CLIPPING DA ABRAFRIGO Nº 450 DE 07 DE FEVEREIRO DE 2017

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Ano 3 | nº 450 07 de Fevereiro de 2017

NOTÍCIAS

Blairo Maggi diz que o Riispoa está sendo reformulado

As mudanças, de acordo com o ministro, facilitarão a vida dos produtores, especialmente de carne

O Ministro Blairo Maggi (Agricultura, Pecuária e Abastecimento), anunciou na segunda-feira (6) ter enviado à Casa Civil da Presidência da República sugestões de mudanças no Riispoa que facilitarão a vida dos produtores rurais, sendo, muitas das alterações, relativas à carne. O Riispoa (Regulamento da Inspeção Industrial e Sanitária de Produtos de Origem Animal) prevê normas de inspeção industrial e sanitária de recebimento, manipulação, transformação, elaboração e preparo de produtos. Maggi participou, em São Paulo, de reunião comemorativa de 10 anos do Conselho Superior do Agronegócio (Cosag), órgão técnico da Fiesp, que teve a presença de Paulo Skaf, e do Presidente do Conselho, Jacyr Costa. No encontro, em que tratou do Riispoa, o Ministro defendeu o programa Agro+, programa de desburocratização do setor, lançado no ano passado pelo Mapa, e que terá uma versão local no estado a partir do dia 20 deste mês. Jacyr Costa declarou serem muito importantes as missões internacionais de Maggi e que “se, continuarem nesse ritmo, o Brasil conseguirá atingir os 10% do comércio mundial antes do prazo de cinco anos.” Blairo Maggi observou que o volume das exportações tem crescido, mas os valores não têm sido maiores, em função do comportamento dos preços no mercado externo. Segundo o Ministro, existem cerca de 600 negociações com outros países em andamento, dependendo ainda de regras e de questões fitossanitárias. Disse ser necessário identificar setores com potencial de crescimento, como o de pescados, e também agregar maior valor aos produtos. Destacou a importância dos investimentos em pesquisa, observando que, “ao contrário do que se fala, as terras brasileiras não são férteis” e que “se não fossem órgãos, como a Embrapa o Brasil não teria a produtividade que tem”. E observou que, “nos últimos 40 anos, o Brasil fez uma revolução. Quem poderia imaginar a produção que temos de algodão no Mato Grosso e em Goiás, por exemplo, se não fosse a tecnologia”.

MAPA

Volume de boiadas disponível é suficiente para atender a demanda da indústria frigorífica

Mercado do boi gordo com poucos negócios no início desta semana. Muitas empresas ainda aguardam as movimentações do mercado nos próximos dias para se posicionarem e definirem suas estratégias

De forma geral, não há abundância de oferta, mas com o lento escoamento de carne, o volume de boiadas disponível é suficiente para atender a demanda das indústrias. O pagamento de salários está prestes a ocorrer e, até agora, não houve nenhum sinal de melhora nas vendas de carne pelas indústrias. Ou os varejistas não saíram às compras para abastecer seus estoques, ou então os negócios foram tão reduzidos a ponto de não alterar, por enquanto, o rumo do mercado de carne. O mercado atacadista de carne com osso está estável. O boi casado de animais castrados segue cotado em R$9,29/kg. Desde o começo do ano os preços caíram 7,2%.

SCOT CONSULTORIA

Missão russa virá ao Brasil para visitar frigoríficos

Uma missão russa virá ao Brasil em março para potencialmente reabilitar frigoríficos que já exportavam para o país, informou o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) em nota

“Ficou ainda definida ampliação de vendas do Brasil de lácteos, frangos e suínos e a facilitação para aquisição de fertilizantes russos”, disse o Mapa sobre a programação para a visita. O Secretário Executivo do Mapa, Eumar Novacki, discutiu com o Vice-Ministro russo da Agricultura, Evgeny Gromyko, na sexta-feira (3), sobre a ampliação da cooperação no setor agrícola. Novacki esteve em missão na Rússia na semana passada. Rússia e Brasil também estão restabelecendo o Comitê Agrícola Russo-Brasileiro, para discutir problemas relacionados ao comércio entre os dois países, segundo o Mapa.

CARNETEC

Lento escoamento da carne bovina influência pagamentos no mercado do boi gordo

A expectativa era de que ocorresse melhora na movimentação do mercado da carne bovina com a entrada do mês. Entretanto, este não tem sido o cenário observado.

Assim, não existe motivo para pagamentos maiores para o mercado do boi gordo. Além disso, as indústrias não têm interesse em alongar as escalas, a fim de manter os estoques enxutos e tentar controlar as quedas nos preços no atacado. Apesar de algumas altas, o cenário geral é de pressão de baixa no mercado do boi gordo. Em São Paulo, são observados pagamentos tanto acima como abaixo da referência, sendo este último o mais comum. A arroba do macho terminado ficou cotada em R$147,00 (3/2), à vista, queda de 1,3% desde o início do ano. No estado, as escalas de abate giram em torno de quatro dias. No mercado atacadista de carne com osso os preços estão estáveis. O boi casado de animais castrados está cotado em R$9,29/kg.
Scot Consultoria

Sebo bovino: preços estáveis, apesar da maior competitividade do óleo de soja

Apesar da maior competitividade do óleo de soja em relação à gordura animal na produção de biodiesel, a oferta limitada de sebo bovino tem colaborado com os preços estáveis

No Brasil Central, segundo levantamento da Scot Consultoria, o produto está cotado em R$2,50/kg, sem imposto. No Rio Grande do Sul, o sebo está cotado em R$2,60/kg, nas mesmas condições. No estado, os preços estão estáveis desde o início de novembro de 2016. Em curto prazo, a maior competitividade do óleo de soja pode exercer pressão de baixa sobre os preços do sebo.

SCOT CONSULTORIA

MPF pede bloqueio de bens de dono da JBS e de presidente da Eldorado

­O Ministério Público Federal (MPF) em Brasília pediu na segunda-­feira à Justiça que restabeleça o bloqueio de bens e ativos até o limite de R$ 3,8 bilhões do empresário Joesley Batista, do Grupo J&F ­ que controla o frigorífico JBS ­, e do Presidente da Eldorado Celulose, José Carlos Grubisich Filho

Segundo os procuradores, os dois descumpriram termo de ciência e compromisso firmado em setembro de 2016 com o MPF, no contexto das investigações da Operação Greenfield, que apura desvios a fundos de pensão públicos. Ambos haviam assinado o documento, que foi enviado ao Judiciário como garantia para a suspensão das medidas cautelares que haviam sido impostas a ambos por decisão judicial. Com o reconhecimento de que os envolvidos violaram o princípio da boa-­fé, os investigadores pedem que sejam restabelecidas as medidas restritivas da forma como foi detalhado na petição. Nessa mesma manifestação, o MPF deu parecer favorável a um pedido da defesa de Wesley Batista para que sejam revogadas as medidas impostas ao empresário. Wesley alegou que, à época dos fatos investigados, residia nos Estados Unidos e atuava em outros seguimentos do grupo empresarial J&F. O principal motivo apontado pelo MPF para a retomada dos bloqueios bilionários foi a descoberta de indícios da prática de atos ilícitos por parte de Joesley e José Carlos, com o objetivo de esconder irregularidades cometidas à frente da Eldorado Celulose, afirmam os procuradores. A empresa é um dos alvos da investigação que apura a prática de crimes contra Fundos de Pensão, FGTS e Caixa Econômica Federal. Documentos entregues ao MPF revelam que, após a deflagração da Operação Sépsis (que atualmente tramita em conjunto com a Greenfield e a Cui Bono), foi decidido, pela própria Eldorado, contratar apuração independente “com vistas à adoção de medidas cabíveis”. As firmas contratadas foram a Ernest & Young e a Veirano Advogados, mas, em vez de apurar as irregularidades, o MPF afirma que ambas agiram na “tentativa de legitimar as práticas ilegais encontradas”, como o pagamento de R$ 37,4 milhões da Eldorado para as empresas Viscaya e Araguaia, de propriedade de Lúcio Bolonha Funaro, doleiro ligado ao ex-presidente da Câmara dos Deputados Eduardo Cunha (PMDB­RJ). Denunciado na Operação Sepsis, Funaro está preso em Brasília a responde a outras investigações. A explicação da auditoria para os pagamentos passa por uma “triangulação” envolvendo o Grupo J&F que teria contratos com as duas empresas de Lúcio Funaro e um crédito junto à Eldorado, sustenta o MPF. Outra manobra atribuída pelo MPF a Joesley e a Gubrisich ocorreu em 23 novembro do ano passado, após a deflagração da Operação Greenfield. Naquele dia, aponta o MPF, a Eldorado firmou um contrato no valor de R$ 190 milhões com a empresa Eucalipto Brasil S/A, vinculada a dois investigados na operação: Mário Celso Lopes e Mário Celso Lincoln Lopes. Chamou a atenção do MPF o fato de Mário Celso Lopes – o beneficiado pelo contrato – ter sido, junto ao Joesley Batista, um dos fundadores da Eldorado e de ter travado uma disputa judicial com o grupo J&F. Além disso, frisam os investigadores, menos de um mês após a assinatura do contrato, houve a retirada de uma cláusula, o que beneficiou Mário Celso em detrimento da Eldorado e dos sócios minoritários: Funcef e Petros. O MPF suspeita, na articulação, de ação coordenada por Joesley e José Carlos de para comprar o silêncio de Mário, que conhecia as irregularidades praticadas no momento de criação da Eldorado.

VALOR ECONÔMICO

Auditores agropecuários se mobilizam contra terceirização do SIF

Qualidade dos alimentos no país pode ser prejudicada com aprovação da proposta, segundo o Anffa; projeto de lei está em tramitação na Câmara dos Deputados

Preocupados com a terceirização de um dos serviços mais essenciais para a população brasileira – o Serviço de Inspeção Federal (SIF) –, os Auditores Fiscais Federais Agropecuários iniciaram, neste mês, uma campanha contra a proposta que, por meio de projeto de lei, que pretende substituir os profissionais concursados por terceirizados. Segundo o presidente do Sindicato Nacional dos Auditores Fiscais Federais Agropecuários (Anffa Sindical), Maurício Porto, o projeto coloca em risco a qualidade dos alimentos e a idoneidade da fiscalização, já que os profissionais responsáveis pelo trabalho serão pagos pela própria indústria. “Os auditores agropecuários zelam pela qualidade de vários alimentos em todo o País. É preciso ficar atento para que esse direito não seja tirado da população”, reforça Porto. A campanha, que está na internet conta com um abaixo-assinado para que as pessoas manifestem a insatisfação com o Projeto de Lei 334/2015, ainda em tramitação na Câmara dos Deputados. O PL altera o art. 4.º da Lei n.º 1.283 de 18 de dezembro de 1.950, regulamentado pelo decreto n.º 30.691 de 29 de março de 1952, que dispõe sobre a inspeção industrial e sanitária dos produtos de origem animal. No endereço eletrônico é possível ainda pedir apoio de deputados para derrubar o PL. De acordo com o presidente do Anffa Sindical, o consumidor tem direito a receber alimentos com a mesma qualidade dos produtos exportados para mais de 180 países, que exigem o selo do Serviço de Inspeção Federal (SIF). Ele reforça ainda que a terceirização pode gerar perda dos mercados internacionais e dar margem a fraudes contra a economia popular, prejudicando a idoneidade da fiscalização dos alimentos. “Funcionários terceirizados atenderão aos interesses da empresa, e não da população. É preciso manter a qualidade do Serviço de Inspeção Federal, reconhecido por mais de 180 países. Os profissionais terceirizados não terão independência para atender aos interesses do cidadão”, conclui Maurício Porto.

CANAL RURAL

EMPRESAS

Frigol eleva vendas para a Rússia em 15% em 2016

A Frigol registrou um aumento de 15% nas vendas para a Rússia em 2016, na comparação com 2015, informou a empresa em comunicado na segunda-feira (6)

“Foi um ano difícil para todos os setores, não apenas para o de carnes. Nós tivemos que lidar com o cenário de uma crise econômica e também política. Por isso, intensificamos nossa busca por clientes fora do Brasil”, disse o Gerente da Frigol, Dorival Jr. A Frigol teve um faturamento total de R$ 1,3 bilhão em 2016. A Rússia é o segundo maior mercado comprador da empresa. A companhia está participando da 24ª Exibição Internacional de Alimentos, Bebidas e Insumos – Prodexpo, em Moscou (Rússia), e pretende participar de outros eventos internacionais a serem realizados na China, na Alemanha e no Oriente Médio neste ano. Em 2016, a Frigol abriu um escritório em Dubai e quer continuar ampliando seus negócios internacionais, conforme disse o presidente da empresa Luciano Pascon em entrevista à CarneTec em novembro de 2016. A Frigol processa 120 mil toneladas de carnes por ano e exporta para 60 países da América do Sul, Europa, Oriente Médio, Ásia e África, além de vender no Brasil.

CARNETEC

FEIRAS & EVENTOS

Brasil deve estreitar relações com o México

Antes do final do mês, empresários do país virão ao Brasil para negociar a compra de soja, carne bovina e suína. Ainda não há protocolo entre os países para venda de carne bovina

Empresários mexicanos participarão de uma rodada de negócios em São Paulo nos próximos dias 20 e 21. O interesse é negociar a compra de soja e de carnes bovina e suína do Brasil. A informação foi transmitida nesta segunda-feira, 6, pelo ministro da Agricultura, Blairo Maggi, durante discurso sobre os 10 anos do Conselho Superior do Agronegócio (Cosag), da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), em São Paulo. Maggi disse que a atuação protecionista do Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, pode abrir oportunidades para o Brasil. “Muitas oportunidades surgirão e já estamos abrindo muitas conversas com países, como o México”, afirmou Maggi. O México importa carne de frango do Brasil, mas ainda não há protocolo entre os países para o comércio da carne suína e bovina. Estas aberturas são uma antiga demanda do setor no Brasil. Até então, os mexicanos compravam estas proteínas, principalmente dos EUA. Esse cenário, no entanto, pode mudar, com o abalo nas relações diplomáticas entre os dois países, após a posse do novo presidente dos EUA, o republicano Donald Trump.

PORTAL DBO

Londrina sedia debate sobre desafios da pecuária na América Latina

Londrina sedia nesta terça-feira (7), a partir das 14h, o workshop ‘Fronteiras da América’, que se propõe a discutir com diversos elos da cadeia produtiva da carne bovina os desafios da pecuária na América Latina e a importância em se buscar alcançar as chamadas ‘Fronteiras de Produção com Qualidade’ no Brasil

Participarão do evento pecuaristas, pesquisadores, veterinários e consultores, como Sergio De Zen e Thiago Carvalho, do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea-Esalq/USP); Ed Hoffmann, da USP; Antonio Chaker, da consultoria Inttegra; e o médico veterinário Reuel Gonçalves, da Biogénesis Bagó, uma das empresas líderes na América Latina na produção de soluções para a saúde animal e promotora do evento. A moderação do workshop será feita pelo jornalista Tobias Ferraz. Na ocasião serão apresentados índices atuais de produção e índices alcançáveis para a América Latina, a economia brasileira e a modernização do agronegócio, a cadeia produtiva e seus elos invisíveis, os caminhos da produção: da pesquisa ao produto final e a carne que o mundo quer e a carne que o Brasil precisa produzir. O Workshop “Fronteiras da América” está inserido na programação da Convenção Anual de Vendas da Biogénesis Bagó. “A empresa inova mais uma vez no mercado veterinário ao trazer para dentro de uma Convenção de Vendas um debate de altíssimo nível sobre os desafios e oportunidades da pecuária em alcançar as Fronteiras da Produção de Qualidade. A transmissão ao vivo do evento permitirá que os temas discutidos ganhem uma ampla reverberação, encorajando os produtores a alcançarem as suas fronteiras de produção, produzindo mais e melhor com a tecnologia e os recursos disponíveis atualmente”, ressalta o Gerente de Marketing da Biogénesis Bagó, Carlos Godoy.

Workshop Fronteiras da América  – 7 de fevereiro  Horário: 14h   –  Local: Hotel Boulevard (Av. Higienópolis, 199 – Londrina/PR)

MASSANEWS

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