CLIPPING DA ABRAFRIGO Nº 2393 DE 27 DE JANEIRO DE 2025

clipping

Ano 11 | nº 2393 |27 de janeiro de 2025

 

NOTÍCIAS

Mercado do boi gordo estável em São Paulo

A semana terminou com preços estáveis no mercado paulista, em relação ao dia anterior, comportamento típico para este dia da semana. As escalas de abate atendem, em média, uma semana. Há, porém, pontos de atenção para a próxima semana

Segundo a Scot, a semana termina com preços estáveis na maior parte das regiões produtoras. No mercado paulista, segundo a consultoria, o boi gordo “comum” segue valendo R$ 327/@, no prazo, enquanto o “boi-China” está cotado em R$ 335/@, um ágio de R$ 8/@ para o animal com padrão-exportação. Por sua vez, na mesma praça de São Paulo, a vaca é negociada por R$ 305/@, enquanto a novilha gorda vale R$ 317/@, também com pagamento a prazo. Com a proximidade do fim do mês, o escoamento de carne permaneceu lento, o que dificultou a manutenção das ofertas de compras. O volume de boiadas em algumas regiões melhorou e, por fim, pensando na exportação a queda do câmbio ao longo desta semana poderá pressionar as margens das indústrias exportadoras. No Mato Grosso do Sul, a semana também encerrou com as cotações estáveis na comparação diária nas praças monitoradas pela Scot Consultoria. Em Alagoas, no estado, queda de R$3,00/@ na cotação do boi gordo. Para as fêmeas, preços estáveis. Não há referência de “boi China” no estado.

Scot Consultoria

Boi gordo: veja como os preços da arroba terminaram a semana

Atual posição das escalas de abate e o forte ritmo de embarques impedem quedas acentuadas

O mercado físico do boi gordo voltou a registrar preços fracos, de estáveis a mais baixos, nesta sexta-feira (24). Segundo o consultor de Safras & Mercado Fernando Henrique Iglesias, os sinais de esfriamento persistem, com nova queda dos preços da carne no atacado, o que deve fazer com que as indústrias frigoríficas, principalmente aquelas focadas no mercado doméstico, passem a pressionar os preços na compra de gado. “Como pontos de sustentação, precisam ser mencionados a atual posição das escalas de abate, que seguem encurtadas, e o forte ritmo de embarques “, conclui. Preços médios da arroba do boi (a prazo): São Paulo: R$ 332,75 (R$ 333,58 ontem). Minas Gerais: R$ 323,53, estável. Goiás: R$ 322,14, no comparativo com R$ 323,21 anteriormente. Mato Grosso Sul: R$ 326,36 (R$ R$ 326,59 ontem). Mato Grosso: R$ 318,91, inalterado. O mercado atacadista voltou a apresentar queda de suas cotações no decorrer desta sexta-feira. Iglesias indica que o ambiente de negócios ainda sugere pela continuidade do movimento no curto prazo. “Ressaltando que a segunda quinzena do mês é um período de menor apelo ao consumo, soma-se a isso o perfil de consumo delimitado para o primeiro bimestre, com a população priorizando o consumo de proteínas mais acessíveis, a exemplo da carne de frango, do ovo e de embutidos em geral”, avalia. O quarto traseiro foi precificado a R$ 25,50, por quilo, queda de R$ 0,50. Ponta de agulha apresenta queda de R$ 0,70 e foi precificada a R$ 18,00. Quarto dianteiro recuou R$ 0,50 e foi cotado a R$ 18,00, por quilo.

Agência Safras

Estatística da pecuária (Paragominas – Pará)

A semana foi marcada por alta nas cotações de todas as categorias de bovinos destinados ao abate. O comprador tem encontrado maior resiliência da ponta vendedora para a composição de suas escalas de abate

Com isso, na comparação semanal, a cotação da arroba de todas as categorias subiu 0,7%, ou alta de R$2,00/@. Assim, segundo levantamento da Scot Consultoria, o boi gordo está cotado em R$297,50/@, enquanto as fêmeas estão apregoadas em R$276,00/@. Preços a prazo e descontados os impostos (Senar e Funrural). Em São Paulo, o diferencial de base do boi gordo é de R$24,50/@, ou menos 8,24%, com o boi cotado em R$322,00/@ nas praças paulistas, considerando o preço a prazo e livre de impostos.

Scot Consultoria

Preço do boi gordo terminou a semana estável

Das 32 praças pecuárias mensuradas pela Scot Consultoria, apenas três tiveram mudança nas cotações. Em Barretos (SP) e Araçatuba (SP), o boi gordo está cotado em R$ 327 por arroba

O mercado físico do boi gordo terminou a semana com preços estáveis. Das 32 praças pecuárias mensuradas pela Scot Consultoria, apenas três tiveram mudança nas cotações, todas as demais ficaram sem variação. Em Barretos (SP) e Araçatuba (SP), o boi gordo está cotado em R$ 327 por arroba, a vaca ficou em R$ 305 e a novilha em R$ 317. O “boi China”, animal com características específicas para produção de carne que será exportada aos chineses, está comercializado em R$ 335 por arroba. Há, porém, pontos de atenção para a próxima semana. “Com a proximidade do fim do mês, o escoamento de carne está lento, o que tem dificultado a manutenção das ofertas de compras”, alertou a consultoria em relatório, citando que o volume de boiadas em algumas regiões tem melhorado. Segundo a Scot, pensando na exportação, a queda do câmbio ao longo desta semana poderá pressionar as margens das indústrias exportadoras. Apesar disso, o preço médio da carne bovina exportada atingiu US$ 5 mil por tonelada, um crescimento de 11,4% em relação a janeiro de 2024. Comparando com dezembro do ano passado, quando o preço médio foi de US$ 4,9 mil/tonelada, também ocorreu uma alta na cotação média. “Tanto o preço médio pago pela tonelada de carne, quanto a cotação do dólar, explicam a recente retomada dos preços pagos pela arroba bovina, principalmente para o “boi China”. Situação que deve se manter, enquanto as pastagens suportarem”, disse o analista da Scot Pedro Gonçalves.

Globo Rural

ECONOMIA

Dólar cai pelo 5º dia e tem maior baixa semanal desde agosto

O dólar emplacou a quinta queda diária consecutiva no Brasil, encerrando a sexta-feira com o maior recuo semanal desde agosto do ano passado, após o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, também sinalizar a possibilidade de um acordo comercial com a China

A moeda norte-americana à vista fechou em leve baixa de 0,12%, aos 5,9182 reais — a menor cotação desde 27 de novembro do ano passado, quando encerrou em 5,9141 reais. Na semana, o dólar acumulou baixa de 2,42% — o maior recuo para o período desde a semana encerrada em 9 de agosto de 2024, quando cedeu 3,43% em cinco dias úteis. Às 17h06 na B3 o dólar para fevereiro — atualmente o mais líquido — cedia 0,13%, aos 5,9260 reais. O dólar despencou ante o real já no início da sessão, após Trump ter afirmado em entrevista à Fox News, na noite de quinta-feira, que a conversa na semana passada com o presidente da China, Xi Jinping, foi amigável e que ele acredita que pode chegar a um acordo comercial com o gigante asiático. Profissionais ouvidos pela Reuters nos últimos dias vinham pontuando que a disparada do dólar no fim de 2024 — na esteira das preocupações com as tarifas norte-americanas e com o equilíbrio fiscal brasileiro — também havia deixado certa “gordura” nos preços. Com o cenário externo mais favorável e o noticiário fiscal congelado no Brasil, em função do recesso do Congresso, parte dos prêmios de risco vem sendo retirada das cotações. O desafio agora para os agentes do mercado é tentar entender se o movimento tem fôlego para colocar o dólar em cotações ainda mais baixas, de forma sustentável. Por enquanto a preocupação da vez no governo é com os preços dos alimentos. O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) informou pela manhã que o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo-15 (IPCA-15) subiu 0,11% em janeiro, contra alta de 0,34% em dezembro. Oito dos nove grupos pesquisados tiveram alta nos preços, sendo que a maior influência foi exercida pelo avanço de 1,06% do grupo Alimentação e bebidas. No início da tarde, após reunião com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o ministro da Casa Civil, Rui Costa, afirmou que o governo poderá alterar alíquotas de importação de produtos que estiverem com preços mais altos no Brasil do que no mercado internacional, para baratear o custo dos alimentos. Ele também garantiu que não serão adotadas medidas heterodoxas para controlar a inflação de alimentos, como congelamento de preços ou tabelamento.

Reuters

Ibovespa fecha quase estável em dia de IPCA-15 acima do esperado

O Ibovespa fechou quase estável na sexta-feira, com o avanço de mais de 1% da Vale oferecendo um suporte relevante, mas Petrobras pesando negativamente, enquanto a agenda macro destacou dados piores sobre a inflação no país

Investidores continuaram monitorando os movimentos de Donald Trump no começo de seu segundo mandato como presidente dos Estados Unidos, principalmente relacionados a tarifas comerciais. Apesar de o republicano ter amenizado o tom, a expectativa é de que o tema ainda adicione volatilidade. Índice de referência do mercado acionário brasileiro, o Ibovespa encerrou com variação positiva de 0,01%, a 122.493,97 pontos, de acordo com dados preliminares, tendo marcado 122.195,69 pontos na mínima e 122.908,08 pontos na máxima do dia. Na semana, acumulou acréscimo de 0,12%. O volume financeiro nesta sexta-feira somava 12,98 bilhões de reais antes dos ajustes finais.

Reuters

Governo pode alterar alíquota de importação para baratear alimentos, diz Rui Costa

O ministro da Casa Civil, Rui Costa, afirmou na sexta-feira que o governo poderá alterar alíquotas de importação de produtos que estiverem com preços mais altos no Brasil do que no mercado internacional, para baratear o custo dos alimentos no país.

Em entrevista a jornalistas após reunião sobre o tema com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em Brasília, Costa disse ainda que o ano de 2025 conta com a perspectiva de uma supersafra, o que deve aumentar a oferta e baratear alimentos. Ele ressaltou ainda que a formação de preços no país é feita pelo mercado, e não de forma artificial. Para Costa, a elevação de preços de alimentos teve relação mais forte com a alta de cotações internacionais de commodities, algo não relacionado à economia brasileira. “A convicção do governo é de que os preços se formam no mercado, não são produzidos artificialmente”, disse. “Nenhuma medida heterodoxa será adotada. Não haverá congelamento de preços, tabelamento, fiscalização. Ele (Lula) até brincou que não terá fiscal do Lula nos supermercados e feiras. Não terá rede estatal de supermercado ou de lojas para vender produtos, isso não existe”, acrescentou. Em 2024, a inflação no Brasil estourou o teto da meta, com alimentos colaborando para pressionar os preços, o que levou Lula a se queixar sobre os custos altos para os trabalhadores, defendendo ações para reverter esse cenário. Costa também disse que Lula quer maior foco do governo em políticas que concentrem estímulos em produtos da cesta básica. Ele reafirmou que uma das medidas busca reduzir o custo de intermediação das operações feitas com vale-alimentação. Segundo o ministro, o governo também seguirá em diálogo com o setor privado para avaliar medidas, citando especificamente as redes de supermercados e frigoríficos.

Reuters

IPCA-15 tem alta inesperada em janeiro sob pressão de alimentos

O IPCA-15 registrou alta inesperada em janeiro, iniciando o ano sob influência dos preços de alimentos e bebidas quando o governo demonstra preocupação com o tema e em meio ao ciclo de aperto monetário do Banco Central.

Em janeiro o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo-15 (IPCA-15) subiu 0,11%, informou nesta sexta-feira o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), contra alta de 0,34% em dezembro. Ainda assim a taxa acumulada em 12 meses foi a 4,50%, de 4,71% no mês passado, mas acima da expectativa de alta de 4,36%. O IBGE destacou que, em janeiro, oito dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados tiveram alta nos preços, sendo que a maior influência foi exercida pelo avanço de 1,06% do grupo Alimentação e bebidas. A alimentação no domicílio subiu 1,10% em janeiro, influenciada por aumentos do tomate (17,12%) e do café moído (7,07%). Os custos dos alimentos foram justamente tema de destaque esta semana depois que o ministro da Casa Civil, Rui Costa, disse na quarta-feira que o governo faria reuniões para adotar medidas com o objetivo de reduzir os preços desses itens aos consumidores, ao mesmo tempo que expressou a esperança de que safras melhores neste ano contribuam para a redução dos preços. Na quinta-feira o governo realizou reuniões sobre o tema, com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad afirmando que há espaço regulatório a ser explorado no Programa de Alimentação do Trabalhador (PAT), citando uma melhor regulação da portabilidade de vale-refeição. A segunda maior contribuição para o resultado do IPCA-15 em janeiro foi dada pelo grupo Transportes, cujos custos subiram 1,01%. Os preços das passagens aéreas aumentaram 10,25% e registraram o maior impacto individual do mês. Os combustíveis tiveram alta de 0,67% no mês, com aumentos nos preços do etanol (1,56%), do óleo diesel (1,10%), do gás veicular (1,04%) e da gasolina (0,53%). André Valério, economista sênior do Inter, destacou o resultado do núcleo da inflação, que elimina itens voláteis como alimentos e combustíveis. “Em janeiro, a variação foi de 0,67%, maior valor desde fevereiro de 2023, com a inflação acumulada em 12 meses alcançando 4,43%. O comportamento do núcleo sugere maior inflação de demanda em janeiro, o que é corroborado pelo comportamento da inflação de serviços”, disse ele, calculando alta de 0,85% dos serviços em janeiro. A única queda de preços aconteceu em Habitação, de 3,43%, uma vez que o custo da energia elétrica residencial caiu 15,46% em janeiro, em decorrência da incorporação do Bônus de Itaipu, creditado nas faturas emitidas no mês de janeiro, segundo o IBGE. No ano passado, a inflação medida pelo IPCA fechou com alta acumulada de 4,83%, acima do teto da meta — com centro de 3,0% e margem de tolerância de 1,5 ponto percentual para mais ou menos.

Reuters

PIB do agro avançou 1,26% após dois trimestres de retração

Agropecuária deve chegar a 22% da economia nacional em 2024, apontam CNA e Cepea. Entre janeiro e setembro de 2024, o PIB agropecuário apresenta uma queda de 2,49%, refletindo a retração nos preços

Após dois trimestres consecutivos de retração, o Produto Interno Bruto (PIB) do agronegócio brasileiro registrou um crescimento de 1,26% no terceiro trimestre de 2024, segundo dados divulgados pela Confederação da Agricultura e Pecuária (CNA) e pelo Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea). No entanto, no acumulado do ano (entre janeiro e setembro), o PIB agropecuário apresenta uma queda de 2,49%, refletindo a retração nos preços reais observada desde o início de 2023. “O desempenho do agronegócio foi impactado, principalmente, pela queda nos preços e pela redução da produção de importantes produtos do setor, com destaque para a agricultura ‘dentro da porteira’. Por outro lado, o ramo pecuário conseguiu atenuar parte desse impacto negativo, impulsionado pelo bom desempenho dos segmentos agroindustriais, de agrosserviços e de insumos”, justificou a publicação. O PIB agrícola cresceu 1,27% no terceiro trimestre, enquanto o setor pecuário avançou 1,31%. Apesar dos resultados positivos nesse período, o acumulado anual para o setor agrícola mostra um recuo de 4,04%, “determinou o desempenho geral do setor, compensado parcialmente pelo crescimento [no acumulado do ano] de 1,60% no ramo pecuário”, explica o boletim. Em termos de participação no PIB brasileiro, o agronegócio deverá representar aproximadamente 22% da economia nacional em 2024, uma diminuição em relação aos 23,5% registrados em 2023. O setor foi impactado, principalmente, pela queda nos preços de produtos agrícolas e pela redução na produção “dentro da porteira”. Os segmentos que puxaram a alta no trimestre foram as agroindústrias, agrosserviços, segmento primário e insumos, com 1,6%, 1,22%, 1,14% e 0,83%, respectivamente, de avanço entre o segundo e terceiro trimestre de 2024. Segundo o boletim, os desempenhos desses segmentos no trimestre foram impulsionados pelo aumento do valor bruto da produção, que, por sua vez, foi principalmente influenciado pelos preços reais mais altos no período.

Valor Econômico

FRANGOS & SUÍNOS

Com vendas fracas no atacado, mercado do frango apresentou estabilidade na 6ª feira

De acordo com as Informações da Scot Consultoria, a cotação da ave na granja seguiu estável e está cotada em R$ 5,40/kg. A Scot Consultoria, a referência para o frango no atacado paulista, apresentou recuo de 0,65% e está cotado em R$ 7,65/kg.

Conforme informações da Scot Consultoria, as vendas continuaram fracas durante a última semana, além disso, a sobre oferta, também colaborou para as novas baixas nos preços. Ainda segundo a consultoria, o consumo daqui para frente é incerto, o que deixa os compradores retraídos. Até a virada do mês, os preços devem seguir fracos. Com base no levantamento realizado na última quinta-feira (23), o preço do frango congelado apresentou estabilidade e está precificado em R$ 8,35 por quilo. Já o valor para o frango resfriado, a cotação também seguiu estável e está próximo de R$ 8,41 por quilo. A referência para o animal vivo no Paraná apresentou estabilidade e está cotado em R$ 4,67/kg. A Empresa de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural de Santa Catarina (Epagri) divulgou que o frango vivo seguiu com estabilidade e sendo negociado em R$ 4,56/kg.

Cepea/Esalq

Frango, cai poder de compra do avicultor, diz Cepea

O poder de compra de avicultores paulistas frente aos principais insumos da atividade vem diminuindo em janeiro, segundo apontam levantamentos do Cepea

De acordo com o Centro de Pesquisas, enquanto as cotações do frango vivo estão enfraquecidas, as do milho sobem e as do farelo de soja seguem praticamente estáveis.

Com a baixa liquidez das vendas de produtos de origem avícola nesta segunda quinzena de mês, devido ao menor poder de compra da população, compradores se mostram retraídos na aquisição de novos lotes de animais para abate, ainda conforme acompanhamento do Cepea.

Cepea

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