e, na máxima, foi a 4,0958 reais. O dólar futuro tinha queda de cerca de 0,64 por cento.
REUTERS
Brasil abre 110.431 vagas formais de trabalho em melhor agosto desde 2013
O Brasil registrou criação líquida de 110.431 mil vagas formais de emprego em agosto, melhor desempenho para o mês em cinco anos, segundo o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) divulgado nesta sexta-feira pelo Ministério do Trabalho
O número, contudo, veio um pouco pior que o antecipado pelo Presidente Michel Temer durante evento no fim desta manhã, quando anunciou a abertura de 117 mil vagas no período. Questionada sobre a diferença, a assessoria de imprensa do Palácio do Planalto não se manifestou imediatamente. O desempenho deste ano foi o mais forte para o mês desde 2013, quando foram criados 127.648 postos, ultrapassando com folga o saldo positivo de 35.457 empregos formais em agosto de 2017, conforme série histórica sem ajustes. Dos oito setores pesquisados, sete ficaram no azul. O principal destaque foi para o setor de serviços, que criou 66.256 vagas no mês passado. O comércio aparece em seguida, com abertura de 17.859 postos em agosto, seguido pela indústria da transformação (+15.764) e pela construção civil (+11.800) como os setores com maior contribuição positiva. Em contrapartida, a agropecuária apresentou demissões líquidas de 3.349 vagas no período. Na esteira da reforma trabalhista, houve 15.010 demissões mediante acordo empregado e empregador. Por outro lado, foram criados 3.996 postos de trabalho intermitente e outras 3.165 vagas de trabalho em regime de tempo parcial. No acumulado dos oito meses do ano, houve criação líquida de 568.551 vagas, na série com ajustes, apontou o Caged. Segundo dados mais recentes do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a taxa de desemprego caiu a 12,3 por cento no país no trimestre até julho. Ainda assim, registrou-se número recorde de desalentados diante das atuais incertezas em torno da economia, expondo a inconstância na retomada da atividade. Nos três meses até julho, o Brasil tinha 12,868 milhões de desempregados.
REUTERS
Ibovespa sobe e tem melhor desempenho semanal do ano com alívio externo e foco nas eleições
O Ibovespa encerrou a sexta-feira em alta e registrou o maior ganho semanal do ano, refletindo a melhora do ambiente externo com o alívio das preocupações sobre o embate comercial EUA-China, enquanto agentes do mercado continuam especulando sobre o desfecho da corrida eleitoral brasileira
O principal índice de ações da B3 avançou 1,7 por cento, a 79.444,29 pontos, maior patamar de fechamento desde 7 de agosto. Na máxima do dia, o indicador alcançou 80.001,60 pontos. O volume financeiro alcançou 13 bilhões de reais. Após duas semanas de perdas, o Ibovespa acumulou alta de 5,32 por cento na semana, melhor resultado do ano, superando levemente o ganho de 5,31 por cento apurado na semana encerrada em 26 de janeiro. Em Wall Street, o S&P 500 e o Dow Jones chegaram a renovar máximas históricas, apoiados pela alta de ações de energia com o avanço do petróleo, em sessão marcada por ajustes em índices setoriais e vencimentos de opções e futuros de índices e ações. No final da sessão, o S&P 500 caiu 0,04 por cento. Em nota, a equipe da consultoria de investimentos Lopes Filhos atribuiu o viés mais positivo nos mercados acionários globais a uma menor preocupação com os conflitos comerciais entre China e Estados Unidos. Nesta sexta-feira, uma autoridade de alto nível da Casa Branca afirmou à Reuters que está otimista sobre o caminho à frente com a China no comércio, embora o governo de Donald Trump não tenha uma previsão de data para anunciar o retorno à mesa de negociação. O analista Vitor Suzaki, da Lerosa Investimentos, também chamou a atenção para a entrada líquida de capital externo no segmento Bovespa nos últimos dias, avaliando como mais um fator para a melhora do desempenho nesta semana. Dados da B3 até o dia 19 de setembro mostram saldo líquido de estrangeiros de 335,4 milhões de reais em setembro, sendo que apenas nos quatro pregões até a última quarta-feira houve entrada líquida de mais de 1 bilhão de reais.
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Arrecadação desacelera o ritmo e sobe 1,08% em agosto, menor alta mensal em 2018
A arrecadação do governo federal registrou alta real de 1,08 por cento em agosto sobre igual mês do ano passado, a 109,751 bilhões de reais, ainda ajudada pelas receitas com royalties do petróleo, mas no pior ritmo deste ano, divulgou a Receita Federal na sexta-feira
Esta foi a menor alta mensal registrada em 2018 e veio após expansão de 12,83 por cento em julho. Mesmo assim, representou o melhor desempenho para um mês de agosto desde 2014, quando a arrecadação foi de 120,249 bilhões de reais, em dado corrigido pela inflação. “Em agosto de 2017, nós tivemos 3,5 bilhões de reais de arrecadação da entrada do parcelamento (dentro do programa de renegociação tributária Refis), que elevaram a base de comparação”, justificou o Chefe do Centro de Estudos Tributários e Aduaneiros da Receita, Claudemir Malaquias. No mês, a receita administrada pela Receita, linha que abarca o recolhimento de impostos, subiu 0,63 por cento, em termos reais, sobre agosto do ano passado, a 107,182 bilhões de reais. Já a receita administrada por outros órgãos, que é fortemente sensibilizada pelos royalties do petróleo, teve alta de 24,63 por cento na mesma base de comparação, a 2,569 bilhões de reais. No acumulado de 2018, houve crescimento real de 6,94 por cento na arrecadação, a 953,621 bilhões de reais, em meio ao impulso dado pelos royalties do petróleo, embalados pelo avanço do dólar e do preço da commodity no mercado externo. Segundo a Receita, a recuperação econômica também tem contribuído para o desempenho da arrecadação, ainda que o fôlego exibido pela atividade esteja abaixo do inicialmente esperado. Olhando apenas para os impostos, o resultado de agosto foi puxado principalmente pela alta de 10,53 por cento com o recolhimento de Imposto de Renda Pessoa Jurídica (IRPJ) e da Contribuição Social sobre Lucro Líquido (CSLL), num acréscimo de 1,395 bilhão de reais sobre agosto de 2017.
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IPCA-15 reduz alta a 0,09% em setembro, menor taxa em 12 anos por deflação de alimentos, diz IBGE
A prévia da inflação oficial registrou o menor avanço do ano e a taxa mais lenta em mais de uma década em setembro, com forte recuo dos preços de alimentos compensando alta da energia elétrica, resultado que diminui a pressão para que o Banco Central antecipe o início do ciclo de altas da Selic
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo-15 (IPCA-15) subiu 0,09 por cento em setembro, sobre alta de 0,13 por cento no mês anterior, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Trata-se da menor taxa desde setembro de 2006 e menor variação do ano de 2018. Pesquisa da Reuters com economistas estimava alta de 0,17 por cento para o período. Nos 12 meses até setembro, o IPCA-15 acumulou alta de 4,28 por cento, de 4,30 por cento em agosto, afastando-se um pouco mais do centro da meta, de 4,5 por cento pelo IPCA com margem de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo definida para este ano. No mês, a principal influência partiu de do grupo de alimentos, cujos preços recuaram 0,41 por cento, pela influência da alimentação em domicílio (-0,70 por cento) diante dos preços menores da cebola (-18,51 por cento), batata inglesa (-13,65 por cento), leite longa vida (-6,08 por cento) e carnes (-0,97 por cento). “Surpresas: vestuário com 0 por cento de inflação e combustíveis ainda em deflação. Essas surpresas não devem permanecer até o final do mês, por isso mantemos nossa expectativa de inflação ao redor de 0,30 por cento m/m para setembro.” Fora de casa, por outro lado, o brasileiro gastou um pouco mais com alta de 0,12 por cento na categoria, embora o ritmo do avanço tenha ficado bem abaixo do 0,84 por cento de aumento na leitura de agosto, segundo o IBGE. A maior pressão de alta veio nos gastos relacionados com a habitação, que subiram 0,30 por cento, com a despesa com energia elétrica 0,34 por cento maior que no período anterior, no que já é o sétimo mês consecutivo de variação positiva, informou o instituto. Nos últimos 12 meses, a conta de luz ficou 19,01 por cento mais cara, representando um impacto de 0,67 ponto percentual na inflação, disse o IBGE.
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EMPRESAS
Crise afeta as vendas de equipamentos de frigoríficos
Os percalços pelos quais passa a indústria de carnes brasileira reverberam para além do Oceano Atlântico. As vendas ao Brasil da multinacional Marel, principal fornecedora de equipamentos para indústria frigorífica brasileira, com sede na Islândia, devem cair este ano para perto da metade do total de 2017
“A América Latina, em seus melhores momentos, representou nosso maior mercado, e o Brasil era o mais representativo. Neste ano, deve ser o sexto. As vendas crescem em outros países, mas caem no Brasil”, disse Lambert Rutten, holandês, Gerente Comercial da Marel Brasil. Em 2017, a Marel, que produz equipamentos sobretudo para a indústria de aves, teve receita de € 1 bilhão. “Minha avaliação é que, passados esses problemas da indústria brasileira, a demanda do país voltará a crescer e a dos outros países na América Latina continuará avançando”, ponderou Rutten. “O Brasil tem uma vantagem competitiva muito grande: menor custo de produção por quilo de frango do mundo e matéria-prima [farelo de soja e milho] abundante e barata”. O recuo nas vendas de equipamentos é reflexo da Operação Trapaça, terceira fase da Operação Carne Fraca da Polícia Federal, que culminou no embargo das exportações de frango de 20 plantas brasileiras para a União Europeia. “A Europa usou essa desculpa da salmonela para restringir a indústria brasileira, mas o Brasil já está encontrando outros mercados”. Segundo o executivo, o Brasil poderia ser ainda mais competitivo não fossem as regras do Serviço de Inspeção Federal (SIF), que estabelecem que só podem ser processadas até 12 mil aves por hora no país. O maquinário já é capaz de processar 13 mil. “O custo de produção cairia de 10% e 15% apenas permitindo maior processamento por hora, isso já levando em conta que 75% do custo é composto por matéria-prima [insumos para ração]”, disse. Na Europa, as plantas podem processar até 15 mil aves por hora. Além disso, afirmou, o Brasil concorre com a indústria da Argentina, que pode processar mais de 12 mil aves por hora.
VALOR ECONÔMICO
FRANGOS & SUÍNOS
Alta na demanda por carne de frango eleva cotações, diz Cepea
Os preços de carne de frango no Brasil estão em alta em setembro, puxados pelo aumento das demandas interna e externa pelo produto, informou o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) em nota na sexta-feira (21)
Dados preliminares da Secretaria de Comércio Exterior (Secex) do Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços (Mdic) apontam para uma alta de 26% no volume diário de exportações de carne in natura brasileira em setembro, na comparação com agosto. “Caso esse ritmo se mantenha, o país pode fechar setembro apresentando bom desempenho nas exportações”, escreveram analistas do Cepea em nota. O aumento de preços é positivo para a indústria frigorífica, que já vinha ocorrendo necessidade de elevar os preços de venda dos produtos no mercado interno para compensar altas nos custos de produção. Por outro lado, o crescimento do preço também reduz a competitividade da carne de frango em relação às outras carnes, já que a valorização da carne de frango no mercado doméstico tem superado os aumentos observados nos preços das carnes substitutas, segundo o Cepea.
CARNETEC
Brasil deve aprovar este ano recurso na OMC contra antidumping da China ao frango, diz fonte
O Brasil deve aprovar ainda este ano um recurso junto ao órgão de solução de controvérsia da Organização Mundial do Comércio (OMC) contra as medidas antidumping impostas pela China para a carne de frango brasileira, disse à Reuters uma fonte do governo próxima ao tema na sexta-feira.
Um estudo está sendo feito por técnicos do governo, e as indicações já apontam para a entrada desse recurso no órgão da OMC. “Tem um estudo sendo feito na Camex para carne de frango, mas nesse caso seria um antidumping e não salvaguarda… ainda não foi aprovada pela Camex. A ideia é aprovar ainda este ano”, disse a fonte em condição de anonimato. Pequim anunciou em junho a imposição de direito antidumping provisório sobre as importações de frango provenientes do Brasil, de 18,8 e 38,4 por cento sobre o valor das importações, em uma medida que afetou os principais exportadores brasileiros JBS e BRF. Em meados de agosto, o país asiático informou a ampliação das investigações sobre dumping nas importações de frango do Brasil, algo que a indústria brasileira nega. Uma nova reunião do conselho de ministros da Camex para discutir o tema só deve ocorrer depois das eleições. “Estamos esperando passar o período eleitoral para o Presidente (Michel Temer) poder marcar. No próximo encontro já deve ser possível aprovar sobre a questão do frango na China.”
REUTERS
Menor oferta deu sustentação às cotações no mercado de suínos
O mercado de suínos apresentou valorização na última semana. No geral, a oferta restrita ditou o ritmo
Nas granjas paulistas, o animal terminado passou de R$69,00/@ na semana passada para os atuais R$72,00/@, alta de 4,3% no período. A valorização no atacado foi de 1,8% no mesmo período, com a carcaça negociada atualmente, em média, em R$5,70/kg. Apesar da melhora, o período do mês já começa a limitar os pedidos do lado comprador devido ao consumo retraído. Em um ano, os preços na granja e no atacado estão 10,0% e 7,9% menores, respectivamente. Em igual período o preço do milho subiu, reduzindo o poder de compra do suinocultor em 37,2%.
SCOT CONSULTORIA
INTERNACIONAL
Abates de bovinos caem na Austrália
Os abates bovinos caíram em 2017 na Austrália, revelou o relatório State of the Industry Report 2018 da indústria de carne vermelha e pecuária australiana
O relatório, compilado pela Meat and Livestock Australia (MLA), em nome da indústria de carnes vermelhas, abrange a produção, o consumo, as exportações, bem como o significado econômico da indústria. O relatório revelou que, em 2017, o abate de bovinos adultos totalizou 7,2 milhões de cabeças, uma queda de 2% ano a ano (Australian Bureau of Statistics (ABS). Opaís exportou 69% da produção total de carne bovina. Embora o consumo de carne bovina tenha sofrido um declínio gradual, a Austrália continua sendo um dos maiores consumidores per capita do mundo, com cerca de 26 quilos de carne bovina per capita, revelou o relatório. A Austrália em 2017 foi o terceiro maior exportador de carne bovina, depois da Índia e do Brasil.
GlobalMeatNews
China cancela negociações comerciais com EUA, diz Wall Street Journal
A China cancelou negociações comerciais com os Estados Unidos e não enviará o Vice-Premiê Liu He para Washington na próxima semana, informou o Wall Street Journal, que citou fontes
O jornal disse que uma delegação de nível médio iria viajar para Washington antes da visita de Liu, mas agora isso não vai acontecer. No início desta semana, a China acrescentou tarifas a produtos norte-americanos no valor de 60 bilhões de dólares, em retaliação a Washington. A disputa crescente tem gerado preocupação nos mercados. Um funcionário da Casa Branca havia dito na sexta-feira que os EUA estão avaliando a resposta da China à últimas tarifas impostas pelo governo do presidente Donald Trump, mas ainda não há uma data definida para novas medidas.
REUTERS
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