CLIPPING DA ABRAFRIGO Nº 688 DE 08 DE FEVEREIRO DE 2018

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Ano 3 | nº 688 08 de fevereiro de 2018

NOTÍCIAS

Ajustes positivos no mercado do boi gordo

O mercado está com pouco volume de negócios
Porém, ao contrário do observado nos dias anteriores, no fechamento desta quarta-feira (7/2) houve maior volume de praças com valorizações do que com desvalorizações. Essas altas são uma reação aos poucos negócios realizados até aqui e em função da perspectiva de poucos negócios também na semana que vem, devido ao Carnaval. Apesar de não significar uma reversão de tendência de mercado, essa conjuntura mostra que a pressão sobre os preços perdeu força nesta quarta-feira (7/2). As escalas de abate estão curtas, porém controladas, fato que deixa as indústrias confortáveis para originarem a matéria-prima. No mercado atacadista de carne bovina com osso, apesar da estabilidade observada no último fechamento, valorizações no curto prazo não estão descartadas, devido a expectativa de aumento da demanda.

SCOT CONSULTORIA

volume de bovinos vivos exportado pelo Brasil totalizou 24,2 mil em janeiro

Após fechar o ano com alta de 41,9% no volume de bovinos vivos exportado pelo Brasil, em relação a 2016, 2018 começou positivo para esse mercado, já que nesse mesmo período do ano passado, nenhum animal foi exportado

Segundo dados do Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços, em janeiro foram exportadas 24,2 mil cabeças de bovinos vivos com faturamento total de US$18,9 milhões. Os animais foram enviados para o Egito, Líbano e Turquia. Vale destacar, que esse último foi o principal comprador do Brasil nos últimos dois anos. A Turquia busca animais inteiros, principalmente cruzamento-industrial e que pesam entre 160kg e 280kg, o que vem movimentando o mercado de reposição em estados como Pará e Rio Grande do Sul. No estado gaúcho, os animais chegam a ser negociados de R$6,00/kg a R$6,50/kg.

SCOT CONSULTORIA

Brasil tem 100 mil animais em quarentena para exportação

Lote deve ser embarcado nos próximos dias e tem como destino países islâmicos

Os terminais portuários brasileiros devem embarcar nos próximos dias 100 mil animais vivos rumo a destinos estrangeiros. Em entrevista à Globo Rural, o ministro da Agricultura e Pecuária, Blairo Maggi, disse que esse é o tamanho do lote atual que está em quarentena em diversas fazendas do país. O ministro não deu detalhes sobre data nem locais de embarque dos animais, mas ressaltou que a operação é regulamentada pelo governo há anos. Na semana passada, a Justiça de São Paulo atendeu a um pedido de organizações de proteção e defesa animal e suspendeu as exportações de animais vivos em todo o território nacional. O caso ganhou força depois que o navio NADA atracou no Porto de Santos e embarcou mais de 25 mil animais vivos, com destino à Turquia, principal país comprador deste tipo de carga. Segundo Maggi, o mercado de animais vivos no Brasil gira em torno de 600 mil cabeças por ano. “Nós procuramos esses mercados [no exterior], abrimos e são mercados importantes para a pecuária brasileira. Temos aí mais de 100 mil bois em confinamentos e estações de quarentena para serem exportados nos próximos dias. São navios que vão chegar e não podemos parar com tudo isso”, disse. Dados do Agrostat, sistema do governo com estatísticas de exportações, mostram que no ano passado o Brasil faturou 32% mais com as vendas de animais vivos. O negócio gerou ao país US$ 276 milhões (cerca de R$ 890 milhões).

Revista Globo Rural

FPA tenta derrubar vetos à lei do Funrural

Desconto de 100% das multas e cumulatividade da cobrança para pecuária são pontos que serão trabalhados. FPA também pedirá a prorrogação do prazo de adesão

Em reunião na sede da Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA), o Presidente, deputado Nilson Leitão (PSDB/MT), e a Vice-Presidente, deputada Tereza Cristina (DEM/MS), debateram as próximas ações para a derrubada dos vetos presidenciais feitos na sanção da Lei 13.606/2018 que trata do Fundo de Assistência ao Trabalhador Rural (Funrural). Reuniões com o Presidente do Senado Federal, Eunício Oliveira, e com o Ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha, já foram marcadas para discutir o assunto. Desconto de 100% das multas; cumulatividade da cobrança para pecuária, florestas plantadas, sementes e pesquisa; além da redução da alíquota para Pessoa Jurídica são os principais pontos a serem trabalhados pelos parlamentares. A FPA também já solicitou a prorrogação do prazo de adesão ao programa, que se encerra no dia 28 deste mês. “De novo, a insegurança paira sobre o produtor com um prazo super apertado em meio a esse cenário indefinido e desfavorável”, afirmou a deputada Tereza Cristina, relatora do PL que originou a Lei. Para a relatora, com o projeto aprovado no Congresso, foi garantido que o pagamento da cobrança é viável aos produtores e adquirentes. “É uma dívida que o produtor não tinha. Veio inesperadamente. Se não conseguirmos barrar esses vetos, vamos tirar a competitividade de toda uma cadeia produtiva. Vamos trabalhar firmemente com o governo federal. É um trabalho intenso de articulação. Nossa posição é sempre em favor do produtor rural”, disse Tereza. O presidente da FPA espera ter a questão resolvida até o dia 20 deste mês. “Vamos trabalhar duro para derrubar estes vetos, até porque o produtor não pode ser mais prejudicado do que já está, com uma carga enorme sobre os seus ombros. Não é nem questão de facilitar, é de viabilizar, porque se não acontecer isso, o produtor não vai aderir e vai quebrar o setor. Automaticamente quem vai pagar essa conta será o próprio Brasil”, ressaltou Nilson Leitão. Ele ainda complementou que o Refis é uma alternativa para o produtor. “Aquele que não quiser aderir, pode continuar brigando na Justiça. Mas a nossa luta é fazer com que este Refis não tenha juros, multas, nem encargos”, afirmou o presidente. Na ocasião, o deputado Júlio César (PSD/PI) reclamou do veto das renegociações de dívidas da agricultura familiar com os bancos do Brasil (BB), Nordeste (FNE) e da Amazônia (FNO). “Meu Estado vai sofrer muito com essa retirada. É uma injustiça enorme”, reiterou Júlio César. Segundo o deputado Valdir Colatto, os vetos foram uma rasteira ao setor. “É inviável não ter o desconto das multas e o Senar incluído no parcelamento. Acordamos com o governo que o que seria aprovado não seria vetado e assim foram feitos os cálculos para viabilizar o processo. Não foi o que aconteceu. Agora o prazo está apertado e se formos submeter os vetos para a análise do Congresso Nacional, com certeza não teremos o tempo suficiente para fazer isso”, destacou o parlamentar. Também presente na reunião, Sérgio Souza (PMDB/PR) disse que os vetos trouxeram um desgaste desnecessário ao Congresso e a prioridade é trabalhar intensamente na prorrogação do prazo de adesão. Na justificativa para os vetos, o governo federal alegou que vários dispositivos do projeto aprovado pela Câmara dos Deputados e pelo Senado não têm previsão orçamentária e prejudicariam a Previdência Social. Além disso, o presidente da República, Michel Temer, considerou que os benefícios desrespeitariam os produtores adimplentes. O Presidente da Sociedade Rural Brasileira (SRB), Marcelo Oliveira, declarou que a associação está totalmente empenhada, juntamente com a FPA, em trabalhar a derrubada dos vetos. Segundo Oliveira, a lei como está, além de causar insegurança jurídica ao produtor, inviabilizará a produção agropecuária no Brasil, trazendo consequências desastrosas ao consumidor e à produção de alimentos e insumos agrícolas.

FPA

EMPRESAS

Reabertura de frigorífico em Batayporã ainda não está nos planos da Minerva

A Minerva Foods disse na quarta-feira (07) que a reabertura do frigorífico na cidade de Batayporã, em Mato Grosso do Sul, não está nos planos da empresa neste momento, depois que o governo estadual de MS divulgou que estava negociando a reativação da planta com a companhia de carnes

“A reabertura desta planta não está no plano da empresa”, informou a Minerva por meio de sua assessoria de imprensa à CarneTec, na manhã de quarta-feira. A empresa não detalhou se poderia avaliar a reabertura num futuro próximo. Na terça-feira (06), o Governo do Estado de Mato Grosso do Sul informou no seu portal de notícias que iniciou as negociações para reativação do frigorífico em Batayporã com a Minerva e estaria disposto a conceder incentivos fiscais em troca da reabertura da planta. O frigorífico em Batayporã está fechado desde meados de 2015, quando o setor enfrentou escassez de animais prontos para abate. A planta chegou a empregar mais de 600 funcionários quando estava em operação.

CARNETEC

Bancos podem renegociar dívida da JBS por três anos

A JBS está de volta à mesa de negociação com bancos credores brasileiros

Em pauta está um acordo para renovar a dívida de curto prazo da companhia por um período maior, ao redor de três anos, segundo pessoas a par do assunto. Em julho do ano passado, sob forte pressão depois da delação premiada de seus controladores, a companhia celebrou acordo com os credores para preservar suas linhas de crédito por doze meses, desde que realizasse amortizações periódicas do principal e pagasse os juros. O prazo vence em julho, e bancos e companhia se anteciparam a ele para tentar fechar um novo acordo que deixe a JBS em situação financeira mais confortável. As conversas mostram uma distensão da relação entre a empresa e o sistema financeiro, num momento em que a companhia se prepara para reportar um dos melhores resultados de sua história, na expectativa de analistas. Embora seus controladores, Wesley e Joesley Batista, permaneçam presos, a JBS tem conseguido se restabelecer operacionalmente. “A empresa vem cumprindo o acordo da dívida e também deu garantias. A parte da dívida em aberto será renegociada entre as partes”, disse um executivo de banco. A ideia é fechar um acordo em termos semelhantes ao vigente, porém por um prazo maior e com condições mais suaves de amortização. Taxa de juros e percentuais de amortização ainda estão em negociação. Os principais credores envolvidos são Santander, Bradesco, Caixa e Banco do Brasil. No acordo fechado no ano passado com as mesmas instituições, e que envolvia R$ 20,5 bilhões em dívidas, a companhia se comprometeu a amortizar 10% desse valor no prazo de um ano, sendo 2,5% a cada trimestre. Também se comprometeu a fazer amortizações extraordinárias com 80% dos recursos líquidos obtidos com plano de vendas de ativos. Restam agora cerca de R$ 15 bilhões, que são o objeto da renegociação, disseram fontes. O Itaú, que em julho de 2017 já exigira uma amortização maior de seu crédito, da ordem de 40%, novamente se mantém fora desse grupo agora, apurou o Valor. Procurado, o banco não quis comentar. JBS, Bradesco, Santander, BB e Caixa também não comentaram. A dívida de curto prazo total da empresa no país, incluindo o crédito do Itaú, estava em R$ 22 bilhões em julho. O último dado disponível é o de setembro. “A empresa teve uma boa evolução, e o resultado do quarto trimestre deve apontar na direção de desalavancagem e liquidez”, disse um analista de um banco brasileiro. No terceiro trimestre, a JBS já registrou forte redução do índice de alavancagem (relação entre dívida líquida e Ebitda em doze meses). No fim de setembro, esse índice era de 3,4 vezes, ante 4,2 vezes em março, o último dado reportado antes da delação dos Batista. Para esse analista, um novo acordo de dívida, mais favorável, faz sentido, já que o risco agora é menor do que em julho, no auge da crise financeira do grupo, e nem naquele cenário os bancos puxaram a corda do grupo. Renegociar a dívida é apenas um dos objetivos de curto prazo que a empresa trabalha para concluir no primeiro semestre. Outros são a obtenção do aval dos auditores para o balanço anual, que precisa sair até março, e a conclusão das negociações da controladora J&F com o Departamento de Justiça dos EUA (DoJ) em torno de um acordo de leniência também naquele país. Dentro da empresa, a expectativa é resolver essas pendências no primeiro semestre. Ao mesmo tempo, a JBS mantém vivo o plano de fazer uma abertura de capital nos Estados Unidos, para melhorar sua estrutura de capital. Conseguir levar o IPO adiante, um objetivo traçado antes do turbilhão de maio de 2017, simbolizaria a volta à normalidade, do ponto de vista da JBS. Para analistas, a retomada do IPO nos EUA ainda neste ano é uma possibilidade remota. A avaliação é que a companhia ainda tem muitos obstáculos a superar, dentre os quais destacam o acordo com o DoJ e as investigações que ainda correm na Comissão de Valores Mobiliários (CVM). Afora isso, para um analista, a manutenção da prisão dos irmãos Wesley e Joesley também é um empecilho para conseguir uma avaliação (“valuation”) que justifique a opção pelo IPO. “A poeira já assentou em boa parte, mas eles vão ter que esperar mais”, apontou um analista de um banco brasileiro, que não quis ser identificado. Em todo o caso, esse analista diz que a companhia precisa manter o projeto vivo. “É uma obrigação demonstrar normalidade. Mas é difícil materializar [o IPO]”, avaliou, ressaltando que questões de governança também atrapalham, já que a empresa nomeou emergencialmente como CEO o patriarca dos Batista, com mais de 80 anos. Para Klaus Spielkamp, chefe de renda fixa da Bulltick, corretora baseada em Miami, o IPO vai demorar. “A impressão é que os problemas estão longe de acabar”, disse, citando também a ausência de um acordo com o DoJ.

VALOR ECONÔMICO

INTERNACIONAL

Ajuda dos EUA à pecuária supera exportações brasileiras em 2017

O rebanho bovino dos Estados Unidos volta a aumentar e já soma 94,4 milhões de cabeças de gado. É o maior número em nove anos

É um novo ciclo da pecuária, conforme mostram os dados do Usda (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos). O rebanho dos Estados Unidos vem crescendo desde 2014, quando estava em 88,5 milhões de animais. Apesar disso, o número atual está bem distante do de 1975, quando o país tinha 132 milhões de cabeças de gado. De 2008 a 2016, o governo americano injetou US$ 7,2 bilhões em programas de indenizações no setor para compensar condições ambientais severas, problemas de saúde animal e elevação de custos. A lista das indenizações é grande e vai da ocorrência de seca, nevasca, tornados, furacões a ataques de animais selvagens ao rebanho —principalmente os protegidos pelo governo, como os lobos. O valor destinado pelo governo americano para indenizações ao setor superou o total das exportações brasileiras do ano passado, que, em ano recorde, ficaram em US$ 6,3 bilhões, conforme dados da Abiec (Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carnes). O governo dos EUA tem três programas básicos de auxílio ao setor. O mais importante, o LFP (Livestock Disaster Forage Program), remunera produtores que, devido a problemas climáticos, têm perdas de pastagens. Devido à seca de 2013 e 2014, a indenização atingiu US$ 6,8 bilhões de 2008 a 2016. O LIP (Livestock Indemnity Program) beneficia pecuaristas que tiveram mortalidade de gado acima do normal na fazenda. A mortalidade pode ocorrer por clima, doença e ataques de animais selvagens. A distribuição foi de US$ 313 milhões nos nove anos analisados. O terceiro programa, o Elap (uma assistência emergencial) inclui ajuda não apenas ao rebanho, mas também aos produtores de mel e de peixe. De 2008 a 2016 foram destinados US$ 113 milhões ao programa.

Folha de São Paulo

Uruguai busca recuperar peso no mercado de carne da Rússia

Até pouco tempo atrás, a Rússia era o principal destino de volume para a carne de bovino uruguaia. No entanto, hoje esse país ocupa uma posição bastante marginal para os frigoríficos uruguaios, que têm seu principal comprador a China

Em todo caso, o Uruguai busca manter sua marca ativa com esse parceiro comercial. Por esta razão, desde segunda-feira, o Instituto Nacional da Carne (INAC) participa do ProdExpo em Moscou, uma das mais importantes exposições agro-alimentares da Rússia e da Europa Oriental, que celebra a sua 25ª edição em 2018. A edição desta feira coincide com um embargo que a Rússia manteve desde novembro em carnes brasileiras, algo que pode ser favorável para que os empresários uruguaios possam fechar negócios para volumes mais importantes do que os acordados nos últimos cinco anos. A decisão das autoridades russas de revisar o bloco no Brasil se estendeu muito mais do que o necessário, o que gerou preocupação entre os importadores russos, pois é seu principal fornecedor; o segundo é o Paraguai. Além disso, ocorre em um momento em que as importações de alimentos pela Rússia estão crescendo fortemente graças a uma recuperação econômica consolidada após vários anos de recessão. O aumento do preço do petróleo tem sido um dos principais aliados. “A Rússia foi muito importante na primeira década deste século, mas depois da queda dos preços do petróleo e das sanções internacionais, eles enfrentaram uma política muito firme e bem-sucedida de auto abastecimento de carne”, disse Federico Stanham, Presidente do Instituto Nacional de Carnes do Uruguai (INAC). Conseguiu em carne suína e de aves e, embora não tenha feito isso na carne bovina, conseguiu aumentar sua produção, inclusive em carnes de alta qualidade, reconheceu Stanham. Embora o Uruguai seja conhecido pela carne bovina de alta qualidade, a maior parte das suas exportações, como no caso da Argentina, está concentrada nas carnes para processamento, utilizadas principalmente para a fabricação de hambúrgueres e salsichas. As carnes uruguaias participaram de feiras neste país desde 2006. Agora, o stand do Uruguai é de 98 m2 tem a participação de quatro empresas co-expositoras (três do setor de carne bovina e ovina e uma empresa do setor avícola), além de uma delegação de corretores e comerciantes A delegação oficial é composta pelo Presidente do INAC, os delegados do Conselho de Administração da INAC, Gastón Scayola e Jorge Slavica, representantes da indústria e dos produtores, respectivamente. O embaixador uruguaio na Rússia, Enrique Delgado e a equipe do corpo diplomático estiveram presentes no primeiro dia da abertura da feira. O stand da INAC concentra sua mensagem na qualidade do processo de produção, paixão e busca de padrões elevados. Esta mensagem juntou-se ao motivo do futebol. O slogan utilizado foi “Compartilhamos a mesma paixão: qualidade”.

El Observador

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