CLIPPING DA ABRAFRIGO Nº 2272 DE 24 DE JULHO DE 2024

clipping

Ano 10 | nº 2272 | 24 de julho de 2024

 

NOTÍCIAS

Estabilidade nos preços do boi gordo nas praças paulistas

Com a lentidão no mercado de carne, o cenário permaneceu com os preços estáveis

A cotação do boi gordo está em R$227,00/@, a da vaca em R$202,00/@ e a da novilha em R$215,00/@. O “boi China” está sendo negociado em R$230,00/@, ágio de R$3,00/@. Todos os preços brutos e com prazo. No Tocantins, a cotação do boi gordo e do “boi China” subiu na região Sul. Os preços das demais categorias ficaram estáveis. Na Bahia, com escalas confortáveis, para 11-15 dias, os preços não mudaram. No Espírito Santo os preços permaneceram estáveis. Na exportação de carne bovina in natura, o volume exportado até a terceira semana de julho foi de 162,5 mil toneladas – média diária de 10,8 mil toneladas – superando o desempenho médio diário do mesmo período de 2023 em 41,5%. O preço médio da tonelada está em US$4,4 mil/t, queda de 6,9% na comparação com julho de 2023.

Scot Consultoria

Mercado físico do boi gordo com preços acomodados

Com fluxo de negócios mais travado em comparação à última semana, os frigoríficos começam a conter os preços, evitando altas mais contundentes da arroba do boi gordo, aguardando a chegada de animais confinados ao mercado

“Considerando a grande incidência de contratos a termo nesta temporada, os temores em relação ao caso de Doença de Newcastle no mercado da carne de frango e potenciais consequências na formação de preço das proteínas concorrentes também são levados em conta”, disse o analista da Consultoria Safras & Mercado, Fernando Henrique Iglesias. Em São Paulo, a referência média para a arroba do boi ficou em R$ 229,63, na modalidade a prazo. Já em Goiás, a indicação média foi de R$ 221,18 para a arroba do boi gordo. Em Minas Gerais, a arroba teve preço médio de R$ 219,41. No Mato Grosso do Sul, a arroba teve preço médio de R$ 219,66. No Mato Grosso, a arroba ficou indicada em R$ 209,09. O mercado atacadista apresenta queda em seus preços. Este movimento está alinhado à sazonalidade do mercado, em uma segunda quinzena pautada por menor apelo ao consumo de carne bovina, com uma reposição mais lenta entre atacado e varejo. A primeira quinzena de agosto ainda conta com uma demanda promissora, considerando que, além da entrada dos salários na economia, há o adicional de consumo relacionado ao Dia dos Pais, apontou Iglesias. O quarto traseiro foi precificado a R$ 17,25 por quilo, com uma queda de R$ 0,25. O quarto dianteiro foi cotado a R$ 13,50 por quilo, apresentando uma queda de R$ 0,50. A ponta de agulha foi precificada a R$ 12,85 por quilo, registrando uma queda de R$ 0,15.

Agência Safras

Carne bovina: margens de vendas para China recuam, enquanto ganhos são mais altos em outros países compradores

Frigoríficos brasileiros sofrem com as negociações com a China, mas brilham no mercado do Emirados Árabes Unidos, apontam os analistas do setor pecuário

Em 2022, com uma tonelada de carne bovina exportada pelos frigoríficos do Mato Grosso ao mercado da China, era possível comprar 91,68 arrobas de boi gordo. Na parcial de 2024 (1º semestre), essa relação de troca recuou drasticamente, atingindo 80,42 @/tonelada, de acordo com levantamento do Instituto Mato-Grossense de Economia Agropecuária (Imea). Tal relação é batizada pelos analistas do Imea de “Índice de Atratividade das Exportações”, indicador que mensura quantas arrobas de boi gordo seriam compradas com a exportação de 1 tonelada de carne bovina. Em outras palavras: trata-se da comparação entre preço de venda (da carne bovina) em relação ao custo de compra da matéria-prima (boiada gorda). “Tal indicador dá uma ideia de margem da indústria, pois quanto mais arrobas uma tonelada paga, melhor a conta do exportador”, esclarece o analista Hyberville Neto, diretor da HN Agro e colunista do Portal DBO. Ou seja, o preço pago pelos importadores da China pela carne brasileira tem recuado fortemente nos últimos tempos. Segundo dados levantados pelo economista Yago Travagini e demais da equipe da Agrifatto, em maio/24, a proteína nacional exportada para o mercado chinês atingiu o menor valor desde fevereiro/24, ficando cotada a US$ 4.754/tonelada, uma queda de 2,54% sobre o valor médio de abril/24. Por sua vez, em junho/24, o valor da carne brasileira atingiu o menor patamar desde setembro/20, chegando a US$ 4.399/tonelada. “Como essa proteína ainda chegará na China nos próximos meses, deveremos ver ainda o preço médio pago pelos chineses ainda recuando”, prevê Travagini. Seguindo trajetória inversa ao movimento observado na China, o Índice de Atratividade das Exportações para os Emirados Árabes Unidos vem crescendo nos últimos anos. Segundo os dados do Imea, a relação de troca do país saiu de 65,25 arrobas por tonelada em 2022 para 88,38 @/tonelada no primeiro semestre de 2024 – um aumento de 35,45% (dados referentes ao produto produzido no Mato Grosso). Números gerais colhidos pela Agrifatto mostram que, no primeiro semestre de 2024, os Emirados Árabes Unidos foram o que mais aumentaram em volume as compras de carne bovina brasileira, “adquirindo 243% (66 mil toneladas) a mais que em igual período de 2023, chegando a 93,12 mil toneladas. Pelos dados do Imea, a participação dos Emirados Árabes Unidos nos embarques totais de carne bovina do Mato Grosso no primeiro semestre de 2024 ficou em 14,36%, ante fatia de apenas 3,85% computada no primeiro semestre de 2023. Em contrapartida, compara o Imea, a participação da China caiu de 53,70% no primeiro semestre do ano passado para 41,82% nos primeiros seis meses deste ano. No entendimento do economista Yago Travagini, as expansões da carne bovina brasileira nos Emirados Árabes (e em outros importantes países importadores) só foram possíveis por conta da forte redução de preço e pela qualidade que o produto nacional detém no exterior. “Com a carne mais barata, países que antes (durante os anos de 2020 a 2022) não adquiriam a nossa proteína em grandes volumes vieram com força”, reforça Travagini, que acrescenta: “Não à toa a nossa dependência dos chineses reduziu em 8,57 pontos percentuais este ano, com eles atingindo um nível de participação de 49,48%, o menor desde 2020”.

Portal DBO

Produção brasileira de carne bovina deve crescer 6,7% em 2024

Segundo relatório da S&P Global Commodity Insights, a exportação deve ter alta de 12,7%

A produção de carne bovina no Brasil deve crescer 6,71% em 2024, de acordo com relatório da S&P Global Commodity Insights , enquanto a previsão de alta da exportação é de 12,7%. No primeiro semestre de 2024, as exportações da proteína refrigerada e congelada alcançaram um nível histórico, totalizando 1,13 milhão de toneladas, um aumento de 29% em comparação ao igual período do ano passado. As exportações para a China representam cerca de 44% do total dos embarques brasileiros de carne bovina e cresceram 10% no período. Já as exportações para os Estados Unidos aumentaram 26%. Os preços da carne no Brasil registraram aumento de 5% em julho, com a avaliação de preço do Platts Brazil Beef Marker em US$ 4.275 por tonelada no dia 19 de julho. Este aumento é sustentado pela crescente demanda externa, especialmente da China e dos Estados Unidos, segundo o relatório. No entanto, os analistas da S&P Global Commodity Insights consideram que a firmeza dos preços observada em julho não deve se manter no segundo semestre. A expectativa é de que a demanda chinesa diminua nos próximos meses em virtude do aumento dos estoques de carne bovina e da recuperação total da produção de carne suína na China, o que está levando os consumidores a optarem por proteínas mais acessíveis. Em 2024, a produção mundial de carne bovina deverá atingir 77,2 milhões de toneladas, um ligeiro aumento de 0,7% em relação ao volume alcançado em 2023 (76,7 milhões de toneladas), segundo novo relatório estimativo da Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO).

Estadão Conteúdo

Mato Grosso tem alta de 25,86% no abate de bovinos no 1º semestre

Resultado coloca o MT na liderança da produção de bovinos do País, com participação de 14%

O abate de bovinos no Estado de Mato Grosso, no primeiro semestre de 2024, cresceu 25,86% na comparação com igual período de 2023, de acordo com relatório do Instituto de Defesa Agropecuária de Mato Grosso (Indea-MT). Isso coloca o Estado na liderança da produção de bovinos do país, com participação de 14%. De acordo com o analista técnico do Instituto Mato-Grossense da Carne (Imac), Valdecir Francisco Pinto Junior, o resultado se dá pelo aumento do abate das fêmeas. Isso pressiona os preços no mercado físico, o que tem o incremento da exportação como contraponto. “Esse aumento na oferta de gado nas indústrias impacta em valores, levando até a desvalorização da arroba do boi gordo, mas a demanda externa forte ajudou a equilibrar os preços”, disse, em nota. Pela primeira vez em 2024, a participação de fêmeas no abate total de Mato Grosso ficou abaixo dos 50%, informa o Instituto Mato-Grossense de Economia Agropecuária (Imea), referindo-se aos dados do mês passado computados pelo Instituto de Defesa Agropecuária (Indea-MT). Em números precisos, a participação de fêmeas sobre o abate total de bovinos no MT foi de 49,72% em junho/24, menor patamar dos últimos seis meses, e 1,78 ponto percentual abaixo do registrado em junho de 2023.

Estadão Conteúdo

Bovinos: custos de produção praticamente estáveis no Mato Grosso

Imea divulga relatório de custos de produção agropecuária em Mato Grosso

Segundo a análise semanal do Instituto Mato-Grossense de Economia Agropecuária (Imea), o projeto ACAPA-MT divulgou o relatório dos custos de produção agropecuária em Mato Grosso referente ao segundo trimestre de 2024. Os custos de produção para os três sistemas (cria, recria/engorda e ciclo completo) mantiveram-se praticamente estáveis em relação ao trimestre anterior. No sistema de cria, o preço médio foi de R$ 105,16 por arroba vendida, uma redução de R$ 0,59 por arroba em comparação com o primeiro trimestre de 2024. Já os custos de recria/engorda e ciclo completo apresentaram aumentos de R$ 1,92 por arroba e R$ 0,28 por arroba, respectivamente, totalizando R$ 161,15 por arroba e R$ 116,78 por arroba. Essa estabilidade nos custos é atribuída à manutenção dos preços dos componentes do custeio, que praticamente não sofreram alterações no segundo trimestre de 2024. Com a chegada do período de seca no estado, os custos com núcleo e insumos para pastagens podem aumentar no próximo trimestre. A tendência de alta nos preços do diesel e da gasolina é um dos fatores que pode contribuir para esse incremento. O relatório do Imea destaca a necessidade de monitoramento contínuo dos custos de produção, especialmente em função das condições climáticas e flutuações nos preços dos combustíveis, que podem impactar os custos operacionais no próximo trimestre.

Agrolink

ECONOMIA

Dólar acompanha exterior e volta a subir ante real

Após o recuo da véspera, o dólar voltou a subir ante o real na terça-feira, se aproximando novamente nos 5,60 reais, com a moeda brasileira sendo penalizada pela fuga global de ativos de emergentes

O dólar à vista encerrou o dia cotado a 5,5875 reais na venda, em alta de 0,34%. Em julho, a divisa norte-americana acumula leve baixa de 0,06%. Às 17h09, o dólar à vista subia 0,31%, a 5,5935 reais na venda. Na véspera o dólar havia cedido ante o real, para abaixo dos 5,60 reais, em uma sessão favorável para as moedas de países emergentes como o Brasil. Nesta terça-feira o cenário foi inverso, com moedas pares do real, como o peso mexicano, o rand sul-africano e o peso chileno, entre as maiores perdas globais. Por trás do movimento estavam preocupações em torno da economia da China, um dos maiores compradores globais de matérias-primas. O minério de ferro — produto importante da pauta exportadora brasileira — atingiu o menor valor em três meses. “O dólar abriu para cima, seguindo o exterior, mas passou por um ajuste técnico depois, com exportadores aproveitando para vender moeda. Além disso, o investidor fica um pouco inibido quando a cotação bate nos 5,60 reais e não monta tanto posição comprada (no sentido de alta da moeda)”, avaliou o diretor da assessoria de câmbio FB Capital, Fernando Bergallo. Internamente, sem que houvesse novidades vindas de Brasília, o mercado demonstrava cautela. Com o documento o governo confirmou a necessidade de congelar 15 bilhões de reais em verbas de ministérios para levar a projeção de déficit primário do governo central em 2024 a 28,8 bilhões de reais, exatamente o limite inferior da margem de tolerância da meta de déficit zero. “Agora, ou as economias provenientes da revisão dos benefícios fiscais se mostram tão significativas quanto o governo prevê, ou a situação pode se tornar crítica”, disse André Galhardo, consultor econômico da Remessa Online, em comentário enviado a clientes. “Um déficit primário acima de 28,8 bilhões de reais, que é o limite do novo arcabouço fiscal, poderia minar a confiança no governo e causar um novo ‘overshooting’ cambial, semelhante ao ocorrido no segundo trimestre do ano”, acrescentou. Sensível à questão fiscal e ao exterior, as taxas dos DIs (Depósitos Interfinanceiros) tiveram ganhos firmes na terça-feira.

Reuters

Ibovespa recua e fecha na mínima em duas semanas, abaixo de 127 mil pontos

O Ibovespa fechou em queda na terça-feira, marcando uma mínima em duas semanas abaixo dos 127 mil pontos, com ações do setor de mineração e siderurgia entre as maiores pressões de baixa, enquanto Embraer disparou com notícias e expectativas sobre pedidos

Índice de referência do mercado acionário brasileiro, o Ibovespa cedeu 0,99%, a 126.589,84 pontos, mínima de fechamento desde 8 de julho. O volume financeiro no pregão somou 19,1 bilhões de reais. De acordo com Gabriel Mollo, analista de investimentos do Banco Daycoval, o Ibovespa sofre dado o peso relevante de ações sensíveis a commodities em sua composição, que são penalizadas pela visão de que foi “tímido” o corte de juros na China, onde a economia não tem conseguido engatar um crescimento sólido. “O mercado esperava cortes mais agressivos”, acrescentou, acrescentando que tal “decepção” pressionava negativamente os preços de matérias-primas como o minério de ferro e o petróleo. As ações da Vale e da Petrobras combinadas respondem por cerca de 25% do Ibovespa. Investidores também estão atentos à temporada de balanços no Brasil, com Carrefour Brasil abrindo o calendário do Ibovespa na noite da véspera, enquanto a agenda da semana reserva os resultados de Santander Brasil, Multiplan e Vale, Usiminas entre outros. A safra de resultados nos Estados Unidos também é monitorada, principalmente no setor de tecnologia, dado o efeito rebote na bolsa brasileira a movimentos nos pregões em Nova York, onde os desdobramentos mais recentes da cena política norte-americana também estão sendo acompanhados. Na visão de Mollo, esses fatores tendem a adicionar volatilidade nos próximos dias, que ainda reservam divulgações relevantes, como o índice de preços de gastos com consumo (PCE, na sigla em inglês) na sexta-feira, um dos preferidos do Federal Reserve para a definição dos juros nos EUA. Ele não descarta o Ibovespa voltar ao patamar dos 125 mil pontos, mas classifica esse movimento como uma realização de lucro da onda mais positiva desde meados do mês passado, não uma reversão da tendência do curto prazo. No acumulado do mês, o Ibovespa ainda sobe mais de 2%.

Reuters

Comércio exterior brasileiro tem superávit de US$ 1,5 bi na 3ª semana de julho

Na segunda-feira (22/07), a Secretaria de Comércio Exterior do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (Secex/MDIC), publicou os resultados da balança comercial da 3ª semana de julho de 2024, que registrou superávit de US$ 1,5 bilhão e corrente de comércio de US$ 12 bilhões, resultado de exportações no valor de US$ 7 bilhões e importações de US$ 5,3 bilhões

No mês, as exportações somam US$ 20,6 bilhões e as importações, US$ 15,3 bilhões, com saldo positivo de US$ 5,3 bilhões e corrente de comércio de US$ 35,9 bilhões. No ano, as exportações totalizam US$ 188,2 bilhões e as importações, US$ 140,6 bilhões, com saldo positivo de US$ 47,6 bilhões e corrente de comércio de US$ 328,8 bilhões. Nas exportações, comparadas as médias até a 3ª semana de julho/2024 (US$ 1,374 bi) com a de julho/2023 (US$ 1,348 bi), houve crescimento de 2%. Em relação às importações, houve crescimento de 6,4% – de US$ 958 milhões para US$ 1,020 bi nas médias diárias. Assim, até a 3ª semana de julho/2024, a média diária da corrente de comércio totalizou US$ 2,4 bilhões e o saldo foi de US$ 355,11 milhões – crescimento de 3,8%. No acumulado até a 3ª semana do mês de julho/2024, comparando com igual período do ano anterior, o desempenho dos setores pela média diária foi o seguinte: crescimento de US$ 2,24 milhões (0,7%) em Agropecuária; crescimento de US$ 18,75 milhões (6,2%) em Indústria Extrativa; e crescimento de US$ 6,07 milhões (0,8%) em produtos da Indústria de Transformação. Em relação às importações, no acumulado até a 3ª semana de julho/2024, comparando a igual mês do ano anterior, o desempenho dos setores pela média diária foi: crescimento de US$ 3,06 milhões (18%) em Agropecuária; crescimento de US$ 0,57 milhões (0,8%) em Indústria Extrativa; e crescimento de US$ 58,08 milhões (6,7%) em produtos da Indústria de Transformação.

Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços

GOVERNO

Internalizar recursos é entrave em programa de conversão de pastos

Ministério da Agricultura já tem parte dos recursos internacionais para iniciar programa, mas busca opções para converter os valores em moeda nacional. Governo continua negociando a atração de mais recursos estrangeiros com baixo custo para viabilizar programa de conversão de pastagens degradadas

O Ministério da Agricultura já tem parte dos recursos internacionais para iniciar o fomento ao programa de conversão de pastagens degradadas, mas precisa encontrar opções para converter os valores em moeda nacional sem aumentar o custo aos produtores. A Agência de Cooperação Internacional do Japão (Jica, na sigla em inglês) já se comprometeu a aportar, em ienes, o equivalente a cerca de US$ 500 milhões no programa, a uma taxa de 2% ao ano. Porém, os recursos ainda não foram convertidos ao real porque há um gasto envolvido na operação que acaba encarecendo o custo final, diz Carlos Augutín, assessor especial do ministério e coordenador-geral do comitê que cuida do programa. “Ainda tem a taxa do BNDES e do banco, que quer ganhar um spread. Isso dá uma taxa em dólar + 9% ao ano, é proibitivo.” O ministério levou essa preocupação ao Tesouro Nacional na última quarta-feira (17/7). Uma das alternativas à mão, afirma o secretário, pode ser usar a estrutura do Fundo Clima, gerido pelo Ministério de Meio Ambiente (MMA), que já recebe recursos internacionais e os internaliza a custos baixos. A proposta será debatida entre as duas Pastas nesta semana. Segundo Augustin, estruturar uma solução para colocar os recursos dentro do país é o que falta para que o programa dê os primeiros passos. O governo continua negociando a atração de mais recursos estrangeiros com baixo custo. O Brasil está negociando com a China um montante de US$ 1 bilhão. O recurso pode vir por meio dos “Panda bonds”, títulos de dívida que a China oferece para emissores não chineses como parte da estratégia de internacionalizar o yuan. A expectativa é que um acordo seja assinado na visita do presidente chinês, Xi Jinping, ao Brasil em novembro. Também há indicações “positivas” de atração de recursos árabes, segundo o secretário. Outro objetivo é negociar com instituições europeias na próxima viagem da equipe da Pasta ao continente. O plano é captar recursos com custos abaixo das linhas comerciais no continente. O programa precisa levantar US$ 1,5 bilhão ao ano no mercado internacional para garantir que o Brasil amplie sua área de lavouras em 2 milhões de hectares ao ano sobre áreas de pastagens. Atualmente, esse crescimento está em 1 milhão de hectares anualmente. Se o país conseguir cumprir essa meta anual, o objetivo de converter 40 milhões de hectares de pastos degradados será atingido em 20 anos. O valor necessário para o cumprimento dessa meta é estimado com base no custo de conversão de pastagens degradadas tanto para pastos cultivados, como lavouras anuais e lavouras perenes, o que pode variar de US$ 500 a US$ 3 mil o hectare, diz Augustin.

Globo Rural

INTERNACIONAL

EUA aceleram as importações de carne bovina para suprir demanda interna

Em junho/24, só o Brasil, elevou em 315% as suas exportações brasileiras de carne bovina ao mercado norte-americano

Os Estados Unidos, segundo maior comprador mundial de carne bovina, atrás da China, vão importar 1,88 milhão de toneladas da proteína em 2024 – acréscimo de 11,2% sobre o resultado de 2023, de 1,690 milhão de toneladas, e 22% acima do volume de 2022, de 1,538 milhão de toneladas, conforme dados do relatório mais recente do USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos), divulgado em 12 de julho. “Os norte-americanos enfrentam uma forte restrição na oferta interna de carne bovina neste momento”, relatam os analistas da Agrifatto, acrescentando que o volume de bovinos abatidos no país da América do Norte durante os primeiros cinco meses de 2024 caiu 4,87% sobre a quantidade registrada no mesmo período do ano passado. “Foi o menor volume desde 2020”, afirma o economista Yago Travagini, analista da Agrifatto, que completa: “Com isso, os norte-americanos estão acelerando as suas compras de carne bovina de todo o mundo”. Em junho/24, só o Brasil, elevou em 315% as suas exportações de carne bovina ao mercado dos EUA (na comparação com igual mês de 2023), para 17,54 mil toneladas – o terceiro maior montante da história, ficando atrás apenas dos resultados obtidos em dezembro/23 e janeiro/24, de acordo com a Agrifatto. No acumulado de janeiro a maio deste ano, as importações totais de carne bovina dos EUA (incluindo todos os fornecedores mundiais) atingiram o maior volume da história para o período, com compras de 629,17 mil toneladas. “Esse resultado é 19,14% maior que o registrado no mesmo período de 2023, e o Brasil foi responsável por fornecer 15,99% da proteína bovina importada pelos EUA ao longo dos primeiros cinco meses de 2024”, informa a Agrifatto. Além do Brasil, outro país que tem “surfado” na “escassez” (em relação ao consumo interno) de proteína bovina nos EUA é a Austrália. As importações dos EUA de carne bovina australiana cresceram 84% no período de janeiro a maio de 2024, para 123,66 mil toneladas, o maior volume para o período desde 2016, informou a Agrifatto. “A existência da cota de importação sem tarifa (taxa de importação), além do aumento na produção local, é a maior explicação para o avanço da carne australiana nos EUA”, justificam os analistas da consultoria.

Portal DBO

EMPRESAS

JBS fornece banha de porco e sebo bovino para produzir combustível verde no exterior

Companhia diz que já enviou 1,2 milhão de toneladas de resíduos de animais para virarem SAF

A JBS está fornecendo resíduos animais provenientes de suas operações no exterior para a produção de combustíveis renováveis para aviação e estuda iniciativa semelhante no Brasil, por meio da Friboi, disse a companhia na segunda-feira (22). Segundo a JBS, maior processadora de carnes do mundo, 1,2 milhão de toneladas de sebo bovino e banha de porco de suas unidades nos Estados Unidos, Canadá e Austrália já foram direcionadas, em dois anos, para a produção de SAF (combustível sustentável de aviação, na sigla em inglês) e outros combustíveis renováveis. Já no Brasil, a Friboi iniciou estudos para testar a viabilidade de fornecer resíduos animais para a produção de SAF, visto como solução importante para a aviação comercial conseguir reduzir suas emissões de carbono. “Ao reaproveitar resíduos animais, contribuímos para o meio ambiente e ajudamos este setor crítico em seu processo de descarbonização”, disse o diretor global de sustentabilidade da JBS, Jason Weller, acrescentando que a iniciativa reforça o compromisso da empresa com gestão responsável de resíduos e economia circular. A JBS também está estudando a viabilidade de produzir combustível renovável para navios como alternativa ao “bunker oil” por meio da Biopower, sua empresa voltada para fabricação de biodiesel. Atualmente, a Biopower possui três plantas em operação, nas cidades de Mafra (SC), Lins (SP) e Campo Verde (MT), para produção do biocombustível a partir de resíduos orgânicos do processamento de bovinos. A companhia de carnes controlada pela J&F, holding dos irmãos e empresários Joesley e Wesley Batista, vem buscando ampliar suas iniciativas em energia sustentável. No ano passado, a empresa deu início a um projeto para introduzir o uso de biodiesel 100% (B100) em sua frota própria de caminhões. Um caminhão da montadora holandesa DAF vem utilizando o B100, a fim de comprovar a qualidade do biocombustível, e já passou de 120 mil km de uso.

Folha de SP

Frigol faz 1º embarque de carne bovina para o Canadá

Primeiro embarque saiu da unidade da empresa em Água Azul do Norte, no Pará

A Frigol realizou o seu primeiro embarque de carne bovina para o Canadá no início de julho e planeja enviar novas remessas ao país neste ano. “Realizamos o primeiro embarque para o Canadá no início deste mês e já estamos com novas vendas em andamento. Apesar da exportação para o país depender da originação de animais que têm requisitos especiais, consideramos um mercado promissor”, disse o CEO da Frigol, Eduardo Miron. O embarque para o Canadá marca nossa entrada na América do Norte, abre possibilidades para novas habilitações e para explorarmos novas oportunidades, já que a região vive uma crise no ciclo pecuário.” O primeiro embarque da Frigol para o Canadá foi realizado a partir da unidade em Água Azul do Norte, no Pará. A empresa disse que não revelaria detalhes sobre volumes embarcados por se tratar de uma informação estratégica. Todas as três unidades de bovinos da Frigol estão habilitadas a exportar para o país. Além da planta em Água Azul do Norte, a Frigol opera unidades de abates em Lençóis Paulista (SP) e São Félix do Xingu (PA). Os embarques para o Canadá fazem parte da estratégia da Frigol de diversificar mercados de exportação, segundo a companhia.

Carnetec

FRANGOS & SUÍNOS

Newcastle/Frango: Brasil deixará de exportar 50 mil t/mês após bloqueios comerciais

Cálculo realizado pela Agrifatto considera os embargos temporários dos embarques para China, Argentina e União Europeia

Após a confirmação, em 18 de julho, de um caso da doença de Newcastle em uma granja comercial no município de Anta Gorda (RS), o Brasil paralisou temporariamente as exportações de frango para a China, a Argentina e União Europeia. Tais paralisações fazem parte de acordos previamente assinados com os importadores. Além disso, uma lista com 31 países (África do Sul, Chile, Filipinas, Hong Kong, entre outros) e a União Econômica Euroasiática ficaram limitados a não importar carne do Rio Grande do Sul. Outros 15 países resolveram não comprar de uma área restrita da região atingida pelo foco da doença (raio delimitado no acordo previamente feito pelos países). Segundo cálculos da Agrifatto, no caso da proibição de embarques totais envolvendo China, União Europeia e Argentina, o Brasil precisará, teoricamente, redirecionar cerca de 50 mil toneladas por mês que teriam como destino esses três mercados. Em receita, esses mesmos destinos adquiriram pouco mais de US$ 680,77 milhões no primeiro semestre de 2024. “Ou seja, é possível presumir que US$ 113 milhões seriam ‘perdidos’ para cada mês que deixássemos de exportar para esses países”, calculam os analistas da Agrifatto. No caso dos bloqueios parciais que envolvem o Estado do Rio Grande do Sul ou somente a região afetada pela doença, há grande probabilidade de redirecionamento da originação para Santa Catarina, Paraná, São Paulo e outros locais, acredita a Agrifatto. “Com isso, o impacto dessa medida é bem menor que a causada pelo bloqueio total de China, União Europeia e Argentina”, ressaltam os analistas. Na avaliação da Agrifatto, a recuperação de preço que o frango estava ensaiando ao longo deste mês deve ficar mais distante. “Além disso, a oferta que seria direcionada ao mercado internacional se concentrará internamente e deverá impactar negativamente nos preços do frango e, dependendo do tempo de bloqueio, poderá ser repassada para outras proteínas animais”, alerta a Agrifatto. O Rio Grande do Sul é o terceiro maior produtor de carne de frango do país, sendo responsável por 10,65% da produção brasileira em 2023. Além disso, o Estado é o terceiro maior exportador de carne de aves do país e, ao longo de 2024, já embarcou mais de 350,84 mil toneladas da proteína, gerando US$ 616,44 milhões em receita.

Portal DBO

Suínos: terça-feira (23) fecha com leves altas para as cotações do animal vivo

O mercado de suínos na terça-feira (23) teve leves altas para as cotações do animal vivo nas principais praças comercializadoras

Segundo a Scot Consultoria, o valor da arroba do suíno CIF em São Paulo ficou estável, com preço médio de R$ 149,00, assim como a carcaça especial, fechando em R$ 12,00/kg, em média. Conforme informações do Cepea/Esalq sobre o Indicador do Suíno Vivo, referentes à segunda-feira (22), o preço ficou estável somente em Minas Gerais (R$ 7,97/kg). Houve alta de 0,53% no Paraná, chegando a R$ 7,61/kg, avanço de 0,70% no Rio Grande do sul, atingindo R$ 7,17/kg, aumento de 0,68% em santa Catarina, com preço de R$ 7,40/kg, e de 0,13% em são Paulo, fechando em R$ 7,88/kg.

Cepea/Esalq

Estabilidade nas cotações do frango na terça-feira (23)

As cotações no mercado do frango fecharam a terça-feira (22) praticamente todas estáveis

Segundo a Scot Consultoria, o valor do frango na granja em São Paulo não mudou, custando, em média, R$ 5,30/kg, da mesma forma que a ave no atacado, fechando em R$ 6,20/kg, em média. No caso do animal vivo, o preço ficou estável em Santa Catarina, cotado a R$ 4,37/kg, da mesma forma que no Paraná, custando R$ 4,43/kg. Conforme informações do Cepea/Esalq, Vivo, referentes à segunda-feira (22), houve alta de 0,14% para o preço da ave congelada, chegando a R$ 7,11/kg, enquanto o frango resfriado ficou estável em R$ 7,31/kg.

Cepea/Esalq

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