Ano 3 | nº 574 | 09 de agosto de 2017
NOTÍCIAS
Mercado do boi gordo em alta
O mercado do boi gordo está em alta na maior parte das regiões.
A menor disponibilidade de boiadas tem feito com que os frigoríficos aumentem as ofertas de compra. As programações de abate têm diminuído, embora, em geral, não estejam apertadas. Em decorrência deste cenário, há casos de pecuaristas desistindo de entregar as boiadas. Segundo levantamento da Scot Consultoria, em São Paulo o preço de referência ficou em R$126,00/@ (8/8), à vista, livre de Funrural, mas existem negócios em valores maiores. Para o curto prazo a expectativa é de preços firmes e prováveis ajustes positivos nas referências, uma vez que preços acima destas já ocorrem em diversas regiões. A chegada da entressafra, mesmo que atrasada, tem permitido este cenário.
SCOT CONSULTORIA
Abate de bovinos em MT em julho atinge maior volume desde janeiro/2015
O abate de bovinos em Mato Grosso, estado que detém o maior rebanho do país, subiu para 439,27 mil cabeças em julho, maior volume mensal registrado desde janeiro de 2015, informou o Instituto Mato-Grossense de Economia Agropecuária (Imea) citando dados do Instituto de Defesa Agropecuária (Indea) de MT
Esse volume registrado no mês passado representa um aumento de 9,52% nos abates ante junho. O maior aumento nos abates ocorreu entre animais machos e jovens, refletindo a intensificação das entregas dos animais advindos de confinamento. “Caso se repita a série histórica, tal cenário deve se prolongar até o mês de dezembro, quando a estação seca tem seu fim definitivo”, informaram os analistas do Imea em relatório. Durante o mês de julho, a correlação de preços entre o boi gordo e a carcaça casada de carne bovina no atacado de Mato Grosso atingiu o quarto maior valor da história, de 13,21%, demonstrando que as quedas nas cotações do boi ocorrem em maior intensidade do que as da carne. “No comparativo entre julho/2017 e julho/2016, o preço do boi gordo registrou desvalorização de 12,41%, e o da carcaça casada no atacado, diminuição de 3,63%”, informou o Imea. “O crescimento desta diferença demonstra que as indústrias frigoríficas passaram, no último ano, por um melhor momento, conseguindo uma melhora na margem da comercialização da carne.”
CARNETEC
MP do Funrural recebe 745 emendas no Congresso
Setor não quer nenhum benefício especial
O Presidente da Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA), deputado Nilson Leitão (PSDB-MT), avaliou na terça-feira (08), que o número de emendas apresentadas à Medida Provisória do Programa de Regularização Tributária do Funrural demonstra que o texto publicado está longe de atender às demandas do setor produtivo. “De qualquer forma, o governo tem todo o direito de editar uma medida provisória que seria a melhor solução sob o seu ponto de vista. Nós queremos que seja a melhor para todos. Justa para o produtor e eficiente para a Receita Federal”, acrescentou o parlamentar logo após a reunião-almoço da entidade. Ele garantiu que o setor não quer nenhum benefício especial, mas adverte que o Funrural é um assunto diferenciado. “Não é uma contribuição que estava na rotina do produtor e da agroindústria. Estava sob liminares há 10 anos. Por isso essa quantidade de emendas que, obviamente, vão transformar esse texto”, explicou. Nilson Leitão também descartou possíveis semelhanças entre a MP do Funrural e o Refis, que está sendo criticado – inclusive pelo governo – por ter sofrido muitas modificações a fim de beneficiar algumas empresas. “Acredito que nos 120 dias que temos para refazer o texto do Funrural, obviamente que ele vai sair muito melhor do que entrou. Tudo dentro do equilíbrio, do respeito à legislação como um todo e à Lei de Responsabilidade Fiscal”, afirmou. O deputado Marcos Montes (PSD-MG), ex-presidente da FPA, explicou que as emendas têm o objetivo é aperfeiçoar o texto e garantir uma maior eficácia à medida. Segundo Marcos Montes, outro aspecto que deverá ser objeto de atenção especial é a situação dos frigoríficos, que vivem um momento difícil também por causa das denúncias de diretores da JBS no âmbito da Operação Lava Jato. A deputada Tereza Cristina (PSB-MS), vice-presidente da FPA, deverá ser a relatora da matéria na Comissão Mista. “Em se concretizando, será um belo desafio encontrar um ponto de convergência entre as demandas do setor e a proposta apresentada ao governo”, disse. Entre as principais mudanças que estão sendo propostas por meio de emendas à MP estão a redução do valor do pagamento da entrada de 4% para 1% e a extensão do prazo para a adesão ao programa de 29 de setembro para 29 de dezembro.
FRENTE PARLAMENTAR DA AGROPECUÁRIA (FPA)
Estoques ajustados no mercado varejista de carne bovina
A última semana foi marcada por estabilidade e altas nos preços da carne bovina no varejo
Em São Paulo e no Paraná as cotações ficaram praticamente estáveis, com desvalorização de 0,1% e 0,3%, respectivamente. Por outro lado, em Minas Gerais e no Rio de Janeiro, o cenário foi de alta de 0,2% e 0,6%, nesta mesma ordem. No Rio de Janeiro, foi a segunda semana consecutiva de alta nos preços. A entrada da primeira quinzena do mês e os estoques enxutos dos varejistas colaboraram para esse cenário.
SCOT CONSULTORIA
Demanda firme dá sustentação aos preços do sebo bovino
A boa demanda por sebo bovino mantém o viés de alta sobre os preços no mercado brasileiro
Segundo levantamento da Scot Consultoria, no Brasil Central, a gordura animal está cotada em R$2,05/kg, sem imposto. Houve alta de 5,1% em uma semana. No Rio Grande do Sul também foi verificada valorização. O produto está cotado em R$2,10/kg, sem imposto, uma alta de 2,4% frente ao levantamento anterior. Em curto prazo, a maior procura pelo produto deverá manter os preços sustentados.
SCOT CONSULTORIA
Desempenho externo das carnes na 1ª semana de agosto
Exportações brasileiras de carnes abriram agosto demonstrando bastante vitalidade. A carne bovina tende a um volume próximo das 109 mil toneladas, apenas 2% a mais que as 106,4 mil/t de julho passado, mas cerca de 32% a mais que as 82,4 mil/t de um ano atrás
A experiência demonstra que, salvo raras exceções, os resultados iniciais de cada período se diluem à medida que o mês avança. De toda forma, as exportações brasileiras de carnes abriram agosto demonstrando bastante vitalidade, visto que a receita cambial da primeira semana (1 a 5, quatro dias úteis) apresentou o melhor resultado em quase três anos. Ou seja: o valor registrado – de US$71,225 milhões, pela média diária – só ficou aquém (mas por pequena margem) dos US$71,748 milhões de outubro de 2014. Ainda, porém, que ocorra diluição dos resultados atuais, agosto tende a ser encerrado com desempenho melhor que o de julho passado, visto que o corrente mês tem dois dias úteis a mais. O ganho, porém, é aplicável também a agosto de 2016 – ainda que este também tenha tido 23 dias úteis. É que, então, foi registrada a terceira menor receita cambial do exercício passado, possibilidade que – está antecipadamente demonstrado – será superada no corrente exercício. Naturalmente, é cedo para as projeções do gênero. Mas, considerando os resultados da primeira semana de agosto, a carne suína tende a ir além das 96 mil toneladas, quase o dobro do exportado em julho (48,7 mil/t) e 67% a mais que um ano atrás (57,5 mil/t em agosto/16). A carne bovina tende a um volume próximo das 109 mil toneladas, apenas 2% a mais que as 106,4 mil/t de julho passado, mas cerca de 32% a mais que as 82,4 mil/t de um ano atrás. A carne de frango, por fim, sinaliza embarque de 440 mil/t. O que, se ocorrer, significará volume um terço maior que as 328,7 mil/t de agosto de 2016. E um quarto a mais que as 354,5 mil/t de julho passado.
AGROLINK
Confinamento pode chegar a 4,2 mi de cabeças em 2017
De acordo a DSM, retomada da arroba no mercado futuro e queda nos preços do milho e do boi magro devem dar novo ânimo à atividade
Depois de sofrer com perspectivas de queda em meados de junho e de julho, o confinamento de bovinos pode voltar a crescer em 2017. De acordo com projeções da DSM, o país pode terminar 4,2 milhões de cabeças do cocho até o fim do ano, alta de 13,5% em relação as 3,7 milhões de cabeças confinadas no ano passado. “Desde 2007 vínhamos de um ritmo de crescimento de 8% ano, que só foi interrompido no ano passado devido a alta nos preços dos insumos”, revelou o gerente de confinamento da DSM, Marcus Baruselli, durante o lançamento do Tour DSM de Confinamento 2017, nesta terça-feira, 8 de agosto, em São Paulo, SP. O executivo destacou como principais pontos de incentivo à atividade o baixo preço do milho, principal insumo usado na alimentação dos animais; e as seguidas quedas nos preços dos animais de reposição. “A projeção ainda deve ser revisada para cima, dependendo do desempenho do segundo giro. O cenário é totalmente favorável, diferente de meses atrás”, destacou. Para reforçar as perspectivas, o executivo apresentou algumas simulações para atividade em três das principais praças do País, tendo como base uma dieta de alto teor energético com animais entrando no cocho com 350 kg e saindo com 520 kg. No caso de São Paulo, com a dieta custando R$ 5,30 por cabeça/dia, durante o período de 94 dias, o custo de arroba produzida seria de R$ 91,30. “Finalmente a conta começa a fechar no azul para o confinador”, celebrou o executivo, classificando como outro fator preponderante a retomada do preço da arroba no mercado futuro. Na última segunda-feira, 7 de agosto, a arroba registrou pico de R$ 139 na entrega para outubro no mercado futuro da Bolsa Brasil Balcão (B3). A cotação é quase R$ 20 superior a mínima de R$ 119,5/@ do vencimento para outubro registrado no dia 21 de junho.
Portal DBO
Mais de mil bois morrem no Mato Grosso do Sul com suspeita de botulismo
Mais de mil bois morreram nos últimos dias, em uma fazenda de Ribas do Rio Pardo, informou hoje (8) a Agência Estadual de Defesa Sanitária Animal e Vegetal do Mato Grosso do Sul (Iagro)
A suspeita é que tenham morrido de botulismo. As mortes ocorreram em uma única propriedade. Apesar desse tipo de doença não ser rara entre bovinos confinados, o número chamou atenção nacionalmente. A morte do gado ocorreu na fazenda Mônica Cristina, entre 2 e 5 de agosto. Em nota, os produtores dizem que foram tomadas todas as providências cabíveis, como a convocação de professores da Universidade do Mato Grosso do Sul para que examinar o rebanho e a agência foi notificada. Os procedimentos recomendados para os animais mortos também foram cumpridos. “A fazenda produz 80% dos animais da categoria de novilho precoce, colaborando para produzir no estado a melhor carne do Brasil”, diz o comunicado, assinada por Persio Ailton Tosi, que acrescenta: “É um caso isolado, não há o que se preocupar em termos de doença desconhecida ou qualquer epidemia”. O botulismo é uma toxinfecção, ou seja, o animal adquire a doença por meio da ingestão de toxinas produzidas por uma bactéria. A toxina atua na musculatura, impedindo a contração muscular, causando paralisia e levando a morte. Os sintomas aparecem de um a 17 dias após a ingestão do alimento contaminado. Também em nota, a Iagro e a Superintendência Federal de Agricultura em Mato Grosso do Sul, do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) dizem que os ingredientes para a fabricação da ração na propriedade são de uso permitido por lei, “mas pode ter havido falhas na conservação, propiciando condições favoráveis ao desenvolvimento do Clostridium e, consequente, a produção da toxina”. Os órgãos informaram que estão sendo tomadas todas as medidas necessárias para identificação da causa, bem como a resolução do problema. O Mapa, por meio da assessoria de imprensa, informou que enviou equipe de técnicos ao local e deverá se manifestar quando houver mais informações. O Departamento de Saúde Animal (DSA), ligado ao Mapa, disse que esse tipo de ocorrência não é raro em caso de confinamento de gado, “mas este chamou a atenção, devido ao grande número de animais mortos”. O Departamento diz, no entanto, que como não se trata de uma doença transmissível, “não é desencadeada uma ação de emergência. Somente a propriedade fica interditada até solução do problema”. Em nota, informou ainda que, neste caso, as suspeitas são de que a silagem de milho úmido que estava sendo fornecida ao confinamento estava contaminada com a toxina que causa o botulismo. O DSA diz ainda que não recebeu comunicado oficial, a notificação foi feita na unidade veterinária local que fez o atendimento e pela investigação clínica e epidemiológica. A informação fica registrada no serviço veterinário oficial e os dados serão enviados ao DSA para compilação e comunicação de rotina aos organismos internacionais. No total, morreram mil e 100 animais.
Agência Brasil
EMPRESAS
JBS recuperou R$ 7 bi em valor de mercado
As ações da JBS registraram forte valorização ontem na B3, completando cinco pregões consecutivos em alta
Os papéis fecharam a sessão cotados a R$ 8,55, com alta de 7,55% – a maior entre os papéis que compõem o Ibovespa. Além disso, a cotação foi a maior já registrada desde o dia 19 de maio, quando ficou em R$ 8,71, o que já aproxima a JBS do valor pré-delação dos irmãos Batista. Com a alta de ontem, que fez o valor de mercado da empresa de carnes sair de R$ 21,7 bilhões na segunda-feira para R$ 23,3 bilhões, as ações da JBS superaram a casa dos R$ 8,00 pela primeira vez desde 31 de maio. Assim, a JBS já recuperou R$ 7,013 bilhões em valor de mercado desde seu pior momento, em 22 de maio, na primeira semana após a divulgação da delação dos irmãos Batista. Naquele pregão, a ação da empresa atingiu a mínima de R$ 5,98, e o valor de mercado caiu para R$ 16,318 bilhões. De todo modo, os papéis da JBS ainda estão abaixo da cotação vista no dia 17 de maio, o último pregão antes da divulgação da delação. Na ocasião, o valor de mercado da empresa era de R$ 25,921 bilhões. Entre os fatores que contribuem para a recuperação das ações da JBS está o acordo firmado em julho com os bancos no Brasil, para renegociação das dívidas de curto prazo da empresa. Na área operacional, a companhia está normalizando os abates. Além disso, a JBS segue seu plano de desinvestimentos com o qual pretende obter R$ 6 bilhões e assim reduzir sua dívida. Na semana passada, a J&F Investimentos, holding da família Batista que controla a JBS, anunciou a venda da Vigor à mexicana Lala. Dona de 19,43% da empresa de lácteos, a JBS receberá R$ 780 milhões. Além disso, a JBS concluiu na última semana a venda dos frigoríficos que tinha no Mercosul à Minerva, por US$ 300 milhões. Outros negócios, como subsidiária irlandesa Moy Park e a americana Five Rivers, ainda seguem à venda. Na última segunda-feira, em evento em São Paulo, o presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Paulo Rabello de Castro, também sinalizou que uma mudança gradual pode ocorrer na JBS, com a saída do empresário Wesley Batista do cargo de CEO. O banco estatal tem 21% do capital da JBS, por meio da BNDESPar. Usando uma metáfora do futebol, o dirigente do BNDES afirmou que Wesley Batista fez gols como CEO, mas que “um bom jogador pode mudar, no mínimo, de posição. Essa é a nossa tendência”.
VALOR ECONÔMICO
Qualidade de carcaça melhora em RO e AC
Segundo programa Farol da Qualidade da JBS, índice de carcaças fora do padrão desejável caiu para 12,5%. Número de abates na região cresceu 22%
A qualidade das carcaças em Rondônia e no Acre apresentou evolução nos últimos anos, segundo os resultados do Farol da Qualidade, programa da JBS que classifica o acabamento de carcaças em três padrões: verde (desejável), amarelo (tolerável) e vermelho (indesejável). O programa leva em consideração acabamento de gordura, idade e peso dos animais, entre outras características. Nos Estados, o índice de indesejáveis (farol vermelho) caiu de 48,5% em 2015 para 24% no ano passado. Em 2017, o número está em 12,5%. Já o farol amarelo (tolerável) teve alta: de 45% em 2015 para 77% em 2017 – em 2016 o índice ficou em 67%. O farol verde também vem crescendo. Em 2015, representava 6%, passou para 9% em 2016 e está em 10% este ano. Segundo a empresa, “esses resultados reforçam a busca dos pecuaristas do Acre e de Rondônia por tecnologias e oportunidades que visam alcançar o padrão desejável da carcaça”. No período, o abate na região cresceu 22%. Este ano, a unidade de Vilhena, RO, ainda realizou pela primeira vez o abate certificado de animais enquadrados no protocolo Carnes Angus Certificada, que utiliza ferramentas como o Farol da Qualidade. Entre machos castrados e novilhas, ambos meio-sangue, foram abatidos 270 animais. “Foi uma experiência muito positiva. Todos os animais são de alta qualidade e deram origem às matérias-primas para o desenvolvimento de nossos produtos de valor agregado”, conta Bruno Brainer, gerente regional de Originação. Com o abate certificado, os pecuaristas podem ser melhor remunerados, de acordo com os parâmetros para certificação e qualidade da carcaça, como peso, acabamento de gordura, entre outros. “Os produtores são incentivados a obterem uma boa performance produtiva e, como reconhecimento, podem ser bonificados em até R$ 13 por arroba”, afirma Brainer. O próximo abate está programado para a primeira quinzena de setembro e a companhia já tem planos para o futuro. “A expectativa é aumentar o número de produtores que se encaixam em nosso protocolo, bem como o volume de animais abatidos”, diz Fábio Dias, diretor de Relações com Pecuaristas. O pecuarista interessado em participar do abate certificado de Angus deve entrar em contato com o responsável pela compra de gado de sua região para obter informações.
Portal DBO com informações da JBS
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