CLIPPING DA ABRAFRIGO Nº 2169 DE 27 DE FEVEREIRO DE 2024

clipping

Ano 10 | nº 2169 |27 de fevereiro de 2024

 

NOTÍCIAS

Boi: Cotação estável em São Paulo

O escoamento de carne para o mercado interno está lento, o que faz os frigoríficos esperarem. Com escalas de abate, em média, de 10 dias. A cotação da arroba do boi gordo está em R$235,00, a da vaca em R$208,00 e a da novilha gorda em R$225,00, preços brutos e a prazo. O “boi China” está sendo negociado em R$240,00/@, preço bruto e a prazo. Ágio de R$5,00/@

Na região do Mato Grosso do Sul, atendendo às escalas, mas sem novidade nos preços. O mercado está estável nas principais praças pecuárias do estado. Na região de Dourados, a arroba do boi está cotada em R$225,00, a da vaca gorda em R$208,00 e a da novilha gorda em R$215,00. Na região de Campo Grande, a cotação do boi está em R$225,00/@, a da vaca gorda está em R$210,00/@ e a da novilha está em R$215,00/@. Na região de Três Lagoas, a arroba do boi está cotada em R$225,00, a da vaca gorda está em R$210,00 e a da novilha em R$215,00, preços brutos e a prazo. O “boi China” está sendo negociado em R$230,00/@, preço bruto e a prazo. Ágio de R$5,00/@. No mercado atacadista de carne com osso, o mercado de carne com osso está pressionado e com pouco volume de transações – cenário típico de final de mês, mas que pode se prolongar e alongar as escalas de abate – com queda de preço para as carcaças casadas de bois castrados e inteiros, cuja retração na semana, foi de 2,5% e 2,4%, respectivamente. A cotação da carcaça do boi casado está em R$15,50/kg e a do boi inteiro está em R$14,15/ kg. A cotação dos traseiros de boi castrado e de boi inteiro também caíram, sendo negociados por R$18,15/kg (-5,7%) e R$15,85/kg (-3,4%), respectivamente. Para as outras carnes, os preços também caíram, com a carcaça especial suína* negociada em R$9,70/kg, queda de 3,0% na semana, e o frango médio** cotado, em média, em R$6,73/kg, queda de 3,6% no período. Há uma competitividade acirrada entre as três proteínas, mas, a carne de frango está mais desvalorizada no momento.

Scot Consultoria

Arroba do boi gordo caiu 3% em Minas Gerais na semana passada

Escalas de abate seguem alongadas no país, informa a Agrifatto. Preço do boi gordo no mercado físico continua sob forte pressão da indústria

O preço do boi gordo no mercado físico continua sob forte pressão da indústria, que, por sua vez, enfrenta vendas “inconsistentes” no atacado, diz a Agrifatto. A consultoria informa que os negócios em Minas Gerais ocorreram ao redor de R$ 220,80 por arroba na sexta-feira (23/2), valor 3% inferior ao registrado sete dias antes. No entanto, em Mato Grosso, a arroba subiu quase 1%, para R$ 212,90 por arroba. Segundo a consultoria, os frigoríficos ajustaram suas negociações na sexta-feira, limitando ou alternando os abates. As escalas de abate seguem alongadas, tendo aumentado em um dia útil na média nacional, para 10 dias úteis. Em São Paulo, principal Estado consumidor, as escalas fecharam a semana em 12 dias úteis, com dois dias a mais no comparativo semanal. O mercado do boi bordo deve seguir no mesmo ritmo esta semana. A Agrifatto lembra que a “queda de braço” entre pecuaristas e frigoríficos começou no início do mês.

Globo Rural

Volume exportado de carne bovina in natura chega em 143,4 mil toneladas até a quarta semana de fevereiro/24. Preços caem 6,50%

O volume exportado de carne bovina fresca, refrigerada ou congelada chegou em 143,4 mil toneladas até a quarta semana de fevereiro/24, conforme destacou a Secretária de Comércio Exterior (Secex), do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC) na segunda-feira (26). No ano anterior, o volume embarcado da proteína animal ficou em 126,3 mil toneladas em 18 dias úteis

A média diária exportada até a quarta semana ficou em torno de 9,5 mil toneladas e isso representa um avanço de 36,20% frente ao comparativo anual. No ano anterior, a média diária exportada em fevereiro de 2023 ficou em 7,02 mil toneladas. O preço médio na quarta semana de fevereiro/24 ficou com US$ 4.539 mil por tonelada, na qual teve uma queda de 6,50% frente aos dados divulgados em fevereiro de 2023, em que os preços médios registraram o valor médio de US$ 4.854 mil por tonelada. O valor negociado para o produto na quarta semana de fevereiro/24 ficou em US$ 651,3 milhões, tendo em vista que o preço comercializado durante o mês de fevereiro do ano anterior foi de US$ 613.553 milhões. A média diária ficou em US$ 43.423 milhões e registrou um avanço de 27,40%, frente ao observado no mês de fevereiro do ano passado, que ficou em US$ 34.086 milhões.

Agência Safras

Preços da arroba do boi gordo se mantêm estáveis

Os preços da arroba do boi gordo se acomodaram após quedas nas principais praças de comercialização do país

Segundo o analista da consultoria Safras & Mercado, Fernando Henrique Iglesias, a semana iniciou com um fluxo inexpressivo de negócios. “Algumas indústrias estão ausentes da compra de gado, ainda carregando uma frente interessante em suas escalas de abate. Soma-se a isso as dificuldades relativas ao preço da carne no atacado, que apresentaram queda representativa na última semana”, disse. “Esses fatores respaldam a estratégia da indústria de exercer pressão sobre o mercado, o que vem acontecendo de maneira uniforme Brasil afora, com exceção do Rio Grande do Sul, estado em que as escalas apresentam maior aperto”, assinalou Iglesias. Preço da arroba do boi gordo em diferentes regiões. São Paulo, Capital: R$ 236. Goiânia, Goiás: R$ 218. Uberaba (MG): R$ 232. Dourados (MS): R$ 221. Cuiabá: R$ 209. O mercado atacadista apresenta preços estáveis. Mas o viés ainda é de alguma queda dos preços no curto prazo, disse Iglesias. O quarto dianteiro seguiu a R$ 12,80 por quilo. O quarto traseiro foi precificado a R$ 18,00 por quilo. A ponta de agulha foi precificada a R$ 12,80 por quilo, mantendo-se estável.

Agência Safras

Anffa Sindical: mobilização de fiscais agropecuários federais vai ser estendida

A categoria quer a equalização da carreira em relação ao tratamento recebido pelos auditores do trabalho, da Receita Federal e da Polícia Federal

O Sindicato Nacional dos Auditores Fiscais Federais Agropecuários (Anffa Sindical) informou que haverá prolongamento da mobilização da categoria por causa da intransigência do governo federal em tratar a carreira de forma distinta de outras categorias, como auditores da Receita Federal, do trabalho e da Polícia Federal.“(O governo) insiste em tratar a segurança dos alimentos e a defesa agropecuária de forma distinta de outras prioridades, como a arrecadação de impostos e a segurança pública”, disse o sindicato, em nota. A mobilização da categoria, iniciada em 22 de janeiro, deve se estender pelo menos até a próxima quinta-feira (29) – data prevista para uma reunião entre a categoria e o Ministério da Gestão e Inovação (MGI). Na “Operação Reestruturação”, os auditores agropecuários reivindicam ao governo melhores salários e condições de trabalho. A categoria quer a equalização da carreira em relação ao tratamento recebido pelos auditores do trabalho, da Receita Federal e da Polícia Federal. O Anffa reafirmou que a mobilização não corresponde à greve ou à paralisação das atividades de defesa agropecuária. Conforme o sindicato, a mobilização, uma espécie de operação-padrão, inclui a liberação de certificados e de mercadorias no último dia do prazo previsto pelo Ministério da Agricultura, dentro do prazo regulamentar, tornando o processo mais moroso, como na liberação de cargas em portos para exportação. Durante a mobilização, os fiscais não cumprem horas extras não remuneradas. A análise e liberação de produtos perecíveis e cargas vivas são priorizadas pelos auditores agropecuários, segundo o Anffa. A mobilização não atinge diagnóstico de doenças e pragas de programas de controle do ministério e emissão de certificados sanitários internacionais para animais de estimação. “Desde o início da mobilização, as atividades essenciais de defesa agropecuária não foram em nenhum momento suspensas”, destacou, na nota. O Anffa Sindical esclareceu que as inspeções realizadas na última terça-feira (20) em frigoríficos de todo o Brasil são operações de rotina, previstas pelas normas do Ministério da Agricultura, com o objetivo de analisar as condições de higiene dos ambientes de produção e abate de animais bovinos. “As vistorias PPHO verificam, portanto, se os frigoríficos respeitam boas prática de higiene sempre visando à saúde do consumidor final. O estabelecimento que não cumpre o mínimo exigido é orientado a solucionar a questão para uma análise posterior dos auditores, ou seja, o tempo de resolução do problema depende única e exclusivamente do estabelecimento”, acrescentou o Anffa.

Estadão Conteúdo

Oferta de carne bovina no mercado doméstico superou demanda em 2023

A produção de carne bovina brasileira foi recorde em 2023, elevando a disponibilidade da proteína no mercado doméstico, segundo avaliação do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), considerando dados preliminares de abates no país do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE)

A oferta maior que a demanda pressionou preços do boi e da carne bovina no atacado ao longo de 2023. O Brasil produziu 8,91 milhões de toneladas de carne bovina no ano passado, um recorde para o setor e 11,2% a mais que em 2022, segundo os dados preliminares do IBGE. Esse volume de produção ficou 8,6% acima do recorde de 2019. O volume de carne produzido aumentou em 900 mil toneladas em 2023 ante 2022, e o volume de exportação subiu 22,8 mil toneladas para 2,29 milhões de toneladas, absorvendo 25,7% da produção nacional. “O excedente ficou no mercado interno, exigindo redução dos preços para que fosse atingido o ponto de equilíbrio com a demanda. Ao longo de 2023, o Indicador do Boi Gordo CEPEA/B3 recuou 12%, e a carcaça casada de boi no atacado da Grande São Paulo se desvalorizou 9%”, disse o Cepea em nota. A produtividade média do rebanho nacional (boi, vaca, novilho e novilha) ficou em 262,97 kg/animal, ou de 17,5 arrobas, ligeiramente abaixo da obtida nos últimos dois anos. O Cepea atribui essa redução à combinação de estiagem em muitas regiões produtoras com certa desaceleração dos confinamentos diante dos preços altos dos grãos. O IBGE estima que a produtividade de 2023 foi 1,7% menor que a de 2022 e 2,7% inferior ao recorde de 2021. O Brasil abateu 33,9 milhões de cabeças de bovinos no ano passado, aumento de 13,2% ante 2022 e próximo do recorde de 34,4 milhões de animais de 2013, segundo os dados preliminares do IBGE.

Carnetec

ECONOMIA

Dólar cai ante real com investidores à espera de dados econômicos dos EUA

O dólar interrompeu na segunda-feira uma sequência de três sessões de ganhos e fechou em baixa ante o real, acompanhando o recuo da moeda norte-americana no exterior, com investidores à espera da divulgação de dados sensíveis da economia dos EUA no restante da semana

O dólar à vista fechou o dia cotado a 4,9821 reais na venda, em baixa de 0,23%. Em fevereiro, no entanto, a moeda norte-americana acumula alta de 0,88%. Na B3, às 17:22 (de Brasília), o contrato de dólar futuro de primeiro vencimento caía 0,35%, a 4,9800 reais. Entre os números esperados nos EUA estão o Produto Interno Bruto (PIB) do quarto trimestre (segunda revisão), na quarta-feira, e o índice de inflação PCE, na quinta-feira. “Depois da alta pontual, o dólar voltou a cair com o exterior. Foi o principal fator para as cotações”, comentou o diretor da Correparti Corretora, Jefferson Rugik. A mínima do dia coincidiu com a divulgação, durante evento em São Paulo, do novo programa de hedge cambial do governo para investimentos estrangeiros em projetos sustentáveis no Brasil. A primeira parte do programa estará relacionada aos derivativos cambiais. O Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) disponibilizará 3,4 bilhões de dólares para operações que forneçam proteção de projetos sustentáveis de prazos mais longos, superior a dez anos. Caberá ao Banco Central fazer a ponte para que os investidores dos projetos ecológicos no país possam acessar os derivativos cambiais. A segunda parte do programa diz respeito à disponibilização de recursos por linhas de crédito específicas, também para investimentos sustentáveis. Durante a entrevista coletiva sobre o programa, o presidente do BC, Roberto Campos Neto, também esclareceu que o hedge cambial por meio de derivativos no âmbito do programa não busca controlar a volatilidade e não se confunde com as operações regulares com swaps que o BC faz (leilões diários). No caso das operações regulares, segundo Campos Neto, o BC avalia oferecer contratos de swap com prazos um pouco mais longos, de até 18 meses. Hoje as operações costumam ser de até 12 meses. “Quando tivermos coisa mais concreta (sobre swaps de 12 a 18 meses), vamos repassar (ao mercado)”, afirmou Campos Neto.

Reuters

Ibovespa tem avanço discreto assegurado por Petrobras, mas atenuado por Vale

O Ibovespa fechou com uma alta discreta na segunda-feira, em sessão de agenda relativamente fraca, com performance apoiada particularmente no avanço das ações da Petrobras e de empresas de proteínas como BRF e JBS, mas enfraquecida pelo declínio dos papéis da Vale

No setor de proteínas, JBS ON subiu 4,19%, a 22,14 reais, tendo de pano de fundo resultado da processadora de aves Pilgrim’s Pride, controlada pela brasileira, que superou estimativas de vendas e lucros do quarto trimestre, ajudada pela demanda resiliente por alimentos prontos para consumo e melhora da cadeia de suprimentos, juntamente com a redução dos custos de insumos. No setor, MINERVA ON fechou em alta de 2%. A BRF ON avançou 3,78%, a 14,01 reais, tendo no radar resultado do quarto trimestre após o fechamento do mercado. A Genial Investimentos afirmou que espera ver uma recuperação sequencial de margens, em virtude de preços melhores de in natura, devido a normalização do cenário sobre oferta global do frango, e de custos menores. MARFRIG ON, principal acionista da BRF, encerrou com acréscimo de 3,87%. Índice de referência do mercado acionário brasileiro, o Ibovespa subiu 0,15%, a 129.609,05 pontos. O volume financeiro somou 17,36 bilhões de reais. No exterior, a semana também começou com oscilações modestas em Wall Street, onde o S&P 500 fechou com variação negativa de 0,39%, enquanto o Dow Jones cedeu 0,16% e o Nasdaq perdeu 0,13%, tendo no radar dados dos EUA de atividade, com uma segunda leitura do PIB do segundo trimestre, e de inflação, com o índice PCE, nos próximos dias. O calendário no Brasil também terá números sobre o comportamento dos preços, com o IPCA-15 na terça-feira, e de atividade, com o PIB na sexta-feira, que devem ser monitorados, assim como resultados corporativos de empresas como BRF, Ultrapar, Suzano, Ambev, entre outras. De acordo com análise técnica da equipe da BB Investimentos, o Ibovespa teve uma semana positiva, testando a próxima resistência, na faixa dos 130.400 pontos, mas se manteve dentro da congestão que tem essa faixa como teto e o suporte dos 126.300 como piso. No mercado doméstico, a equipe da BB Investimentos destacou que as projeções de inflação vêm cedendo gradualmente, o que pode favorecer o investimento em renda variável, já que a materialização de um cenário mais otimista de inflação abriria espaço para maior ritmo de corte das taxas de juros. “Entendemos tal sequência de eventos como o principal gatilho para a busca da resistência mais relevante, dos 134.200 pontos, topo histórico do índice”, afirmou em nota a clientes.

Reuters

Dívida pública federal cai 1,08% em janeiro, diz Tesouro

A dívida pública federal do Brasil caiu 1,08% em janeiro sobre o mês anterior, a 6,450 trilhões de reais, informou o Tesouro Nacional na segunda-feira

No período, a dívida pública mobiliária interna teve recuo de 1,48%, a 6,176 trilhões de reais. A dívida externa, por sua vez, cresceu 8,89%, a 273,83 bilhões de reais. De acordo com o Tesouro, a queda no estoque da dívida interna é explicada por um resgate líquido de 147,9 bilhões de reais, que não chegou a ser neutralizado por uma apropriação positiva de juros de 55,08 bilhões de reais. Segundo o órgão, janeiro foi marcado por um “clima de cautela”, principalmente devido à expectativa em relação à trajetória das taxas de juros nos Estados Unidos. No mercado local, a parte mais curta da curva de juros caiu no mês passado com dados favoráveis de inflação, mas houve alta na parte longa com reflexos do cenário externo, disse o Tesouro. O custo médio do estoque da dívida pública federal acumulado em 12 meses subiu de 10,51% ao ano em dezembro para 10,65% no mês passado. Em relação às novas emissões de títulos da dívida interna, o custo médio caiu de 11,62% para 11,56% ao ano. No período, houve alta no prazo médio de vencimento dos títulos brasileiros para 4,11 anos, ante 3,95 anos registrados em dezembro. Em relação ao colchão de liquidez para pagamento da dívida pública, houve uma redução de 17,22% em janeiro, a 813,23 bilhões de reais. O montante é suficiente para quitar 7,10 meses de vencimentos de títulos –em dezembro, estava em 7,57 meses. Para o mês de fevereiro, o Tesouro observou “forte alta das Treasuries devido à persistência inflacionária e à força da economia norte-americana, aspectos que acabaram se refletindo na postergação das expectativas de cortes na taxa básica do FED”. No mercado local, o Tesouro ressaltou que a parte curta da curva de juros apresentou estabilidade em fevereiro, enquanto a parte longa subiu com dados de inflação acima do esperado e alta dos juros de títulos públicos dos Estados Unidos.

Reuters

EMPRESAS

BRF teve lucro de R$ 754 milhões no 4º tri, mas fechou 2023 com prejuízo

Empresa encerrou o ano com prejuízo de R$ 1,9 bilhão e receita em linha com a de 2022.

Miguel Gularte, CEO da BRF, destaca melhora no desempenho das exportações

A companhia de alimentos BRF registrou lucro líquido de R$ 754 milhões no quarto trimestre de 2023, encerrando uma sequência de resultados trimestrais negativos, conforme balanço financeiro divulgado na segunda-feira (26/2). Apesar da melhora, a empresa ainda fechou 2023 com prejuízo líquido de R$ 1,869 bilhão. Em 2022, o prejuízo consolidado havia sido ainda maior, de R$ 3,09 bilhões. No quarto trimestre daquele ano, houve um prejuízo de R$ 956 milhões. O diretor-presidente da BRF, Miguel Gularte, afirmou que a empresa passou por um processo de recuperação que começou no fim de 2022 e se estendeu ao longo de todo o ano de 2023. A partir de então, a visão é de que a companhia alcançou melhorias operacionais, logísticas e de conjuntura de mercado que devem permitir novos avanços neste ano. “A empresa hoje está desalavancada. A BRF termina o ano em excelente forma. Ainda temos capacidade ociosa, mercados para conquistar, habilitações para colocar no pipeline”, disse ao Valor. O lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) somou R$ 1,9 bilhão no último trimestre de 2023, aumento de 76,3% no comparativo anual. A receita líquida do período atingiu R$ 14,43 bilhões, queda de 2,3% comparada aos R$ 14,77 bilhões no intervalo de outubro a dezembro de 2022. No acumulado de 2023, o Ebitda ajustado somou R$ 4,72 bilhões, alta de 14,8%, enquanto a receita líquida ficou praticamente estável, em R$ 53,6 bilhões, com queda de 0,4%. “O ano foi marcado pela consistência da nossa disciplina financeira aliada à melhoria operacional. Reforçamos a estrutura de capital da companhia, reduzindo a dívida líquida em quase R$ 6 bilhões”, destacou o vice-presidente de Finanças e RI da BRF, Fábio Mariano. Essa redução fez a alavancagem sair de 3,55 vezes no quarto trimestre de 2022 para 2,01 vezes no mesmo período de 2023. “Apresentamos geração de caixa no segundo semestre, conforme o planejado”, acrescentou. O reforço na estrutura de capital da empresa foi capitaneado pelo dono da Marfrig, Marcos Molina, cuja companhia superou recentemente os 50% de participação na BRF e se tornou controladora da dona das marcas Sadia e Perdigão. Na visão de Miguel Gularte, o crescimento de posições da Marfrig na empresa foi uma estratégia acertada. “Olhando o cenário que se descortina para o futuro, a gente pode dizer que foi uma estratégia bastante acertada, comprou uma empresa com potencial de crescimento gigante”, afirmou, sem detalhar se há possibilidade de novos movimentos por parte da Marfrig. Do ponto de vista operacional, Gularte ressaltou que a BRF apresenta um avanço muito importante no “turnaround” em todos os aspectos, uma volta por cima. “(Houve) ajuste também no aspecto de custo e produtividade industrial, a BRF aumentou o rendimento em vários produtos, em diferentes geografias, e capitalizou muito bem um momento, principalmente no segundo semestre, onde vimos nos concretizar uma diminuição de custos de grãos”, disse o executivo. Para a BRF, apesar da safra de grãos menor que se desenha no Brasil, o balanço de oferta e demanda na América do Sul é positivo e favorece os custos da empresa. Outro fator que contribuiu para o resultado, e que confirmou expectativas que a BRF já tinha, foi a melhora do desempenho de aves e suínos nos mercados internacionais. Apesar de China e Oriente Médio continuarem como compradores relevantes, a empresa informou que conquistou 66 novas habilitações ao longo de 2023 para novos destinos na América Latina, Ásia, Europa e África do Sul.

Valor Econômico

FRANGOS & SUÍNOS

Cotações recuaram na segunda-feira no mercado de suínos

Em São Paulo, de acordo com a Scot Consultoria, o preço médio da arroba do suíno CIF recuou 2,33%, custando, em média, R$ 126,00, enquanto a carcaça especial teve queda de 1,04%, com valor de R$ 9,50/kg

Conforme informações do Cepea/Esalq sobre o Indicador do Suíno Vivo, referentes à sexta-feira (23), o preço ficou estável somente no Paraná (R$ 6,34/kg). Houve baixa de 0,59% em Minas Gerais, atingindo R$ 6,71/kg, retração de 0,32% no Rio Grande do Sul, custando R$ 6,14/kg, queda de 0,49% em Santa Catarina, atingindo R$ 6,08/kg, e de 0,59% em São Paulo, fechando em R$ 6,72/kg.

Cepea/Esalq

Volume de carne suína exportada superou em 2,59% os embarques de fevereiro/22

De acordo com informações da Secretaria de Comércio Exterior (Secex), do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), as exportações de carne suína in natura referentes à quarta semana de fevereiro (15 dias úteis), superaram em volume o total embarcado em fevereiro do ano passado, mas a arrecadação ficou abaixo

A receita obtida com as exportações de carne suína in natura até o momento deste mês, US$ 161,3 milhões, representa 93,74% do total arrecadado em todo o mês de fevereiro de 2023, que foi de US$ 172,1 milhões. No caso do volume embarcado, as 71.636 toneladas são 2,59% a mais que o total registrado em fevereiro do ano passado, com 69.825 toneladas. O faturamento por média diária até este momento do mês foi de US$ 10,7 milhões, valor 12,5% maior do que o de fevereiro de 2023. No comparativo com a semana anterior, houve aumento de 2,43% observando os US$ 10.5 milhões vistos na semana passada. Em toneladas por média diária, foram 4.775 toneladas, crescimento de 23,1% no comparativo com o mesmo mês de 2023. Quando comparado ao resultado da semana anterior, alta de 2,62%, comparado às 4.653 toneladas da semana passada. No preço pago por tonelada, US$ 2.252, ele é 8,6% inferior ao praticado em fevereiro passado. O resultado, frente ao valor atingido na semana anterior, representa tímida queda de 0,18% em relação aos US$ 2.256,933 anteriores.

Agência Safras

Frango registra leves quedas na segunda-feira

Em São Paulo, de acordo com a Scot Consultoria, a ave na granja ficou estável, valendo R$ 5,20/kg, enquanto o frango no atacado caiu 0,30%, valendo R$ 6,68/kg

Na cotação do animal vivo, o preço não mudou em Santa Catarina, custando R$ 4,44/kg, assim como no Paraná, valendo R$ 4,55/kg. Conforme informações do Cepea/Esalq, Vivo, referentes à sexta-feira (23), tanto a ave congelada quanto o frango resfriado tiveram baixa de 0,27%, custando, respectivamente, R$ 7,34/kg e R$ 7,40/kg.

Cepea/Esalq

Frango: embarques na 4ª semana de fevereiro não atingem receita nem volume de fevereiro/23

De acordo com informações da Secretaria de Comércio Exterior (Secex) do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), as exportações de carne de aves in natura na quarta semana de fevereiro (15 dias úteis), apontaram volume e faturamento abaixo do registrado em fevereiro de 2023

A receita obtida com as exportações de carne de frango até o momento em fevereiro, US$ 534,5 milhões representa 80,17% do total arrecadado em todo o mês de fevereiro de 2023, que foi de US$ 666,7 milhões. No caso do volume embarcado, as 311.029 toneladas são 88,03% do total registrado em fevereiro do ano passado, com 353.297 toneladas. A receita por média diária até o momento do mês foi de US$ 35,6 milhões, quantia 3,8% menor do que a registrada em fevereiro de 2023. No comparativo com a semana anterior, houve recuo de 9,03% quando comparado aos US$ 39,1 milhões da semana passada. Em toneladas por média diária, foram 20.735 toneladas, houve aumento de 5,6% no comparativo com o mesmo mês de 2023. Quando comparado ao resultado no quesito da semana anterior, observa-se retração de 7,52% em relação às 22.422 toneladas da semana anterior. Já o preço pago por tonelada, US$ 1.718 ele é 8,9% inferior ao praticado em fevereiro do ano passado. O resultado, frente ao valor atingido na semana anterior, representa diminuição de 23,84% no comparativo ao valor de US$ 2.256 visto na semana passada.

Agência Safras

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