CLIPPING DA ABRAFRIGO Nº 2375 DE 18 DE DEZEMBRO DE 2024

clipping

Ano 10 | nº 2375 |18 de dezembro de 2024

 

NOTÍCIAS

Boi gordo inicia a semana em queda com mercado desaquecido

Além do recuo tanto na demanda interna quanto externa, as operações da indústria neste final de ano também contribuem para pressionar o mercado. A baixa sazonal, segundo a Scot, reflete o período de férias e consequente redução das compras

Os preços do boi gordo iniciaram a semana em queda nas principais praças pecuárias de São Paulo, com a arroba cotada a R$ 312 em Barretos e Araçatuba, segundo o indicador Scot Consultoria. O valor representa recuo 0,95% em relação ao registrado na sexta-feira. Além do recuo tanto na demanda interna quanto externa, as operações da indústria neste final de ano também contribuem para pressionar o mercado. A baixa sazonal, segundo a Scot, reflete o período de férias e consequente redução das compras. Normalmente nos finais de ano, com menos dias úteis em função das festas de final de ano e confraternizações. Em função disso, os frigoríficos já se preparam para a demanda de carne e muitos deles dão férias coletivas”, observa o diretor-fundador da Scot, Alcides Torres. Do lado da oferta, a melhora das condições das pastagens com o retorno das chuvas a boa parte do país também contribui para desacelerar o mercado. De acordo com a consultoria, muitos produtores têm segurado os animais no campo diante da recente queda dos preços. Desde o início de dezembro, a arroba acumula desvalorização de mais de 10%. “O momento é de um movimento lento de compra e venda dentro das principais praças pecuárias. Tanto pela baixa necessidade de compra dos frigoríficos, quanto a uma melhor capacidade de segurar os bovinos dos pecuaristas”, explica Pedro Gonçalves, analista da Scot.

Globo Rural

Movimentação fraca no mercado do boi gordo

Evolução do atacado, das escalas de abate e as condições das pastagens precisam ser observadas nas próximas semanas, diz analista

O mercado físico do boi gordo teve movimentação mais fraca na terça-feira (17), com os frigoríficos sinalizando para escalas confortáveis em várias localidades do país. Deste modo, conforme a consultoria Safras & Mercado, reajustes tendem a ser mais difíceis no curto prazo. “Além disso, a liquidez do mercado físico tende a recuar gradativamente até o fechamento do ano e a logística pode ser mais difícil. Várias unidades devem parar para manutenções programadas”, diz o analista da empresa Allan Maia. Segundo ele, mesmo com esse cenário, três fatores precisam ser acompanhados ao longo das próximas semanas: a evolução do atacado, das escalas de abate e as condições das pastagens. São Paulo: preços acomodados, com frigoríficos atuando de maneira cadenciada nas compras. Arroba foi sinalizada entre R$ 310 e R$ 320. Minas Gerais: os preços apresentam ligeira queda. O boi gordo ficou posicionado entre R$ 305 e R$ 310. Goiás: a arroba do boi gordo ficou acomodado, com indicação de negócios no estado em R$ 300 a arroba. Mato Grosso do Sul: cotações acomodadas. Em Campo Grande a arroba foi cotada em até R$ 320. Mato Grosso: preços estáveis. Na região de Rondonópolis a indicação ficou em R$ 300. O mercado atacadista registrou ligeira queda de preços no decorrer do dia. Segundo Maia, a reposição entre atacado e varejo tende a perder um pouco de força no curto prazo, considerando que o varejo já está posicionado para o atendimento das festividades da próxima semana. “Um ponto que vale atenção e que pode afetar a dinâmica do consumo é o alto nível de atratividade de produtos substitutos, como os cortes de carne de frango “. O quarto dianteiro foi precificado a R$ 20,30 por quilo, queda de vinte centavos. O quarto traseiro recuou vinte centavos e ficou em R$ 26,80 por quilo. A ponta de agulha seguiu estável em R$ 19,50 por quilo.

Agência Safras

Com início da retenção de matrizes e menor abate de fêmeas, preços do boi gordo em MT devem aumentar em 2025

“Com a maior atratividade da cria, tende-se a começar o movimento de retenção de fêmeas em Mato Grosso, dando início à fase de alta do ciclo pecuário”, aponta o Imea

Depois de três anos consecutivos com intenso abate de matrizes em Mato Grosso, a oferta de animais mais jovens para reposição, em especial bezerros, tende a ser ainda menor no próximo ano. A previsão é do Instituto Mato-Grossense de Economia Agropecuária (Imea). De acordo com a análise do Imea, esse cenário deve impactar positivamente os preços da categoria, resultando na recuperação da margem da cria. “Com a maior atratividade da operação, tende-se a começar o movimento de retenção de matrizes no estado, dando início à fase de alta do ciclo pecuário”, aponta o Instituto. Por conseguinte, ressalta o Imea, a redução na disponibilidade de fêmeas para abate deve impulsionar os preços do boi gordo no estado. Ainda, os abates totais no estado podem apresentar um leve recuo quando comparado ao patamar recorde observado este ano. Sob a ótica da demanda, o instituto avalia que fortalecimento de mercados já existentes tende a continuar mantendo as exportações da proteína bovina fortalecidas, especialmente por países do Oriente Médio. “Além disso, a redução na produção de carne pelos EUA pode também favorecer as exportações brasileiras”, conclui o Imea.

Portal DBO

Rastreamento pleno só será obrigatório a partir de 2033

Ministério da Agricultura anunciou o Plano Nacional de Identificação Individual de Bovinos e Búfalos (PNIB) para o período de 2025 a 2032 com foco sanitário

O Ministério da Agricultura anunciou nesta terça-feira (17) o Plano Nacional de Identificação Individual de Bovinos e Búfalos (PNIB) para o período de 2025 a 2032 com foco sanitário, sem envolver questões socioambientais. Os dois primeiros anos serão de elaboração e adaptação do sistema eletrônico que será usado pela Pasta e de integração e sincronismo com os controles estaduais sobre movimentação animal. A rastreabilidade será gradual e obrigatória, com fases de transição para aplicação dos dispositivos eletrônicos nos animais e de cobrança dessa identificação. A exigência passará a valer em 2030 para fêmeas vacinadas contra brucelose e animais de protocolos privados, que começarão a ser identificados em 2027. A obrigatoriedade para o rebanho em geral será aplicada em janeiro de 2033, já que demais bovinos e búfalos serão identificados na primeira movimentação entre fazendas, como na saída de bezerros para recria ou engorda, a partir de 2030. O ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, disse que a medida vai agregar valor à produção e ajudar na abertura de mercados exigentes, como Japão e Coreia do Sul. “Com essa rastreabilidade, acessamos os mercados mais restritivos e remuneradores. Teremos um processo acelerado de adesão”, disse após o anúncio do plano. A iniciativa vai gerar custos aos pecuaristas, que terão que identificar individualmente os rebanhos que serão movimentados com ao menos um dispositivo eletrônico, como brinco ou ‘botton’ auricular com chip. Não há previsão de incentivos fiscais ou financiamentos no plano, afirmou Fávaro. Nas negociações, a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) defendeu que seja necessária a adoção de apenas um dispositivo por animal e não dois, como era previsto nas discussões iniciais. Com isso, o gasto será em torno de R$ 4 a R$ 5 por animal. “Os períodos de transição são fundamentais para que a acomodação no preço compense o investimento”, disse o coordenador de Produção Animal da entidade, João Paulo Franco. A identificação terá um padrão, com numeração única para todo o país, iniciada com 076, coloração amarela e características que asseguram sua inviolabilidade. “O chip é muito barato, são R$ 2 ou R$ 3. Isso é custo ou investimento? Quanto vai valer a mais a arroba do boi rastreado perante valor de um chipzinho de R$ 3”, argumentou Fávaro. Segundo ele, o plano não foi feito para atender demandas externas, mas para comprovar o cumprimento de regras sanitárias, sociais e ambientais pelos pecuaristas brasileiros. A Pasta discute se vai extinguir o uso da marcação a fogo para fins de rastreabilidade, medida prevista em lei. Os prazos do plano poderão ser adiantados, disse o secretário de Defesa Agropecuária, Carlos Goulart, o que depende da entrega dos sistemas. Se a plataforma estiver operacional até o fim de 2025, por exemplo, as identificações e as exigências também poderão começar um ano antes. Um comitê gestor nacional vai monitorar o avanço de implementação do plano para avaliar situações de Estados que estejam aptos antecipadamente para fazer a transição da rastreabilidade em lote para individual, segundo Goulart. Ele afirmou que a rastreabilidade não mira apenas a exportação. “É questão de avanço de status sanitário, o nível de exigência passa a ser maior. Não é só para acessar mercados, mas para manter e ter menos interrupções. Rastreabilidade traz qualificação, atende nosso perfil e vai colocar Brasil no patamar que está, protegido e qualificado”, concluiu. Desde 2009, o Brasil adota um modelo de rastreabilidade em lotes com informações sanitárias dos animais. Foram mais de 34,1 milhões de cabeças abatidas em 2023, segundo o ministério. O diretor de Saúde Animal, Marcelo Motta, disse que o foco do plano é sanitário, para dar transparência à movimentação do rebanho nacional e subsidiar a adoção de medidas de controle em caso de surtos ou ocorrências de doenças. O novo sistema deve ser capaz de gerar informações ao setor privado e aos consumidores em tempo real sobre a origem e o destino dos produtos, disse Mota. “Para as questões relacionadas à saúde pública e animal, que possamos dar segurança aos parceiros comerciais e à população brasileira dos critérios para manutenção desse processo”.

Globo Rural

ECONOMIA

Câmara aprova Reforma Tributária 

A medida tem grande impacto para o agro. “Conseguimos trazer de volta pontos importantes conquistados na primeira etapa na Câmara”

O Plenário da Câmara dos Deputados aprovou, nesta terça-feira (17), o Projeto de Lei Complementar 68/2024, que regulamenta a Reforma Tributária. O texto estabelece as regras para o Imposto sobre Bens e Serviços (IBS), a Contribuição Social sobre Bens e Serviços (CBS) e o Imposto Seletivo (IS), e segue agora para sanção presidencial. A Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA) comemorou as conquistas para o setor, especialmente as medidas que garantem desoneração fiscal e apoio ao produtor rural. A proposta também desonera IBS e CBS na compra e importação de tratores, máquinas e implementos agrícolas por produtores rurais não contribuintes, além de incluir créditos presumidos diferenciados para produtores conforme receita anual e tipo de produção. Serviços técnicos agrícolas, análises laboratoriais e outros insumos essenciais também foram incluídos, ampliando os benefícios para o setor.

Outro ponto de destaque é a tributação reduzida para biocombustíveis e hidrogênio de baixa emissão de carbono, com alíquotas entre 40% e 90% das aplicadas a combustíveis fósseis equivalentes. Segundo a FPA, essas medidas reforçam o apoio ao agronegócio, promovendo competitividade, sustentabilidade e incentivo ao uso de energia renovável. Segundo o presidente da FPA, deputado Pedro Lupion (PP-PR), a bancada trabalhou para assegurar alimentos mais acessíveis à população e preservar os direitos do produtor rural. “O que dialogamos em todo o processo foi para que o brasileiro possa se alimentar com dignidade e tenha seus direitos resguardados. Da mesma forma, que a sociedade e o produtor rural não sejam onerados. Conseguimos trazer de volta pontos importantes conquistados na primeira etapa na Câmara e fechamos um texto positivo para o setor agropecuário brasileiro”, disse Lupion.

Agrolink

Câmara aprova 1º projeto do pacote de corte de gasto com reforços ao arcabouço e bloqueio de emendas

Após votação dos destaques, que será concluída nesta quarta-feira, texto seguirá para tramitação no Senado; Câmara se prepara para votar outros dois projetos de ajuste fiscal esta semana

A Câmara dos Deputados aprovou na noite da terça-feira, 17, o texto-base do primeiro projeto do pacote de corte de gastos encaminhado pelo governo Lula ao Congresso. O projeto de lei complementar relatado pelo deputado Átila Lira (PP-PI) cria “reforços” ao arcabouço fiscal, prevendo disparo de novos gatilhos para congelamento de gastos em caso de piora das contas públicas, além de permitir que o governo possa bloquear até 15% das emendas parlamentares. Foram 318 votos a favor (eram necessários 257) e 149 votos contrários. Os deputados rejeitaram três destaques (sugestões de mudanças ao texto principal) e deixaram outros três para serem analisados nesta quarta-feira, 18. Concluída a votação, o texto seguirá para a análise do Senado Federal. Uma das medidas proposta pela equipe econômica, contudo, caiu: a que limitava a restituição de créditos tributários pelas empresas. A proposta enfrentava forte resistência entre vários setores da economia, além de ter integrado uma Medida Provisória (MP) editada pelo governo em junho e que foi devolvida pelo presidente do Senado, Rodrigo Pacheco. A expectativa é de que o projeto seja votado no Senado até a próxima sexta-feira, 20, antes do recesso parlamentar. O Congresso ainda tentará aprovar um outro projeto de lei encaminhado pela Fazenda, além de uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC). A Fazenda estima que os três projetos juntos vão gerar uma economia de R$ 71,9 bilhões em dois anos, mas especialistas em contas públicas contestam esse cálculo e preveem uma economia menor, entre R$ 40 bilhões e R$ 50 bilhões. As contas ainda terão de ser refeitas após as modificações feitas no Congresso. Um dos gatilhos do projeto prevê que, em caso de déficit primário, ficará proibido, a partir de 2025, a concessão, ampliação ou prorrogação de benefícios tributários. Além disso, haverá limitação de crescimento no gasto com pessoal em 0,6% ao ano acima da inflação – o piso do aumento de despesas estabelecido pelo novo arcabouço fiscal. Outro gatilho determina que, em caso de redução nominal das despesas discricionárias (não obrigatórias, como investimentos e custeio), a partir de 2027, haverá essa restrição para benefícios tributários (tal qual ocorre em caso de déficit primário) e a mesma limitação para o crescimento de despesas com pessoal. A proposta aprovada também determina que a criação ou prorrogação de benefícios da seguridade social ficam limitadas às regras de crescimento do arcabouço, ou seja, com teto máximo de 2,5% ao ano. O projeto estabelece que o governo poderá bloquear e contingenciar até 15% das emendas parlamentares. A medida enfrentava resistências no Congresso, mas a cúpula do Legislativo fechou um acordo com o Palácio do Planalto para aprovar a medida. Hoje, o governo não pode bloquear emendas impositivas (obrigatórias), apenas contingenciar. Isso significa que os recursos hoje só podem ser congelados em caso de frustração de receitas. Com o projeto, as emendas poderão ser congeladas também para bancar o crescimento de gastos obrigatórios, como aposentadorias, e cumprir o limite de despesas do arcabouço fiscal. O governo Lula negociou com a cúpula do Congresso a possibilidade de cortar recursos de emendas parlamentares para colocar o dinheiro em despesas obrigatórias e cumprir o arcabouço fiscal. O bloqueio de emendas enfrenta resistências no Congresso e chegou a ser rejeitado semanas atrás. A cúpula do Legislativo, porém, fechou um acordo com o Palácio do Planalto para aprovar essa medida. O relator incluiu no texto um dispositivo que determina que, entre 2025 e 2030, o superávit financeiro de fundos públicos só poderá ser usado para amortizar a dívida. Na proposta do governo, eram oito fundos listados, mas o relator manteve apenas cinco: os fundos de Defesa de Direitos Difusos (FDD), Nacional de Segurança e Educação de Trânsito (FUNSET), do Exército, Aeronáutico e Naval. Foram excluídos o Fundo Nacional Antidrogas (Funad), o Fundo da Marinha Mercante (FMM) e Fundo Nacional de Aviação Civil (FNAC) com a justificativa de que seus recursos “são utilizados para importantes investimentos”. A equipe econômica estima uma economia de R$ 327 bilhões em cinco anos com as medidas, enviadas ao Congresso Nacional. Além do PL aprovado nesta terça, o Congresso vai analisar um outro projeto de lei e uma PEC. No PL, estão previstas mudanças no Benefício de Prestação Continuada (BPC), Proagro, além de limite de crescimento para o salário-mínimo e correção pela inflação para o Fundo Constitucional do Distrito Federal (FCDF). Há também medidas consideradas como “pente-fino”, como obrigatoriedade de biometria por quem recebe benefícios sociais. Já a PEC prevê a redução a quem tem direito a abono salarial para até 1,5 salário-mínimo, a prorrogação da Desvinculação das Receitas da União (DRU) até 2032, além de permitir que até 20% dos gastos do governo federal com o Fundeb sejam direcionados para o ensino integral, e o fim da imposição de execução de programações orçamentárias.

O Estado de São Paulo

Dólar fecha em leve alta e marca novo recorde

O dólar à vista fechou perto da estabilidade na terça-feira, mas renovando a maior cotação da história, em sessão de enorme volatilidade, apesar de dois leilões do Banco Central, e devolvendo ganhos após notícias sobre a tramitação do pacote fiscal do governo

O dólar à vista encerrou o dia em alta de 0,10%, cotado a 6,0982 reais — maior valor nominal de fechamento da história. Na B3, às 17h26, o contrato de dólar futuro de primeiro vencimento caía 0,89%, a 6,103 reais na venda. O cenário fiscal continuou sendo o foco central dos investidores nesta sessão, em meio a temores de que o governo não consiga a aprovação de suas medidas de contenção de gastos no Congresso até sexta-feira, antes de os parlamentares entrarem em recesso. “É preciso o ajuste fiscal, que, no momento, é insuficiente e medíocre. O governo é resistente a novas medidas e tem dificuldades para provar o pouco que foi apresentado”, disse Matheus Spiess, analista da Empiricus Research. O dólar subiu durante a maior parte da sessão, aliviando as altas apenas por alguns instantes após a realização de dois leilões à vista pelo Banco Central, que vendeu mais de 3,2 bilhões de dólares sem compromisso de recompra nas duas operações. A autarquia vendeu 1,272 bilhão de dólares à vista em leilão realizado na primeira hora de negociação, e depois vendeu mais 2,015 bilhões de dólares à vista em um novo leilão realizado no início da tarde, no quarto pregão consecutivo com intervenção no mercado de câmbio.

Reuters

Ibovespa fecha em alta com chance de votação de medidas fiscais

O Ibovespa fechou em alta nesta sessão, após tocar na véspera mínimas desde meados do ano, com a possibilidade de a Câmara dos Deputados votar medidas fiscais na terça-feira servindo como argumento para uma trégua após três pregões seguidos de queda

Investidores continuam preocupados com a sustentabilidade da estrutura fiscal do país e a trajetória da dívida, enquanto o Banco Central reforçou que a política fiscal está reduzindo o efeito da política monetária no controle da inflação. Índice de referência do mercado acionário brasileiro, o Ibovespa avançou 1,08%, a 124.896,38 pontos, de acordo com dados preliminares, após acumular uma queda de 4,66% nos três pregões anteriores. Na máxima do dia, chegou a 125.301,37 pontos. Na mínima, a 123.560,06 pontos. O volume financeiro no pregão desta terça-feira, véspera de vencimento de opções sobre o Ibovespa e contrato futuro do índice, somava 27,4 bilhões de reais antes dos ajustes finais.

Reuters

Saldo comercial do Brasil crescerá 23,7% em 2025 com exportação do agro e indústria, diz AEB

O saldo comercial brasileiro deverá crescer 23,7% em 2025 em relação a 2024, para cerca de 93 bilhões de dólares, com impulso das exportações da agropecuária e da indústria de transformação, enquanto as importações ficarão praticamente estáveis, de acordo com previsões da Associação de Comércio Exterior do Brasil (AEB) divulgadas na terça-feira

As exportações da indústria de transformação deverão aumentar 7,8%, para 195,3 bilhões de dólares, enquanto a receita com as exportações da agropecuária fora vista em 81,1 bilhões de dólares, crescimento de quase 10%. Considerando a indústria extrativa, que deverá apresentar recuo de 2,5%, para 80,7 bilhões de dólares, segundo a AEB, o total exportado pelo Brasil deverá avançar 5,7%, para 358,8 bilhões de dólares. Já a importação brasileira foi projetada em 265,8 bilhões de dólares. Para o presidente da AEB, José Augusto de Castro, “não obstante as quedas de preços e/ou de volumes observadas nos dois últimos anos, por razões diversas, as exportações de commodities permanecem como motor de sustentação das exportações brasileiras”. A soja deverá voltar a ocupar a liderança na receita exportadora do Brasil, após perdê-la para o petróleo em 2024, com 49,5 bilhões de dólares, o que significaria aumento de quase 15% na comparação anual diante de uma esperada recuperação da safra do país, o maior produtor e exportador global da oleaginosa. Já o petróleo deverá ter receita de 44,1 bilhões de dólares em 2025, baixa de 0,6% em relação a 2024. Os embarques minério de ferro deverão render 28,56 bilhões de dólares, queda de 4,4% na mesma comparação. A AEB projeta novo forte crescimento nas exportações de café, para 13,6 bilhões de dólares, com avanço de 17,5% ante os recordes de 2024. A exportação de açúcar, por sua vez, deverá recuar 5,3%, para 17,8 bilhões de dólares, enquanto a de óleos combustíveis de petróleo cairá 6,2%, para 11,2 bilhões de dólares. As carnes bovinas e de aves deverão apresentar novos fortes crescimentos, rendendo juntas quase 25 bilhões de dólares.

Reuters

PIB deve crescer 2,4% em 2025, projeta CNI

CNI revisou de 3,4% para 3,5% a expectativa de alta da economia em 2024. Indústria deve crescer 3,3% este ano e 2,1% no ano que vem

O Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil deve crescer 2,4% no ano que vem, projeta o relatório Economia Brasileira 2024-2025, da Confederação Nacional da Indústria (CNI), divulgado nesta terça-feira (17). Para 2024, a CNI subiu para 3,5% a expectativa de alta do PIB, mais do que o dobro em relação à estimativa anunciada no fim do ano passado. Segundo a CNI, os fatores que impulsionaram o crescimento da economia em 2024 também vão influenciar o ritmo da atividade no ano que vem, embora com menos intensidade. O consumo, por exemplo, deve crescer 2,4% em 2025, quase metade do previsto para este ano. Os investimentos, por sua vez, tendem a subir 2,6%, ante os 7,3% em 2024. A retomada do ciclo de alta da taxa Selic pelo Banco Central é um dos principais fatores para a desaceleração do crescimento, apesar de não ser o único. “A alta dos juros deve conter o consumo e os investimentos, devido à menor concessão de crédito; mas há outros fatores, como a evolução mais lenta do mercado de trabalho, depois de três anos bastante positivos; e a redução do impulso fiscal, ou seja, as compras dos governos federal, estaduais e municipais”, afirma o presidente da CNI, Ricardo Alban. A CNI acredita que o Banco Central vai manter o ciclo de aperto monetário pelo menos até a metade do ano que vem, com redução a partir do segundo semestre. Projeta-se que a taxa Selic vai fechar 2025 em 12,75%, meio ponto percentual acima do patamar ao fim de 2024. Nesse cenário, as concessões de crédito devem crescer 7,1%, menos do que em 2023. Devido à redução do crescimento da demanda interna, o documento mostra que a indústria deve crescer 2,1% no ano que vem. A indústria de transformação tende a subir 2%. Se a expectativa se confirmar, serão dois anos consecutivos de alta do setor, o que não ocorre desde o biênio 2017-2018. Já os serviços devem aumentar 1,9%, enquanto a agropecuária deve se recuperar da queda prevista para 2024, crescendo 4,2% no ano que vem. No que diz respeito ao setor externo, as importações devem seguir em alta em 2025, mas em ritmo bem mais lento ao de 2024, prevê a CNI, sobretudo pela desvalorização do real e crescimento menor do PIB. As exportações devem melhorar, entre outras coisas, por causa da recuperação da agropecuária. Consumo e investimentos explicam bom resultado do PIB de 2024. Para 2024, a CNI revisou de 3,4% para 3,5% a expectativa de crescimento do PIB. No Economia Brasileira 2023-2024, previa-se alta de 1,7% da atividade econômica. Entre os indicadores que contribuíram para o resultado surpreendente estão o desempenho positivo do mercado de trabalho, que deve superar 1,5 milhão de novas vagas formais; a expansão fiscal; e o aumento significativo das concessões de crédito, que tende a ser 10% maior do que em 2023. Esses fatores impulsionaram o consumo, cuja alta prevista para 2024 é de 4,6%; e os investimentos, que devem subir 7,3%, com destaque para a compra de máquinas e equipamentos. Caso as projeções da CNI se concretizem, a taxa de investimentos vai passar de 16,4% para 17,3%.

CNI

GOVERNO

Exportações do agronegócio ultrapassam US$ 153 bilhões no acumulado de 2024

Em novembro as exportações totalizaram US$ 12,6 bilhões

De janeiro a novembro de 2024, as exportações do agronegócio brasileiro totalizaram US$ 152,63 bilhões, representando 48,9% do total das exportações brasileiras no período. Este foi o segundo melhor desempenho já registrado na série histórica. A redução de 5,2% no índice de preços internacionais foi parcialmente compensada pelo aumento de 5,2% no volume exportado. Os principais setores responsáveis por esse desempenho foram o complexo soja (US$ 52,19 bilhões), carnes (US$ 23,93 bilhões) e o complexo sucroalcooleiro (US$ 18,27 bilhões), que juntos responderam por mais de 60% do total exportado. Apesar de uma redução de 18,7%, o complexo soja manteve sua posição de destaque, enquanto carnes e açúcar registraram crescimentos significativos, impulsionados por recordes de embarques e diversificação de mercados. Dentre os produtos exportados, o café solúvel merece destaque, com um acumulado de US$ 792 milhões no período. Outro produto que chamou a atenção foi o óleo essencial de laranja, com mais de US$ 365 milhões em exportações até novembro de 2024. Esses resultados mostram como o agronegócio brasileiro vem ampliando horizontes, levando ao mundo uma variedade de produtos de alto valor agregado e reafirmando sua força em mercados cada vez mais diversificados. Em novembro de 2024, as exportações do agronegócio somaram US$ 12,66 bilhões, o que equivale a 45,2% do total exportado pelo Brasil no mês. Apesar de uma retração de 5,8% em relação a novembro de 2023, setores como carnes, café e produtos florestais tiveram resultados significativos, compensando parcialmente a queda nas vendas de grãos. O setor de carnes foi o principal destaque do mês, com um recorde histórico de exportações para novembro, atingindo US$ 2,45 bilhões (+30,2%). A carne bovina foi o principal produto, com US$ 1,23 bilhão (+29,9%), seguida pela carne de frango (US$ 876,92 milhões, +31,8%) e pela carne suína (US$ 289,40 milhões, +30,8%). Esse crescimento foi impulsionado por maiores volumes exportados e preços médios mais altos. As exportações de café também alcançaram um recorde histórico para novembro, com US$ 1,47 bilhão (+84,4%), impulsionadas por um aumento de 21,8% no volume exportado e de 51,4% nos preços internacionais. A União Europeia, Estados Unidos e México foram os principais destinos do café verde brasileiro. Já os produtos florestais cresceram 29,1%, totalizando US$ 1,51 bilhão, liderados pela celulose, com US$ 877,34 milhões em receitas. Por outro lado, o complexo soja sofreu uma retração de 50,3%, com exportações de US$ 1,86 bilhão, devido à quebra de safra e redução nos estoques. O milho também apresentou queda, totalizando US$ 967,89 milhões (-41,7%) devido à redução de 36,2% na quantidade embarcada. As importações de produtos agropecuários totalizaram US$ 1,54 bilhão em novembro de 2024, um aumento de 14,4% em relação ao mesmo período do ano anterior. Entre os principais itens importados estão trigo (US$ 102,16 milhões; +21,2%) e salmões (US$ 76,05 milhões; +14,1%). De acordo com o secretário de Comércio e Relações Internacionais, Luís Rua, os resultados da diversificação de mercados e produtos começam a aparecer de forma concreta na balança comercial. “Os produtos menos tradicionais da pauta exportadora incrementaram 7,2% em relação ao mesmo período do ano anterior. Com as boas perspectivas de safra para 2025, a continuidade das aberturas de novos mercados, a maturação comercial das aberturas já realizadas e a intensificação das ações de promoção comercial com uma série de novos instrumentos, esperamos ainda mais avanços qualitativos e quantitativos nas exportações do agronegócio brasileiro”, destacou.

MAPA

Abertura de mercado agropecuário para o Brasil no Egito

Com este anúncio, o agronegócio brasileiro alcança 286 aberturas de mercado em 62 destinos desde o início de 2023

O governo brasileiro recebeu com satisfação o anúncio, pelo governo egípcio, da aceitação do novo modelo de certificado sanitário para carne bovina, incluindo autorização para que o Brasil exporte também carnes e miúdos de búfalo. A abertura fortalece a relação comercial com o Egito, nono principal destino das exportações agrícolas do Brasil em 2024. Nos primeiros dez meses deste ano, aquele país importou mais de US$ 2,59 bilhões em produtos agropecuários do Brasil. Com o anúncio, o agronegócio brasileiro alcança 208 aberturas de mercado em 2024, totalizando 286 novas oportunidades de negócio em 62 destinos desde o início de 2023. Tais resultados são fruto do trabalho conjunto do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) e do Ministério das Relações Exteriores (MRE).

MAPA

EMPRESAS

BRF anuncia aquisição de 50% da Gelprime e entra no setor de gelatina e colágeno

Segundo a companhia, investimento em negociação é de R$ 312,5 milhões. BRF já atua como fornecedora de matéria-prima para outras indústrias de colágeno

Em mais um passo na estratégia de retomada de investimentos e agregação de valor, a BRF firmou ontem um acordo para a aquisição de 50% do capital social da Gelprime, empresa especializada na produção, comercialização e distribuição de gelatina e colágeno. A companhia investiu R$ 312,5 milhões no negócio. A expectativa é que, com a consolidação da operação após a aprovação de autoridades regulatórias, a Gelprime passe a deter 5% de participação da produção global de gelatina e colágeno, por meio do suporte internacional da BRF. Hoje, o grupo tem pouco menos de 2% do market share do setor no mundo. “Essa aquisição tem um racional que faz todo o sentido na busca de agregar valor e crescer em que estamos”, disse Miguel Gularte, CEO da BRF. À reportagem, o executivo afirmou que a empresa de alimentos já atua como fornecedora de matéria-prima para a indústria de colágeno, em geral, por meio da BRF Ingredients. Agora, além de entrar como acionista de uma companhia do setor, também será fornecedora de insumos para a Gelprime. Na outra ponta, a Gelprime já era um nome conhecido para as empresas de Marcos Molina, pois a Marfrig, controladora da BRF, também é fornecedora de matéria-prima bovina para a Gelprime. O setor atraiu o interesse da BRF porque apresenta margens sólidas, com avanço em torno de 7% ao ano desde 2018, e é considerado altamente rentável devido às aplicações e novos usos de produtos com colágeno e gelatina. “Estamos investindo em um segmento com margens superiores (aos de aves e suínos), em um mercado que cresce de forma consistente”, acrescentou Gularte. Para ele, a verticalização no fornecimento de parte da matéria-prima de origem animal é um diferencial importante. Fabio Mariano, vice-presidente Financeiro e de Relações com Investidores da BRF, acredita que a transação é assertiva para a estratégia da companhia, possibilitando expansão de rentabilidade e diversificação de negócios. “A gente entra em um capítulo de expansão de negócios. Desta vez, esse crescimento tem por trás bastante disciplina financeira”, ressaltou Mariano, lembrando que, recentemente, também houve a aquisição de um ativo na China, que marca o início do processamento de carnes do grupo no país asiático. “A sinergia entre a Gelprime e a BRF Ingredients irá acelerar o crescimento e fortalecerá a nossa presença global, além de proporcionar mais agilidade na identificação de oportunidades do mercado”, afirmou Vinícius Vanzella de Souza, CEO da Gelprime. A Gelprime tem uma unidade produtiva localizada em Londrina (PR), com alta tecnologia, seguindo padrões de qualidade nacionais e internacionais para o fornecimento de produtos para as cadeias de alimentos, bebidas e fármacos no mundo todo. O projeto da Gelprime inclui um plano de expansão da planta que pode aumentar a capacidade de produção com o objetivo de atender uma demanda crescente. A companhia não detalhou a capacidade atual de produção. Segundo Souza, ter uma única unidade foi decisão estratégica da empresa. Não há perspectiva de que outras unidades sejam compradas ou construídas, a ideia é que a planta atual cresça. “O plano de negócios é concentrar o máximo de produção em um local só. Entendemos o poder de escalabilidade”, disse o empresário ao Valor. Localizada em uma área de 475 mil metros quadrados, a fábrica da Gelprime é considerada uma das mais modernas do mundo, segundo a BRF. A unidade é 100% automatizada e adota indicadores de sustentabilidade em todo o processo, além de promover reúso de água e a circularidade dos resíduos para geração e redução de consumo energético.

Globo Rural

FRANGOS & SUÍNOS

Cotações de suínos vivos cederam forte em SP, preço caiu 4,20%

Na terça-feira (17) as cotações no mercado de suínos, especialmente para o animal vivo, cederam com mais força

Conforme a Scot Consultoria, o valor da arroba do suíno CIF em São Paulo teve queda de 0,61%, com preço médio de R$ 164,00, enquanto a carcaça especial cedeu 0,75%, fechando em R$ 13,30/kg, em média. Conforme informações do Cepea/Esalq sobre o Indicador do Suíno Vivo, referentes à segunda-feira (16), houve queda de 2,72% em Minas Gerais, chegando a R$ 8,23/kg, baixa de 0,69% no Paraná, com preço de R$ 8,59/kg, desvalorização de 2,41% no Rio Grande do Sul, alcançando R$ 8,52/kg, retração de 2,96% em Santa Catarina, atingindo R$ 8,52/kg, e de 4,20% em São Paulo, fechando em R$ 8,90/kg.

Cepea/Esalq

Mercado do frango estável na terça feira

O mercado do frango terminou a terça-feira (17) com cotações no campo da estabilidade. De acordo com análise do Cepea, a carne de frango vem perdendo competitividade frente à suína, mas ganhando em relação à bovina.

Segundo o órgão, as cotações da proteína avícola estão em alta desde julho, impulsionada pela demanda doméstica aquecida e pelo bom desempenho das exportações. De acordo com a Scot Consultoria, o valor do frango na granja em São Paulo ficou estável, custando, em média, R$ 5,60/kg, da mesma forma que o frango no atacado, custando, em média, R$ 7,60/kg. Na cotação do animal vivo, o preço não mudou no Paraná, cotado a R$ 4,60/kg, assim como em Santa Catarina, com valor de R$ 4,54/kg. Conforme informações do Cepea/Esalq, Vivo, referentes à segunda-feira (16), tanto a ave congelada quanto o frango resfriado ficaram estáveis, custando, respectivamente, R$ 8,34/kg e R$ 8,30/kg.

Cepea/Esalq

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