CLIPPING DA ABRAFRIGO Nº 440 DE 24 DE JANEIRO DE 2017

abra

Ano 3 | nº 440 24 de Janeiro de 2017

NOTÍCIAS

Boi gordo: demanda enfraquecida colabora para quedas nos preços

Baixa movimentação no mercado do boi gordo na última segunda-feira (23/1). Alguns frigoríficos estavam fora das compras, fator que colabora para este cenário

Em São Paulo, as tentativas de compra por preços menores estão cada vez mais comuns o que resultou em queda nas duas praças pesquisadas. Nestes casos, porém, os negócios não evoluem. Este cenário, de tentativas de compra em preços menores, é observado na maioria das regiões pesquisadas. Além de São Paulo, ocorreram quedas no Triângulo Mineiro-MG, em Paragominas-PA e no Norte do Tocantins. No mercado atacadista de carne com osso, os preços ficaram estáveis. O boi casado de animais castrados ficou cotado em R$9,41/kg. Ainda faltam duas semanas para o pagamento de salários, o que indica que o cenário para incremento de vendas não é dos melhores e não deve ajudar o mercado do boi gordo.

SCOT CONSULTORIA

Brasil exportou 282,3 mil bovinos vivos em 2016, 36% mais que em 2015

158,7 mil cabeças, ou 56,2%, foram enviadas para a Turquia

O Brasil exportou 282,3 mil bovinos vivos em 2016, 36,1% a mais do que em 2015. Do total, 158,7 mil cabeças, ou 56,2%, foram enviadas para a Turquia. Líbano e Egito foram o segundo e terceiro maiores compradores. Os dados, do Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços (MDIC), foram compilados pela Scot Consultoria. Apenas em dezembro, o Brasil exportou 23,4 mil bovinos vivos, com faturamento total de US$ 19,2 milhões. Na comparação com o mesmo período de 2015 houve aumento de 56,6% no volume de animais embarcados. Do total, 15,7 mil animais foram comprados pela Turquia.

Estadão

Queda nos preços da carne bovina no atacado

Desde a segunda metade de outubro de 2016, somente em três semanas o mercado subiu

As semanas de quedas de preço das carnes se acumulam. As três semanas transcorridas em janeiro de 2017 e a última de dezembro 2016 vieram com desvalorização para a carne bovina no atacado. Desde a segunda metade de outubro de 2016, somente em três semanas o mercado subiu. E tudo isso ocorre em um ambiente de oferta pequena de boiadas com, inclusive, compradores nada dispostos a alongar as escalas. Ou seja, tudo joga em favor da redução dos estoques já há um bom tempo e, mesmo assim, não tem sido possível encontrar um equilíbrio com a demanda. Não há perspectiva de melhora de vendas no curto prazo. Estamos na terceira semana do mês e a próxima não será ainda a que antecede os pagamentos de salários, período em que costuma acontecer a reposição dos estoques por parte dos varejistas e acaba ajudando no escoamento do atacado. Outro ponto que chama a atenção é o fato de a carne bovina, desde a metade final de novembro, vir registrando preços médios menores do que um ano antes. Mesmo com inflação e com alta de custos de produção, itens que pressionam o empresário por receitas maiores, não tem sido possível elevar os preços de venda.

CANAL RURAL

Missão brasileira vai à Rússia avaliar serviço sanitário

Técnicos irão inspecionar laboratórios e frigoríficos de carne bovina e de aves. Intenção das autoridades do Brasil é avaliar exigências sanitárias e capacidade do serviço veterinário russo de diagnosticar doenças

O Ministério da Agricultura vai enviar uma missão de veterinários à Rússia entre 6 e 16 de fevereiro para inspecionar frigoríficos de carne bovina e de aves. Em nota, a pasta diz que eles avaliarão o serviço veterinário russo e visitarão laboratórios. Conforme o Ministério, a visita servirá para os veterinários verificarem se os controles daquele país atendem às exigências sanitárias do Brasil. “Nos locais de análise laboratorial, o objetivo é ver a capacidade de diagnóstico das principais doenças animais (aftosa, gripe aviária, entre outras) e o tempo de resposta, em caso de focos, além de outras exigências.”

ESTADÃO CONTEÚDO

Orçamento do Ministério começa o ano 14% menor e vai a R$ 1,8 bilhão

A principal missão este ano foi aumentar os recursos para a defesa sanitária e conseguimos. Temos um projeto de reforçar as superintendências regionais, para que os problemas sejam mais resolvidos na ponta, nos Estados

Apesar do discurso recorrente do governo do presidente Michel Temer em defesa do agronegócio brasileiro, o orçamento do Ministério da Agricultura não escapará do aperto nas contas públicas mais uma vez. O orçamento de despesas discricionárias destinado à Pasta, aprovado pelo Congresso para 2017, encolheu 14% para R$ 1,8 bilhão comparado ao ano passado. Áreas importantes para a Pasta tornam essa redução mais evidente, como a Política Agrícola, que terá à disposição um volume de recursos 46% menor, a Conab (com 50% a menos), e a Pesca, que deixou de ser ministério em 2016 e agora, como secretaria da Agricultura, terá orçamento 20% menor. O orçamento discricionário leva em conta apenas investimentos e programas prioritários do governo, e não inclui despesas obrigatórias como salários de servidores e pagamento de aposentadorias e pensões. Trata-­se do orçamento que de fato pode mudar todo ano, pois é passível de contingenciamentos. Em março, o governo deve anunciar o primeiro corte orçamentário de 2017 para todos os ministérios, o que pode comprometer ainda mais o orçamento da Agricultura. A Conab, autarquia vinculada ao ministério, é uma das mais afetadas pela redução. Começou este ano com uma previsão de orçamento quase 50% abaixo de 2016. Isso se deve, sobretudo, ao sepultamento do Programa de Construção de Armazenagem pelo Ministro Blairo Maggi. Criado em 2014 com uma meta de executar R$ 500 milhões, para em dois anos erguer 10 novos armazéns e reformar 90 existentes, todos públicos, o programa não saiu do papel. Em 2016, os recursos previstos para o programa somavam R$ 120,4 milhões, mas para este ano serão apenas R$ 3,8 milhões. Já as despesas previstas para a Política Agrícola no orçamento de 2017 caíram 47% porque não contaram com emendas parlamentares para os subsídios ao seguro agrícola, como no orçamento de 2016. Como a subvenção ao seguro representa a maioria das despesas dessa área, o fato de não ter havido emendas derrubou os recursos para a área. Outra área bem prejudicada foi a Pesca, que ficou com apenas R$ 61 milhões, 19% a menos que em 2016. Com a extinção no ano passado do ministério e a transformação em secretaria, a área sofreu intenso processo de enxugamento de pessoal e economia de recurso. Considerando o orçamento votado por deputados e senadores para a Agricultura para este ano, o montante disponibilizado ficou quase estável em relação a 2016, quando foi de R$ 2,72 bilhões. Contudo, na prática, quando as emendas individuais ou de bancadas propostas por parlamentares ­ recursos com os quais o ministério geralmente não conta, são excluídas o montante cai, explica a Secretaria Executiva do ministério. No ano passado, terminou em R$ 2,093 bilhões e em 2017 está em R$ 1,79 bilhão. “Já sabíamos das dificuldades de ter mais um ano de ajuste fiscal, mas o Ministro do Planejamento nos assegurou que não teremos grandes prejuízos e, depois que o governo publicar os contingenciamentos, vamos redistribuir os recursos para as áreas prioritárias não sofrerem demais”, disse ao Valor o Secretário ­Executivo do Ministério da Agricultura, Eumar Novacki. “Nossa principal missão este ano foi aumentar os recursos para a defesa sanitária e conseguimos. Temos um projeto de reforçar as superintendências regionais, para que os problemas sejam mais resolvidos na ponta, nos Estados”, acrescentou. Ele ponderou que, mesmo com um orçamento mais apertado em 2017, o ministério tentará executar recursos para assistência técnica e extensão rural e otimizar os gastos com a pesca.

VALOR ECONÔMICO

INTERNACIONAL

Queda no rebanho da Austrália pode favorecer exportação brasileira

Os principais destinos da carne australiana são Japão, Estados Unidos, Coreia do Sul e China…

Mesmo com um rebanho do tamanho do estado de Mato Grosso, a Austrália está entre os três maiores exportadores mundiais de carne bovina, atrás do Brasil e à frente dos Estados Unidos. Enquanto os australianos embarcam praticamente metade de sua produção, o Brasil exporta, em média, apenas 20%. Em 2016, no entanto, os embarques de carne australiana recuaram 21% frente ao mesmo período do ano anterior, devido à queda de 18% na produção de carne daquele país, segundo indicam dados do MLA (sigla em inglês de Meat and Livestock Australia – Carne e Pecuária Austrália). Esse cenário, por sua vez, pode favorecer as exportações brasileiras em 2017, especialmente à China – 10% dos embarques de carne australiana tiveram como destino a China em 2016. No ano passado, o Real mais valorizado e a diminuição na demanda de alguns países limitaram os embarques brasileiros da carne. Segundo dados da Secex, foram 1,076 milhão de toneladas de carne in natura exportadas pelo Brasil em 2016, volume 0,3% inferior ao de 2015. Em 2016, as exportações australianas à China, especificamente, caíram fortes 32,5% frente ao ano anterior, enquanto os embarques brasileiros ao país asiático aumentaram 15% na mesma comparação. No correr do ano passado, o maior volume mensal embarcado pelo Brasil à China foi observado em outubro, de 21 mil toneladas, mês em que a quantidade exportada pela Austrália ao país asiático caiu 44% em relação à de igual intervalo de 2015. Dados do MLA indicam que, em 2016 (até outubro), o rebanho australiano diminuiu 4,6% em relação ao mesmo período do ano anterior, indo para 26,1 milhões de cabeças, um dos mais baixos da história do país. A pecuária australiana vinha passando por um ciclo de retenção de animais, com pico em 2013, quando o país contava com 29,2 milhões de cabeças, ainda segundo o MLA. Porém, a forte seca que atingiu o país em 2014 forçou produtores a elevarem o escoamento de animais para o abate, resultando nos atuais baixos volumes de rebanho. Esse aumento da oferta em 2014, inclusive, ocasionou recorde de produção e de exportação. Em 2014, a Austrália produziu 2,59 milhões de toneladas de carne e 1,28 milhão de toneladas foram exportadas, também segundo o MLA. Mesmo com a queda na produção total de carne bovina em 2016, a Austrália manteve elevado o volume de exportação. Naquele ano, foram 1,01 milhão de toneladas embarcadas, de acordo com o MLA. Os principais destinos da carne australiana são Japão, Estados Unidos, Coreia do Sul e China.

Cepea/Meat and Livestock Australia

JBS Paraguai eleva exportações de carne bovina in natura em 12% no ano passado

A JBS elevou as exportações de carne bovina in natura de suas operações no Paraguai em 12% no ano passado, quando registrou o melhor resultado operacional para sua unidade no país desde 2009, informou a companhia em comunicado na segunda-feira (23)

A JBS Paraguai teve um crescimento de 30% no Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) por cabeça de gado em 2016 na comparação com o ano anterior. A empresa não divulgou os valores. “O Paraguai passou a ter um papel ainda mais relevante na economia do Mercosul devido ao seu significativo e sustentável crescimento econômico na última década”, disse o Presidente da JBS Paraguai, Felipe Azarias. “Além disso, a estabilidade monetária, a existência de programas consistentes para atrair investimentos e a abundância de água e terras férteis para a agricultura e pecuária, tornam o país uma plataforma de produção importante e estratégica no fornecimento de alimentos para o mundo”. Atualmente, 85% da produção da JBS Paraguai é destinada às exportações, principalmente para Chile, Rússia, Vietnã, Brasil, Israel, Alemanha, Holanda, Iraque e Kuwait. As vendas no mercado paraguaio também cresceram, em 2,5%, o que a JBS atribui a ações para ganhos de eficiência e de produtividade, “somadas à contínua melhoria das condições verificadas no país”. O crescimento acima da média do rebanho do país nos últimos cinco anos é um dos fatores que atraiu o investimento da JBS no Paraguai, além de um ambiente propício para expansão. “A capitalização do crescimento interno se mostrou como uma boa oportunidade de negócios para a JBS, pois a forte plataforma de exportação do país vai ao encontro da estratégia de globalização da companhia”, disse Azarias.

CARNETEC

Maiores informações:

ABRAFRIGO

imprensaabrafrigo@abrafrigo.com.br

Powered by Editora Ecocidade LTDA

041 3088 8124

https://www.facebook.com/abrafrigo/

abrafrigo

Leave Comment