CLIPPING DA ABRAFRIGO Nº 1985 DE 24 DE MAIO DE 2023

clipping

Ano 9 | nº 1985 |24 de maio de 2023

 

NOTÍCIAS

Pressão de baixa se intensifica e preços caem nas praças paulistas

Na terça-feira, alguns frigoríficos ficaram fora das compras devido às escalas de abate bem-posicionadas. Contudo, o viés de baixa vem se intensificando e a oferta de compra para todas as categorias caiu R$5,00/@. Desse modo, a cotação da arroba está em R$255,00 para o boi, a da vaca em R$235,00 e a da novilha em R$245,00, preços brutos e a prazo. Há ofertas abaixo da referência vigente e, em curto prazo, novas quedas não estão descartadas

Para o “boi China”, a cotação permanece em R$260,00/@, preço bruto e a prazo. Na região de Redenção no Pará, a boa oferta de bovinos ocasionou queda de R$5,00 na cotação da arroba para todas as categorias destinadas ao mercado interno. Assim, a cotação para o boi está em R$212,00/@, para a vaca em R$200,00/@ e para a novilha em R$210,00/@, preços brutos e a prazo. Na exportação de carne bovina in natura, até a terceira semana de maio, foram exportadas 113,8 mil toneladas de carne bovina. A média diária embarcada foi de 8,1 mil toneladas, aumento de 17,4% comparada a maio/22, o faturamento médio diário está em US$41,3 milhões, queda de 7,6% na mesma comparação.

SCOT CONSULTORIA

Imea identifica queda de 16,7% nos preços médios futuros da arroba no MT

“Tal cenário é reflexo das variáveis que acometem o mercado físico do boi gordo, principalmente da inversão do ciclo pecuário, em que é observada a maior oferta de animais”, justifica o instituto

O viés baixista no mercado físico do boi gordo tem “contaminado” os preços futuros da arroba. Dados do Instituto Mato-Grossense de Economia Agropecuária (Imea) mostram que, no Mato Grosso, o valor médio da arroba para o segundo semestre de 2023 sofreu recuo de 16,7% frente a cotação média do segundo semestre de 2022 (posição dos preços futuros em 9 de maio no Estado, considerando as cotações da B3 e o diferencial de base histórico entre as praças MT-SP de 11,72%). “Esse cenário é reflexo das variáveis que acometem o mercado físico do boi gordo, principalmente da inversão do ciclo pecuário (para a fase de baixa nas cotações), em que é observada a maior oferta de animais”, justifica o Imea, que, nesta segunda-feira (22/5), divulgou o 1º levantamento das intenções de confinamento em 2023 no Mato Grosso. Segundo o Instituto, o mercado futuro do boi gordo aponta para uma leve alta da arroba no último trimestre do ano, com maior cotação registrada no contrato de outubro, de R$ 247,89/@ (posição em 9 de maio). “Em geral, essa alta nos últimos meses do ano ocorre por conta do aumento na demanda pela proteína bovina, em função dos feriados e datas comemorativas de final de ano”, relata o Imea, que acrescenta: “É valido ressaltar que a volatilidade do mercado e fatores externos, como a demanda da proteína vermelha por países importadores, podem interferir nos preços da arroba no Estado”. Na avaliação do Imea, a crescente pressão baixista observada sob a arroba do boi gordo, somada à fatores de volatilidade no mercado pecuário como o caso de Encefalopatia Espongiforme Bovina (EEB) atípica que ocorreu em fevereiro/23 (no Pará), “acendeu um sinal de alerta em alguns pecuaristas para a forma que realizam a negociação de seus lotes”. Neste sentido, diz o instituto, 22,41% dos pecuaristas do Mato Grosso afirmaram já terem feito a negociação prévia de parte de seus animais, dos quais 8,62% foram por meio do contrato a termo com o frigorífico e 13,79% através do contrato na B3.

PORTAL DBO

Pesquisa do Imea aponta redução de 32% no confinamento deste ano do Mato Grosso

Os pecuaristas do Estado devem levar ao cocho 479,77 mil cabeças, segundo o 1º levantamento das intenções de confinamento realizado em abril/23, ante o volume de 704,2 mil animais computados em 2022

Os pecuaristas do Mato Grosso podem reduzir em 32% o confinamento em 2023, para 479,77 mil cabeças, em relação ao resultado consolidado em 2022, de 704,2 mil animais levados aos cochos, segundo o primeiro levantamento das intenções de confinamento no Estado, realizado em abril/23 pelo Instituto Mato-Grossense de Economia Agropecuária (Imea). Na comparação com a pesquisa computada em abril de 2022, quando foram projetadas 529,9 mil cabeças confinadas, a queda em relação ao primeiro levantamento deste ano foi de 9,46%. A pesquisa contou com a participação de 96 confinadores, do total de 160 da amostra, obtendo uma representatividade de 60% do total amostrado. Dentre as principais preocupações dos pecuaristas de Mato Grosso para a tomada de decisão no confinamento, 37,36% dos entrevistados destacaram o preço do boi gordo, devido a intensa desvalorização do animal no último ano. Em abril/23, o pecuarista mato-grossense recebeu, em média, R$ 246,05 pela arroba do boi gordo, o que representou desvalorização de R$ 45,88/@ sobre o valor obtido em abril/22, de R$ 291,93/@, de acordo com o Imea. Além disso, 14,84% dos entrevistados apontaram também a baixa lucratividade, em reflexo do alto custo de produção, sobretudo em relação aos preços dos insumos. No entanto, apesar de 14,29% dos entrevistados terem informado o preço dos insumos dentre as principais preocupações, o Imea destaca o movimento de queda nas cotações do milho e do farelo de soja, importantes ingredientes usados na nutrição animal. “Os preços do milho e do farelo de soja já sofreram redução de 28,66% e 25,15%, respectivamente, em abril/23 ante abril/22”, compara o instituto. Com a inversão do ciclo pecuário foi observada também uma baixa significativa nos preços dos animais de reposição, relata o Imea. Tal fato, diz o instituto, aliviou a conta do confinador, uma vez que o custo com aquisição de animais está entre as maiores participações no custeio da pecuária de ciclo completo. “Se em abril/22, o pecuarista precisava desembolsar R$ 4.023,21/cabeça para a compra de um boi magro, em abril23 ele precisou de R$ 3.280,26/cabeça, uma retração de 18,47% no comparativo anual”, destaca. Porém, apesar da atual redução nos gastos com aquisição de animais e insumos, em 2023, o custo da diária do animal terminado no Mato Grosso se manteve próximo do observado nos últimos anos, apenas com um leve ajuste negativo. Segundo o levantamento do Imea, o valor médio da diária no confinamento ficou em R$ 15,72/cabeça/dia, uma queda de 2,13% ante ao consolidado de 2022.

IMEA/DBO

Boi gordo: preços param de cair, mas recuperação ainda não veio

Volume de animais ofertados no Centro-Norte ainda impossibilita que cotações reajam. O mercado físico do boi gordo registrou preços acomodados na terça-feira (23), interrompendo um longo período de quedas. No entanto, o volume de animais ofertados no Centro-Norte impossibilita a recuperação das cotações

De acordo com a consultoria Safras & Mercado, isso de fato deve acontecer entre os meses de junho e julho, período em que não haverá tamanha pressão de oferta permitindo alguma recuperação das cotações da arroba. Mesmo assim, não se deve esperar movimentos explosivos de preços da arroba, sem uma variável nova em relação à demanda. Também é pouco provável que o Brasil se beneficie do recente caso atípico de EEB (“mal da vaca louca”) nos Estados Unidos, indica a consultoria. Diferentemente do que ocorre no acordo entre Brasil e China, o protocolo sanitário firmado entre os EUA e o país asiática não contempla a suspensão da corrente de comércio em função de casos atípicos, lembra o analista Fernando Henrique Iglesias, da Safras & Mercado. Preço da arroba de boi gordo pelo Brasil; São Paulo, capital: R$ 255. Dourados (MS): R$ 238. Cuiabá (MT): R$ 230. Goiânia (GO): R$ 230. Uberaba (MG): R$ 245,00. Os preços da carne bovina seguiram estáveis no mercado atacadista. A lenta reposição entre atacado e varejo durante a segunda quinzena do mês, além da posição dos estoques, aponta para retração dos preços no curto prazo. Por outro lado, a carne bovina vem ganhando competitividade no mercado brasileiro em um ano de maior disponibilidade do produto, apontou Iglesias. O quarto traseiro permanece com preço de R$ 18,50 por quilo. O quarto dianteiro segue no patamar de R$ 13,80 por quilo. A ponta de agulha foi precificada a R$ 13,70 por quilo.

AGÊNCIA SAFRAS

ECONOMIA

Dólar fecha em leve alta com dívida americana no radar

No Brasil, algum otimismo em relação ao arcabouço fiscal ajudou pela manhã, mas não foi suficiente para sustentar a dinâmica à tarde

O dólar à vista encerrou a sessão da terça-feira em ligeira alta, em uma sessão em que os investidores ficaram atentos às negociações nos Estados Unidos sobre o teto da dívida do país. A moeda americana se valorizou frente à maioria das divisas ao longo da sessão. Das 33 divisas acompanhadas pelo Valor, apenas três avançavam perto do fechamento. O real operou na maior parte das negociações em alta contra o dólar, descolando de seus pares, mas com a piora no cenário global para os ativos de risco à tarde, o câmbio alterou sua trajetória. O dólar comercial fechou com apreciação de 0,02%, cotado a R$ 4,9711, depois de ter atingido a mínima de R$ 4,9506 e a máxima de R$ 4,9938. Por volta das 17h25, o contrato futuro para junho da moeda americana operava estável, a R$ 4,9760. Os agentes financeiros seguiram atentos à discussão sobre o novo arcabouço fiscal e sua tramitação no Congresso. Ontem, o relator da proposta, Cláudio Cajado (PPBA), se reuniu com o Ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e prometeu que irá fazer ajustes na redação para deixar claro alguns pontos de dúvida. “O relatório nunca deu aumento de R$ 80 bilhões [de gastos para 2024]. Essa conta criou ruídos e vamos encontrar redação que deixe claro que não haverá nada nesse sentido”, disse. Para Eduardo Portella, gestor da Novus Capital, hoje o foco ficou todo no arcabouço. “Principalmente com o relato do ajuste do texto para deixar mais claro que não há aumento de gastos, em R$ 80 bilhões”, afirmou. Na mesma linha, Fernando Bergallo, diretor da FB Capital, disse ter visto algum otimismo com a possibilidade de aprovação do projeto. “Vai impactar diretamente a percepção de risco fiscal de médio prazo”.

VALOR ECONÔMICO

Ibovespa fecha em leve queda, pressionado por Vale, mas alta de Petrobras atenua perda

Investidores encerraram as negociações do dia na expectativa de um desfecho envolvendo a data de votação do novo arcabouço fiscal do país na Câmara dos Deputados e sem sinais de avanço nas negociações envolvendo um aumento no teto da dívida do governo norte-americano

Índice de referência do mercado acionário brasileiro, o Ibovespa caiu 0,26%, a 109.928,53 pontos. O volume financeiro somou 24,2 bilhões de reais. Na visão do analista-chefe da Levante Corp, Eduardo Rahal, o Ibovespa tem demonstrado certa dificuldade em romper a faixa dos 111.500-112.500 pontos. “O mercado parece aguardar, após uma alta substancial durante o mês de maio, sinais mais convictos com relação ao texto final e aprovação do arcabouço fiscal.” Haddad afirmou que o primeiro semestre deve chegar ao fim com a Câmara tendo aprovado o arcabouço fiscal e a reforma tributária, enquanto o Senado pode votar pelo menos a nova regra para as contas públicas. Após a reunião, ele disse que há consenso sobre a urgência da aprovação das duas reformas. Para o especialista em investimentos da Blue3 Investimentos Gabriel Félix, a agenda esvaziada no cenário doméstico no dia reforçou o foco na tramitação do arcabouço fiscal, embora as negociações envolvendo o teto da dívida dos Estados Unidos também tenham ocupado as atenções. Representantes do presidente Joe Biden e dos republicanos do Congresso encerraram sem sinais de progresso outra rodada de negociações sobre o aumento do teto da dívida de 31,4 trilhões de dólares do governo norte-americano, com o país enfrentando o risco de calote em até nove dias. Segundo Rahal, investidores estão ansiosos por uma definição sobre o limite da dívida dos EUA, em razão da importância e da sensibilidade da decisão para os mercados globais. Em Wall Street, o S&P 500 fechou em baixa de mais de 1%.

REUTERS

Fazenda eleva projeção para inflação em 2024 a 3,63%

O Ministério da Fazenda elevou sua projeção para o IPCA em 2024 para 3,63%, de 3,52% estimados em março, mostrou boletim da Secretaria de Política Econômica divulgado na terça-feira

A nova estimativa, que vem em meio a pressões do governo para que o Banco Central reduza a taxa de juros, segue abaixo da projeção mediana do mercado, que aponta para uma inflação de 4,13% no ano que vem, segundo o relatório Focus mais recente. A meta para o ano é de 3%, com uma margem de tolerância de 1,5 ponto percentual. A projeção para o crescimento do PIB no ano que vem foi mantida em 2,3%, bem acima do 1,3% estimado pelos economistas do setor privado. Na segunda-feira, a Fazenda já havia reportado suas novas projeções para os dois indicadores em 2023, com a expectativa de que o PIB cresça 1,9% e o IPCA feche o ano em 5,58%. No boletim, a pasta destacou que, para a média dos cinco principais núcleos de inflação, a expectativa é de variação entre 5,20% e 5,30%, “sinalizando convergência da inflação subjacente ao intervalo da meta”.

Reuters

Por 372 votos a 108, Câmara aprova texto-base do novo arcabouço fiscal

Os parlamentares ainda precisam apreciar os destaques apresentados pelos partidos, com sugestões de mudança no parecer do relator

Em uma vitória para o governo do Presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), a Câmara dos Deputados aprovou na terça-feira, por 372 votos a 108, o texto-base da proposta do novo arcabouço fiscal. Um parlamentar se absteve. Os parlamentares ainda precisam apreciar os destaques apresentados pelos partidos, com sugestões de mudança no parecer do relator Cláudio Cajado (PP-BA). Elaborada pelo Ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), a proposta da nova âncora fiscal foi enviada para substituir o teto de gastos públicos, com o objetivo de garantir a execução de gastos prioritários e a ampliação de investimentos públicos, sem gerar descontrole. Com o objetivo de dar celeridade à votação e para evitar que parlamentares deixassem de votar, o presidente da Casa, Arthur Lira (PP-AL), informou, minutos antes da análise do requerimento de encerramento de discussão, que todas as votações passariam a ter efeito administrativo. Com isso, aqueles que não votassem poderiam ter desconto em seu salário. Desde a aprovação do requerimento de urgência na semana passada, Cajado retomou uma maratona de reuniões com as bancadas partidárias para explicar o texto, tirar dúvidas e ouvir sugestões. Na terça, após uma longa reunião com Lira e com líderes partidários, o relator fez ajustes em seu parecer. Fontes relataram ao Valor que essa disposição do deputado baiano em fazer mudanças no relatório seria determinante para que ele conseguisse apoio suficiente para garantir o avanço da matéria. Um dos ajustes acertados entre o relator, Lira e lideranças partidárias estabeleceu que o aumento de 2,5% dos gastos públicos dependerá da elevação da arrecadação. O relatório defendido por Cajado na semana passada previa que essa alta da despesa ocorreria independente de uma elevação da receita. Em seu novo parecer, o relator excluiu esse aumento automático das despesas em 2024 e permitiu ajuste por crédito suplementar se a arrecadação for maior que a esperada. A nova regra diz que o crescimento real das despesas será equivalente a 70% do aumento das receitas entre julho de 2022 comparado a junho de 2023, comparado ao mesmo período do ano anterior, com intervalo entre 0,6% e 2,5%. É a mesma norma proposta pelo governo. Foi adicionada uma brecha, porém, para que apenas no primeiro ano de vigência (2024) o governo possa abrir crédito suplementar se o crescimento das receitas apurado no segundo bimestre de 2024 (abril) for maior que o verificado na época de elaboração da Lei Orçamentária Anual (LOA). Se, ao final do ano, isso não se realizar, a diferença será descontada do gasto de 2025. Ao deixar a reunião com Lira e com líderes, Cajado afirmou que esse foi o ponto que demandou mais discussão para se chegar ao acordo para votação da matéria.

EMPRESAS

Frigorífico da Minerva em Mirassol D’Oeste (MT) é habilitado a exportar para os EUA

A Minerva anunciou na terça-feira a habilitação do frigorífico de Mirassol D’Oeste (MT) para exportar carne in natura aos Estados Unidos

Em comunicado, a companhia disse que para receber a habilitação, a unidade passou por uma auditoria realizada pelo Ministério da Agricultura, que avaliou o atendimento quanto aos requisitos estabelecidos pelo Food Safety and Inspection Service, órgão americano responsável por garantir a segurança dos alimentos. Com a habilitação da unidade de Mirassol D’Oeste (MT), a Companhia já soma oito unidades que exportam produtos ao mercado americano.

VALOR ECONÔMICO

Gripe aviária pesa sobre ações de frigoríficos em período negativo para o setor

BRF e Marfrig foram as mais castigadas na sessão; JBS acumula queda de 22% no ano

Em meio a um período turbulento para os frigoríficos, com desempenhos mais fracos, as ações de companhias do setor foram ainda mais castigadas na sessão da terça (23) após o governo decretar estado de emergência devido a registros de casos de gripe aviária no Brasil. Segundo a pasta, a medida tem como finalidade evitar que a doença chegue à produção de aves de subsistência e comercial. Mesmo sendo apenas uma medida preventiva, investidores monitoram uma possível redução de oferta de aves comerciais, segundo operadores de mercado consultados pela Folha. Os frigoríficos que têm carne de frango em seu portfólio e que possuem capital aberto na Bolsa de Valores são JBS, BRF e Marfrig. A Marfrig encerrou a sessão da terça em queda de 5,18% na B3, a R$ 6,59, o maior tombo do pregão entre os papéis que compõem o Ibovespa. A BRF recuou 4,91%, a R$ 7,75, a terceira maior queda do dia. Já a JBS teve uma baixa mais leve, de 0,93%, valendo R$ 16,98, após amargar forte desvalorização em pregões passados por causa de seu balanço do primeiro trimestre. De janeiro a março a JBS registrou compressão nas margens de todas as suas unidades de negócios, em meio a um excesso de oferta de proteína no mercado externo e custos mais altos de grãos no Brasil. O lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) ajustado da companhia ficou em R$ 116 milhões, queda de 97,2% ante o mesmo período de 2022. No ano, o papel se desvaloriza 22,78%. No curto prazo, analistas esperam a continuidade da reação negativa do mercado. “Enquanto a JBS continua enfrentando essa tempestade perfeita, com um ciclo de baixa de proteína em todas unidades de negócios, acreditamos que os investidores irão ignorar o preço barato da ação e permanecerão à margem, esperando por um ponto de entrada melhor”, disse o Itaú BBA em relatório no dia 11 de maio. A BRF também reportou resultados fracos no primeiro trimestre, e embora o Ebitda ajustado tenha subido 300% frente ao mesmo período do ano passado, o número veio abaixo do esperado pelo mercado. “Embora reconheçamos que os custos mais baixos de grãos podem melhorar significativamente a lucratividade daqui para frente, acreditamos que os casos recentes de gripe aviária no Brasil podem colocar uma fatia significativa da receita da BRF em risco”, escreveu o Goldman Sachs em relatório no dia 15 de maio. A Marfrig registrou Ebitda ajustado de R$ 1,5 bilhão no primeiro trimestre, queda de 45% frente ao mesmo período de 2022, impactada sobretudo pela divisão norte americana da companhia. Apesar de vislumbrar um cenário positivo para a empresa no Brasil, onde o ciclo do gado deve ser mais benigno nos próximos trimestres, no médio prazo o Itaú BBA mantém visão conservadora para a empresa, “com base em incertezas em relação à normalização do nível de geração de fluxo de caixa”.

FOLHA DE SP

FRANGOS & SUÍNOS

Suínos: cotações em queda

Em São Paulo, de acordo com a Scot Consultoria, a arroba do suíno CIF teve recuo de 2,50%/1,60%, chegando a R$ 117,00/R$ 125,00, enquanto a carcaça especial cedeu 1,10%/2,08%, atingindo R$ 9,00/kg/R$ 9,40/kg

Conforme informações do Cepea/Esalq, referentes à segunda-feira (22), o preço ficou estável apenas no Rio Grande do Sul, fixado em R$ 6,21/kg. Houve queda de 1,94% em Minas Gerais, alcançando R$ 6,57/kg, baixa de 0,95% no Paraná, custando R$ 6,26/kg, retração de 2,58% em Santa Catarina, atingindo R$ 6,03/kg, e de 1,04% em São Paulo, fechando em R$ 6,66/kg

Cepea/Esalq

Preços estáveis para o mercado do frango

Em São Paulo, de acordo com a Scot Consultoria, a ave na granja ficou estável em R$ 5,10/kg, enquanto a ave no atacado caiu 1,15%, atingindo R$ 6,00/kg

Na cotação do animal vivo, São Paulo ficou sem referência de preço. No Paraná, o preço ficou inalterado, valendo R$ 4,76/kg, da mesma maneira que em Santa Catarina, fixado em R$ 4,37/kg. Conforme informações do Cepea/Esalq, referentes à segunda-feira (22), tanto a ave congelada quanto a resfriada não mudaram de preço, custando, respectivamente, R$ 6,57/kg e R$ 6,58/kg.

Cepea/Esalq

Sobe para 8 o número de casos de gripe aviária no Brasil, todos em aves silvestres

Segundo informações do Ministério da Agricultura, três novos casos são no Espírito Santo

Segundo informações do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, a atualização na noite de segunda-feira (22) sobre os casos de influenza aviária de alta patogenicidade, informou que os casos subiram para 8. Na última semana, na segunda-feira (15) foram confirmadas três aves silvestres contaminadas com o vírus no Espírito Santo, em Vitória, Marataízes e em Cariacica, no Espírito Santo. Já no sábado (20), outros dois casos foram detectados: um em Nova Venécia, também no Espírito Santo, e outro no estado do Rio de Janeiro, em São João da Barra. “O Laboratório Federal de Defesa Agropecuária de São Paulo (LFDA-SP), unidade de referência da Organização Mundial da Saúde Animal (OMSA), confirmou três novos casos positivos para influenza aviária (H5N1) no estado de Espírito Santo, que estavam em investigações desde a semana passada. As aves silvestres da espécie Thalasseus acuflavidus (nome popular Trinta-réis-de-bando) foram encontradas nos municípios de Linhares, Itapemirim e Vitória”, informou o MAPA, em nota. Até o momento, de acordo com o Ministério, são oito casos confirmados em aves silvestres, sendo sete no estado do Espírito Santo, nos municípios de Marataízes, Cariacica, Vitória, Nova Venécia, Linhares e Itapemirim, e um no estado do Rio de Janeiro, em São João da Barra. As aves são das espécies Thalasseus acuflavidus (trinta-réis de bando), Sula leucogaster (atobá-pardo) e Thalasseus maximus (trinta-réis real). Também no final da tarde de segunda-feira (22), o MAPA declarou Estado de Emergência Zoosanitária por 180 dias, conforme publicação no Diário Oficial da União. “A declaração de estado de emergência zoossanitária possibilita a mobilização de verbas da União e a articulação com outros ministérios, organizações governamentais – nas três instâncias: federal, estadual e municipal – e não governamentais. Todo esse processo é para assegurar a força de trabalho, logística, recursos financeiros e materiais tecnológicos necessário para executar as ações de emergência visando a não propagação da doença”, explicou o Ministro Fávaro, em nota emitida pelo Ministério.

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