CLIPPING DA ABRAFRIGO Nº 1809 DE 31 DE AGOSTO DE 2022

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Ano 8 | nº 1809 | 31 de agosto de 2022

NOTÍCIAS

Boi: Estabilidade nos preços

Segundos os dados apurados pela Scot Consultoria, nesta terça-feira, os negócios ficaram travados nas praças paulistas, sem alteração nos preços da arroba

Dessa maneira, o boi gordo está sendo negociado por R$ 293/@, enquanto a vaca e a novilha gordas são vendidas, respectivamente, por R$ 274/@ e R$ 285/@ (preços brutos e a prazo). Bovinos com destino ao mercado da China seguem valendo R$ 305/@ no Estado de São Paulo, acrescenta a Scot. No mercado atacadista da carne bovina, a procura por reposição por parte da cadeia de distribuição e varejo permanece fraca e irregular, informa a IHS Markit.

SCOT CONSULTORIA

Boi: PREÇOS CONTINUAM ESTÁVEIS

O ambiente de negócios sugere alguma recuperação dos preços daqui pouco tempo, dada a melhor reposição entre atacado e varejo

O mercado físico do boi gordo apresentou preços pouco alterados na terça-feira (30). A perspectiva ainda é de queda no decorrer da semana, dada a confortável posição das escalas de abate entre os frigoríficos. De acordo com o analista de Safras & Mercado Fernando Henrique Iglesias, a queda dos preços do atacado na proximidade da virada de mês é outro elemento preocupante, sinalizando para demanda ainda lenta, mantendo os estoques de carne elevados. “A incidência de contratos a termo faz com que os frigoríficos de maior porte desfrutem de uma posição ainda mais tranquila neste momento”, diz Iglesias. Em São Paulo (SP), a referência para a arroba do boi ficou em R$ 289. Já em Dourados (MS), arroba cotada em R$276. Em Cuiabá (MT) a arroba de boi gordo finalizou o dia em R$ 269. Em Uberaba (MG), preços continuam fixados em R$ 280. Em Goiânia (GO), os preços do boi ficaram estabilizados em R$ 275 a arroba. O mercado atacadista voltou a operar com preços em queda. De acordo com Iglesias, o ambiente de negócios sugere para alguma recuperação dos preços, dada a melhor reposição entre atacado e varejo durante a primeira quinzena do mês de setembro. Os estoques da indústria frigorífica estão lotados, no entanto, o que sugere para movimento limitado nessa virada de mês, destaca o analista. O quarto dianteiro do boi teve grande queda e foi cotado em R$ 16,00.  Já a ponta de agulha teve preços de R$ 15,90, queda de R$0,60. Por fim, o quarto traseiro do boi ainda teve preço de R$ 20,60 por quilo.

AGÊNCIA SAFRAS

ECONOMIA

Dólar tem maior alta em 4 semanas e corrige acima de R$5,10 com impulso externo

O dólar deu um salto na terça-feira e fechou na maior alta diária em quatro semanas, com o real liderando as perdas entre pares globais, conforme o mau humor externo ditou uma realização de lucros no mercado local de câmbio

O dólar à vista subiu 1,57%, a 5,112 reais, maior valorização percentual diária desde 2 de agosto (1,93%). Voltou, assim, a operar acima de sua média móvel de 100 dias, abaixo da qual havia fechado na véspera pela primeira vez desde junho. O real liderou o bonde das moedas em depreciação na terça-feira, numa lista encabeçada sobretudo por divisas correlacionadas às commodities e que nos últimos dias haviam tido performance superior ao mercado geral na esteira do rali das matérias-primas. Mas nesta sessão o petróleo, por exemplo, desabou mais de 5% nos mercados internacionais, e o minério de ferro –um dos principais produtos da pauta de exportação brasileira– caiu abaixo de 100 dólares a tonelada nas bolsas de Dalian e Cingapura, em meio a temores relacionados à Covid-19. O real é tido como uma moeda de “beta” alto –ou seja, tende a variar mais em comparação a uma referência–, o que em parte explica os movimentos mais dilatados da taxa de câmbio doméstica. A despeito de preocupações com mais despesas públicas a partir de 2023, o mercado entende que não haverá ruptura da política macrofiscal e que algum sinal de controle de gastos poderá ser emitido por qualquer um dos dois principais postulantes ao Palácio do Planalto que se sair vitorioso nas eleições. A queda recente do dólar no Brasil levou estrategistas do Morgan Stanley a considerar que a moeda norte-americana entrou em “bear market” (mercado em baixa) também numa abordagem estratégica semanal –um “bear market” diário já era considerado. Mas em termos mensais os profissionais seguem vendo “bull market” (mercado em alta) para o dólar.

Reuters

Ibovespa fecha em queda com Wall St e tombo do petróleo

A BRF ON cedeu 1,1%, a 16,19 reais, após disparar quase 8,5% nos primeiros negócios, depois de anunciar que o presidente-executivo da companhia, Lorival Luz, renunciou ao cargo, e que ele será substituído por Miguel Gularte, que atuava como presidente da Marfrig. A Marfrig detém 33,27% da BRF, da qual é o maior acionista. MARFRIG ON fechou em queda de 3,78%, a 13,49 reais. O conselho de administração da Marfrig aprovou a eleição de Rui Mendonça Junior para ocupar o cargo de diretor presidente

O Ibovespa teve queda na terça-feira, contaminado por Wall Street, com números de emprego acentuando preocupações sobre o ciclo de aumento dos juros nos Estados Unidos, enquanto Petrobras desabou na esteira do tombo do petróleo no exterior. Índice de referência do mercado acionário brasileiro, o Ibovespa caiu 1,68%, a 110.430,64 pontos. O volume financeiro somava 24,2 bilhões de reais. Nos EUA, o S&P 500 recuou 1,1%, na terceira baixa seguida, com um aumento nas vagas de emprego em aberto em julho reforçando apostas de que o Federal Reserve manterá trajetória agressiva de aperto da política monetária. O presidente do Fed de Nova York, John Williams, também disse nesta terça-feira que o BC dos EUA provavelmente precisará elevar sua taxa básica de juros acima de 3,5%. Para o superintendente da Necton/BTG Pactual, Marco Tulli, o medo em relação aos próximos movimentos da taxa de juros dos EUA foi o maior peso negativo nos mercados. “E ainda teve Vale caindo”, disse, mencionando peso relevante do papel no Ibovespa.

Reuters

Governo central tem superávit de R$19,309 bi julho, aponta Tesouro

O governo central, que reúne Tesouro Nacional, Banco Central e Previdência Social, registrou um superávit primário de 19,309 bilhões de reais em julho, divulgou o Tesouro na terça-feira

O dado veio melhor que a projeção do mercado, de superávit de 17,6 bilhões de reais, segundo pesquisa Reuters com analistas. No acumulado de janeiro a julho, o superávit nas contas públicas foi de 73,088 bilhões de reais, contra um rombo de 73,088 bilhões de reais em igual período de 2021. Em 12 meses, o superávit primário é de 115,6 bilhões de reais, equivalente a 1,38% do Produto Interno Bruto (PIB).

Reuters

Confiança de serviços cai em agosto ante julho, mostra levantamento da FGV

Índice de Confiança de Serviços vinha de cinco altas consecutivas

O Índice de Confiança de Serviços (ICS) caiu 0,2 ponto na passagem de julho para agosto, na série com ajuste sazonal, para 100,7 pontos, informou a Fundação Getúlio Vargas (FGV) na terça-feira, 30. Em médias móveis trimestrais, o índice avançou 0,8 ponto. “Depois de cinco altas consecutivas, a confiança de serviços se acomodou em agosto. Nesse mês, apesar de uma avaliação favorável sobre a situação atual dos negócios, há uma percepção de desaceleração na demanda atual. Apesar disso, ainda é cedo para afirmar que haverá uma reversão da tendência positiva que vinha ocorrendo pois existem perspectivas otimistas em relação a demanda nos próximos meses, principalmente no que diz respeito a serviços prestados às famílias. Apesar de um ambiente macroeconômico desafiador e com sinais de desaceleração, a redução da inflação e as medidas de estímulo feitas pelo governo parecem sustentar os resultados favoráveis até o momento”, avaliou Rodolpho Tobler, economista do Instituto Brasileiro de Economia da FGV (Ibre/FGV), em nota oficial. Em agosto, o Índice de Situação Atual (ISA-S) recuou 0,7 ponto, para 100,1 pontos. O Índice de Expectativas (IE-S) avançou 0,4 ponto, para 101,3 pontos. Segundo a FGV, a confiança de serviços vinha apresentando resultados favoráveis desde março, com trajetória positiva disseminada entre os segmentos pesquisados, com destaque para os serviços prestados às famílias, que continuaram subindo em agosto. A confiança do subsetor de serviços prestados às famílias vinha sendo influenciada pela melhora das avaliações sobre a situação atual, mas em agosto passou a ser puxada pelas expectativas. “A desaceleração da inflação e o aumento dos recursos das famílias com aumento dos programas do governo podem estar influenciando essa melhora nas expectativas do segmento”, completou Tobler. A coleta de dados para a edição de agosto da Sondagem de Serviços foi realizada com 1.548 empresas entre os dias 1º e 26 do mês.

O ESTADO DE SÃO PAULO

IGP-M passa a cair 0,70% em agosto com novo alívio de combustíveis, diz FGV

 Os preços de combustíveis continuaram fornecendo alívio e o Índice Geral de Preços-Mercado (IGP-M) passou a cair 0,70% em agosto, marcando a primeira taxa negativa desde setembro do ano passado, depois de ter subido 0,21% no mês anterior

O dado divulgado pela Fundação Getulio Vargas (FGV) na terça-feira ficou abaixo da expectativa em pesquisa da Reuters, de queda de 0,54%. Com isso, o índice passou a acumular em 12 meses avanço de 8,59%, desacelerando com força ante a taxa de 10,08% em julho e marcando o patamar mais fraco desde junho de 2020 (7,31%). Em agosto de 2021, o IGP-M havia subido 0,66% sobre o mês anterior e acumulava alta de 31,12% em 12 meses. O Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA), que responde por 60% do índice geral e apura a variação dos preços no atacado, caiu 0,71% no mês, depois de ter avançado 0,21% em julho. Já o Índice de Preços ao Consumidor (IPC), que tem peso de 30% no índice geral, acelerou a queda a 1,18% em agosto, depois de ceder 0,28% no mês anterior. “Os combustíveis fósseis –dada a redução do ICMS e dos preços na refinaria– seguem exercendo expressiva influência sobre os resultados do IPA e do IPC, ambos com taxa negativa em agosto”, explicou em nota André Braz, coordenador dos índices de preços. No atacado, ele destacou as quedas nos preços da gasolina (-8,23%, de +4,47% em julho) e do diesel (-2,97%, de +12,68%) como principais responsáveis pelo arrefecimento da inflação. Para o consumidor, o alívio mais expressivo partiu dos custos de passagens aéreas (-17,32%, contra -5,20% no mês anterior) e etanol (-9,90%, de -9,41%). O Índice Nacional de Custo da Construção (INCC) teve alta de 0,33% no período, de 1,16% antes. O IGP-M calcula os preços ao produtor, consumidor e na construção civil entre os dias 21 do mês anterior e 20 do mês de referência.

Reuters

EMPRESAS

Em dia de mudança no comando executivo, BRF cai 1,1% na B3

Papéis da Marfrig, atual controladora da dona da Sadia, caíram 3,8%

As ações da BRF não conseguiram sustentar a valorização do início do dia e encerraram em queda na B3 na terça-feira (30/8), data em que a companhia anunciou mudanças em seu comando executivo. Os papéis da empresa recuaram 1,1%, a R$ 16,19. Pouco depois do início do pregão, os papéis da dona da Sadia chegaram a subir 4%, sob o impacto da renúncia de Lorival Luz e do anúncio de que seu substituto será Miguel Gularte, até então o principal executivo da Marfrig. As ações da companhia, atual controladora da BRF, terminaram o dia em baixa de 3,78%, a R$ 13,49. O mercado já esperava uma mudança dessa natureza desde que a Marfrig assumiu o controle da BRF. Segundo fontes ouvidas pelo Valor, a BRF estava em uma “sinuca de bico” sob o comando de Lorival Luz, sem conseguir destravar o seu potencial de crescimento por falta de caixa. O mau humor de investidores e analistas cresceu no anúncio dos resultados do segundo trimestre. Para a XP, a mudança foi positiva. “Miguel deve ser capaz de tornar a BRF mais ágil, eliminando a inércia incômoda que era responsável por oportunidades perdidas no passado da BRF”, dizem os analistas Leonardo Alencar e Pedro Fonseca, em relatório. Segundo eles, a acomodação dos preços dos grãos usados nas rações e o aumento da demanda por carne de frango, que se traduziu em aumento de margens no segundo trimestre de 2022, representaram uma melhoria de fundamentos para a BRF. A companhia teve prejuízo líquido de quase R$ 470 milhões no intervalo entre abril e junho. No trimestre anterior, a perda líquida da empresa havia sido de R$ 1,5 bilhão. “Prevemos que o momentum positivo continue nos resultados da empresa, mas, como mencionamos anteriormente, um processo de turnaround [recuperação de valor e performance] é muito mais profundo, e estamos ansiosos para ver como a nova governança afetará a BRF”, dizem os analistas da XP, que mantiveram em “neutra” sua recomendação para as ações da dona da Sadia. Em comentário sobre a Marfrig, Leonardo Alencar e Pedro Fonseca disseram que a ascensão do então diretor de industrializados Rui Mendonça ao posto de CEO deve garantir uma “transição tranquila”. Mendonça vai substituir Miguel Gularte, que assumirá o comando da BRF. Os analistas disseram ainda que, a despeito da piora das margens na National Beef, as ações da Marfrig caíram exageradamente, e que por isso a recomendação continua sendo de compra dos papéis. No segundo trimestre, a Marfrig teve lucro líquido de R$ 560 milhões. Uma fonte que conhece bem os negócios da Marfrig disse que a queda das ações da empresa não tem relação com a troca de comando. “Rui é um cara experiente, já foi COO da Marfrig também. O recuo está mais relacionado a um potencial evento societário do que a uma mudança de management”, afirmou. Segundo levantamento do Valor Data, neste ano, as ações ordinárias da BRF acumularam queda de 25,1% até ontem, quando fecharam a R$ 16,87. Os papéis da Marfrig, por sua vez, recuaram 31,9% entre o início de 2022 e esta segunda-feira, para R$ 13,86.

VALOR ECONÔMICO

FRANGOS & SUÍNOS

Mercado de suínos com queda acentuada

Em São Paulo, de acordo com a Scot Consultoria, a arroba do suíno CIF teve recuo de 2,31%/2,92%, custando R$ 127,00/R$ 133,00, enquanto a carcaça especial cedeu 3,09%/2,94%, valendo R$ 9,40/R$ 9,90 o quilo

Na cotação do animal vivo, conforme informações do Cepea/Esalq, referentes à segunda-feira (29), houve queda de 3,28% no Paraná, chegando em R$ 6,48/kg, recuo de 3,17% em Santa Catarina, atingindo R$ 6,41/kg, desvalorização de 2,76% no Rio Grande do Sul, alcançando R$ 6,35/kg, retração de 2,68% em São Paulo, baixando para R$ 7,27/kg e baixa de 2,45% em Minas Gerais, fechando R$ 7,17/kg.

Cepea/Esalq

Preços estáveis para o mercado do frango

Em São Paulo, de acordo com a Scot Consultoria, a ave na granja ficou estável em R$ 5,80/kg, enquanto o frango no atacado baixou 0,41%, atingindo R$ 7,20/kg

Na cotação do animal vivo, São Paulo ficou sem referência de preço. Em Santa Catarina não houve mudança de preço, custando R$ 4,25/kg, nem no Paraná, valendo R$ 5,45/kg.

Conforme informações do Cepea/Esalq, referentes à segunda-feira (29), tanto a ave congelada quanto a resfriada ficaram estáveis, valendo R$ 7,96/kg e R$ 7,99/kg, respectivamente.

Cepea/Esalq

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