Ano 4 | nº 782 | 28 de junho de 2018
NOTÍCIAS
Pressão de alta no mercado do boi gordo
As escalas de abates encurtaram. O resultado foi a valorização da arroba do boi gordo em oito praças pecuárias
Em São Paulo, após 14 dias de estabilidade, a alta foi de 0,4%. Existem ofertas de compra acima desta referência. Na região, as escalas de abate atendem quatro dias. Em Mato Grosso do Sul, a valorização média foi de 0,8% considerando as três praças pecuárias monitoradas pela Scot Consultoria. Não chove há 25 dias no estado. A maior parte dos pecuaristas já entregou as boiadas de pasto. Além disso, os atuais custos com alimentação reduziram a viabilidade do confinamento, o que não traz expectativa de melhora das compras no médio prazo, época de saída das boiadas de primeiro giro de confinamento. Do lado da demanda, o mercado interno patina há semanas e, segundo dados do Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços, até a quarta semana de junho o Brasil exportara 48,9 mil toneladas de carne bovina in natura, com faturamento total de US$256,6 milhões, queda de 35,5% em relação ao mesmo período do ano passado. Caso esse ritmo de exportação continue, o volume exportado deverá ser de 64,24 mil toneladas. Seria o primeiro mês no ano com redução das exportações em relação a 2017. Boi gordo no mercado físico – R$ por arroba à vista
Araçatuba (SP): 138,50
Triângulo mineiro (MG): 134,00
Goiânia (GO): 127,00
Dourados (MS): 128,00
Mato Grosso: 124,00 – 128,00
Marabá (PA): 122,00
Rio Grande do Sul (oeste): 4,95 (kg)
Paraná (noroeste): 140,00
Tocantins (norte): 121,00
BOI: 2018 tem movimento semelhante ao do ano passado
No acumulado do primeiro semestre deste ano, o Indicador registra baixa de 9,23%
Tomando-se como base os valores médios mensais do Indicador do boi gordo ESALQ/BM&FBovespa (estado de São Paulo), deflacionados pelo IGP-DI de maio/18, verificam-se quedas consecutivas desde o início de 2018. No acumulado do primeiro semestre deste ano, o Indicador registra baixa de 9,23%. Essa é a mesma tendência observada em 2017, quando a queda acumulada de janeiro a junho foi de 11,55%, segundo dados do Cepea. Em 2018, o ritmo de negócios tem sido fraco, com frigoríficos adquirindo lotes apenas quando há maior necessidade. Além disso, pesquisadores do Cepea indicam que, após as exportações da carne terem registrado bom desempenho no primeiro trimestre do ano, diminuíram fortemente a partir de abril, contexto que elevou o volume de produto disponível no mercado interno e pressionou as cotações da arroba, já que o varejo doméstico não conseguiu absorver todo o volume. No ano passado, por sua vez, a operação “Carne Fraca” (deflagrada em março), a delação da maior indústria frigorífica brasileira (que resultou em forte redução da compra de animais por parte desse grande player) e a retomada do desconto de Funrural desfavoreceram os negócios efetivados pelo pecuarista de engorda no primeiro semestre e pressionaram os valores da arroba.
Cepea
Falta de acordo adia decisão sobre tabelamento do frete
Ministro Luiz Fux marcou um novo encontro para esta quinta-feira (28)
Caminhoneiros e empresários seguem sem acordo sobre o tabelamento do preço do frete. Após reunião realizada na última semana, nenhum consenso foi decidido entre as partes. Organizador do encontro, o Ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Luiz Fux marcou uma nova reunião para esta quinta-feira (28). Na última semana, o magistrado suspendeu, de forma provisória, os processos nas instâncias inferiores que tratavam da Medida Provisória 832/2018, que dispõe sobre o tabelamento do preço mínimo dos fretes rodoviários. A MP foi publicada em 27 de maio deste ano. Ao fim da reunião, Fux afirmou que “o Brasil não pode mais passar pelo que passou”. O Ministro ressaltou ainda que “cada um vai dar uma cota de colaboração para o país” e que “será preciso entrar em uma solução consensual para tentar evitar que o país paralise a sua economia”. O tabelamento foi um dos pontos do acordo entre o governo e os caminhoneiros para dar fim à greve da categoria, que durou 11 dias. A ideia de padronizar o preço do frete dos transportes rodoviários de carga, porém, não é bem vista pelos principais setores produtivos do país. O agronegócio é o que mais se preocupa.
NOTÍCIAS AGRÍCOLAS
ECONOMIA
Exterior pesa, dólar salta 2% e vai acima de R$3,85 mesmo com ação do BC
O dólar saltou 2 por cento nesta quarta-feira, acima do patamar de 3,85 reais, puxado pela cena externa com elevada aversão ao risco e menor volume de negócios, apesar de o Banco Central ter atuado mais fortemente no mercado cambial
O dólar avançou 2,04 por cento, a 3,8755 reais na venda, maior nível desde 7 de junho (3,9258 reais). Na máxima do dia, chegou a 3,8768 reais. O dólar futuro subia cerca de 2 por cento no final da tarde. “A conjuntura atual não nos ajuda em nada. Além de o cenário externo não estar ajudando, não temos nada para comemorar no doméstico”, avaliou o gerente de câmbio da Treviso Corretora, Reginaldo Galhardo. O dólar subia frente a uma cesta de moedas, já no patamar de 95 nesta sessão, além de se valorizar sobre moedas de países emergentes e exportadores de commodities. Os investidores vêm reagindo com temores de guerra comercial global, sobretudo diante dos Estados Unidos e China. Também pesavam as expectativas de que as taxas de juros norte-americanas aumentarão ao mesmo tempo em que o Banco Central Europeu (BCE) está retrocedendo no seu plano de subir as taxas. Internamente, pressionou o mercado a notícia de que o Ministro do Supremo Tribunal Federal, Ricardo Lewandoswki, decidiu que a venda de ações de empresas públicas, sociedades de economia mista ou subsidiárias e controladas exige autorização prévia legislativa sempre que tratar de alienação do controle acionário.
REUTERS
Ibovespa fecha em queda de pouco mais de 1% com pressão de exterior
O principal índice acionário da B3 fechou em queda de pouco mais de 1 por cento nesta quarta-feira, pressionado pelo cenário externo mais negativo para ativos de risco
O Ibovespa fechou em queda de 1,11 por cento, a 70.609 pontos. O giro financeiro somou 8,7 bilhões de reais. A cautela diante da indefinição com o cenário eleitoral local deste ano também segue no radar dos investidores. Apesar de ter fechado em território positivo nos três pregões anteriores, as altas foram contidas, com ganho acumulado de 1,9 por cento no período. “O índice (Ibovespa) que já vinha demonstrando pouco ímpeto para avançar, em virtude do cenário macro com deterioração da recuperação econômica, se deparou com um ambiente externo de aversão a risco, com índice dólar em alta e pressão nas treasuries, em busca de proteção”, disse o analista da Lerosa Investimentos Vitor Suzaki. No exterior, as preocupações sobre uma guerra comercial entre EUA e China ainda persistem. Nesta sessão, uma queda no mercado acionário chinês pressionou os ativos de países emergentes. O índice de ações de emergentes caiu cerca de 1,5 por cento.
Redação Reuters
Lewandowski decide que venda de ações de empresas públicas exige autorização legislativa
O Ministro Ricardo Lewandowski, do Supremo Tribunal Federal (STF), decidiu nesta quarta-feira que “venda de ações de empresas públicas, sociedades de economia mista ou de suas subsidiárias ou controladas exige prévia autorização legislativa”
Na decisão, o Ministro destacou que essa apreciação inicial pelo Poder Legislativo tem de ocorrer “sempre que se cuide de alienar o controle acionário, bem como que a dispensa de licitação só pode ser aplicada à venda de ações que não importem a perda de controle acionário de empresas públicas, sociedades de economia mista ou de suas subsidiárias ou controladas”. Lewandowski concedeu parcialmente uma medida cautelar em ação movida pela Federação Nacional das Associações do Pessoal da Caixa Econômica Federal (Fenaee) e pela Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf/CUT). A medida, segundo decisão do Ministro, terá de ser referendada pelo plenário do STF. As duas entidades moveram ação no STF em novembro de 2016 contestando a Lei 13.303, daquele ano, batizada de Nova Lei das Estatais. Em decisão obtida pela Reuters, Lewandowski afirma que, embora os artigos impugnados na lei não tratem expressamente da dispensa de autorização legislativa, “justamente a ausência de menção a esta indispensável medida prévia que pode gerar expectativas ilegítimas e, consequentemente, insegurança jurídica, sobretudo no contexto da flexibilização da alienação de ações de que tratam os dispositivos atacados”.
Redação Reuters
Estrangeiro já tirou R$ 10,6 bi da bolsa, pior saldo desde crise de 2008
O primeiro semestre de 2018 se aproxima de seu fim com os investidores estrangeiros retirando mais de R$ 10 bilhões da bolsa de valores brasileira. Os ingressos recordes de recursos registrados no começo do ano agora se converteram na maior retirada líquida em um primeiro semestre na história da bolsa
A última vez que uma fuga dessa magnitude aconteceu foi na crise financeira de 2008, quando o saldo negativo anual foi de R$ 24,6 bilhões. No primeiro semestre daquele ano, a retirada foi de R$ 6,66 bilhões. O expressivo número negativo reflete o atual momento dos mercados globais, menos interessados em tomar risco e apostar em emergentes, mas também a dinâmica própria do Brasil. Por aqui, além da trajetória dos indicadores apontar um crescimento mais fraco em 2018, aquém do que era esperado, as eleições em outubro representam um elemento extra de risco. “Se a tendência de retirada dos estrangeiros vai continuar é muito difícil dizer, num momento tomado por incertezas, mas o fluxo diminuiu muito, não estamos mais no contexto de antes”, afirma César Mikail, responsável pela área de trading equities da Western Asset. “Em um ambiente de excesso de liquidez [no mundo], o investidor não ligaria para isso, mas não é mais o caso.” A posição líquida do estrangeiro em 2018, até 25 de junho, dado mais recente disponível, está negativa em R$ 10,6 bilhões, segundo a B3. Apenas no mês de junho, a retirada líquida de recursos já foi de R$ 6,58 bilhões. O crescimento vertiginoso do dinheiro que circula em bolsa também chama a atenção: o saldo da participação estrangeira em junho é resultado de R$ 116,6 bilhões em compras de ações e de R$ 123,1 bilhões em vendas. Pela primeira vez, as negociações mensais de compras ou vendas de papéis com capital externo giraram volume tão elevado: antes de 2018, nenhum mês chegou a movimentar mais de R$ 100 bilhões.
VALOR ECONÔMICO
Cepea: agroindústria segue impulsionando PIB do agronegócio em 2018
Em 2018, o impulso ao setor vem dos elos industriais, diante da relativa estabilidade prevista para o PIB-volume do segmento primário
O agronegócio brasileiro deve crescer 3,17% em PIB-volume em 2018, conforme indicam dados do primeiro trimestre do ano, analisados pelo Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada), da Esalq/USP, em parceria com a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA). Em 2018, o impulso ao setor vem dos elos industriais, diante da relativa estabilidade prevista para o PIB-volume do segmento primário. Segundo pesquisadores do Cepea, assim como mencionado no relatório anterior, a agroindústria brasileira vem demonstrando reação desde o segundo semestre de 2017, influenciada pelos sinais de recuperação da economia brasileira. Importante se avaliar que, mesmo com evolução em volume apresentada pelo agronegócio como um todo, este movimento não vem sendo acompanhado no mesmo ritmo pela evolução em número ocupações no mercado de trabalho do setor, com exceção da agroindústria, que teve crescimento mais expressivo em produção e emprego. Quantos aos preços, as estimativas atuais apontam para perda de 7,6% nos preços relativos do agronegócio, indicando que os produtos do setor estão se desvalorizando frente à média da economia. Assim como observado em 2017, a pressão baixista da média de preços reais de produtos do agronegócio acabou suprimindo a evolução significativa em volume de produção e, com isso, estima-se queda de 4,7% no PIB-renda anual do setor. Entre os segmentos, a redução do PIB-renda é pressionada especialmente pelo primário, para o qual o recuo é estimado em 19,1%.
Cepea
EMPRESAS
Após 1º semestre desastroso, Aurora Alimentos vê luz no fim do túnel
Terceira maior processadora das carnes de frango e suína do país, a catarinense Aurora Alimentos já vê a luz no fim do túnel. Depois de um primeiro semestre desastroso, no qual sofreu com o milho mais caro, as restrições internacionais e a greve de caminhoneiros, a central de cooperativas voltou ao azul
A expectativa da Aurora, que faturou R$ 8,9 bilhões no ano passado, é que o ajuste de produção feito para adequar a oferta de frango à demanda permita que a avicultura brasileira se recupere de modo sustentável no segundo semestre. “Depois da greve dos motoristas, há um sinal de calmaria porque começa a haver equilíbrio entre oferta e procura”, afirmou o Presidente da Aurora, Mário Lanznaster, em entrevista ao Valor. De acordo com o dirigente, a margem da cooperativa catarinense, que ficou 5% negativa em maio, deverá superar 1% neste mês. Com isso, a central de cooperativas passou a acredita que poderá fechar o ano no “zero a zero”, o que já seria um bom resultado diante das dificuldades, disse Lanznaster. Ao dificultar o fluxo de pintinhos para as granjas, a paralisação de dez dias dos caminhoneiros amplificou um movimento de redução da produção de frango que já estava em curso. Em maio, antes da greve dos caminhoneiros, a líder BRF suspendeu temporariamente os abates de frango em algumas unidades para reduzir a sobreoferta de aves provocada pelo embargo da União Europeia. Na mesma linha, a Aurora cortou os abates em quase 15%. Os resultados do corte da produção, positivos para as agroindústrias de aves e suínos, começaram a ser sentidos. Conforme o presidente da Aurora, os abates de frango ainda estarão reduzidos nos próximos 60 dias porque a avicultura brasileira está em fase de redução dos estoques — especialmente do produto que seria exportado. O dirigente da Aurora ressaltou que o aumento das exportações depende da melhora do acesso brasileiro aos mercados externos.
VALOR ECONÔMICO
FRANGOS & SUÍNOS
ABPA pede crédito de R$ 2,5 bi ao BNDES
Para reagir à crise no setor provocada pelo embargo da União Europeia a diversos frigoríficos brasileiros e pela paralisação dos caminhoneiros, representantes da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) se reúnem hoje com o presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Dyogo Oliveira, para pedir uma linha de crédito de cerca de R$ 2,5 bilhões
Segundo o Presidente da ABPA, Francisco Turra, as agroindústrias de aves e suínos precisam de capital de giro “para contornar esse período dificílimo”. Do total de R$ 2,5 bilhões, R$ 1,5 bilhão seria de dinheiro novo, calculou Turra. O restante ficaria por conta da renovação de linhas que estão em vigor, afirmou. Uma consulta preliminar ao BNDES sobre o pedido já foi feita, disse o ex-ministro da Agricultura. “Houve boa vontade. Tanto que é o presidente do BNDES nos convocou para estarmos amanhã [hoje] em reunião”, avaliou. O banco de desenvolvimento não será o único procurado pelas agroindústrias para renovar linhas de crédito. A intenção é acionar também o Banco do Brasil. Segundo Turra, o BNDES foi a primeira instituição acionada em razão de seu papel “balizador” no crédito.
VALOR ECONÔMICO
Suínos são a maior aposta para avançar na indústria de carnes
Apesar de ainda sentir os impactos de crises como a greve dos caminhoneiros, em maio, e dos desdobramentos da operação Carne Fraca, deflagrada em 2017 pela Polícia Federal para coibir fraudes nos controles sanitários em frigoríficos locais e de outros Estados, o Paraná investe para manter-se no topo do setor de carnes no país
O foco, agora, é no segmento de suínos, graças à perspectiva de reconhecimento da condição de Estado livre de febre aftosa sem vacinação em 2020, o que abriria mercados importantes como Japão e Coreia do Sul para os produtos paranaenses. O Paraná é o segundo maior produtor de suínos do Brasil, atrás de Santa Catarina, com 9,2 milhões de cabeças abatidas e 21,3% do total do país em 2017, e primeiro em frangos, com 1,841 bilhão de abates e 31,5% do total nacional, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A Coopavel, de Cascavel, planeja investir R$ 110 milhões em 30 meses até o fim de 2020 para aumentar a capacidade de abate do frigorífico de suínos de 450 mil para 750 mil cabeças por ano. Segundo o Presidente Dilvo Grolli, o pacote inclui a ampliação de uma das unidades de produção de leitões (UPL) e do número de suinocultores integrados de 150 para 300. O objetivo é aproveitar as oportunidades no mercado externo após o fim da vacinação contra a aftosa e elevar a participação das exportações de 30% para 50% da produção de carne suína da cooperativa, explica Grolli. Após 12 anos sem a doença, o Estado quer encerrar a imunização em 2019 para obter o certificado da Organização Internacional de Saúde Animal (OIE) em 2020, um ano antes do previsto para o circuito São Paulo, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul. A Frimesa, central formada pela C.Vale, Copacol, Copagril, Lar e Primato, iniciou em outubro de 2017 as obras de infraestrutura do que pretende ser o maior frigorífico de suínos da América Latina, com capacidade para abater 15 mil animais por dia em 2030, após um aporte de R$ 1 bilhão na cidade de Assis Chateaubriand, também de olho no mercado externo. Antes, em 2015, a Alegra Foods, uma associação entre a Castrolanda, a Frísia e a Capal, colocou R$ 250 milhões em um frigorífico para até 2,3 mil suínos por dia em Castro.
VALOR ECONÔMICO
Abates de frango caem 23,5% devido a greve dos caminhoneiros
Após paralisação de 10 dias em maio, indústrias trabalham em horários especiais para recuperar desempenho ao longo de junho
Em maio, o Paraná registrou queda de 23,5% nos abates de frango em comparação ao mesmo período de 2017. Segundo dados do Sindicato das Indústrias de Produtos Avícolas do Estado do Paraná (Sindiavipar), ao longo do mês, 119,9 milhões de cabeças de frango foram abatidas no estado. No ano passado, o volume chegou a 157 milhões de cabeças. Os índices de produção foram impactados principalmente pela greve dos caminhoneiros, que interrompeu a operação das indústrias avícolas – total ou parcialmente – durante dez dias. Sem transporte para ração das aves até o campo e para retirada dos pintainhos dos incubatórios, a maioria dos frigoríficos paranaenses precisou suspender as atividades durante a paralisação dos caminhoneiros. “O setor avícola ficou mais de ¼ do mês parado, com os funcionários em férias coletivas e sem ter como produzir. Com esse cenário, o impacto nos números era inevitável”, declara o Presidente do Sindiavipar, Domingos Martins. Em sua opinião, os impactos poderiam ter sido ainda maiores no Paraná – principal produtor e exportador de carne de frango do país. Para retomar o desempenho, as empresas operam em horários especiais, com escalas também nos finais de semana. “Temos que tirar as melhores lições possíveis dessa crise e trabalhar em conjunto para iniciar a recuperação já no mês de junho”, disse, destacando ainda que o momento é de reflexão e planejamento.
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