CLIPPING DA ABRAFRIGO Nº 577 DE 14 DE AGOSTO DE 2017

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Ano 3 | nº 577 14 de agosto de 2017

 NOTÍCIAS

Entrada da entressafra colabora para preços firmes no mercado do boi gordo

Mercado do boi gordo em alta

As boiadas que estão sendo abatidas, em sua maioria, são provenientes de confinamentos. Ou seja, estamos na entressafra de forma definitiva. O volume de animais que foram colocados no cocho em 2017, em praticamente todos os estados, não parece ser tão grande. As projeções de resultado da operação não eram das melhores ao longo do ano. Em São Paulo, embora a referência tenha subido novamente na última sexta-feira (11/8), cotada em R$129,00/@, à vista, livre de Funrural, foram verificados pagamentos acima deste valor. Aliás, preços acima da referência são extremamente comuns no levantamento de hoje. Com menos oferta de matéria-prima e melhores vendas de carne na primeira metade do mês, em função do pagamento de salários e da proximidade com o Dia do Pais, o preço no mercado atacadista com osso e sem osso, subiram. Isso ajuda a valorizar a arroba.

SCOT CONSULTORIA

Segunda semana seguida de valorizações da carne bovina no atacado

Os preços da carne bovina subiram, em média, 1,7% no atacado no acumulado dos últimos sete dias

Em duas semanas, a valorização foi de 3,1%. O comportamento do mercado na primeira quinzena do mês fez a receita das indústrias ultrapassar a inflação de doze meses. A redução na oferta de animais, comportamento de entressafra, associado à ligeira melhora nas vendas no início do mês, puxou o mercado para cima. O que chama atenção é que no varejo o comportamento do mercado indica que as vendas não cresceram em relação à última semana, já que os preços. Mas, na indústria, as valorizações recentes permitiram, mesmo com o mercado do boi gordo em alta, que as margens da operação de desossa fossem conservadas em patamares elevados, ao redor de 35,0%, cerca de quinze pontos percentuais acima da média histórica deste indicador. Ao pecuarista, resta aguardar a parte final do mês, quando o consumo sazonalmente cai. Isso dará uma boa medida da força que a oferta de boiadas, “sozinha”, terá para fazer o mercado do boi gordo subir.

SCOT CONSULTORIA

Maggi confirma retirada da saponina da vacina contra aftosa; dose também será diminuída

O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) anunciou na sexta-feira (11) que a saponina deverá deixar de ser um dos componentes da vacina contra a febre aftosa

Segundo a nota do Mapa, a informação é do próprio Ministro Blairo Maggi, em pronunciamento também na sexta-feira, em Lucas do Rio Verde (MT). Essa é uma das medidas a serem adotadas para evitar a formação de abscessos após vacinação dos animais. Segundo ele, as doses também serão reduzidas pela metade, de 5 ml para 2,5 ml. A discussão sobre a retirada da saponina se intensificou após o fechamento do mercado norte-americano à importação de carne bovina in natura, em razão da existência de abscessos, além de pedaços de osso encontrados na parte dianteira dos animais. “Não é uma questão de saúde humana, mas de apresentação. O Brasil é livre de aftosa com vacinação, o que significa que não podemos exportar para um país livre sem vacinação qualquer tipo de carne com osso”. Trata-se de medida preventiva, já que na hipótese de ocorrência da doença, o vírus poderia resistir nos ossos por meses. O Ministro disse que está “tudo sendo arrumado para voltar em breve ao mercado dos Estados Unidos” e que houve convite para uma inspeção veterinária de técnicos norte-americanos ao país, o que deverá ocorrer até o fim deste mês. Maggi visitou o município mato-grossense acompanhando o Presidente Michel Temer na inauguração da primeira usina de etanol de milho do país e na abertura da colheita do algodão.

Carnetec

Publicado edital para contratação temporária de 300 veterinários pelo Mapa

Inscrições começam nesta segunda-feira (14) e prova será em 17 de setembro

A Escola de Administração Fazendária (Esaf) publicou na sexta-feira (11) edital do processo seletivo público simplificado para a contratação temporária de 300 veterinários pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa).  Os profissionais vão trabalhar na inspeção nas linhas pré e pós morte (antes e depois do abate) dos frigoríficos e serão admitidos pelo período de um ano, com a possibilidade de prorrogação por mais um ano. O salário será de R$ 6.710,58. Do total de vagas, 20% serão reservadas para pessoas negras. As inscrições podem ser feitas no site www.esaf.fazenda.gov.br a partir do dia 14 (segunda-feira) até 20 de agosto. A taxa é de R$ 100. Os candidatos devem ter diploma de curso de nível superior em medicina veterinária e registro ativo nos conselhos regionais ou federal de medicina veterinária. A jornada de trabalho será de 40 horas semanais. A prova objetiva, composta de 40 questões, será aplicada no dia 17 de setembro. Também serão avaliados a experiência dos candidatos e seus títulos. As questões objetivas serão aplicadas em Belém, Belo Horizonte, Brasília, Campo Grande, Cuiabá, Curitiba, Florianópolis, Goiânia, Manaus, Palmas, Porto Alegre, Porto Velho, Recife, Rio Branco, Salvador, São Luís, São Paulo e Teresina. O resultado da seleção será divulgado em 6 de novembro.

MAPA

MP sobre multas a frigoríficos que cometessem irregularidades caduca

A Medida Provisória 772, que chegou a aumentar para R$ 500 mil a multa máxima aplicada a frigoríficos e outros estabelecimentos fabricantes de alimentos de origem animal que cometessem infrações, perdeu sua validade ontem, após o Congresso não aprová-la dentro do prazo de praxe, de quatro meses

A MP foi enviada ao Congresso duas semanas depois de a Polícia Federal deflagrar a Operação Carne Fraca, em 17 de março, e anunciada como uma das primeiras medidas em resposta à crise da carne brasileira que se instaurou no país desde então. Com isso, volta a valer o valor mais brando para as multas, que era de R$ 15 mil, vigente antes da edição da MP. No entanto, o Ministério da Agricultura pretende reenviar a MP ao Legislativo, ainda este ano, com poucas mudanças no texto. Como manda a legislação brasileira, o Executivo não pode mandar a mesma MP no mesmo ano, caso o prazo tenha se encerrado ou se a proposta de lei tenha sido rejeitada pelos parlamentares. A única exceção permitida é se o governo mandar um novo texto relacionado ao mesmo assunto. “De fato, o governo precisava desobstruir a pauta do Congresso deixando expirar algumas medidas provisórias e essa foi uma delas. Mas nos interessa manter essas multas ajustadas em valores mais adequados, e estamos numa fase de revisitar toda a defesa agropecuária, então em breve um novo texto será reapresentado à Casa Civil, do jeito que o governo achar melhor e no momento adequado”, disse o Secretário de Defesa Agropecuária da pasta da Agricultura, Luís Eduardo Rangel. Ele ainda informa que o aumento das multas pode constar de uma nova MP que a Agricultura prepara para reformulação do sistema de fiscalização agropecuária do país, como mostrou o Valor na semana passada. No início desta semana, até havia uma expectativa dentro da Frente Parlamentar da Agropecuária de que o plenário da Câmara aprovasse a íntegra da MP na última terça-feira, já que o Congresso acordou em não modificar o texto encaminhado pelo governo, que era enxuto e não enfrentou nenhuma resistência dentro do governo ou no setor privado. Um dia antes de os deputados rejeitarem a primeira das denúncias da Procuradoria-Geral contra o presidente Michel Temer, na terça-feira, 1º de agosto, o plenário da casa até chegou a aprovar o texto-base da MP das multas. No entanto, como outras três MPs também caducariam ao longo desta semana, o governo deixou que seu prazo expirasse junto com as outras, alegando falta de tempo. De acordo com o texto, que chegou a ser analisado pela Câmara – mas não aprovado –, as empresas que descumprirem as multas ficariam submetidas à cassação de registro do estabelecimento e proibidas de contratar com o Poder Público ou receber de órgão ou entidade da administração pública benefícios ou incentivos fiscais ou creditícios, direta ou indiretamente pelo prazo de até cinco anos.

VALOR ECONÔMICO

Embaladas pelo mercado do boi gordo, as negociações começam a esquentar no mercado de reposição

Com o cenário de firmeza no mercado do boi gordo, a procura de animais para reposição começa a aumentar

É fato que as negociações ainda ocorrem de maneira tímida, porém, já foram suficientes para segurar as quedas que vinham sendo observadas. No balanço semanal, na média de todas as categorias de machos e fêmeas anelorados pesquisados pela Scot Consultoria, as cotações se mantiveram. Vale ressaltar que esta é a primeira semana do segundo semestre na qual não houve queda nas cotações. Para o curto prazo, com a tendência de alta no mercado do boi gordo, as negociações de reposição tendem a aumentar e o mercado pode ganhar força. A melhora na atratividade para o segundo giro de confinamento também é outro fator que pode influenciar este mercado, neste caso, para as categorias mais eradas. Em resumo, o atual cenário do mercado aponta para o fim da calmaria que veio se arrastando durante o ano todo e o início de maiores movimentações. 

SCOT CONSULTORIA

Boi: Com período de entressafra, perspectiva é de recuperação nas cotações

Alcides Torres, da Scot Consultoria, destaca que o cenário do mercado do boi gordo, se comparado com o início da operação Carne Fraca, é bem diferente: estável, com expectativa de recuperação das cotações frente a uma menor oferta, entrando no período da entressafra

No mercado futuro, os preços estão favoráveis. Com isso, existe gente fazendo contrato a esses preços e gente vendendo, acreditando que o boi gordo não irá chegar a esses preços. Os preços em São Paulo neste instante giram em torno de R$128,00/@ a R$131,00/@. A oferta diminuiu e não há mais escalas longas, com fatores externos incidindo menos sobre os números. Do ponto de vista dos frigoríficos, as margens melhoraram muito e, para aqueles que exportam, as margens são boas também. O Brasil deve apresentar um bom desempenho de exportação em 2017. Na questão com os Estados Unidos, a reconquista do mercado depende de uma habilidade para negociar. Os indicadores de recuperação da economia são evidentes, mas ainda existe muito desemprego no país. O consumo está estável e a perspectiva, no momento, é que ele continue assim, só apresentando melhora no final do ano, com 13º salário. O consumo de carne de frango, cujo custo teve uma queda em função da queda dos preços do milho, já é maior do que o de carne bovina, mas Torres não acredita que isso deva colaborar para alterar o mercado. Com relação ao confinamento, houve uma queda de confiança séria e o Brasil deve confinar em torno de 3.600.000 cabeças, um número menor do que no ano passado.

NOTÍCIAS AGRÍCOLAS

Inspeção dos EUA vem ao Brasil em agosto

Blairo Maggi disse que será oportunidade de visitarem um frigorífico e entenderem o sistema nacional

O Ministro Blairo Maggi disse na sexta-feira, 11, que convidou a chefe de inspeção sanitária norte-americana e ela deve vir ao Brasil no final de agosto. “Vai ser uma oportunidade para que ela possa ir a um frigorífico e ver o que o Brasil faz e como. Nós nos conhecemos muito bem, mas eles não”. Em julho, o Ministro e uma missão técnica brasileira foram aos Estados Unidos para esclarecer questões sobre o sistema nacional e tentar retomar as importações de carne bovina in natura pelos norte-americanos. Segundo o Ministro, ainda não há um prazo fechado para que isso ocorra. “Há uma reclamação por parte dos produtores americanos em receber carne brasileira e ganhou um governo muito alinhado com os pecuaristas, então temos uma dificuldade”. Para ele, faltou cuidado em todos os pontos da cadeia na situação. “A verdade é que nós abrimos o mercado mais exigente do mundo e não nos preparamos para isso. A bronca é para todo mundo. É na hora de vacinar, o tipo de vacina, a toalete no frigorífico”. Ele ainda ressaltou que, como país livre de aftosa com vacinação, o Brasil não poderia ter exportado carne com pedaços de ossos para uma nação livre sem vacinação. Isso porque o vírus pode resistir nos ossos. O Ministro ainda confirmou a retirada da saponina da vacina contra a aftosa. O Sindicato Nacional da Indústria de Produtos para a Saúde Animal já tinha dito que a mudança seria feita, mas o Mapa esperava estudos sobre o processo. 

Portal DBO

EMPRESAS

EUA ajudaram JBS no 2º tri, dizem analistas

Sob grande expectativa do mercado, a JBS divulgará hoje o resultado do trimestre mais turbulento de sua história

Iniciado com um terço da produção de carne bovina paralisada no Brasil devido à Operação Carne Fraca, o segundo trimestre terminou com o país em ebulição devido à delação premiada dos irmãos Joesley e Wesley Batista, donos da holding que controla a empresa. Embora os eventos policiais tenham afetado a companhia, a avaliação dos analistas é que a JBS registrou bom desempenho, impulsionada pelo momento favorável nos EUA. Considerando a média das estimativas de BTG Pactual, Citi, Itaú BBA e UBS, a JBS teve lucro líquido de R$ 459 milhões de abril a junho. Se confirmado, será um resultado inferior ao do mesmo período de 2016 (R$ 1,5 bilhão), mas o ganho bilionário daquele período foi alavancado por uma variação cambial de cerca de R$ 2,5 bilhões. A expectativa positiva com o resultado da JBS no segundo trimestre ajuda a explicar parte da alta das ações da empresa. Outros fatores – o acordo com os bancos no Brasil para renegociar dívidas de curto prazo, a retomada dos abates de bovinos e o avanço do plano de venda de ativos – também dão suporte ao movimento de valorização das ações. Na sexta-feira, os papéis subiram 5,6% na B3, maior valorização do Ibovespa. No acumulado da semana passada, as ações da JBS subiram 7,3%. Desde o pior momento após as delações, em 22 de maio, a empresa dos Batista recuperou R$ 6,6 bilhões em valor de mercado, fechando sexta-feira avaliada em R$ 22,9 bilhões. Em relatório, os analistas Thiago Duarte e Vito Ferreira, do BTG Pactual, dizem que os “sólidos” resultados nos EUA nas três principais proteínas – bovinos, frangos e suínos – “mais que compensam” a queda dos abates de gado no Brasil e o “impacto reputacional” da delação. Responsável por cerca de 50% das vendas da JBS, os negócios nos EUA atravessam um momento de custo das matérias-primas favorável e demanda por carne aquecida no mercado americano e para exportação. Segundo dados do Departamento de Agricultura dos EUA (USDA) compilados pela Federação dos Exportadores de Carnes daquele país, os embarques americanos de carne bovina cresceram 15% no primeiro semestre, para 442,3 mil toneladas, e os de carne suína aumentaram 11%, para 966,2 mil toneladas. Também nos EUA, a subsidiária Pilgrim’s Pride, de carne de frango, surpreendeu os analistas. Listada na Nasdaq, a empresa controlada pela JBS teve lucro líquido de US$ 233,6 milhões, 52% a mais que em igual intervalo de 2016. A margem de lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) ficou em 18,7%, ante 13,9% um ano antes. Conforme os analistas Alexander Robarts e Marcelo Inoue, do Citi, o resultado da Pilgrim’s ficou acima do esperado, refletindo as exportações aquecidas nos EUA e a demanda americana mais forte no verão, com a “temporada de churrasco”. Nesse contexto positivo nos EUA, a média das estimativas de BTG, Citi, Itaú e UBS para o Ebitda consolidado da JBS ficou em R$ 3,4 bilhões, 19% acima dos R$ 2,8 bilhões do segundo trimestre de 2016. Assim, a margem Ebitda consolidada da JBS deve ficar entre 8,5% e 9%, segundo os analistas. Entre abril e junho, a margem foi de 6,6%. A média para a receita líquida da JBS está em R$ 40,6 bilhões, uma redução de 7% em relação ao segundo trimestre do ano passado. Para o Brasil, que representa 25% das vendas da JBS – incluindo exportações a partir do país -, os analistas trabalham com um cenário de recuperação da Seara, a divisão que reúne a área de alimentos processados, carne de frango e carne suína no país. Para os analistas Antonio Barreto e Thomas Budoya, do Itaú BBA, a queda de 31,5% dos preços do milho ao longo deste ano favorece as margens da Seara, que sofreu muito com o milho caro em 2016. Para além do lado operacional, que preocupa menos os analistas, ainda há receios no que diz respeito a eventuais provisões no balanço, destacou o BTG, em relatório. Conforme o Valor informou na semana passada, o balanço da JBS será publicado sem o parecer do auditor. Porém, isso não deve causar problemas como a antecipação de pagamento dos detentores dos bonds, tanto dos títulos emitidos pela JBS S.A, quanto pelas controladas da JBS nos EUA em nos outros países.

VALOR ECONÔMICO

Faltam insumos para testes de brucelose e tuberculose em bovinos

Suspensão de um fabricante e aumento de preços com importação têm limitado a realização de exames para detecção das doenças em bovinos. Desde o início do ano o IB é a única instituição autorizada a fabricar os reagentes

No momento em que a pecuária brasileira luta para se recuperar das recentes crises, mais um problema surge no radar. Devido à falta de reagentes e encarecimento destes insumos, diversos estados têm encontrado dificuldade para fazer exames de diagnóstico de brucelose e tuberculose em bovinos. “É um ponto muito delicado que pode representar mais um trauma sanitário no País”, destacou Sebastião Guedes, da Comissão Nacional de Pecuária de Corte (CNPC). Até o fim do ano passado, a fabricação dos antígenos era feita pelo Instituto Biológico (IB), de São Paulo, e pelo Instituto de Tecnologia do Paraná (Tecpar).  Uma auditoria do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) na Tecpar, em meados de setembro, encontrou não conformidades nas instalações e desde o fim do ano passado o instituto foi proibido de fabricar os antígenos até que as adequações, estimadas em R$ 3 milhões, sejam feitas. Com isso, desde o início do ano o IB é a única instituição autorizada a fabricar os reagentes, o que provocou uma sobrecarga na linha de produção, como reconhece Ricardo Jordão, responsável técnico da Unidade Laboratorial de Referência para Imunobiológicos e Insumos. “Foi uma passagem repentina e nós não demos conta de atender toda a demanda. A bactéria usada nos antígenos demora mais de seis meses para se desenvolver”, explicou. Para minimizar os danos, o Mapa autorizou a importação de reagentes do Laboratório Microsules, da  Argentina, e desde então os produtos têm sido comercializados em revendas autorizadas. Antes disso, cada Estado tinha a sua própria política de distribuição: via revendas ou via Defesas Agropecuárias. O Ministro da Agricultura, Blairo Maggi, admitiu a falta do produto e disse que a pasta está tentando solucionar do problema. “Estamos acompanhando essa situação. É um assunto que está na mesa do ministério, mas nós, como agentes públicos, não podemos importar. É necessário que setor privado faça a sua parte”. Além da baixa oferta, outro problema que tem limitado o acesso aos antígenos é o preço. De acordo com Rafael Reis, Gerente de Saúde Animal da Agência de Defesa Agropecuária do Paraná (Adapar), o alto custo do produto tem diminuído a realização de exames no Estado. “Já sofríamos com a falta de reagentes há algum tempo, mas a situação se agravou no início do ano. Com as importações os exames voltaram a ser feitos, mas em um número bem menor do que antes. Não são todos os produtores que podem arcar com os custos”, informou. Em Mato Grosso, um dos Estados com maior índice de prevalência de Brucelose do Brasil, a situação é parecida. De acordo com Jociane Quixabeira, responsável pelo programa de controle e erradicação de brucelose e tuberculose do Instituto de Defesa Agropecuária de Mato Grosso (Indea), as importações encareceram os antígenos e houve queda de 50% no número de exames.  Conforme apurado pela reportagem do Portal DBO, no ano passado o preço dos antígenos de tuberculina era de R$ 75 o kit com 50 doses. Já a brucelina – pacote com 60 doses – custava R$ 102. Atualmente, em uma revenda em Cuiabá, MT, o preço da tuberculina está em R$ 160 e o da brucelina é de R$ 220.

Portal DBO

INTERNACIONAL

Exportações de carne bovina do Paraguai têm aumento no primeiro semestre

As exportações paraguaias de carne bovina cresceram 2% em volume e 15% em rendimento no período de janeiro a julho, em comparação com igual período de 2016

O Vice-Ministro de Pecuária, Marcos Medina, disse que nos primeiros sete meses do ano foram exportadas 180.000 toneladas de carne bovina, o que representa os 2% de aumento, com rendimento de mais de US$632 milhões. Medina disse que, neste crescimento, o mercado chileno ampliou suas aquisições e destacou que o Paraguai é o terceiro país de maior exportação de carne bovina depois do Brasil e do Uruguai.

Notícias Agrícolas

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