CLIPPING DA ABRAFRIGO Nº 2270 DE 22 DE JULHO DE 2024

clipping

Ano 10 | nº 2270 | 22 de julho de 2024

 

NOTÍCIAS

Estabilidade no mercado do boi gordo nas praças paulistas

O mercado abriu com estabilidade na última sexta-feira. Com escalas ainda confortáveis, em média, de 8-12 dias, alguns frigoríficos optaram por não comprar.

Na sexta-feira (19/7), os preços do boi gordo em São Paulo fecharam com estabilidade, conforme apurou a Scot Consultoria. “Com escalas ainda confortáveis, de 8-12 dias, alguns frigoríficos optaram por não comprar lotes terminados”, afirmou a Scot. Na quinta-feira (18/7), porém, a mesma consultoria detectou aumento diário em todas as categorias prontas para abate negociadas no mercado paulista. A alta foi de R$ 5/@ para o boi gordo, de R$ 3/@ para o “boi-China” e para a novilha, e de R$ 2/@ para a vaca. Na praça de São Paulo, o animal terminado macho está valendo R$ 227/@, enquanto a vaca e a novilha são negociadas por R$ 202/@ e R$ 215/@, respectivamente (prazo, valor bruto). A cotação do boi China, informou a Scot, está em R$ 230/@ em SP, com ágio de R$ 3/@ sobre o animal “comum”. Em Santa Catarina, alta de R$2,00/@ no preço do boi. As demais categorias permaneceram estáveis. No Tocantins, com escassez de ofertas e encurtamento das escalas, a pressão é de alta. Na região Sul, a alta foi de R$3,00/@ para o boi gordo e R$4,00/@ para a vaca e para a novilha. Na região Norte, o aumento na cotação da arroba foi de R$2,00 para o boi, R$5,00 para a vaca e R$2,00 para a novilha. Em Goiás, nas praças, o cenário é de boas ofertas e escalas confortáveis, resultando na estabilidade nos preços na comparação diária.

Scot Consultoria

Demanda em alta aquece mercado do boi gordo no Brasil

O destaque da semana foi a valorização das cotações da arroba do boi gordo na região Norte, onde os frigoríficos operam com escalas curtas

O mercado de boi gordo apresentou preços firmes na semana, com ligeiras altas em algumas praças. A demanda por carne bovina, tanto no mercado interno quanto externo, segue aquecida, impulsionada pela melhora nos indicadores de consumo e pelo ritmo forte das exportações, segundo Fernando Iglesias, analista da Safras & Mercado. O destaque da semana foi a valorização das cotações na região Norte, onde os frigoríficos operam com escalas de abate mais enxutas. Nas demais regiões, os preços permaneceram praticamente inalterados. Iglesias aponta para a possibilidade de um recorde no confinamento de bovinos, devido às boas condições de rentabilidade oferecidas pelo mercado. Cotações da arroba do boi gordo: São Paulo (Capital): R$ 228,00 (estável). Goiás (Goiânia): R$ 220,00 (estável). Minas Gerais (Uberaba): R$ 220,00 (estável). Mato Grosso do Sul (Dourados): R$ 220,00 (estável). Mato Grosso (Cuiabá): R$ 212,00 (+0,95%). Rondônia (Vilhena): R$ 185,00 (+1,09%). No mercado atacadista, os preços se acomodaram, com menor espaço para altas na segunda quinzena do mês, período de menor apelo ao consumo. O quarto traseiro do boi permaneceu em R$ 17,50 por quilo, e o quarto dianteiro em R$ 14,00. As exportações de carne bovina (fresca, congelada ou refrigerada) renderam US$ 483,8 milhões em julho (10 dias úteis), com média diária de US$ 48,3 milhões. O volume exportado atingiu 109,6 mil toneladas, com preço médio da tonelada em US$ 4.415,00. Em relação a julho de 2023, houve aumento de 33,3% no valor médio diário da exportação e de 43% no volume.

Agência Safras

Estatística da pecuária (Campo Grande-MS)

Na região de Campo Grande, em Mato Grosso do Sul, a falta de chuva e a escassez de pastos têm levado à redução da oferta. Aqueles que trabalharam com alguma estratégia para preservar ou ter melhor qualidade das áreas de pastagem neste momento conseguem negociar melhor a boiada

Segundo levantamento da Scot Consultoria, houve alta de R$2,00/@ ou 1,0% na cotação da vaca gorda. O boi gordo na praça está apregoado em R$216,50/@, a vaca em R$199,00/@ e a novilha em R$207,00/@, preços a prazo e livre de impostos (Senar e Funrural). O diferencial de base do boi gordo, em São Paulo, é de R$7,00/@, ou 3,2%. O boi gordo, em São Paulo, está cotado em R$223,50/@, preço a prazo e livre de impostos. Em curto prazo, é esperada pressão de alta nas cotações na região, frente à escassez de ofertas.

Scot Consultoria

Escalas de abate se mantêm estáveis nas regiões brasileiras

O mercado começa a perceber a diminuição na oferta de fêmeas, relatou a Agrifatto, responsável pelo levantamento semanal das programações dos frigoríficos
As escalas de abate dos frigoríficos brasileiros enfrentam desafios para se alongarem e podem continuar a sofrer com isso nas próximas semanas, acreditam os analistas da Agrifatto. Isso porque, diz a consultoria, é possível observar uma redução na oferta de animais prontos para o abate, especialmente relacionada ao período sazonal, marcado sobretudo pela menor disponibilidade de vacas gordas ao longo do segundo semestre do ano. Segundo dados da Agrifatto, a média nacional de escalas das indústrias fechou a sexta-feira (19/7) em 9 dias úteis, apresentando estabilidade frente ao quadro apresentando na semana anterior. Veja abaixo o quadro atual das programações de abate em alguns dos principais Estados brasileiros, conforme levantamento semanal da Agrifatto: Tocantins – O único Estado que indicou recuo nas suas programações de abate: de 1 dia útil na comparação com a semana anterior, encerrando o período com 8 dias úteis – o menor patamar observado desde 22/04/24. Rondônia – Registrou acréscimo de 1 dia útil sobre o quadro da sexta-feira anterior, com programações de abate ficando em 13 dias úteis. Paraná – Apresentou um acréscimo de 1 dia útil em relação ao perfil de abates da semana anterior, com as escalas chegando em 8 dias úteis. Goiás – Também registrou incremento de 1 dia útil em comparação ao quadro registrado na sexta-feira anterior, resultando em 8 dias úteis de escalas de abate. Pará – As escalas avançaram 1 dia útil, encerrando o período com 9 dias úteis. SP/MS/MG – Os Estados apresentaram estabilidade entre as semanas, com suas programações atendendo 10, 8, 9 e 9 dias úteis, respectivamente.

Portal DBO

ECONOMIA

Dólar sobe a despeito de anúncio sobre contenção de gastos e volta a superar R$5,60

O otimismo trazido pelo anúncio de congelamento de despesas pelo governo foi diluído durante a sessão desta sexta-feira, o que fez o dólar à vista fechar o dia em alta, novamente acima dos 5,60 reais, em meio à alta da moeda norte-americana no exterior

O dólar à vista encerrou o dia cotado a 5,6046 reais na venda, em alta de 0,28%. Numa semana a moeda norte-americana acumulou ganho de 3,20%. Às 17h04, na B3 o contrato de dólar futuro de primeiro vencimento subia 0,95%, a 5,6130 reais na venda. O dólar para agosto negociado na B3 já havia recuado na véspera antes das 18h (quando o segmento à vista já está fechado) em função do anúncio de Haddad, e por isso sua queda na manhã da sexta-feira era mais contida — era a moeda à vista que se ajustava com baixa maior. Ao longo da sessão, porém, outros fatores fizeram o dólar voltar a ganhar força ante o real. A moeda norte-americana subia ante a maior parte das demais divisas no exterior, incluindo moedas pares do real como o peso mexicano e o peso chileno. Os rendimentos dos Treasuries também subiam, dando suporte ao dólar. “Tivemos uma abertura refletindo alívio no risco fiscal… Tivemos um alívio pontual por uma questão local. E depois nos alinhamos ao exterior”, comentou o diretor da assessoria de câmbio FB Capital, Fernando Bergallo, ao tratar do fortalecimento do dólar ante o real durante o dia. Pela manhã, profissionais do mercado também citaram um fluxo de entrada de dólares pelo mercado à vista no Brasil, o que teria pesado sobre as cotações. O fluxo seria proveniente de investidores estrangeiros que participarão da privatização da Sabesp, precificada em 14,8 bilhões. No exterior, o dia foi negativo, com as bolsas de Nova York em baixa firme, o dólar em alta ante a maior parte das divisas e a curva de juros norte-americana abrindo, em sessão marcada por uma falha tecnológica global.

Reuters

Ibovespa fecha a sexta estável, mas tem queda semanal

O Ibovespa devolveu os ganhos do dia para encerrar próximo da estabilidade na sexta-feira, com agentes financeiros apontando que o anúncio de contingenciamento de gastos pelo governo traz alívio sobre a questão fiscal, mas pode não ser o suficiente

O indicador também sofreu pressão do cenário externo, em sessão ainda marcada por uma falha tecnológica que afetou serviços em diferentes países do mundo e por vencimento de opções sobre ações na bolsa paulista. Índice de referência do mercado acionário brasileiro, o Ibovespa fechou com variação negativa de 0,03%, a 127.616,46 pontos, acumulando perda de 0,99% na semana — o primeiro recuo semanal do mês e após quatro semanas positivas. O volume financeiro na bolsa somou 22,03 bilhões de reais. O anúncio do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, na quinta-feira, de que o governo fará uma contenção de 15 bilhões de reais no Orçamento deste ano com o objetivo de cumprir as exigências do arcabouço fiscal trouxe certo alívio aos ativos brasileiros no início da sessão — mas que não perdurou –, após o Ibovespa recuar mais de 1% na véspera. “O anúncio foi positivo, mostra o início de uma sinalização de comprometimento com o arcabouço, mas não sei se ele vai ser suficiente, então a gente precisa entender na segunda-feira, (com) a divulgação do relatório”, afirmou a estrategista de renda variável Mônica Araújo, da InvestSmart, referindo-se ao relatório bimestral de receitas e despesas, que será divulgado pela equipe econômica do governo na próxima semana. O relatório avalia o risco de descumprimento de regras fiscais no ano e detalha as necessidades de travar despesas. Nos Estados Unidos, as bolsas ampliaram movimento de queda, em meio a uma falha em um sistema digital que causou interrupção de serviços em uma série de setores ao redor do mundo e aumentou a incerteza em um mercado já ansioso. “Se a gente tivesse um ambiente externo mais acomodado, não tão avesso a risco, talvez o impacto (do anúncio de congelamento de gastos) nos mercados… fosse mais significativo”, acrescentou a analista da InvestSmart. Para a próxima semana, no Brasil, a temporada de resultados do segundo trimestre começa a ganhar força, em meio a recesso parlamentar no Congresso — que vai até 31 de julho. Lá fora, as atenções seguem em torno da disputa presidencial norte-americana, dos balanços corporativos e da trajetória dos juros nos EUA.

Reuters

Taxa de câmbio vira uma das principais preocupações da indústria, aponta CNI

Entre os principais problemas enfrentados pelos industriais, taxa de câmbio passou de 17º para 4º lugar. Setor produtivo também reportou que preço médio dos insumos aumentou rápido e intensamente

No segundo trimestre de 2024, a taxa de câmbio foi um dos principais problemas enfrentados para 19,6% das empresas industriais, segundo a Sondagem Industrial. A pesquisa da Confederação Nacional da Indústria (CNI) mostra que a questão passou da 17ª para a 4ª colocação no ranking de principais problemas enfrentados pela indústria. A elevada carga tributária segue em primeiro lugar, com 35,5% das assinalações; em segundo lugar está a demanda interna insuficiente, com 26,3% de assinalações; e em terceiro a falta ou alto custo da matéria-prima, com 23,1%. Os empresários também reportaram que o preço médio dos insumos aumentou de forma intensa e disseminada neste segundo trimestre. O índice saiu de 56,8 pontos para 61,3 pontos, na passagem do primeiro para o segundo trimestre deste ano – e é o maior desde o segundo trimestre de 2022 (66,9 pontos). Na época, a indústria enfrentava uma crise na cadeia de fornecimento por conta da pandemia de Covid-19. “A taxa de câmbio alta explica ao menos parte dessa percepção de maior pressão sobre os preços. Por isso, o problema ganhou tanta importância entre os principais enfrentados pelos empresários. Ao mesmo tempo, o alto custo da matéria-prima ganhou importância, se consolidando no terceiro lugar do ranking. É um cenário que acende um alerta, pois afeta a produtividade e a competitividade dos produtos brasileiros”, explica o gerente de Análise Econômica da CNI, Marcelo Azevedo. Os outros índices que avaliam as condições financeiras das indústrias variaram pouco na transição de trimestres. O índice de satisfação com a situação financeira avançou 0,8 ponto, para 50,3 pontos e, com esse aumento, cruzou de um patamar abaixo da linha divisória dos 50 pontos para um patamar acima, indicando uma transição de insatisfação para satisfação com a situação financeira por parte das indústrias. Já o índice de satisfação com o lucro avançou de 44,4 pontos para 45 pontos. Já o índice de facilidade de acesso ao crédito ficou praticamente estável, com uma variação de -0,2 ponto, para 41,3 pontos. O índice de expectativa de demanda avançou de 56,4 pontos para 57,7 pontos; o de expectativa de compras de insumos aumentou de 54,7 pontos para 55,9 pontos; e o de número de empregados avançou de 51,8 pontos para 52,6 pontos. Apenas o índice de expectativa de exportação permaneceu em 52,8 pontos. A intenção de investimento da indústria brasileira ficou estável entre junho e julho, ao variar de 57,4 pontos para 57,3 pontos. Ainda assim, essa intenção de investir está em um patamar elevado frente à média histórica de 52 pontos e tem seguido estável em torno desse patamar ao longo do ano.

CNI

EMPRESAS

Marfrig diz que uma de suas subsidiárias no RS “pode ter sido afetada” por possível foco de Newcastle

A Marfrig afirmou na sexta-feira que uma de suas subsidiárias no Rio Grande do Sul “pode ter sido afetada” por notícias sobre possível foco de doença Newcastle

A companhia não deu detalhes e não comentou o assunto ao ser procurada pela Reuters. Mais cedo, o Ministério da Agricultura suspendeu voluntariamente as exportações de frango para alguns países depois que um caso da doença de Newcastle foi detectado no Rio Grande do Sul.A doença de Newcastle causa problemas respiratórios em aves e pode levar à morte. A notificação é obrigatória conforme orientações da Organização Mundial de Saúde Animal. A Marfrig fez o comentário em resposta a questionamento da Comissão de Valores Mobiliários sobre “oscilação atípica” no valor de suas ações. O papel encerrou nesta sexta-feira em queda de 0,2%, a 11,20 reais. “Independentemente do ora exposto e embora não se possa inferir de forma direta, a companhia (Marfrig) informa que uma de suas subsidiárias pode ter sido afetada sobre notícias acerca de questões sanitárias sobre um possível foco da doença Newcastle no Estado do Rio Grande do Sul”, afirmou a empresa na resposta à CVM. A Marfrig é a maior produtora de hamburgueres do mundo e controla a processadora de carne de frango e suína BRF.

Reuters

INTERNACIONAL

EUA aceleram as importações de carne bovina para suprir demanda interna

Em junho/24, só o Brasil, elevou em 315% as suas exportações brasileiras de carne bovina ao mercado norte-americano

Os Estados Unidos, segundo maior comprador mundial de carne bovina, atrás da China, vão importar 1,88 milhão de toneladas da proteína em 2024 – acréscimo de 11,2% sobre o resultado de 2023, de 1,690 milhão de toneladas, e 22% acima do volume de 2022, de 1,538 milhão de toneladas, conforme dados do relatório mais recente do USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos), divulgado em 12 de julho. “Os norte-americanos enfrentam uma forte restrição na oferta interna de carne bovina neste momento, relatam os analistas da Agrifatto, acrescentando que o volume de bovinos abatidos no país da América do Norte durante os primeiros cinco meses de 2024 caiu 4,87% sobre a quantidade registrada no mesmo período do ano passado. “Foi o menor volume desde 2020”, afirma o economista Yago Travagini, analista da Agrifatto, que completa: “Com isso, os norte-americanos estão acelerando as suas compras de carne bovina de todo o mundo”. Em junho/24, só o Brasil, elevou em 315% as suas exportações de carne bovina ao mercado dos EUA (na comparação com igual mês de 2023), para 17,54 mil toneladas – o terceiro maior montante da história, ficando atrás apenas dos resultados obtidos em dezembro/23 e janeiro/24, de acordo com a Agrifatto. No acumulado de janeiro a maio deste ano, as importações totais de carne bovina dos EUA (incluindo todos os fornecedores mundiais) atingiram o maior volume da história para o período, com compras de 629,17 mil toneladas. “Esse resultado é 19,14% maior que o registrado no mesmo período de 2023, e o Brasil foi responsável por fornecer 15,99% da proteína bovina importada pelos EUA ao longo dos primeiros cinco meses de 2024”, informa a Agrifatto. Além do Brasil, outro país que tem “surfado” na “escassez” (em relação ao consumo interno) de proteína bovina nos EUA é a Austrália. As importações dos EUA de carne bovina australiana cresceram 84% no período de janeiro a maio de 2024, para 123,66 mil toneladas, o maior volume para o período desde 2016, informa a Agrifatto. “A existência da cota de importação sem tarifa (taxa de importação), além do aumento na produção local, é a maior explicação para o avanço da carne australiana nos EUA”, justificam os analistas da consultoria.

Portal DBO

FRANGOS & SUÍNOS

Frango: ABPA e ASGAV afirmam que impacto da Newcastle deve ser limitado e aguardam rápida retomada do comércio

Suspensão dos embarques para a China é nacional, mas logo exportações deverão ser retomadas. Associações reforçam rapidez e seriedade no trato do caso

Os impactos da suspensão de parte dos embarques de carne de frango pela medida de auto embargo do Ministério da Agricultura depois do diagnóstico positivo da doença de Newcastle, em Anta Gorda, no Rio Grande do Sul, deverá ser limitados, segundo informaram a ABPA (Associação Brasileira de Proteína Animal) e a ASGAV (Associação Gaúcha de Avicultura) em uma coletiva de imprensa na sexta-feira (19). De acordo com as instituições, embora o comércio externo esteja restrito neste momento, os volumes desta proteína serão redirecionados, o mercado interno deverá absorver parte disto, e logo as operações deverão ser reestabelecidas já que todos os protocolos para a contenção da patologia foram colocados em prática. O Rio Grande do Sul exporta, mensalmente, cerca de 60 mil toneladas e, deste volume, o impacto poderá se dar entre 15% e 20%, no pior dos cenários, mostraram cálculos preliminares da ABPA, refletindo as determinações já aplicadas pelo MAPA. Todavia, como explicou o presidente da associação, Ricardo Santin, a circular nº 04, reportada pelo ministério e que detalha como o embargo se dá para cada país importador, para o Rio Grande do Sul e para o Brasil, pode ainda sofrer alterações, trazendo mudanças no quadro daqui em diante. O estado é o terceiro maior exportador de carne de frango do país, ficando atrás apenas do Paraná e de Santa Catarina. O volume de carne de frango exportada pelo estado gaúcho responde por, aproximadamente, 14% do que é exportado pelo Brasil e atende uma parte importante da demanda chinesa. Em 2024, de pés e patas de frango que a nação asiática importa, 80% tiveram como origem o Brasil. E atualmente, a suspensão de embarque para a China é nacional. Além da China, Argentina e União Europeia também estão nesta lista. Algumas outras nações que importam carne brasileira de frango têm feito pedidos específicos, como é o caso do Japão, por exemplo, que solicitou a suspensão de embarques não só do produto de Anta Gorda, mas que tenha sido produzido em um raio 50 quilômetros, embora a determinação da OMSA (Organização Mundial de Saúde Animal) seja de apenas 10 km. “Mas o Japão pediu esse raio e será atendido”, afirmou Santin. O presidente da ASGAV, José Eduardo dos Santos, reforçou também a celeridade, transparência e seriedade com que o caso está sendo tratado, com todos os protocolos sanitários sendo aplicados de imediato não só para conter o avanço da doença, como para garantir a tranquilidade para os consumidores. Tanto Santos, quanto Santin novamente reforçaram que a doença não é transmitida a humanos pelo consumo de carne de frango. Ao Globo Rural, o secretário de Comércio e Relações Internacionais do Ministério da Agricultura, Roberto Perosa, afirmou que acredita que as exportações brasileiras da China deverão ser retomadas em um período de 15 a 30 dias, ao passo em que as próximas informações do governo brasileiro sejam detalhadas aos compradores. “Devemos enviar o relatório entre segunda e terça-feira e nos informaram que rapidamente eles levantam a suspensão. Estamos tomando todas as medidas para diminuir o tempo de suspensão para a China”, disse. Após a confirmação de um foco da doença de Newcastle (DNC) em estabelecimento de produção avícola comercial, no município de Anta Gorda, no estado do Rio Grande do Sul, o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) reviu a certificação para exportações de carnes de aves e seus produtos para 44 países. Para países como República Popular da China, Argentina e União Europeia a suspensão vale para todo Brasil. Neste caso, os produtos com restrições são carnes de aves, carnes frescas de aves e seus derivados, ovos, carne para alimentação animal, matéria-prima de aves para fins opterápicos, preparados de carne e produtos não tratados derivados de sangue.  Já do estado do Rio Grande do Sul, ficam restritas as exportações para África do Sul, Albânia, Arábia Saudita, Bolívia, Cazaquistão, Chile, Cuba, Egito, Filipinas, Geórgia, Hong Kong, Índia, Jordânia, Kosovo, Macedônia, México, Mianmar, Montenegro, Paraguai, Peru, Polinésia Francesa, Reino Unido, República Dominicana, Sri Lanka, Tailândia, Taiwan, Ucrânia, União Econômica Euroasiática, Uruguai, Vanuatu e Vietnã.

ABPA e ASGAV

Doença de Newcastle: ministério descarta casos suspeitos após exames

Segundo a Pasta, resultados negativos são uma sinalização positiva para conter o avanço da doença. Ministro da Agricultura: resultados de exames são importantes para resolução rápida dos focos de Newcastle

O ministério da Agricultura informou no domingo (21/7) que três casos suspeitos para doença de Newcastle foram descartados, após exames apontarem resultado negativo para a enfermidade em amostras coletadas em três propriedades suspeitas. Os estabelecimentos estão localizados na zona de proteção estabelecida pela equipe de vigilância e defesa sanitária animal do Rio Grande do Sul. As amostras foram coletadas na sexta-feira (19), e os resultados foram apresentados no sábado (20). Em nota, o ministério disse que os resultados negativos são uma sinalização extremamente positiva sobre a contenção do evento sanitário. Ainda segundo a Pasta, os exames são importantes para resolução rápida da situação, e reforçam a robustez do sistema de defesa agropecuária do Brasil. “É um pedido do presidente Lula tratar o caso com total transparência, a fim de tranquilizar a população e os países importadores quanto à segurança do nosso sistema de defesa agropecuária. Tenho certeza de que com a agilidade de nossas equipes vamos voltar à normalidade das nossas exportações muito em breve”, disse, na nota, o Ministro da Agricultura, Carlos Fávaro. Após a confirmação da doença, o governo brasileiro aplicou um auto embargo para exportações de carne de aves e subprodutos para 44 destinos. A Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) e a Associação Gaúcha de Avicultura (Asgav) disseram, em nota, que os resultados apresentados pelo ministério confirmam que o foco no município gaúcho se trata de uma situação isolada. Desde o surgimento do foco de Newcastle, em uma granja comercial de Anta Gorda (RS), técnicos do Ministério da Agricultura e da Secretaria da Agricultura do Rio Grande do Sul, deverão percorrer ao menos 775 propriedades rurais num raio de 10 quilômetros do estabelecimento onde o caso foi confirmado, para fiscalizar uma possível propagação do vírus. Conforme previsto no Plano Nacional de Contingência estabelecido pelo governo, estão sendo montadas barreiras sanitárias na região do Vale do Taquari, onde está o município de Anta Gorda, para controlar a movimentação e evitar a entrada e passagem de aves na área do foco. Além disso, as investigações epidemiológicas continuam na zona de vigilância de proteção e em todo o Rio Grande do Sul.

Globo Rural

Mercado dos suínos finaliza a semana com estabilidade

De acordo com as informações divulgadas pela Scot Consultoria, a carcaça suína especial seguiu estável e está cotada em R$ 12,00/kg, enquanto o preço médio da arroba do suíno CIF também seguiu sem alteração e está próximo de R$ 149,00/@

Segundo levantamento realizado pelo Cepea na última quinta-feira (18), o Indicador do Suíno Vivo em Minas Gerais seguiu sem alteração e está cotado em R$ 7,97/kg. No Paraná, o preço do animal teve baixa de 0,39% e está precificado em R$ 7,57/kg. Já na região do Rio Grande do Sul, o animal não teve alteração e está precificado em R$ 7,09/kg. Em São Paulo, o valor ficou próximo de R$ 7,83/kg e teve leve ganho de 0,26%. Em Santa Catarina, o valor do suíno registrou ganho de 0,14% e está cotado em R$ 7,35/kg.

Cepea/Esalq

Frango: Cotações na granja paulista registraram alta de 0,95% na 6ªfeira

No mercado do frango os preços do frango na granja paulista tiveram um incremento de 0,95% e estão precificados em R$ 5,30 por kg, conforme destacou a Scot Consultoria. O frango no atacado paulista teve uma baixa de 0,48% e está cotado em R$ 6,22 por kg

As cotações do frango vivo registraram valorização na sexta-feira (19), na qual a referência para o animal no Paraná está próxima de R$ 4,43/kg e teve avanço de 0,91%. A Empresa de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural de Santa Catarina (Epagri) divulgou que o frango vivo seguiu com estabilidade e sendo negociado em R$ 4,37/kg. Com base no levantamento realizado pelo Cepea na última quinta-feira (18), o preço do frango congelado seguiu sem alteração e cotado em R$ 7,13/kg. Já a referência para o frango resfriado também seguiu estável e está sendo comercializado em torno de R$ 7,34/kg. De acordo com o levantamento do Cepea, o poder de compra de avicultores paulistas frente a importantes insumos utilizados na atividade vem reagindo em julho. “Os preços médios do frango vivo estão em alta, os do milho e do farelo de soja estão em queda. Pesquisadores do Cepea ressaltam que esse cenário evidencia uma recuperação e traz certo alívio aos produtores, que registravam perda no poder de compra por três meses consecutivos no caso do derivado de soja e por dois meses no do cereal”, informou o Cepea.

Cepea/Esalq

Frango/Cepea: Avicultor paulista recupera poder de compra em julho

O poder de compra de avicultores paulistas frente a importantes insumos utilizados na atividade vem reagindo em julho. Isso porque, segundo levantamentos do Cepea, enquanto os preços médios do frango vivo estão em alta, os do milho e do farelo de soja estão em queda

Pesquisadores do Cepea ressaltam que esse cenário evidencia uma recuperação e traz certo alívio a produtores, que registravam perda no poder de compra por três meses consecutivos no caso do derivado de soja e por dois meses no do cereal. As elevações nos valores do frango vivo, por sua vez, estão atreladas à maior demanda por novos lotes – agentes de frigoríficos buscam atender às procuras interna e, sobretudo, externa aquecidas pela carne, ainda conforme pesquisadores do Cepea.

Cepea

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