CLIPPING DA ABRAFRIGO Nº 575 DE 10 DE AGOSTO DE 2017

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Ano 3 | nº 575 10  de agosto de 2017

NOTÍCIAS

Baixa oferta colabora para preços firmes no mercado do boi gordo

Preços firmes no mercado do boi gordo

Das trinta e duas praças pesquisadas pela Scot Consultoria, o mercado teve alta em dez na última quarta-feira (9/8). A menor disponibilidade de animais terminados, cenário comum para a entressafra, é o principal fator que colabora para os pagamentos maiores. Entre os pecuaristas que ainda possuem animais prontos para o abate, a expectativa de preços maiores nos próximos dias faz com que prefiram adiar a venda. Em São Paulo, a arroba do macho terminado ficou cotado em R$127,00, à vista, livre de Funrural. Em relação ao início da semana, a alta é de 1,6%. No estado, as escalas de abate giram em torno de cinco dias, tendo indústrias com escalas mais apertadas. No mercado atacadista de carne com osso, o boi casado de animais castrados ficou cotado em R$8,75/kg, estabilidade frente ao último fechamento.

SCOT CONSULTORIA

Projeto que contribui para melhorar defesa agropecuária tramita no Senado

Iniciativa tem apoio do Ministro Blairo Maggi. Projeto apresentado tramita na Comissão de Agricultura e Reforma Agrária do Senado

Está em discussão na Comissão de Agricultura e Reforma Agrária do Senado Federal projeto de lei que disciplina o repasse de recursos federais aos estados, ao Distrito Federal e aos municípios para apoio às ações de defesa agropecuária. O autor da proposta, Senador Roberto Muniz (PP/BA), reuniu-se na quarta-feira (9) com o Ministro Blairo Maggi (Agricultura, Pecuária e Abastecimento) e com o Secretário de Defesa Agropecuária do ministério, Luiz Rangel, para discutir pontos do projeto. O projeto prevê a elaboração de um plano plurianual de atenção à sanidade agropecuária com a definição de metas e de responsabilidades de cada um dos entes envolvidos – União, estados e municípios. Também contempla a transferência direta de recursos destinados à defesa agropecuária e define suas fontes de financiamento. Maggi manifestou apoio à iniciativa e disse que a proposta se alinha às mudanças que estão sendo realizadas na pasta para melhorar a defesa agropecuária do país. “Esse projeto resolverá uma série de problemas que temos nos estados, especificamente nas fronteiras”, observou. Ao receber apoio à inciativa, o relator da proposta na Comissão de Agricultura, senador Flexa Riberto (PSDB/PA), disse que pedirá para que o projeto seja colocado em pauta na comissão já na próxima semana. Depois de aprovado no Senado, o projeto segue para apreciação e votação na Câmara dos Deputados.

MAPA

Fiscais federais entram na Justiça contra contratações temporárias do Mapa

O Sindicato Nacional dos Auditores Fiscais Federais Agropecuários (Anffa Sindical) informou nesta semana que entrou com um mandado de segurança na Justiça contra a contratação temporária de 300 médicos-veterinários anunciada pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) em julho

O Mapa anunciou a contratação temporária dos médicos-veterinários e a realização de concurso público para contratar profissionais adicionais, buscando atender a exigências de países importadores de carnes brasileiras após reveladas irregularidades na Operação Carne Fraca. A Anffa Sindical defende a realização de concurso público para ampla contratação e argumenta que a proposta do Mapa não resolve a defasagem de 1.600 auditores fiscais. “Essas atividades (de fiscalização) têm que ser realizadas por profissional concursado com estabilidade dentro da carreira, para ter poder de polícia, interditar estabelecimento, multar”, disse o Presidente da Anffa Sindical, Maurício Porto, à CarneTec. “Somos contrários porque esse profissional temporário não vai ter essa prerrogativa, porque ele não é auditor fiscal, apesar de ter a formação em medicina veterinária”. Auditores fiscais federais têm realizado, semanalmente, mobilizações contra as medidas propostas pelo Mapa, desde 17 de julho. Durante essas mobilizações, os fiscais deixam de acessar sistemas do Mapa para dar encaminhamento aos processos. O atendimento às cargas perecíveis não está sendo afetado, segundo Porto. “Não é paralisação, não é greve, é apenas um estado de mobilização da categoria, para chamar a atenção do Mapa para essa gravidade do problema da falta de auditores fiscais em várias áreas”, disse Porto. “Tem dias em que estamos fazendo outras atividades internas, não usamos o sistema, porque também estamos sobrecarregados”. A mais recente mobilização da Anffa Sindical ocorreu na terça e quarta-feira desta semana.

CARNETEC

Agosto começa com bom ritmo nas exportações de carne bovina in natura

Segundo dados do Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços, na primeira semana de agosto, o Brasil exportou 18,9 mil toneladas de carne bovina in natura com faturamento total de US$81,5 milhões

A média diária exportada foi de 4,7 mil toneladas, um aumento de 31,8% em relação ao mesmo período do ano passado. Já em relação a julho deste ano, o volume foi 6,8% menor. Caso o ritmo das exportações continue, o país deverá exportar 108,6 mil toneladas, o que representaria uma alta de 31,8% em relação ao total exportado em agosto de 2016. Seria o terceiro mês consecutivo de alta nas exportações.

SCOT CONSULTORIA

Futuro do boi em SP se aproxima dos R$140,00/@ para incentivar confinamento. Mas segundo giro estaria limitado pela logística
Alex Santos Lopes, analista da Scot Consultoria, destaca que as duas últimas semanas mudaram a trajetória dos preços do mercado do boi, que entram agora em movimento de alta

Tradicionalmente, os preços atingem o pico entre outubro e novembro, mas agora, por conta de um primeiro giro menos expressivo, existe fôlego para que isso ocorra já na entressafra. Da parte da demanda, houve uma melhora nas vendas de carne e os estoques dos frigoríficos não eram tão grandes. Com uma oferta menor, foi preciso sair às compras, o que fez o mercado da carne subir na semana passada. Os preços do boi gordo giram em torno de R$126,00/@ a vista em São Paulo, livre de Funrural. Algumas regiões, como o Triângulo Mineiro (R$122,00/@) e o oeste do Maranhão (R$119,00/@) também acumularam altas. Várias praças apontam recuperação, uma situação pouco vista em 2017. Os preços da carne ainda não apresentaram sinalização de alta nesta semana, situação que deve ficar mais clara na quarta e na quinta-feira. O mercado futuro sinaliza uma boa recuperação para os preços, que estão próximos de R$140,00/@ para outubro. Entretanto, para participar do segundo giro, os produtores deveriam estar com a estrutura do confinamento pronta entre os meses de maio e junho, antes de o animal reagir. Neste mês, pode não ter muito tempo para mais produtores tomarem a decisão de se programar. Lopes salienta que é importante uma proteção por parte do produtor. Utilizar de ferramentas como o mercado de opções pode ser uma oportunidade de receber preços maiores do que o mercado físico pode pagar. A demanda de exportação voltou a ficar firme, acima das 100 mil toneladas. O analista lembra que é “difícil afirmar que todos os problemas foram superados com clientes externos”, mas que os resultados de junho são animadores. O que precisa ser observado é se essa situação é consistente.

NOTÍCIAS AGRÍCOLAS

Pecuaristas investem para período pós-crise

De olho no mercado futuro, produtores se preparam para a próxima fase do ciclo da pecuária

O dito “é na crise que surgem as oportunidades”, por mais clichê que possa parecer, tem um significado ainda mais especial no setor da pecuária de corte. Conhecida por possuir um ciclo mercadológico de aproximadamente sete anos, entre alta e baixa, a atividade passa por um momento de instabilidade, com queda no preço da arroba e do bezerro. Para uns, momento exato de investir. Devido às incertezas do mercado e desvalorização do boi gordo e do bezerro, muitos pecuaristas resolveram enviar as fêmeas para o abate, na intenção de reduzir os custos na propriedade. O consultor técnico e economista da Associação dos Criadores de Mato Grosso (Acrimat), Amado de Oliveira, explica que a comercialização de fêmeas é natural e se torna opção de renda para o produtor no período de crise. “Com as contas apertadas, o pecuarista vê na fêmea oportunidade de redução de custa. Porém, aqueles que conseguem manter suas reprodutoras se tornam potenciais fornecedores quando a demanda por animais se aquecer”, afirma o economista. Levantamento do Instituto Mato-Grossense de Economia Agropecuária (Imea) aponta a maior participação de fêmeas nos abates desde 2014, com 48% do total registrado no primeiro semestre. Isso, no ciclo da pecuária, representa o início da reversão do mercado. Ou seja, quando os preços da arroba e do bezerro caem muito, os pecuaristas abatem as fêmeas e, para a próxima safra, vai reduzir o número de bezerros disponíveis, depois a oferta de bois e, consequentemente aumenta o preço da arroba. A pesquisadora do Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada), Mariane Crespolini, explica que no momento em que de agora até o desmame dos bezerros que vão nascer calcula-se cerca de um ano e meio, período em que a demanda por bezerros estará superaquecida justamente pela falta de animais. “Assim, quem segurar a fêmea para emprenhar no começo das águas estará investindo no mercado futuro”. Outra oportunidade neste momento, segundo Crespolini, é para a reforma de pastagem. Com a redução dos preços das sementes em decorrência do favorecimento climático, o custo para recuperação caiu. E foi justamente isso que o pecuarista de Pontes e Lacerda, Luciomar Machado, resolver fazer. Com a queda no mercado do boi gordo, ele reduziu o custo que tinha com o arrendamento de áreas e aplicou o dinheiro na aquisição de insumos para o pasto. Além disso, ele também está contratando crédito para auxiliar nos investimentos. “Meu objetivo é garantir a oferta de animais quando o mercado estiver em alta. Para isso, vou integrar agricultura e produzir grãos para suplementação alimentar dos bois e recuperar terra degradada. Assim, em 2019 estarei com a produção em alta”, afirma o produtor.

Acrimat

Medida provisória que amplia multa a frigoríficos não será mais votada

A justificativa é que não haveria tempo hábil para os parlamentares votarem o projeto no Congresso

Uma semana depois de ter aprovado o texto-base da medida provisória (MP) 772/17, que aumenta de R$ 15 mil para R$ 500 mil o valor máximo de multa para frigoríficos que infringirem a legislação sanitária, a Câmara dos Deputados decidiu não submeter a proposta para votação. A justificativa é que não haveria tempo hábil para os parlamentares votarem o projeto no Congresso e que, além disso, ela estava “trancando” a pauta, juntamente com medidas que acabam com a desoneração da folha de pagamentos e a que trata de gastos com educação. “Tínhamos prazo muito pequeno para aprovação e, por exemplo, uma MP que reonera setores da economia em um país que tem alta carga tributária exige grande debate”, disse o deputado Beto Mansur, do PRB de São Paulo. O Presidente do Senado, Eunício Oliveira, confirmou também que os parlamentares não teriam tempo para votar as medidas antes de seu vencimento. “Eu conversei com o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, e pedi que não fizesse um esforço para votar essas matérias, porque não haveria tempo suficiente para que eu pautasse aqui, no Senado”, explicou Eunício. De acordo com a Constituição Federal, os parlamentares terão que editar um decreto legislativo para disciplinar os efeitos jurídicos gerados durante a vigência das medidas provisórias que não forem convertidas em lei. Na ausência do decreto, permanecem os efeitos da MP no período em que ela vigorou. O texto-base da MP 772/17, que amplia a multa dos frigoríficos, havia sido aprovado no dia 1º de agosto pelo plenário da Câmara. A medida foi editada duas semanas após a polícia federal ter deflagrado a Operação Carne Fraca. O projeto altera a Lei 7.889/89, que trata da inspeção sanitária e industrial de produtos de origem animal. A lei já prevê outros tipos de penas, como advertência, apreensão de mercadorias e interdição do estabelecimento.

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