CLIPPING DA ABRAFRIGO Nº 1763 DE 28 DE JUNHO DE 2022

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Ano 8 | nº 1763 | 28 de junho de 2022

NOTÍCIAS

Alta do boi em todas as categorias nas praças paulistas

Em São Paulo, a semana abriu com grande parte dos compradores ativos, ofertando R$2,00/@ a mais para todas as categorias de bovinos destinados ao abate

Com isso, o preço do boi gordo destinado ao mercado doméstico paulista subiu para R$ 312/@, enquanto a vaca e novilha foram negociadas por R$ 282/@ e R$ 302/@ (valores brutos e a prazo). Para bovinos com padrão para ao mercado da China é negociado no mercado paulista entre R$ 320-R$ 325/@, acrescenta a Scot. Em Redenção – PA, a dificuldade em encontrar a matéria-prima resultou em alta de R$2,00/@ para a novilha gorda e de R$1,00/@ para o boi gordo e para a vaca gorda no comparativo com o último fechamento (24/6). No atacado de carne bovina com osso, a carcaça de bovinos castrados recebeu aumento de 0,4% e a de bovinos inteiros 1,6%, na comparação semanal. Os preços da carne com osso seguem sustentados por uma oferta mais enxuta e as altas no preço de aquisição da matéria-prima. O mercado do boi gordo reagindo motiva os negócios na reposição. No comparativo semanal, houve alta de quase 2% considerando a média de todos os estados e categorias pesquisados.

Scot Consultoria

Boi: preços têm novas altas; arroba em SP vai a R$ 326

Semana iniciou com negociações acima da referência média em grande parte do país, de acordo com a consultoria Safras & Mercado

O mercado físico de boi gordo registrou preços mais altos em algumas regiões na segunda-feira (27). Segundo o analista de Safras & Mercado, Fernando Henrique Iglesias, a semana iniciou com negociações acima da referência média em grande parte do país. “Basicamente, os frigoríficos ainda operam com escalas de abate encurtadas, atendendo em torno de cinco dias úteis. O volume de animais ofertados permanece restrito, o que já era aguardado no período de transição entre a safra e a entressafra do boi gordo”, apontou Iglesias. A oferta de animais de safra está em seu limiar, enquanto o primeiro giro de confinamento foi limitado pela estrutura de custos inflacionada durante o primeiro trimestre. Assim, animais padrão China permanecem muito demandados no mercado, carregando ágio de R$ 20 a R$ 30 em relação a animais destinados ao mercado interno. Com isso, a referência para a arroba do boi na capital de São Paulo ficou em R$ 326 na modalidade a prazo. Em Dourados (MS), a arroba foi indicada a R$ 299. Já em Cuiabá, ficou em R$ 287,00. A arroba do boi em Uberaba (MG) foi cotada a R$ 310, enquanto que em Goiânia (GO) chegou a R$ 305. O mercado atacadista também apresentou alta em seus preços. O ambiente de negócios ainda sugere por maior espaço para reajustes. O padrão de consumo definido para 2022 aponta para a preferência por proteínas mais acessíveis, que causem menor impacto na renda média, como carne de frango e ovo. Nesta segunda, o quarto dianteiro foi precificado a R$ 17,55 o quilo, alta de R$ 0,35. A ponta de agulha foi precificada a R$ 17,10 por quilo, alta de R$ 0,10. O quarto traseiro atingiu o patamar de R$ 17,55 por quilo, alta de R$ 0,35.

AGÊNCIA SAFRAS

Furto de gado cai 18,5% em Mato Grosso do Sul

Após a criação de uma delegacia especializada em crimes rurais, Mato Grosso assistiu à redução do número de casos de abigeato. Nos primeiros cinco meses de 2022, houve queda de 18,5% no furto de gado bovino, em comparação com o mesmo período do ano anterior

A Delegacia de Combate a Crimes Rurais e Abigeato (Deleagro) foi inaugurada em setembro do ano passado. Sediada na capital, Campo Grande, tem abrangência em todo estado para acelerar as investigações de crimes contra o patrimônio do produtor rural, como furto de gado, insumos e produtos agrícolas. O delegado titular da especializada, Mateus Zampieri, destaca o trabalho da inteligência e o uso de tecnologias na repressão de crimes. “O setor de inteligência ativo e atuante é fundamental, assim como a troca de informações entre as forças policiais, seja Polícia Rodoviária Federal, Polícia Civil, Polícia Federal e Polícia Militar. Paralelamente, o contato com colegas de outros estados, onde já existe esse combate a crimes rurais, como em Goiás, Rio Grande do Sul, Mato Grosso e Minas Gerais, nós já temos estreitado muito, até porque o crime não tem fronteira”, comenta. “Aqui em Mato Grosso do Sul, eu diria que 90% dos crimes de abigeato são os pequenos, de uma ou duas cabeças de gado. São os crimes de oportunidade, onde um criminoso sai, principalmente à noite, em estradas, procurando um gado que esteja vulnerável, de fácil acesso, e ele faz o abate ali mesmo e leva parte ou todo animal. Essa carne é comercializada em pequenos comércios, por vezes até em residências”, ressalta o delegado. Segundo ele, a delegacia tem trabalhado na implementação de um sistema que permite saber, por exemplo, quantas cabeças de gado foram levadas nos últimos 30 dias, e não quantos boletins foram registrados no período. Outra questão importante na contabilização dos dados é entender o aumento no registro de boletins de ocorrências nas épocas de vacinação dos rebanhos. “O produtor não conta o seu rebanho toda semana, estamos falando de um estado com mais de 20 milhões de cabeças de gado, então a contagem, em via de regra, é feita nas épocas de vacinação, em maio e novembro, e são nestes momentos que ele vai dar falta dos animais, já que a última contagem foi feita há 6 meses, aí ele vem e realiza o boletim de ocorrência na delegacia”, afirma o delegado.

Canal Rural

ECONOMIA

Dólar fecha em queda de 0,32%, a R$5,2352 na venda

O dólar fechou em queda contra o real nesta segunda-feira, pressionado por um clima internacional ameno e pela valorização de várias commodities, embora receios fiscais domésticos continuassem rondando os mercados, devendo manter a volatilidade elevada

A moeda norte-americana à vista caiu 0,32%, a 5,2352 reais. Com esse desempenho, o dólar teve sua terceira queda em 15 dias de negociação. Na semana passada, a moeda encerrou no maior patamar desde fevereiro passado. As maiores cotações desta segunda-feira foram alcançadas durante um movimento agudo de proteção diante de riscos políticos e fiscais domésticos, mas isso não se sustentou pelo resto do pregão por conta de um ambiente internacional positivo, disse à Reuters Fernando Bergallo, Diretor de Operações da FB Capital. No exterior, o dólar acelerou perdas contra uma cesta de moedas fortes após a divulgação de dados robustos sobre a economia norte-americana nesta segunda-feira. As encomendas de bens produzidos nos Estados Unidos avançaram acentuadamente, enquanto as vendas pendentes de moradias também subiram, contrariando expectativa de forte baixa e reduzindo, por ora, temores de recessão. Enquanto isso, os preços de produtos como petróleo e minério de ferro avançaram acentuadamente nesta segunda-feira, o que deu algum amparo a divisas sensíveis às commodities. O Citi disse em relatório desta segunda-feira que os preços de commodities ainda altos continuam impedindo uma desvalorização mais expressiva da moeda brasileira, que vem sofrendo nas últimas semanas, mas alertou que “o ambiente global continua sugerindo um real mais fraco à frente”. O banco norte-americano citou o risco de políticas monetárias mais apertadas nas principais economias, mas também destacou incertezas fiscais domésticas, que “podem aumentar à medida que nos aproximamos das eleições presidenciais”. Temores sobre a saúde das contas públicas ganharam força desde que o senador Fernando Bezerra Coelho (MDB-PE), relator da chamada PEC dos Combustíveis, afirmou que o texto vai incluir na Constituição federal um aumento de 200 reais no valor do Auxílio Brasil, reajuste do auxílio-gás em torno de 70 reais e a criação de um “voucher caminhoneiro” de 1.000 reais. “Medidas como essas, que não possuem contrapartida na arrecadação, prejudicam a dinâmica da dívida pública, elevam o prêmio de risco do país”, disse à Reuters Matheus Pizzani, economista da CM Capital. “Passa uma mensagem negativa para o investidor estrangeiro, de um país que não tem responsabilidade fiscal”, o que afeta diretamente o fluxo de recursos para o Brasil, explicou. O cenário se agrava com a perspectiva de juros mais altos em economias desenvolvidas, como os EUA ou a zona do euro, afirmou Pizzani, já que isso tende a redirecionar dinheiro de países emergentes –considerados arriscados– para a renda fixa de nações mais seguras. O dólar ainda acumula queda de 6% contra o real em 2022, mas está 13,6% acima do menor valor de encerramento registrado este ano, de 4,6075 reais, atingido no início de abril após um primeiro trimestre brilhante para a moeda brasileira. Na B3, às 17:06 (de Brasília), o contrato de dólar futuro de primeiro vencimento caía 0,27%, a 5,2400 reais.

REUTERS

Ibovespa volta aos 100 mil pontos com Petrobras e Vale

O Ibovespa fechou em alta de mais de 2% nesta segunda-feira e retomou o patamar dos 100 mil pontos perdido há mais de uma semana, com Petrobras disparando, enquanto Vale avançou na esteira da alta do preço do minério de ferro na China

Índice de referência do mercado acionário brasileiro, o Ibovespa subiu 2,12%, 100.763,60 pontos, chegando a 101.106,14 pontos no melhor momento do pregão. O Ibovespa não fechava acima dos 100 mil pontos desde 15 de junho. O volume financeiro somou 21,1 bilhões de reais. Na visão do especialista em renda variável da Blue3 Dennis Esteves, o tom mais positivo no mercado reflete a dúvida se, após dados mais fracos da economia norte-americana, o Federal Reserve precisará ser tão agressivo no aumento de juros nos Estados Unidos na próxima reunião. Na B3, apesar da alta na sessão, o Ibovespa ainda recua 9,51% no mês e com um declínio de 16% no trimestre caminha para o pior desempenho trimestral desde a queda de quase 37% acumulada nos primeiros três meses de 2020 – quando foi arrasado pelas preocupações relacionadas à pandemia de Covid-19. A equipe do Itaú BBA cortou previsão para o Ibovespa no final do ano para 110 mil pontos, de 115 mil antes, enxergando um cenário mais desafiador para as ações brasileiras no curto e médio prazos, principalmente em questões macro, refletidas em um maior custo de capital próprio. Na visão dos estrategistas do JPMorgan, por sua vez, os próximos meses serão dominados pelo fluxo de notícias doméstico, “que geralmente não é uma fonte de boas notícias”.

REUTERS

Com valor recorde para o mês de maio, exportações do agronegócio passam de US$ 15 bilhões

Já o volume de produtos exportados teve uma queda de 12,6% em maio, na comparação com maio de 2021. A redução de volume exportado pode ser explicada em função da diminuição das exportações de soja em grão, que apresentaram queda de 4,3 milhões de toneladas em maio de 2022 frente a maio de 2021

As exportações do agronegócio brasileiro somaram US$ 15,11 bilhões em maio de 2022, com uma alta de 14,2% em relação ao mesmo mês do ano passado. O aumento do valor foi causado pela elevação nos preços médios de exportação dos produtos agropecuários brasileiros. Nos cinco primeiros meses de 2022, as exportações brasileiras do agronegócio somaram US$ 63,62 bilhões, valor histórico para o período. A participação relativa do setor nas exportações totais brasileiras alcançou 51% em maio. O recorde anterior para o período (de janeiro a maio) foi em 2021, quando as exportações registraram US$ 49,33 bilhões. Os cinco maiores setores exportadores do agronegócio foram: complexo soja (53,9% de participação); carnes (14,8% de participação); produtos florestais (10,4% de participação); complexo sucroalcooleiro (4,4% de participação); e café (4,2% de participação). O principal setor exportador do agronegócio brasileiro é o complexo soja, que registrou um valor recorde em maio de 2022, atingindo US$ 8,15 bilhões. O valor foi 6,2% superior na comparação com o exportado em maio de 2021. O principal fator responsável por esse valor recorde foi o aumento dos preços médios de exportação dos produtos do setor, que subiram, em média, 39%. As exportações de carnes chegaram ao montante recorde de US$ 2,23 bilhões (+34,3%). Esse valor ocorreu em função do incremento das vendas externas de carne bovina e de carne de frango. As vendas externas de carne bovina subiram 49,7% e alcançaram US$ 1,08 bilhão. O complexo sucroalcooleiro foi o único entre os cinco principais setores exportadores do agronegócio que apresentou redução nas vendas externas. O valor exportado caiu de US$ 848,23 milhões em maio de 2021 para US$ 659,28 milhões em maio de 2022 (-22,3%). A queda ocorre em função, principalmente, da redução do volume exportado de açúcar (-36,4%). As importações brasileiras do agronegócio somaram US$ 1,53 bilhão em maio de 2022 (+25,3%). As importações de fertilizantes somaram US$ 3,11 bilhões, com alta de 277,8% em relação a maio de 2021. O volume importado aumentou 56,7%, passando de 2,6 milhões de toneladas para 4,07 milhões de toneladas em 2022. O principal fator responsável pelo incremento das importações de fertilizantes foi a elevação do preço médio de aquisição da tonelada, que subiu 141,2%, chegando a US$ 763,9 por tonelada. Em maio de 2022, os cinco principais países fornecedores de fertilizantes para o Brasil foram: Rússia (US$ 881,10 milhões; 28,4% de participação); Canadá (US$ 373,09 milhões; 12,0% de participação); Marrocos (US$ 3646,60 milhões; 11,7% de participação); Estados Unidos (US$ 152,02 milhões; 4,9% de participação); e Omã (US$ 141,30 milhões; 4,5% de participação).

MAPA

Frangos & Suínos

Preços estáveis para o mercado de suínos

Em São Paulo, de acordo com a Scot Consultoria, a arroba do suíno CIF ficou estável em R$ 128,00/R$ 137,00, assim como a carcaça especial, custando R$ 9,90 o quilo/R$ 10,20 o quilo

Na cotação do animal vivo, conforme informações do Cepea/Esalq, referentes à sexta-feira (24), houve aumento somente no Rio Grande do Sul, na ordem de 0,32%, chegando a R$ 6,19/kg. Ficaram estáveis os preços em Minas Gerais (R$ 7,26/kg), Paraná (R$ 6,49/kg), Santa Catarina (R$ 6,27/kg) e São Paulo (R$ 7,17/kg).

Cepea/Esalq

Plantéis de suínos na Alemanha estão diminuindo à medida em que os custos de produção crescem

Os preços dos alimentos e combustíveis estão subindo para os pecuaristas

Em um país conhecido por suas salsichas (Alemanha), o rebanho suíno despencou para o menor nível em décadas. O rebanho de suínos da Alemanha caiu para 22,3 milhões de animais em 3 de maio, mostraram dados do escritório federal de estatísticas na segunda-feira. Esse é o menor desde pelo menos 1990, quando o país se reunificou, e quase 10% menor do que um ano antes. A rápida queda nos números destaca o estresse que os pecuaristas em todo o mundo estão sob este ano, à medida que os custos de alimentação, energia e fertilizantes aumentam. Isso manteve os produtores em situação financeira difícil, mesmo com um recente aumento nos preços dos suínos na Alemanha, disse o departamento de estatísticas. Agricultores em países como os EUA e o Reino Unido estão enfrentando desafios semelhantes. A União Europeia é o maior exportador de carne suína do mundo, e a Alemanha é historicamente um de seus pesos pesados na produção. A invasão da Ucrânia pela Rússia exacerbou os desafios enfrentados pelos agricultores em todo o bloco, já que a guerra restringe os embarques de milho e outros alimentos da nação do Mar Negro. Países como a Alemanha também estão lutando contra surtos de peste suína africana mortal, principalmente em porcos selvagens, restringindo as exportações de carne para alguns grandes compradores.

Bloomberg

Frango: caem ave congelada e resfriada

Em São Paulo, de acordo com a Scot Consultoria, a ave no atacado ficou estável em R$ 7,45/kg, assim como o frango na granja, custando R$ 6,00/kg

Na cotação do animal vivo, São Paulo ficou sem referência de preço, em Santa Catarina, a ave não mudou de preço, valendo R$ 4,26/kg, assim como no Paraná, custando R$ 5,56/kg. Conforme informações do Cepea/Esalq, referentes à sexta-feira (24), houve recuo de 1,28% para o frango resfriado, atingindo R$ 7,70/kg, e de 0,52% para a ave congelada, fechando em R$ 7,70/kg.

Cepea/Esalq

INTERNACIONAL

Confinamento tem forte alta nos EUA

O número de bovinos alimentados com ração nos Estados Unidos em 1º de junho cresceu, embora menos animais tenham sido alimentados em maio, de acordo com dados do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), divulgados pelo agriculture.com

Cerca de 11,846 milhões de cabeças de gado estavam sendo alimentadas no início do mês, um aumento de 1% em relação à mesma data do ano anterior, informou a agência em um relatório. Isso marca o maior número de animais em confinamento em 1º de junho desde o início da manutenção de registros em 1996, disse o governo. Cerca de 1,869 milhão de cabeças foram colocadas em ração em maio, uma queda de 2% em relação ao mesmo período do ano passado. O número de bovinos alimentados comercializados cresceu 2%, para 1,914 milhão, e outros desaparecimentos aumentaram 13%, para 76.000 cabeças, disse o USDA. Os maiores ganhos ano a ano no número de gado alimentado foi na Califórnia, onde 570.000 cabeças estavam em confinamento no início de junho, um aumento de 5%. Nebraska teve ganhos sólidos com 2,53 milhões de cabeças em confinamento, um aumento de 4% ano a ano. O Texas tinha 2,94 milhões de cabeças em confinamento, um aumento de 3% em relação ao mesmo ponto em 2021, disse à agência. Texas é o maior estado de alimentação de gado, seguido por Nebraska e Kansas.

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