CLIPPING DA ABRAFRIGO Nº 2390 DE 22 DE JANEIRO DE 2025

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Ano 11 | nº 2390 | 22 de janeiro de 2025

 

NOTÍCIAS

Alta na cotação do “boi China” em São Paulo

O mercado abriu a terça-feira oferecendo mais pela arroba do “boi China”. As cotações para o boi gordo, vaca e novilha, permaneceram estáveis

O mercado abriu a terça-feira (21/1) oferecendo R$ 3/@ mais pelos lotes de “boi-China” em São Paulo, que agora vale R$ 335/@, no prazo, apurou a Scot Consultoria. Porém, o boi gordo “comum”, a vaca e a novilha gordas permaneceram estáveis, em R$ 327/@, R$ 305/@ e R$ 317/@, respectivamente, acrescenta a Scot. Algumas unidades frigoríficas estão fora das compras. O relato é de que o escoamento de carne está lento. No Rio Grande do Sul, na região de Pelotas, as cotações permaneceram estáveis para todas as categorias. Na região Oeste, as fêmeas registraram alta de R$0,20/kg. Em Goiás, na região de Goiânia, a cotação do boi gordo registrou alta de R$2,00/@. A novilha teve alta de R$5,00/@, já a vaca permaneceu estável. Na região Sul, os preços permaneceram estáveis para todas as categorias.  Na exportação de carne bovina in natura, até a terceira semana de janeiro, o volume de carne bovina in natura exportado foi de 112,8 mil toneladas – média diária de 9,4 mil toneladas – aumento de 13,8% para o desempenho médio diário do mesmo período de 2024. O preço médio da tonelada ficou em US$5,0 mil, alta de 11,4% na comparação feita ano a ano, o que levou a um faturamento 26,8% maior, no comparativo.

Scot Consultoria

Boi gordo: cotações em leve alta

Único fator que pode frear os preços é a preferência da população por proteínas mais baratas devido o período de pagamento de impostos, como IPVA e IPTU, diz analista

O mercado físico do boi gordo manteve preços firmes na terça-feira (21). Segundo o consultor de Safras & Mercado Fernando Henrique Iglesias, o ambiente de negócios ainda sugere por reajustes dos preços. “No entanto, a dinâmica delimitada aponta para um movimento comedido. As escalas de abate permanecem encurtadas e seguem como uma das principais variáveis para justificar essa expectativa de elevação dos preços”, diz. Segundo ele, outro aspecto a ser considerado está na agressividade das exportações, com um desempenho bastante favorável neste início de temporada. Preços médios da arroba do boi (a prazo): São Paulo: R$ 334,42 (R$ 333,92 ontem). Minas Gerais: R$ 323,53 (R$ 322,94 anteriormente). Goiás: R$ 323,21, sem mudanças. Mato Grosso do Sul: R$ 327,05 (R$ 326,59 na segunda). Mato Grosso: R$ 319,82 (R$ 319,72 ontem). O mercado atacadista voltou a apresentar queda em suas cotações. Segundo Iglesias, mais uma vez a queda dos preços aconteceu no corte traseiro, algo compreensível pelo perfil de consumo delimitado para o primeiro bimestre. “A preferência da população tende a recair sobre proteínas mais acessíveis em função de despesas tradicionais que pesam sobre o orçamento familiar, casos de IPTU, IPVA e compra de material escolar. Desta forma, os cortes do frango, embutidos e ovo ganham destaque”, considera o analista. O quarto traseiro foi precificado a R$ 26 por quilo, queda de R$ 0,50 nesta terça. Já o quarto dianteiro ainda é cotado a R$ 18,50 por quilo. A ponta de agulha, por sua vez, apresenta alta e foi precificada a R$ 18,70, incremento de R$ 0,20.

Agência Safras

Guerra comercial entre EUA e China pode favorecer embarque de sebo do Brasil

Exportações brasileiras do produto podem alcançar 400 mil toneladas neste ano. Sebo bovino também é usado na produção de biodiesel

O levantamento de barreiras comerciais à China pelos Estados Unidos para importação de insumos para a produção de biocombustíveis, como óleo de cozinha usado (UCO), deve favorecer as exportações brasileiras de sebo bovino, também usado na produção de biodiesel. S&P Global Commodity Insights estima que as exportações brasileiras de sebo bovino possam alcançar 400 mil toneladas neste ano, ante 320 mil toneladas em 2024, aumento devido sobretudo à demanda dos Estados Unidos, que no ano passado foi o destino de 96% dos embarques da commodity. Só na semana passada, foram negociadas 4 mil toneladas de sebo bovino para os EUA, observou Alexandre Melo, especialista em biodiesel e insumos da S&P Global Commodity Insights para Brasil e Argentina. “A China era até então o principal fornecedor de óleo de cozinha recuperado para os Estados Unidos. Mas há uma determinação do Tesouro americano de traçar restrições e muito possivelmente o uso desse insumo vai ser desestimulado. Há uma tentativa dos EUA de assegurar volumes de sebo bovino na América Latina”, afirmou. O preço médio do sebo bovino exportado pelo porto de Santos subiu US$ 20 por tonelada na última semana, para US$ 1.045 a tonelada, refletindo o aumento da demanda americana. Brasil, Argentina e Uruguai são os principais fornecedores de sebo bovino para os Estados Unidos. Eduardo Vanin, diretor da Agrinvest, acrescentou que a guerra comercial entre EUA e China pode ter como consequência uma substituição das importações de soja americana pelo grão brasileiro por parte dos chineses. Isso pode causar problemas de oferta no Brasil no fim do ano. “Se a esmagadora chinesa só comprar do Brasil [soja] vai ter uma briga feia por soja no fim do ano, por causa da demanda maior no Brasil por óleo para biodiesel”, avaliou. A mistura de biodiesel no diesel vai passar em março desde ano de 14% para 15%. Filipe Cunha, diretor de biodiesel da SCA Brasil, estima que se houver um aumento no consumo brasileiro de diesel em 3% e o óleo de soja continuar representando 74% do volume de matérias-primas usadas na produção de biodiesel, haverá um aumento na demanda de 1 bilhão de litros de biodiesel e 720 mil metros cúbicos de óleo de soja. “As indústrias teriam que aumentar a capacidade de esmagamento em 4 milhões de toneladas por ano. As indústrias estimam para este ano um aumento de 2,5 milhões de toneladas. Pode ser necessário ter que usar gorduras concorrentes, como sebo bovino e óleo de palma, para garantir a produção de biodiesel”, disse Cunha.

Valor Econômico

Pesquisa usa tecnologia de ponta para definir a “impressão digital” da carne gaúcha, diz Embrapa

Mais de 20 pesquisadores de diferentes instituições brasileiras compõem um estudo, capitaneado pela Embrapa Pecuária Sul (RS), que tem como objetivo identificar a “impressão digital” da carne bovina gaúcha, de acordo com os diversos sistemas de produção e territórios em que é produzida

A partir de ferramentas de metabolômica, ciência de ponta que permite conhecer a fundo o sistema biológico dos animais, a pesquisa vai fazer uma ampla caracterização da carne produzida no estado, relacionando a sua composição ao ambiente de criação e aos reflexos para a saúde humana. Para isso, conta com suporte financeiro da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio Grande do Sul (Fapergs). O projeto, intitulado “Prospecção nutricional e metabolômica da carne bovina produzida em sistemas pecuários modais do Rio Grande do Sul e seus potenciais impactos na saúde humana”, é liderado pela pesquisadora da Embrapa Élen Nalério. A premissa é que diferentes sistemas produtivos, formas de criação animal, intensidades de produção, solo, raça, entre outros fatores, interferem nos sistemas biológicos dos animais e, por consequência, na carne produzida. Em um primeiro momento, o projeto vai identificar os sistemas de produção de gado de corte modais, ou seja, os mais prevalentes no Rio Grande do Sul. “Entre esses, vamos selecionar entre três e cinco a serem estudados. A partir daí, faremos uma ampla análise das características da carne, buscando relacionar com o tipo de sistema e o local em que foi produzida”, explica Nalério. Para a caracterização da carne, serão utilizadas ferramentas inovadoras, como a metabolômica, uma área da ciência relativamente nova, que possibilita chegar a uma sinopse bioquímica de um sistema biológico, investigando, por exemplo, as relações e o impacto de determinado sistema produtivo na qualidade do produto da pecuária de corte, que é a carne. A técnica permite identificar os diferentes metabólitos formados na carne durante a vida do animal.  “Com o refinamento da metabolômica, conseguimos ampliar a nossa visão e a compreensão sobre os muitos compostos presentes na carne, e não apenas dos macronutrientes”, complementa a pesquisadora. Outra ferramenta que será utilizada é a inteligência computacional (IC) para o desenho de modelos com as características avaliadas em cada sistema de produção. Para tanto, será criado um banco de dados com todas as informações coletadas, como o tipo de solo, a região, o sistema produtivo, que tipo de alimentação o animal teve, a idade de abate, entre outras, além de dados obtidos em laboratório nas análises das amostras de carne. A partir disso, será feito um processo de aprendizado de máquina com o objetivo de desenvolver algoritmos e modelos capazes de aprender padrões a partir dos dados coletados na pesquisa. Com as ferramentas de IC será possível estabelecer padrões de perfis nutricionais vinculados ao ambiente produtivo que deu origem à carne. Segundo Nalério, uma vez estabelecidos esses padrões, os modelos poderão ser aplicados em sistemas similares para estimar o perfil nutricional em pesquisas e análises futuras. “A IC também estabelecerá perfis de saudabilidade e como cada tipo de carne poderá contribuir para o suprimento das necessidades diárias de consumo de proteínas e de outros nutrientes”, acrescenta. A pesquisadora destaca ainda a importância da equipe multidisciplinar que participa da pesquisa. “Temos representantes de diferentes áreas de atuação no estudo, como por exemplo, matemáticos e pesquisadores de TI para o trabalho com inteligência computacional”, pontua. Além disso, o projeto conta com pesquisadores da Embrapa Gado de Leite (MG), Universidade Federal do Pampa (Unipampa), Universidade Federal de Lavras (Ufla) e Universidade Federal de Pelotas (UFPel), com expertises nas áreas de produção animal, química e engenharia de alimentos, ciência da carne, estatística, física e matemática aplicada. Um dos resultados previstos no projeto é a disponibilização dessas informações para a sociedade, a partir de um dossiê com as características do produto carne nos diferentes sistemas de produção. A expectativa é que o conhecimento gerado contribua para a tomada de decisão consciente quanto à inclusão da carne nas dietas.

Embrapa Pecuária Sul

ECONOMIA

Dólar tem leve baixa ante real com atenção ainda voltada para Trump

O dólar fechou a terça-feira em leve baixa ante o real, numa sessão com noticiário esvaziado no Brasil e cautela em relação ao cenário externo, após o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, não anunciar novas tarifas de importação ao assumir o mandato na véspera

Ao contrário do que ocorreu na segunda-feira, quando realizou dois leilões de linha (venda de dólares com compromisso de recompra no futuro), o Banco Central se manteve longe dos negócios na terça. O dólar à vista fechou em leve queda de 0,18%, aos 6,0313 reais. Em janeiro, a moeda acumula baixa de 2,39%. Às 17h28 na B3 o dólar para fevereiro — atualmente o mais líquido — tinha leve alta de 0,05%, aos 6,0385 reais. Na segunda-feira, o dólar já havia cedido ante o real após notícias de que Trump não iria impor novas tarifas de importação em seu primeiro dia na Presidência dos Estados Unidos — o que foi posteriormente confirmado. Por trás do movimento está a percepção de que tarifas não tão elevadas significam inflação e juros não tão altos nos EUA, o que favorece divisas de países emergentes. A venda de 2 bilhões de dólares ao mercado pelo BC, nas operações de linha, foi outro fator de acomodação para as cotações na véspera. Na terça-feira, porém, o BC não atuou, ao mesmo tempo em que os agentes seguiram atentos à política de Trump e seus desdobramentos nos ativos globais. No Brasil, a moeda norte-americana à vista atingiu a máxima de 6,0685 reais (+0,44%) às 9h12, logo após a abertura e em sintonia com o avanço firme no exterior, mas perdeu força até uma mínima de 6,0170 reais (-0,41%) às 15h41. Depois disso, oscilou muito próximo da estabilidade até o fechamento. Países que estão na mira mais imediata das tarifas de Trump, como México e Canadá, viram suas moedas serem penalizadas mais diretamente nesta terça-feira. O peso mexicano era a divisa que mais se desvalorizava no mundo no fim da tarde e o dólar canadense também estava em queda.

Reuters

Ibovespa avança com apoio de NY e fecha acima dos 123 mil pontos

O Ibovespa fechou com um acréscimo discreto na terça-feira, mas acima dos 123 mil pontos pela primeira vez desde meados de dezembro do ano passado, endossado por Wall Street, enquanto Petrobras e ações de empresas de proteínas limitaram os ganhos

Índice de referência do mercado acionário brasileiro, o Ibovespa avançou 0,32%, a 123.245,1 pontos, de acordo com dados preliminares, tendo marcado 123.461,68 pontos na máxima e 122.289,95 pontos na mínima do pregão. O volume financeiro do pregão somava 15 bilhões de reais antes dos ajustes finais.

Reuters

FRANGOS & SUÍNOS

Com escoamento lento no atacado, preços dos suínos seguem com estabilidade

De acordo com a Scot Consultoria, o preço da carcaça suína especial está cotado em R$ 11,60/kg. Já o preço médio da arroba do suíno CIF permaneceu estável e está sendo negociado em R$ 151,00/@

Segundo a Scot Consultoria, o escoamento está lento e os estoques altos, o que continua pressionando as cotações. “Na semana anterior, o recuo foi de 3,3% nesse elo da cadeia, com a carcaça especial negociada, em média, em R$11,60/kg”, destacou. Ainda segundo as informações da Scot Consultoria, a segunda quinzena do mês sempre traz um encolhimento do consumo – que já não vinha bem. Com isso, as expectativas são de que novas acomodações aconteçam. De acordo com o levantamento realizado pelo Cepea na última segunda-feira (20), o Indicador do Suíno Vivo em Minas Gerais registrou estabilidade e segue em R$ 7,95/kg. No Paraná, o preço do animal ficou estável está precificado em R$ 7,57/kg. Já na região do Rio Grande do Sul, o animal seguiu teve queda de 0,25% e está precificado em R$ 7,91/kg. Em São Paulo, o valor ficou próximo de R$ 7,93/kg e seguiu estável. Em Santa Catarina, o valor do suíno seguiu estável e está cotado em R$ 7,69/kg.

Cepea/Esalq

Brasil e Singapura assinam acordo de regionalização para comércio de carne suína em caso de surto de Peste Suína Africana

O Brasil é livre de Peste Suína Africana desde 1988 e mantém reconhecimento internacional, como livre da doença, emitido ela Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA)

Na última quarta-feira (15), o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) firmou acordo de regionalização com Singapura para garantir o comércio de carne e produtos suínos em caso de surto de Peste Suína Africana (PSA) no Brasil. A medida, que já está em vigor, permitirá o comércio desde que a doença seja contida em uma zona específica e que as medidas de controle sanitário sejam implementadas de acordo com as diretrizes da Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA). O acordo trará maior segurança e previsibilidade para o comércio de carne suína entre os dois países, favorecendo os representantes das indústrias de ambos. Segundo o diretor do Departamento de Saúde Animal da Secretaria de Defesa Agropecuária do Mapa, Marcelo Mota, o protocolo é fruto do reconhecimento das autoridades de Singapura, da eficiência do serviço veterinário oficial do Brasil e da eficiência do setor produtivo, em cooperar na segurança alimentar com aquele país. O Brasil é livre de Peste Suína Africana desde 1988 e mantém reconhecimento internacional, como livre da doença, emitido ela Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA).

MAPA

Preço do frango registra queda de 0,38% no atacado paulista

Na terça-feira (21), as referências do frango no atacado paulista apresentaram queda de 0,38%, em que estão precificados em R$ 7,80/kg, conforme apontou a Scot Consultoria

Já a cotação da ave terminada nas granjas paulistas segue com estabilidade e cotada em R$ 5,50 por quilo. De acordo com a Scot Consultoria, as vendas se arrefeceram na semana, com isso, os preços se acomodaram tanto nas granjas, como também no atacado. Ainda segundo as informações da Scot Consultoria, para o curto prazo, com a saída mais lenta de mercadorias, os compradores devem seguir receosos para as programações, com isso o mercado tende a ficar fraco. Com base no levantamento realizado na última segunda-feira (20), o preço do frango congelado apresentou recuo de 0,24% e está precificado em R$ 8,41 por quilo. Já o valor para o frango resfriado, a cotação também teve queda de 0,24% e está próximo de R$ 8,35 por quilo. A referência para o animal vivo no Paraná apresentou estabilidade e está cotado em R$ 4,67/kg. A Empresa de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural de Santa Catarina (Epagri) divulgou que o frango vivo seguiu com estabilidade e sendo negociado em R$ 4,56/kg.

Cepea/Esalq

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