Ano 11 | nº 2434 |27 de março de 2025
NOTÍCIAS
A cotação do boi gordo e do “boi China” subiu nas praças pecuárias paulistas
A oferta de boiadas não está grande. A oferta de fêmeas está maior comparativamente, mas também não está lá muito grande. A demanda por carne bovina, por sua vez, segue frouxa
Pelos dados apurados pela Scot Consultoria, na quarta-feira (26/3), os preços do boi “comum” e do “boi-China” subiram R$ 1/@ no mercado paulista, para R$ 314/@ e R$ 317/@, respectivamente. `Não houve alterações nos preços das fêmeas no estado de São Paulo, acrescentou a Scot – a vaca gorda vale R$ 282/@ e a novilha está cotada em R$ 297/@. Desta forma, não houve alterações nos preços para as fêmeas, e para o boi gordo e “boi China”, a cotação subiu R$1,00/@. As escalas de abate atendem, em média, sete dias úteis. Em Alagoas, mercado estável. A oferta de boiadas tem sido suficiente para atender a demanda. Com isso, não houve alterações nos preços. As escalas de abate atendem, em média, 12 dias. Em Santa Catarina, não houve alteração no preço do boi gordo, e para a vaca e a novilha gordas. Para a vaca e para a novilha, a cotação caiu R$2,00/@. As escalas de abate encurtaram. As escalas de abate atendem, em média, nove dias. Na região Noroeste do Paraná os preços se mantiveram estáveis para todas as categorias, sem alterações em relação à ontem.
Scot Consultoria
Boi gordo: arroba continua em alta com escalas apertadas e exportações aquecidas
Demanda doméstica durante a primeira quinzena do mês é outro elemento que gera otimismo
O mercado físico do boi gordo voltou a apresentar alguma recuperação de seus preços nesta quarta-feira (26), puxada com escalas de abate ainda apertadas, posicionadas entre cinco e seis dias úteis na média nacional. De acordo com análise da consultoria Safras & Mercado, a oferta de fêmeas segue declinante, o que ajuda na compreensão desse movimento. A demanda doméstica durante a primeira quinzena do mês é outro elemento que gera otimismo, com perspectiva de boa reposição entre atacado e varejo durante a primeira quinzena de abril. Ao mesmo tempo, as exportações seguem em alto nível, com grande quantidade de produto vendido ao exterior ao longo do primeiro trimestre, lembra o analista Fernando Henrique Iglesias. Preços médios da arroba de boi gordo hoje: São Paulo: R$ 318,42. Goiás: R$ 308,75. Minas Gerais: R$ 304,41. Mato Grosso do Sul: R$ 307,73. Mato Grosso: R$ 303,23. O mercado atacadista segue com preços firmes para a carne bovina. Ainda há otimismo em torno da primeira quinzena que deve possibilitar elevação dos preços, mesmo que isso ocorra de forma comedida. O feriado de Páscoa é um ponto de consumo importante a ser considerado, aumentando a propensão a reajustes no decorrer de abril. Importante destacar que o encurtamento das escalas de abate sugere para estoques apertados, o que pode aumentar a agressividade das indústrias na compra de gado, disse Iglesias. O quarto traseiro ainda é precificado a R$ 25,50 o quilo. Quarto dianteiro ainda é cotado a R$ 18,50 o quilo. Ponta de agulha permanece no patamar de R$ 17,00, por quilo.
Agência Safras
ECONOMIA
Dólar sobe ante real com investidores à espera das tarifas de Trump
O dólar à vista fechou a quarta-feira em alta ante o real, acompanhando o avanço da moeda norte-americana no exterior em meio às preocupações em torno da política tarifária do governo dos Estados Unidos
O dólar à vista fechou em alta de 0,43%, aos R$5,7328, após ter recuado na sessão anterior. No ano, a divisa dos EUA acumula queda de 7,22% ante o real. Às 17h33 na B3 o dólar para abril — atualmente o mais líquido no Brasil — subia 0,60%, aos R$5,7410. A sessão foi marcada pelo avanço do dólar ante a maior parte das demais divisas ao redor do mundo, em meio às preocupações sobre as tarifas a serem adotadas pelo governo norte-americano. O presidente dos EUA, Donald Trump, convocou uma entrevista coletiva para anunciar tarifas sobre automóveis nesta quarta-feira, e ainda há dúvidas sobre como serão aplicadas as tarifas recíprocas prometidas para 2 de abril. “As sinalizações vindas da Casa Branca hoje reduziram as esperanças de uma postura mais branda nas políticas comerciais do governo Trump 2.0 em relação à política tarifária”, pontuou Bruno Shahini, especialista em investimentos da Nomad.
“Além disso, o presidente do Fed de St. Louis declarou que as incertezas geradas pelas tarifas podem levar o banco central americano a manter as taxas de juros mais altas por mais tempo”, acrescentou. O presidente do Federal Reserve de St. Louis, Alberto Musalem, disse na quarta-feira que os riscos de que a inflação dos EUA fique acima da meta de 2% ou até mesmo suba ainda mais no curto prazo cresceram em função das tarifas. “Se a economia continuar forte e a inflação permanecer acima de nossa meta, acredito que a política monetária atual, modestamente restritiva, permanecerá apropriada até que haja confiança de que a inflação esteja convergindo para 2%”, disse Musalem. A perspectiva de juros altos por mais tempo nos EUA são um fator altista para o dólar ante as demais divisas. Durante a tarde, o Banco Central informou que o Brasil registrou fluxo cambial total negativo de US$6,765 bilhões em março até o dia 21, com saídas de US$6,754 bilhões pelo canal financeiro e saídas de US$11 milhões pela via comercial.
Reuters
Ibovespa fecha em alta com impulso de Petrobras e Vale e volta a rondar 133 mil pontos
A JBS ON recuou 2,7%, mesmo após resultado operacional medido pelo Ebitda ajustado de R$10,79 bilhões nos últimos três meses do ano passado, alta de 111,4% ano a ano. A JBS se mostrou otimista apesar de cenário desafiador para carne bovina nos EUA. No setor, MINERVA ON caiu 3,18% e MARFRIG ON cedeu 1,48%
O Ibovespa fechou em alta na quarta-feira, voltando a orbitar o patamar dos 133 mil pontos no melhor momento, em movimento apoiado pelas blue chips Petrobras e Vale, na esteira do avanço dos preços do petróleo e do minério de ferro no exterior. Índice de referência do mercado acionário brasileiro, o Ibovespa subiu 0,34%, a 132.519,63 pontos, marcando 132.983,92 pontos na máxima e 132.068,02 pontos na mínima do dia. O volume financeiro no pregão somou R$21,5 bilhões. Em Wall Street, o S&P 500 fechou em queda de mais de 1%, em performance pressionada pelo recuo das ações da Nvidia e da Tesla, enquanto investidores permanecem atentos ao noticiário envolvendo a nova política comercial dos Estados Unidos. Na visão do especialista em investimentos Lucas Almeida, sócio da AVG Capital, apesar da tensão externa, onde permanecem incertezas sobre as tarifas norte-americanas, o Brasil está se beneficiando de fluxo estrangeiro e recuperação de commodities. “Se o cenário externo não piorar, pode haver espaço para o mercado local seguir firme no curto prazo”, afirmou.
Reuters
Brasil tem investimento estrangeiro muito acima do esperado em fevereiro
O Brasil teve em fevereiro uma entrada de investimentos estrangeiros diretos bem acima do esperado por analistas, enquanto o déficit em transações correntes do país registrou alta, informou o Banco Central na quarta-feira
Os investimentos diretos no país (IDP) alcançaram US$9,3 bilhões no mês passado, acima dos US$5,5 bilhões projetados em pesquisa da Reuters e dos US$5,332 observados em fevereiro do ano passado. O indicador –importante sinalizador de fluxo de recursos destinados a investimentos de longo prazo, além de ajudar a compensar rombos na conta corrente do país– somou o equivalente a 3,38% do Produto Interno Bruto (PIB) em 12 meses, ante 3,18% no mês anterior e 2,89% em fevereiro de 2024. No mês passado, foi observado saldo negativo nas transações correntes de US$8,758 bilhões, ante rombo de US$3,903 bilhões no mesmo período do ano anterior, com o déficit acumulado em 12 meses totalizando o equivalente a 3,28% do Produto Interno Bruto (PIB). O resultado veio ligeiramente melhor do que a expectativa do mercado, conforme pesquisa da Reuters com especialistas, que apontava para um saldo negativo de US$9,104 bilhões em fevereiro. Mesmo com o resultado forte do investimento direto até o momento, a economista da XP Luiza Pinese avaliou que o déficit em conta corrente pode superar o IDP em 2025, sob pressão de dados de importações mais persistentes do que o esperado. “No entanto, nosso cenário base não prevê deterioração da conta corrente em 2026. Além disso, o Brasil continua se beneficiando de um sólido estoque de reservas internacionais e de uma baixa dívida em moeda estrangeira”, disse em relatório. Ela acrescentou que o déficit do balanço de pagamentos observado em fevereiro deve ser visto com cautela tendo em vista a importação de uma plataforma de petróleo da China, avaliada em US$2,7 bilhões, e um atraso em exportações agrícolas. Ainda assim, Pinese avaliou que as importações foram mais persistentes do que o previsto. Ela disse esperar que essa dinâmica seja mantida no primeiro semestre, aliviando apenas com a desaceleração da atividade e impactos da taxa de câmbio. Em fevereiro, a balança comercial teve saldo negativo de US$979 milhões, contra superávit de US$4,387 bilhões no mesmo mês de 2024. Já o rombo na conta de serviços ficou em US$3,889 bilhões, contra saldo negativo de US$3,849 bilhões em fevereiro do ano anterior. A conta de renda primária, por sua vez, apresentou déficit de US$4,104 bilhões, ante saldo negativo de US$4,630 bilhões no mesmo período do ano anterior.
Reuters
Brasil tem fluxo cambial negativo de US$6,765 bi em março até dia 21, diz BC
O Brasil registrou fluxo cambial total negativo de US$6,765 bilhões em março até o dia 21, em movimento puxado pela via financeira, informou na quarta-feira o Banco Central.
Os dados mais recentes são preliminares e fazem parte das estatísticas referentes ao câmbio contratado. Pelo canal financeiro, houve saídas líquidas de US$6,754 bilhões em março até o dia 21. Por este canal são realizados os investimentos estrangeiros diretos e em carteira, as remessas de lucro e o pagamento de juros, entre outras operações. Pelo canal comercial, o saldo de março até o dia 21 foi negativo em US$11 milhões. Na semana passada, de 17 a 21 de março, o fluxo cambial total foi negativo em US$3,664 bilhões. No acumulado do ano até 21 de março, o Brasil registra fluxo cambial total negativo de US$14,312 bilhões.
Reuters
GOVERNO
Lula consegue compromisso japonês para produtos brasileiros
Presidente brasileiro destacou que a “relação entre o Japão e o Brasil mudou de patamar“
Após décadas de demandas que acabavam sem respostas, o governo de Tóquio finalmente deu o primeiro passo para que o comércio de produtos brasileiros competitivos no mercado internacional, como a carne bovina e o biocombustível, entrem no mercado japonês. A visita de Estado do presidente Luiz Inácio Lula da Silva ao Japão, que começou na segunda-feira, acompanhado por cerca de 100 empresários e executivos, resultou na assinatura de quase 90 acordos entre memorandos, acordos e contratos. “Saio [do país] para dizer aos brasileiros que a relação entre o Japão e o Brasil mudou de patamar”, disse Lula ao fim da declaração para a imprensa no Palácio Akasaka, no centro de Tóquio. O primeiro-ministro do Japão, Shigeru Ishiba, afirmou que vai manter contato com o presidente Lula para que os investimentos japoneses mantenham o fluxo para o Brasil. As empresas japonesas, desde 2020, realizaram investimentos diretos no Brasil de R$ 44 bilhões, afirmou Ishiba. A surpresa foi a menção do envio de equipes de técnicos japoneses para colher informações sobre a carne bovina no Brasil. A análise é o primeiro e maior passo para a entrada do produto brasileiro no Japão. A iniciativa seria colocada no texto dos inúmeros memorandos de intenções firmados entre os dois países, mas apareceu com ênfase no discurso do primeiro-ministro, que indica uma postura muito franca do governo de Tóquio. O Japão também indicou que vai avançar na utilização do biocombustível, uma negociação de mais de dez anos. O combustível tem grande potencial na aviação.
Valor Econômico
Acordo da carne entre Brasil e Japão passa pelos Estados Unidos
Para agilizar, Brasil propõe ao país asiático seguir condições aceitas pelos americanos
O acordo entre Brasil e Japão para a abertura do mercado japonês para a carne bovina brasileira deve passar mesmo por um acerto político. E envolve os Estados Unidos. Uma abertura apenas com o envio de técnicos e missões do Japão para o Brasil demandaria muito tempo. Por isso, está sendo costurado um acordo que teria o mercado americano como referência das condições sanitárias brasileiras. Isso encurtaria o início das exportações brasileiras que, em princípio, já poderiam ocorrer a partir de agosto, esperam os negociadores. A proposta que está sendo discutida entre autoridades brasileiras e japonesas é a de que a aceitação sanitária dos Estados Unidos valeria como garantia da qualidade da carne brasileira. Quando o Brasil abriu o mercado dos Estados Unidos, a esperança era de que Japão, Coreia do Sul e outros mercados que negociam carne de qualidade também avançassem nas negociações com os brasileiros. Isso não ocorreu à época. O Japão é o principal mercado importador da carne americana, e o americano é o segundo maior importador de carne bovina brasileira. A negociação política que está sendo discutida é que o Japão aceite as condições sanitárias exigidas pelos americanos ao produto brasileiro enquanto durem as negociações, que são demoradas. Um acordo desse seria altamente favorável ao JBS e ao Minerva, que têm 25 unidades entre as 49 liberadas para a exportação de carne bovina para os Estados Unidos. Essas duas empresas ficam com 51% dessa lista. O JBS também é fornecedor de carne americana para os japoneses. Em um acerto desse tipo, as empresas liberadas para exportar para os Estados Unidos teriam uma vantagem de um a dois anos, até que se faça uma nova lista de vendedores para o país asiático. Esse acordo pode ser factível, uma vez que os japoneses são grandes importadores de carne americana e gastaram US$ 1,87 bilhão na compra de 243 mil toneladas no ano passado nos EUA. As exportações totais dos Estados Unidos de carne bovina geraram US$ 10,45 bilhões em 2024, com a venda externa de 1,29 milhão de toneladas. O potencial americano de exportação em volume vem caindo, devido a problemas na pecuária do país. Há dois anos, as exportações globais dos Estados Unidos somaram 1,5 milhão de toneladas, 16% a mais do que as do ano passado. O Japão foi o país que mais comprou dos Estados Unidos no ano passado, seguido de México e de Coreia do Sul. No primeiro mês deste ano, conforme os dados mais recentes do Usda (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos), o Japão adquiriu 19 mil toneladas de carne bovina dos americanos, 10% a menos do que em janeiro de 2024. O mercado dos EUA, que também foi difícil e demorado para ser aberto à carne brasileira, vem buscando cada vez mais produto do Brasil. No ano passado, as exportações brasileiras atingiram 230 mil toneladas para os americanos, com uma expansão de 66% no ano. Os Estados Unidos foram o segundo maior importador da carne bovina do Brasil, abaixo apenas da China, que levou 1,34 milhão de toneladas.
Folha de SP
ABPA comemora novo protocolo sanitário acordado entre Brasil e Japão
Para Ricardo Santin, presidente da ABPA, a conquista é histórica e facilita o comércio de frango com o Japão em crises sanitárias
A Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) divulgou nota celebrando a aprovação pelo Japão, de um novo Certificado Sanitário Internacional para influenza aviária relativo ao Brasil. Conforme notícia divulgada mais cedo pelo Ministério da Agricultura brasileiro, o ministro da Agricultura, Florestas e Pesca do Japão, Taku Eto, confirmou a aprovação da regionalização do Certificado Sanitário Internacional (CSI) para influenza aviária por município, e não mais por Estado da Federação, como rezava o certificado anterior. “Desta forma, as restrições de exportação dos produtos cárneos de frango e ovos ficam limitadas apenas aos municípios onde houver detecção de focos da gripe aviária e não mais ao Estado todo”, explicou em nota o Ministério da Agricultura brasileiro. Na nota, a ABPA lembra que, com a restrição estadual, em 2023 houve a suspensão de exportações de produtos avícolas de Estados que tiveram focos de influenza aviária apenas em aves de fundo de quintal. “Vale lembrar que a avicultura industrial do Brasil nunca registrou focos da enfermidade”, destaca, na nota. Para o presidente da ABPA, Ricardo Santin, a conquista do Ministério da Agricultura “é histórica, e racionaliza as medidas de comércio de carne de frango do Brasil para o Japão em eventuais situações sanitárias”, disse, na nota da entidade. Em 2024, o Japão foi o terceiro maior importador de carne de frango do Brasil, com 443,2 mil toneladas adquiridas. Já neste ano, apenas no primeiro bimestre foram embarcadas 55,8 mil toneladas de carne de frango para o mercado japonês, gerando receita de US$ 103,7 milhões no período.
Estadão Conteúdo
EMPRESAS
JBS vê forte demanda por todas as proteínas, cenário de oferta equilibrada
A JBS disse na quarta-feira (26) que a forte demanda por carnes e produtos processados em todos os mercados em que atua tem contribuído para os resultados da companhia, que fechou 2024 com um lucro de R$ 9,6 bilhões, segundo executivos da empresa em teleconferências com analistas também na quarta-feira
No segmento de carne de frango, uma das proteínas mais consumidas globalmente, a produção tem crescido de forma lenta em grandes países produtores e a oferta está estabilizada. “Eu não vejo, num curto espaço de tempo, um crescimento disruptivo (de produção) em nenhum dos mercados em que atuamos”, disse o presidente da companhia Gilberto Tomazoni, citando desafios na área da genética para aumentar a produtividade do frango. A demanda por carne bovina também continua robusta, incluindo nos Estados Unidos, onde a baixa oferta de gado para abate pressiona as margens da unidade de carne bovina da JBS no país. A JBS Beef North America registrou uma melhora no desempenho em 2024, apesar de ter enfrentado um ano mais desafiador do que em 2023 no que se refere ao ciclo pecuário. As iniciativas da companhia para melhorar a eficiência nos segmentos comercial e fabril contribuíram para o resultado, segundo o presidente da JBS USA, Wesley Batista Filho. Para 2025, o momento do ciclo pecuário nos EUA deve ser ainda mais desafiador que 2024, independentemente da velocidade da reposição do rebanho, segundo Batista Filho. Apesar desses desafios, a JBS continua investindo nas fábricas de carnes e alimentos preparados nos EUA, devido à forte demanda por proteínas animais. “As nossas plantas novas de alimentos preparados já estão chegando num nível de maturidade bastante alto. Em algumas das plantas nossas, estamos fazendo investimento adicional para continuar o crescimento delas”, disse Batista. A JBS anunciou recentemente que realizará US$ 200 milhões em investimentos em duas plantas de bovinos nos Estados Unidos para aumentar a eficiência das operações e agregar valor aos produtos. Os executivos da JBS esperam que o processo de dupla listagem das ações da companhia na Bolsa de Nova York e na de São Paulo (B3) seja concluído ainda neste ano. No melhor cenário, a JBS poderá estar com as ações listadas nas duas bolsas já no terceiro trimestre deste ano, segundo o diretor financeiro da empresa, Guilherme Cavalcanti. O processo de dupla listagem ainda precisa ser aprovado pelo órgão regulador do mercado de capitais dos EUA (SEC) e por acionistas minoritários em Assembleia Geral da companhia.
Carnetec
FRANGOS & SUÍNOS
Preço do suíno vivo caiu em MG, PR e SC na quarta-feira (26)
Segundo a analista da Scot Consultoria, Juliana Pila, desde o início de março até a virada para a segunda quinzena, o preço da arroba suína e da carcaça em São Paulo já caiu cerca de 7%.
Em contrapartida, o valor do milho na referência Campinas (SP) subiu 10% no mesmo período, fazendo com que o suinocultor esteja com o poder de compra deteriorado. Segundo dados da Scot Consultoria, o valor da arroba do suíno CIF em São Paulo ficou estável, com preço médio de R$ 153,00, assim como a carcaça especial, fechando em R$ 11,60/kg, em média. Conforme informações do Cepea/Esalq sobre o Indicador do Suíno Vivo, referentes à terça-feira (25), o preço ficou estável no Rio Grande do Sul (R$ 7,88/kg) e São Paulo (R$ 8,20/kg). Houve queda de 1,61% em Minas Gerais, chegando a R$ 7,95/kg, baixa de 1,53% no Paraná, valendo R$ 7,88/kg, e de 0,26% em Santa Catarina, fechando e R$ 7,61/kg.
Cepea/Esalq
Brasil busca aumentar exportações de carne suína para o México enquanto tarifas dos EUA se aproximam
País pressiona por autorização de mais frigoríficos enquanto disputa comercial de Trump pode reduzir embarques americanos
O Brasil está pressionando o México para permitir exportações de carne suína de mais frigoríficos, enquanto a maior economia da América Latina busca conquistar novos mercados aproveitando as guerras comerciais de Donald Trump. Autoridades renovaram um pedido para que o México autorize embarques de fábricas de processamento em mais estados, segundo Luis Rua, secretário de comércio e relações internacionais do Ministério da Agricultura do Brasil. Atualmente, apenas sete instalações no estado de Santa Catarina têm permissão para exportar carne suína para o México. O pedido à autoridade sanitária mexicana Senasica ocorre enquanto as tarifas de Trump sobre o vizinho México estão programadas para entrar em vigor em 2 de abril. O aumento das importações do Brasil prejudicaria os EUA, que consideram o México seu maior mercado para carne suína e vêm perdendo participação para o país sul-americano em vários mercados agrícolas. “Começamos a trabalhar em parceria com associações mexicanas e autoridades sanitárias da Senasica para explicar por que é importante emitir licenças para mais plantas”, disse Adriane Cruvinel, adida do Ministério da Agricultura do Brasil no México, em entrevista. “É um movimento que surge da preocupação com a guerra tarifária e corrobora o interesse que eles já tinham pela carne brasileira”. Oficiais da Senasica não puderam confirmar as discussões com o Brasil. O México só compra carne suína brasileira de plantas em Santa Catarina, o primeiro estado reconhecido como livre de febre aftosa sem vacinação pela WOAH (Organização Mundial de Saúde Animal). Isso limitaria o fornecimento caso o México precise comprar mais do Brasil devido à disputa comercial, afirmou Rua. A aprovação para novas plantas pode vir já em maio, quando a WOAH deve reconhecer o Brasil como uma nação livre de febre aftosa sem vacinação, segundo uma pessoa com conhecimento do assunto que pediu anonimato porque as negociações são privadas. Embora vários estados, como Paraná, Rio Grande do Sul e Acre, já tenham esse status, o México ainda não autorizou importações deles, disse Rua. Indústrias mexicanas aumentaram recentemente as compras de carne brasileira, principalmente para usá-la como ingrediente em alimentos processados. Ainda assim, os embarques de carne suína do Brasil para o México totalizaram menos de 43 mil toneladas no último ano, uma fração mínima das mais de 1 milhão de toneladas que o México importa dos EUA.
Bloomberg
Quarta-feira (26) fecha com cotações mistas para o mercado do frango
O mercado do frango encerrou a quarta-feira (26) em campo misto. Segundo análise do Cepea, a competitividade da carne de frango frente às concorrentes suína e bovina tem se reduzido em março. Enquanto os preços médios da proteína avícola apresentam leve alta em relação ao mês anterior, os das carnes substitutas estão em queda
Os ligeiros avanços nos valores do frango registrados no início de março garantiram a sustentação da média da parcial deste mês. Isso porque, nesta segunda quinzena, levantamento do Cepea mostra que os preços têm oscilado, devido ao enfraquecimento do consumo, à medida que o fim do mês se aproxima. De acordo com a Scot Consultoria, o valor do frango na granja em São Paulo subiu 1,69%, custando, em média, R$ 6,00/kg, enquanto a ave no atacado não mudou de preço, custando, em média, R$ 7,75/kg. No caso do animal vivo, o valor não mudou no Paraná, custando R$ 4,77/kg, assim como em Santa Catarina, com preço de R$ 4,64/kg. Conforme informações do Cepea/Esalq, Vivo, referentes à terça-feira (25), o preço da ave congelada caiu 0,12%, chegando a R$ 8,38/kg, e o frango resfriado cedeu 0,24%, fechando em R$ 8,47/kg.
Cepea/Esalq
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