CLIPPING DA ABRAFRIGO Nº 1786 DE 29 DE JULHO DE 2022

clipping

Ano 8 | nº 1786 | 29 de julho de 2022

 

NOTÍCIAS

Pressão de baixa nas praças paulistas

Com escalas de abate alongadas e incremento no volume de bovinos oriundos do primeiro giro de confinamento, os preços da arroba nas praças paulistas seguem pressionados. Houve queda de R$2,00/@ para o boi gordo, a cotação para vaca e novilha gordas seguiu estável em relação a cotação anterior (27/7)

No Triângulo Mineiro, a menor demanda por vacas e novilhas pressionam as cotações na região do Triângulo Mineiro. Houve queda de R$2,00/@ em ambas as categorias, já a referência para o boi gordo permaneceu estável. Em Cuiabá – MT, houve queda de R$2,00 na cotação da arroba da novilha gorda, para o boi e vaca gordos preços estáveis na comparação com levantamento anterior. Com escalas de abate alongadas e incremento no volume de bovinos oriundos do primeiro giro de confinamento, os preços da arroba nas praças de São Paulo seguem pressionados, informou na quinta-feira, 28 de julho, a Scot Consultoria. Segundo os analistas da consultoria de Bebedouro (SP), houve queda diária de R$ 2/@ para o boi gordo “comum”, direcionado ao mercado interno – agora ele está valendo R$ 308/@, preço bruto, no prazo. As cotações da vaca e novilha gordas não sofreram alterações nesta quinta-feira, e seguem negociadas em R$ 280/@ e R$ 300/@, respectivamente (preços brutos e a prazo). O boi-China está cotado em R$ 320/@ no mercado paulista, mas, com o avanço na liquidez para esta categoria, ofertas abaixo da referência já são vistas, observa a Scot.

SCOT CONSULTORIA

Bancos querem controlar cadeia da carne na Amazônia, mas poupam pecuaristas

Documento em debate na Febraban lista as regras que frigoríficos terão que cumprir para acessar crédito

Em um movimento inédito, os bancos brasileiros querem criar uma regra para controlar o risco de desmatamento da Floresta Amazônica pela cadeia de carne bovina. As medidas em discussão na Federação Brasileira de Bancos (Febraban) miram apenas nos frigoríficos e ignoram os pecuaristas, atores também relevantes para coibir a “lavagem de gado”. O Valor teve acesso à minuta de uma normativa que está em debate na Febraban. O documento, que ainda precisa passar por algumas instâncias para se tornar uma medida de autorregulação, lista as regras que os frigoríficos terão que cumprir para acessar crédito no sistema bancário. Se a medida de fato sair do papel, a indústria de carne será a primeira a ter uma regulação dos bancos voltada à Amazônia. A principal meta foi estipulada para dezembro de 2025. Se quiserem obter crédito nos bancos depois disso, os frigoríficos terão de garantir que não compram gado de áreas de desmatamento ilegal. Hoje, o fornecedor indireto (aquele que vende bezerros ou boi magro) é o principal gargalo para o monitoramento do gado na Amazônia. Procurada pela reportagem, a federação confirmou as discussões sobre o assunto. A intenção é que a normativa seja aprovada ainda em 2022. Na quinta-feira, o comitê de ESG da Febraban se reuniu para discutir a normativa. Para entrar em vigor, o documento ainda terá de passar pelo comitê e conselho de autorregulação, o que ainda pode provocar alterações no texto, disse ao Valor o diretor de sustentabilidade da Febraban, Amaury Oliva. Por enquanto, apenas os bancos estão envolvidos nas discussões da norma, mas atores da pecuária ainda poderão ser consultados na fase final. “A ideia é ter primeiro pactuado entre os bancos para depois ter o diálogo”, argumentou o diretor. O texto em discussão, no entanto, já despertou algumas críticas. À reportagem, uma fonte que acompanha o caso disse que as regras só vão estipular medidas que os principais frigoríficos já adotam ou estão no caminho para cumprir. A ausência dos criadores de gado da discussão impede uma discussão sobre o acesso ao sistema bancário que pecuaristas que operam em área desmatada ainda têm. “Como o banco garante que não abre conta para o desmatador?”, indagou uma fonte, acrescentando que a regra deveria ir muito além do crédito, passando pela relação dos bancos com esses clientes. “O desmatador deveria ser marginalizado do sistema bancário”, sugeriu a mesma fonte. Questionado sobre a ausência de regras para pecuaristas na normativa, Oliva disse que os frigoríficos foram escolhidos como os primeiros porque formam um elo mais organizado da cadeia e já contam com alguns protocolos em direção ao controle do desmatamento ilegal na Amazônia. “É um setor de relativa concentração e os grandes frigoríficos já têm protocolo”, disse. Ele também destacou que o Banco Central conta, desde o ano passado, com a Resolução 140, que impede a concessão de crédito rural a empreendimentos que estejam em áreas de conservação, não tenham o Cadastro Ambiental Rural (CAR) ou estejam em áreas embargadas pelo Ibama. A própria Febraban já contava com a restrição de crédito nesse sentido desde 2014, independentemente do bioma, disse Oliva.

VALOR ECONÔMICO

Boi/Cepea: Arroba se valoriza; preço da carcaça recua

Os preços da arroba do boi gordo tiveram pequeno acréscimo nos últimos dias, enquanto as cotações da carcaça casada registraram queda, segundo dados do Cepea

Entre 20 e 27 de julho, o Indicador do boi gordo CEPEA/B3 avançou 0,42%, fechando a R$ 325,05 na quarta-feira, 27. Esse cenário esteve atrelado sobretudo à postura firme de pecuaristas diante dos valores menores quem vêm sendo ofertados pela indústria. Quanto à carne negociada no mercado atacadista da Grande São Paulo, houve desvalorização de 0,2% da carcaça casada do boi de 20 a 27 de julho, comercializada a R$ 20,23/kg nessa quarta. Agentes do setor consultados pelo Cepea indicam que a demanda pela proteína segue enfraquecida.

Cepea

Boi: demanda durante virada do mês pode trazer altas

Com os frigoríficos ainda apresentando escalas mais alongadas, o mercado do boi gordo espera o Dia dos Pais para maiores preços

O mercado físico de boi gordo ainda registrou acomodação nos preços na quinta-feira (28). Segundo o analista de Safras & Mercado, Fernando Henrique Iglesias, os frigoríficos ainda sinalizam para uma posição de relativo conforto nas escalas de abate. No entanto, a demanda durante a virada de mês pode motivar altas dos preços do boi gordo em grande parte do país. “O adicional de demanda durante o Dia dos Pais segue como fator prioritário para justificar maior otimismo em relação à primeira quinzena de julho. Exportações permanecem em ótimo nível, principalmente no que diz respeito à receita, fazendo com que os animais que cumprem os requisitos de exportação para o mercado chinês carreguem ágio de até R$ 30 em relação a animais que são destinados ao mercado doméstico”, destaca Iglesias. Em São Paulo (SP), a referência para a arroba do boi permaneceu em R$ 314. Já em Dourados (MS), os preços também se mantiveram e ficam em R$286. Ao mesmo tempo, em Cuiabá (MT) a arroba de boi gordo ainda teve preço de R$ 287. Em Uberaba (MG), os preços ainda são de R$290. Em Goiânia (GO), os preços do boi não têm alterações, ficando em R$ 285 a arroba. O mercado atacadista do boi gordo também apresentou preços acomodados. Iglesias diz que a perspectiva ainda é de alta dos preços no decorrer da primeira quinzena de agosto, período que conta com maior apelo ao consumo, uma vez que além da entrada dos salários na economia precisa ser considerado o adicional de demanda durante o Dia dos Pais, que costuma fomentar o consumo de proteína animal. O quarto dianteiro do boi fechou com preço de R$ 16,20. Já a ponta de agulha também se estabilizou e ficou a R$ 16,10. O quarto traseiro do boi mantém-se em R$ 21,90 por quilo.

AGÊNCIA SAFRAS

ECONOMIA

Dólar à vista fecha em queda de 1,66%, a R$5,162

Os vendedores de dólar dominaram o mercado de câmbio na quinta-feira e empurraram a moeda a uma queda superior a 1%, no quarto pregão consecutivo de perdas que terminou com a cotação no menor valor em um mês, em meio à continuidade do desmonte de posições pró-dólar um dia depois de o Fed sinalizar abrandamento na alta dos juros

A surpreendente retração da economia norte-americana no segundo trimestre –que por uma definição comum deixaria os Estados Unidos em recessão técnica– pesou sobre o dólar em todo o mundo, uma vez que reforçou cenários de que os juros nos EUA podem não subir tanto, o que tiraria apelo da divisa norte-americana. O dólar à vista caiu 1,66%, a 5,162 reais, menor valor para um encerramento desde 21 de junho (5,1533 reais). Em quatro sessões, o dólar recuou 6,10%, maior desvalorização para o período desde novembro de 2020. As baixas consecutivas empurraram a cotação para queda de 1,32% no cômputo de julho. Na sexta-feira passada, o acumulado do mês era de alta de 5,09%.

REUTERS

Ibovespa fecha em alta puxada por Petrobras após dividendo recorde

O Ibovespa fechou em alta pelo segundo pregão seguido na quinta-feira, puxado principalmente por Petrobras, que avançou mais de 3% após anunciar pagamento trimestral recorde de dividendos

Uma bateria de resultados corporativos também repercutiu nos negócios, entre eles os números de Ambev, Santander Brasil e Suzano. A agenda de balanços ainda reserva nesta quinta-feira os números de Petrobras e Vale. Índice de referência no mercado acionário brasileiro, o Ibovespa avançou 1,11%, a 102.562,40 pontos, de acordo com dados preliminares. Wall Street foi outro componente favorável para a nova máxima em mais de um mês do Ibovespa, uma vez que o S&P 500 fechou em alta de mais de 1%.

REUTERS

Governo central tem superávit de R$14,4 bi em junho, recorde para o mês

O governo central, que reúne Tesouro Nacional, Banco Central e Previdência Social, registrou em junho um superávit primário de 14,433 bilhões de reais, divulgou o Tesouro na quinta-feira, recorde para o mês em termos nominais

No acumulado de janeiro a junho, houve superávit nas contas públicas de 53,614 bilhões de reais, contra um déficit de 53,568 bilhões de reais em igual período de 2021. Já em 12 meses, o superávit primário é de 75,1 bilhões de reais, equivalente a 0,93% do Produto Interno Bruto (PIB). As receitas líquidas do governo central, que excluem as transferências a Estados e municípios, subiram 53,9% em termos reais em junho contra o mesmo mês de 2021, para 190,567 bilhões de reais, enquanto as despesas totais caíram 14,5%, a 176,134 bilhões de reais. As receitas totais registraram alta real de 16,3% no acumulado do ano, com destaque para o aumento de 55,2% das receitas não-administradas, fortemente concentradas na arrecadação de concessões, dividendos e royalties de petróleo, que têm subido diante da alta da commodity em meio às restrições de oferta trazidas pela guerra na Ucrânia. Já as despesas subiram 1,2% no ano, puxadas para baixo por uma queda das despesas extraordinárias com enfrentamento à pandemia e dos gastos com precatórios. Na última semana, o Ministério da Economia revisou sua projeção para o resultado primário do governo central no encerramento de 2022, melhorando a estimativa de 65,5 bilhões de reais de déficit para um rombo de 59,4 bilhões de reais. Apesar do número ainda negativo, a equipe econômica conta com novos ganhos extraordinários de arrecadação e uma melhora nas projeções nos próximos meses, chegando ao fim deste ano com resultado primário próximo de zero. Para isso, porém, o governo pediu a estatais que reforcem pagamentos de dividendos ao Tesouro.

REUTERS

Brasil abre 277.944 vagas de trabalho em junho, abaixo de 2021

No mesmo mês do ano passado foram criadas 317.812 vagas

O mercado de trabalho brasileiro registrou abertura líquida de 277.944 vagas com carteira assinada em junho, segundo dados do Novo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) divulgados na quinta-feira pelo Ministério do Trabalho e Previdência. O resultado líquido mensal é pior do que o registrado no mesmo mês de 2021, quando foram criadas 317.812 vagas. No mês passado, foram registradas 1.898.876 admissões contra 1.620.932 desligamentos. Com isso, o saldo de contratações acumulado no primeiro semestre deste ano ficou positivo em 1.334.791. O salário médio de admissão de novos empregados com carteira assinada ficou em R$ 1.922,77 em junho. O número representa alta real, já descontada a inflação, de 0,68% em relação a maio. Em 2020, o Caged passou por mudanças metodológicas, e especialistas afirmam que não é adequado comparar os dados atuais com os da série histórica anterior, que vai até 2019. No acumulado de 2022, houve 11.633.347 admissões e 10.298.556 desligamentos. O resultado líquido foi pior do que o registrado no mesmo período de 2021, quando foram criadas 1.478.997 vagas. Para este ano como um todo a projeção mediana do mercado é de abertura de 1.778.304 postos, segundo o Valor Data. Setores e regiões Os dados mostram que houve abertura líquida de vagas em todos os cinco setores da economia em junho: agropecuária, produção florestal, pesca e aquicultura (34.460 vagas), indústria geral (41.517), construção (30.257), comércio e reparação de veículos automotores e motocicletas (47.176) e serviços (124.534). No acumulado de 2022, os cinco setores também apresentaram saldo positivo de vagas: agropecuária, produção florestal, pesca e aquicultura (84.043), indústria geral (215.839), construção (184.748), comércio, reparação de veículos automotores e motocicletas (61.677) e serviços (788.488). Todas as cinco regiões do país apresentaram saldo positivo de criação de vagas em junho. Houve abertura de vagas no Sudeste (137.228 vagas), Sul (31.774), Nordeste (52.122), Norte (21.780) e Centro-Oeste (34.263). No acumulado deste ano, o resultado também está positivo nas regiões: Sudeste (662.409), Sul (248.966), Nordeste (148.914), Norte (74.003) e Centro-Oeste (185.705). O país gerou liquidamente em junho 7.390 novos postos de trabalho intermitente, modalidade criada pela reforma trabalhista que permite jornada em dias alternados ou por horas determinadas. O número foi resultado de 23.483 admissões e 16.093 desligamentos. No chamado regime de tempo parcial, foram registradas 19.040 admissões e registrados 16.398 desligamentos, gerando saldo positivo de 2.642 vagas.

VALOR ECONÔMICO

IGP-M desacelera alta para 0,21% em julho, diz FGV

O Índice Geral de Preços-Mercado (IGP-M) registrou alta de 0,21% em julho, depois de ter subido 0,59% no mês anterior, informou a Fundação Getulio Vargas (FGV) na quinta-feira

O IGP-M foi a 10,08% em 12 meses. O dado veio abaixo da expectativa em pesquisa da Reuters com analistas de avanço de 0,30%. O IGP-M calcula os preços ao produtor, consumidor e na construção civil entre os dias 21 do mês anterior e 20 do mês de referência.

REUTERS

IPP: inflação da indústria fica em 1% em junho

Os preços no setor industrial em junho tiveram alta de 1% em relação a maio, desacelerando em relação aos 1,81% na passagem de abril para maio. No acumulado do ano, o indicador atingiu 10,12%, a segunda maior taxa para o mês de junho da série histórica. No acumulado em 12 meses, alta foi de 18,78%.

Os dados, divulgados nesta quinta-feira (28/07) pelo IBGE, são do Índice de Preços ao Produtor (IPP), que mede a variação dos preços de produtos na “porta da fábrica”, isto é, sem impostos e frete. Das 24 atividades das indústrias extrativas e da transformação pesquisadas, 15 apresentaram alta em junho. O destaque deste mês ficou para a indústria de refino de petróleo e biocombustíveis com a maior variação (4,05%) e a maior influência: 0,52 ponto percentual (p.p.). A alta foi puxada pelos produtos derivados do petróleo, como o querosene de aviação, a gasolina e, principalmente, o óleo diesel. “O aumento desses produtos ocorre, em parte, por conta dos maiores preços do petróleo bruto, que está com uma demanda global aquecida desde meados de 2021, mas que não está sendo acompanhada por um crescimento da oferta. Fatores como a guerra entre a Rússia e Ucrânia acabam limitando ainda mais essa oferta mundial”, explica o analista da pesquisa, Murilo Alvim. Ele comenta que o resultado da atividade ainda foi segurado por conta dos preços do álcool, que apresentaram queda no mês, consequência de uma redução na demanda pelo produto. Outro setor que ganhou destaque foi o de alimentos, em grande medida por conta dos maiores preços do leite e seus derivados. “O grupo de laticínios, por exemplo, mostra uma variação de 14,91% no mês, sendo esse o maior resultado em toda a série nesse indicador. “Outro produto que ajuda a explicar essa alta do setor de alimentos são os açúcares, produtos exportáveis que estão com uma demanda externa aquecida. Além de ter ocorrido um aumento do dólar no mês, de 1,9%, que aumenta o preço recebido em real pelo produtor”, acrescenta Alvim. Os quatro setores com maiores variações, em termos absolutos, foram: refino de petróleo e biocombustíveis (4,05%); impressão (3,97%); indústrias extrativas (-2,89%); e alimentos (1,99%). As maiores influências ocorreram em refino de petróleo e biocombustíveis (0,52 p.p), alimentos (0,46 p.p.), indústrias extrativas (-0,17 p.p.) e metalurgia (-0,10 p.p.). Em contraponto aos setores que impulsionaram os preços de junho para cima, a indústria extrativa sofreu queda de 2,89%, com uma variação menos intensa observada no setor nesse primeiro semestre. Segundo Alvim, isso é justificado porque os dois produtos de maior peso da área caminharam em direções contrárias. Os óleos brutos de petróleo apresentaram alta no mês, mas foram mais que compensados pela queda observada nos minérios de ferro. “Os resultados estão de acordo com a variação dessas commodities no mercado internacional. No caso dos minérios de ferro, a queda ocorre por conta de uma demanda desacelerada pelo produto, em especial por parte da China, como consequência da política de ‘Covid Zero’ adotada pelo país e que tem freado suas atividades econômicas. E a desaceleração econômica nos Estados Unidos e na Europa também tem impactado o preço da commodity”, esclarece o analista.

Agência IBGE de Notícias

EMPRESAS

Holding da Plena Alimentos estima receita de R$ 3,3 bi em 2022

O Grupo CDM, holding formada pela Plena Alimentos e outras três empresas (veja mais abaixo), prevê registrar receita de R$ 3,3 bilhões em 2022, uma alta de 22% ante o registrado em 2021, segundo comunicado divulgado pela empresa.

A holding também pretende investir R$ 120 milhões como parte do seu plano de expansão, visando consolidar a empresa no mercado doméstico de proteína animal e ampliar exportações. “Nosso planejamento estratégico prevê ampliação do parque fabril, o que permitirá nos consolidar no mercado interno e possibilitará o aumento das exportações”, disse o diretor comercial e de Marketing da Plena Alimentos, Roberto Oliveira, em comunicado. A empresa investirá na construção de uma unidade de desossa em Porangatu (GO) e na modernização da área de armazenagem em Contagem (MG), onde irá instalar um transelevador na área de armazenagem para gestão automatizada do estoque. A Plena Alimentos tem três unidades industriais de abate de bovinos, duas unidades para beneficiamento de carnes e uma central de armazenagem e distribuição de produtos alimentícios nos estados de Minas Gerais, Tocantins e Goiás. A empresa pretende contratar cerca de 230 pessoas na nova unidade de desossa em Goiás até o início da operação no primeiro semestre de 2023. As plantas em Pará de Minas (MG), Contagem (MG) e Paraíso do Tocantins (TO) também receberão investimentos para aumento da capacidade e melhorias na operação logística. “A estratégia é, além de alcançar novos mercados, otimizar processos e obter amplo desenvolvimento tecnológico”, disse Oliveira. Além da Plena Alimentos, o Grupo CDM opera a Agropecuária Grande Lago, empresa de confinamento de gado que tem unidades em Jussara (GO) e Igaratinga (MG) com capacidade de abater 180 mil bois por ano. O grupo também é composto pela empresa de logística Transquali, com matriz em Contagem (MG), que realiza a gestão do transporte de carga em todo o país, e pela Petsko, unidade de produção e comercialização de snacks naturais no segmento pet, localizada em Paraíso do Tocantins (TO).

CARNETEC

FRANGOS & SUÍNOS

Exportação brasileira de carne de frango deve subir 6% em 2022. A de carne suína pode cair até 3%, diz ABPA

No caso da carne suína, disponibilidade interna da proteína em 2022 deve ser 9% maior do que a registrada em 2021

Segundo dados divulgados na quinta-feira (28) pela Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), as exportações de carne de frango devem aumentar em até 6% em 2022, somada à pequena disponibilidade interna em relação ao ano passado. Já a carne suína deve ter recuo de cerca de 3% nas exportações este ano, enquanto a disponibilidade da carne no mercado interno deve ser 9% maior que 2021. Sobre a carne de frango, a ABPA projeta que a produção brasileira em 2022 deva chegar à casa das 14,5 milhões de toneladas, aumento de cerca de 1% em relação ao ano passado. Já para 2023, a previsão é de que a produção da proteína cresça 4,5% no comparativo com 2022, atingindo até 15 milhões de toneladas.   As exportações de carne de frango devem manter ritmo de crescimento semelhante em 2022 e 2023, segundo a entidade. A previsão para este ano é aumentar em 6% em relação a 2021, alcançando até 4,9 milhões de toneladas embarcadas e crescer mais 6% no ano que vem, chegando em até 5,2 milhões de toneladas enviadas ao mercado externo. Para 2022 a disponibilidade interna de carne de frango deve ter ligeira alta de 0,5%, com projeção máxima de 9,8 milhões de toneladas, o que deve crescer para até 10 milhões de toneladas no ano que vem, avanço de 2%. Em relação ao consumo brasileiro da proteína avícola, 2022 deve se manter estável em comparação a 2021, com marca de até 45,5 quilos per capita/ano. Já para 2023, a prospecção é de avanço de até 2%, chegando em R$ até 46 quilos per capita/ano. Para a carne suína, a projeção para 2022 é de uma produção de até 4,95 milhões de toneladas, o que representa incremento de até 5% em relação a 2021. Ao olhar para 2023, o crescimento deve ser mais modesto, na ordem dos 3%, chegando em até 5,1 milhões de toneladas, estima a ABPA. Quando se fala em mercado externo, 2022 deve ter uma redução em comparação a 2021 de 3%, fechando o ano com até 1,1 tonelada embarcada. Já para o ano que vem, a previsão para as exportações da proteína é mais otimista: alta de até 9%, podendo atingir 1,2 milhão de tonelada exportada. Nas projeções da ABPA, a China, que já havia aumentado a produção de carne suína em 2021 em 30,7% em relação a 2020, atingindo 47,500 mil toneladas, deve crescer ainda mais em 2022 em 9,1%, fechando o ano com 51.800 mil toneladas. Em 2022 a disponibilidade interna de carne suína deve ser até 9% maior que no ano passado, fechando o ano com até 3,9 milhões de toneladas no mercado interno. Para o ano que vem, a perspectiva é de pouca variação, alta de 2%, podendo atingir 3,95 milhões de toneladas. Destaque para o consumo per capita da carne suína, que em 2021 era de 16,7 quilos por pessoa/ano e deve saltar até 8% em 2022, batendo na casa dos 18 quilos per capita/ano. Ainda deve haver ligeiro crescimento de 1,5% em 2023, com consumo de 18,3 quilos por pessoa/ano.

ABPA

Suínos: preços estáveis na quinta-feira

Na quinta-feira (28) o mercado de suínos amenizou as perdas e ficou com as cotações praticamente todas estáveis

Em São Paulo, de acordo com a Scot Consultoria, a arroba do suíno CIF ficou estável em R$ 123,00/R$ 131,00, assim como a carcaça especial, custando R$ 9,20/R$ 9,50/kg. Na cotação do animal vivo, conforme informações do Cepea/Esalq, referentes à quarta-feira (27), houve queda de 0,28% em São Paulo, chegando em R$ 7,00/kg, e leve alta de 0,15% em Minas Gerais, atingindo R$ 6,77/kg. Os preços ficaram estáveis no Paraná (R$ 6,22/kg), Rio Grande do Sul (R$ 6,27/kg), e Santa Catarina (R$ 6,42/kg). O mês de julho vai chegando ao fim com os preços do suíno comercializado no mercado independente estáveis ou com leves altas nas principais praças produtoras do país. Apesar desta manutenção ou de realinhamentos positivos, lideranças ainda apontam prejuízo na atividade devido aos altos custos de produção.

Cepea/Esalq

Suinocultura independente: preços com alta no PR

No Paraná, considerando a média semanal (entre os dias 20/07/2022 a 27/07/2022), o indicador do preço do quilo vivo do Laboratório de Pesquisas Econômicas em Suinocultura (Lapesui) da Universidade Federal do Paraná (UFPR) teve alta de 1,17%, fechando a semana em R$ 6,32/kg.

Em São Paulo, o preço ficou estável pela quinta semana consecutiva, valendo R$ 7,47/kg, com acordo entre três frigoríficos e oito produtores, de acordo com informações da Associação Paulista de Criadores de Suínos (APCS). No mercado mineiro, o preço subiu de R$ 6,80/kg para R$ 7,00/kg vivo sem acordo entre suinocultores e frigoríficos, conforme dados da Associação dos Suinocultores do Estado de Minas Gerais (Asemg). “Temos boas expectativas com a demanda do início do mês que, fundamentadas no enxugamento da oferta de animais nas granjas, aliadas à estabilidade das carcaças em final de mês, sugere aumento nas cotações”, disse Alvimar Jalles, consultor de mercado da entidade. Santa Catarina manteve o preço em R$ 6,74/kg pela quinta semana consecutiva, de acordo com informações do presidente da Associação Catarinense de Criadores de Suínos, Losivanio de Lorenzi.  No Paraná, Laboratório de Pesquisas Econômicas em Suinocultura (Lapesui) da Universidade Federal do Paraná (UFPR) disse que “espera-se que na próxima semana o preço do suíno vivo apresente baixa, podendo ser cotado a R$ 6,13/kg”.

AGROLINK

Suíno Vivo recua neste fim de julho, mas média do mês está acima da de junho

As cotações do suíno vivo recuaram nos últimos dias devido ao enfraquecimento da demanda pela carne na ponta final, segundo informações do Cepea

Porém, na média parcial deste mês, o preço do animal posto na indústria ainda supera o de junho. Dados do Cepea indicam que a média do suíno posto na indústria negociado entre 20 e 27 de julho na região SP-5 (Bragança Paulista, Campinas, Piracicaba, São Paulo e Sorocaba) recuou 3,6%, a R$ 7,00/kg no dia 27. No entanto, na parcial de julho (até o dia 27), houve forte avanço de 10,8% frente a junho.

CEPEA

Preços estáveis marcaram o mercado do frango

Em São Paulo, de acordo com a Scot Consultoria, a ave na granja ficou estável em R$ 6,10/kg, enquanto o frango no atacado teve leve queda de 0,40%, chegando em R$ 7,55/kg

No caso do animal vivo, São Paulo ficou sem referência de preço. Em Santa Catarina não houve mudança de preço, custando R$ 4,25/kg, assim como no Paraná, valendo R$ 5,50/kg. Conforme informações do Cepea/Esalq, referentes à quarta-feira (27), a ave congelada recuou 0,12%, atingindo R$ 7,99/kg, enquanto o frango resfriado subiu 0,25%, fechando em R$ 8,02/kg.

Cepea/Esalq

ABRAFRIGO

imprensaabrafrigo@abrafrigo.com.br

POWERED BY EDITORA ECOCIDADE LTDA

041 3289 7122

 

 

abrafrigo

Leave Comment