CLIPPING DA ABRAFRIGO Nº 1453 DE 26 DE MARÇO DE 2021

clipping

Ano 7 | nº 1453| 26 de março de 2021

 

NOTÍCIAS 

Boi: arroba registra nova máxima histórica no Cepea

O indicador do boi gordo do Cepea se recuperou da queda dos dois dias anteriores, voltou a subir e registrou uma nova máxima histórica

A cotação variou 1,61% em relação ao dia anterior e passou de R$ 310,8 para R$ 315,8 por arroba. Sendo assim, no acumulado do ano, o indicador valorizou 18,21%. Em 12 meses, os preços alcançaram 58,3% de alta. No mercado futuro, os contratos do boi gordo negociados na B3 tiveram ajustes levemente mais negativos em toda a curva. O ajuste do vencimento para março passou de R$ 313,8 para R$ 313,55, do abril foi de R$ 313 para R$ 312,5 e do maio, de R$ 305,8 para R$ 305,55 por arroba.

Cepea

Cotação da novilha gorda subiu

Nas praças paulistas, as cotações dos bovinos para abate ficaram estáveis na última quinta-feira (25/3), na comparação diária, exceto para a novilha gorda, cuja cotação subiu R$1,00/@.  

As escalas de abate melhoraram de forma modesta, porém, permanecem curtas, atendendo, em média, quatro dias no estado. Segundo levantamento da Scot Consultoria, o boi gordo que atende ao mercado interno foi negociado em R$312,00/@, preço bruto e a prazo. A vaca gorda ficou cotada em R$283,00/@ e a novilha em R$302,00/@, nas mesmas condições. Animais que atendem ao mercado externo foram negociados em R$315,00/@, preço bruto e à vista.

SCOT CONSULTORIA 

Boi gordo é negociado por R$ 316 em SP pelo segundo dia consecutivo

Segundo analista da Safras & Mercado, Fernando Henrique Iglesias, o quadro de restrição de oferta permanece dominante em grande parte do país

O mercado físico de boi gordo registrou preços estáveis e inexpressivo fluxo de negócios na quinta-feira, 25. Segundo o analista de Safras & Mercado, Fernando Henrique Iglesias, o quadro de restrição de oferta permanece dominante em grande parte do país, cenário que não deve apresentar mudanças contundentes ao longo do mês de abril. “Os frigoríficos ainda se deparam com grande dificuldade na composição de suas escalas de abate, que seguem posicionadas entre dois e três dias úteis, em média”, assinala Iglesias. O contraponto permanece na situação da demanda doméstica de carne bovina, bastante tímida neste momento. Conforme Iglesias, as dificuldades macroeconômicas serão recorrentes no decorrer deste ano, dada a situação da pandemia em muitos estados, exigindo medidas mais restritivas que tendem a tardar a retomada da economia. Nesse tipo de ambiente a lógica de mercado remete ao consumo de produtos que causem um menor impacto na renda média, e no caso do setor carnes a demanda vai em direção principalmente à carne de frango. Em São Paulo, Capital, a referência para a arroba do boi ficou a R$ 315 – R$ 316, estável. Em Goiânia (GO), a arroba teve preço de R$ 300, inalterado. Em Dourados (MS), a arroba foi indicada em R$ 305, estável. Em Cuiabá, a arroba ficou indicada em R$ 303. Em Uberaba, Minas Gerais, preços a R$ 309 – R$ 310 a arroba, inalterado. o mercado atacadista, os preços da carne bovina seguem acomodados. Conforme Iglesias, a reposição entre atacado e varejo flui de maneira mais lenta no decorrer da segunda quinzena do mês, período que conta com menor apelo ao consumo. “Somado a isso precisam ser consideradas as medidas rigorosas de distanciamento social adotadas em alguns estados cerceando a demanda de restaurantes, bares e de outros estabelecimentos, disse Iglesias”. Com isso, o corte traseiro seguiu em R$ 20,50 o quilo. O corte dianteiro teve preço de R$ 17,30 o quilo, e a ponta de agulha permaneceu em R$ 16,50 o quilo.

AGÊNCIA SAFRAS

Boi/Cepea: Menor abate e embarque recorde explicam alta de preços da arroba

A forte alta nos preços da arroba do boi gordo ao longo do ano passado e a manutenção dos patamares recordes neste começo de 2021 evidenciam que, além da demanda externa aquecida, a oferta de animais para abate está baixa no Brasil

Segundo dados do IBGE, em 2020, foram abatidas 29,55 milhões de cabeças no País, 9,05% a menos que no ano anterior e o menor volume desde 2011 (28,82 milhões de cabeças). Segundo pesquisadores do Cepea, ainda que o volume abatido em 2011 tenha sido inferior ao observado em 2020, os preços da arroba não subiram com força naquele ano – operaram entre R$ 202 e R$ 221, em termos reais (as médias foram deflacionadas pelo IGP-DI de fevereiro/21). Isso ocorreu porque, mesmo baixa, a oferta ao longo de 2011 era suficiente para atender à demanda, diferente do observado em 2020 e nestes primeiros meses de 2021. De acordo com dados da Secex, enquanto em 2011 foram exportadas pelo Brasil 820 mil toneladas de carne bovina in natura, em 2020, foram quase um milhão de toneladas a mais, somando a quantidade recorde de 1,725 milhão toneladas.

Cepea

ECONOMIA

Dólar sobe e flerta com R$5,67 com ruídos locais

O dólar voltou a fechar em alta na quinta-feira, ficando perto de 5,67 reais, nas máximas em duas semanas, impulsionado pelo fortalecimento global da moeda norte-americana, que teve seus efeitos ampliados pelo agravamento da pandemia e contínuas incertezas fiscais

O dólar à vista subiu 0,56%, a 5,6698 reais –maior valor desde o último dia 9 (5,7927 reais). A queda das commodities, que estão em mínimas em pouco mais de um mês, pesou sobre divisas emergentes de perfil semelhante ao real. No segundo trimestre, a expectativa de estrategistas do Bank of America é que o dólar se mantenha forte. Os profissionais calculam que o índice DXY poderá subir para uma resistência entre 94 e 95, alta de pouco mais de 2% ante o patamar atual. O ímpeto do dólar nas praças internacionais impõe pressão extra para o câmbio no Brasil, que nas últimas semanas teve um respiro com as intervenções do Banco Central e o tom mais duro do BC com a inflação, mas segue pressionado pela ampla incerteza sobre os rumos da pandemia e seus impactos econômicos e fiscais –e também políticos. Na quinta, o Presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), afirmou que o pronunciamento na véspera do Presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), em que fala em acender um “sinal amarelo” e menciona remédios amargos sinalizam a insatisfação do Congresso com o governo federal. A percepção entre investidores é de que quanto mais ruído político, menos probabilidade de encaminhamento da agenda de reformas, já deixada de lado no momento devido ao recrudescimento da crise sanitária. Profissional de um banco estrangeiro chamou atenção na quinta para a votação do Orçamento 2021 pela Comissão Mista de Orçamento (CMO) do Congresso Nacional. O relator-geral da proposta de Lei Orçamentária Anual (LOA), senador Marcio Bittar (MDB-AC), demonstrou incômodo ao dizer que o Ministério da Economia não enviou propostas de soluções para problemas de financiamento para alguns ministérios, ausentes na peça analisada. Para o profissional, o governo cometeu “lambança” ao enviar o texto com previsões de gastos desatualizadas.

Reuters

Ibovespa fecha em alta com declarações de Campos Neto

A MINERVA ON caiu 1,51%, tendo de pano de fundo desempenho trimestral forte da rival JBS, que terminou com elevação de 1,64%. Ainda no setor de proteínas, MARFRIG ON subiu 0,41%

O Ibovespa fechou em alta na quinta-feira, com o setor elétrico entre os destaques positivos. Declarações do presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, também tiveram participação relevante na melhora da bolsa paulista, uma vez que trouxe alívio na curva futura de juros. Campos Neto procurou explicar a “normalização parcial” da política monetária citada pelo Copom na última decisão, que elevou a Selic a 2,75% ao ano, e que fazer “mais e mais rápido” reduz intensidade do ajuste total. Índice de referência do mercado acionário brasileiro, o Ibovespa subiu 1,5%, a 113.749,90 pontos. O volume financeiro no pregão somou 32,6 bilhões de reais. Para o cofundador e Presidente-Executivo da startup de análises e educação financeira Top Gain, Alison Correia, Campos Neto sinalizou que o BC buscará o controle da inflação, mas sem necessariamente acelerar o ritmo de aperto nas próximas reuniões. “Isso acalmou o mercado”, observou. Correia também citou como fator positivo declarações do Ministro da Economia, Paulo Guedes, relacionados a medidas de combate à pandemia de Covid-19, que, segundo ele, costumam agradar investidores porque têm base técnica. Guedes, afirmou na quinta-feira que o governo continuará a anunciar medidas de auxílio aos impactos econômicos da crise sanitária da pandemia da Covid-19, dentre as quais o pagamento antecipado do 13º a aposentados e pensionistas.

Reuters

Guedes defende que empresários comprem vacina e pede alteração na lei

O Ministro da Economia, Paulo Guedes, defendeu hoje que empresários comprem doses de vacina contra a covid-19 para poderem imunizar seus funcionários e pediu alteração na lei

O Congresso aprovou no mês passado um projeto de lei que facilita a compra de imunizantes pela iniciativa privada. De acordo com o texto, as empresas devem doar ao SUS (Sistema Único de Saúde) todas as vacinas que adquirirem, enquanto não terminar a imunização dos grupos prioritários previstos no PNI (Plano Nacional de Imunização), do Ministério da Saúde. O setor privado, no entanto, se queixa da obrigatoriedade da doação. “Olha só como isso é importante, a capacidade de impacto que o setor privado pode ter: dois empresários têm 10 milhões de vacinas para serem doados. São dois empresários, dois brasileiros, de coração macio, empreendedores. Agora imagina 100 empresários?”, afirmou Guedes. “Nós precisamos tornar legal a compra de vacinas pelo setor privado, pois empresários têm condições de comprar sobras de vacina no exterior e isso pode acelerar o processo de vacinação no país. A partir do momento que antecipam a entrega das vacinas, nós antecipamos a imunização de toda a população. Nós queremos evitar o caos no país, então essa é uma medida eficaz”, acrescentou. Questionado como seria essa mudança na lei para que os empresários não precisem doar as vacinas ao SUS, Guedes respondeu, sem dar mais detalhes: “Eles vão conversar, acertar com o presidente da Câmara. É um problema de legislação. É lei”. No encontro, Wizard e Hang falaram sobre a doação de 10 milhões de imunizantes, que devem ser oficialmente anunciados hoje, em reunião agendada com o Ministro da Saúde, Marcelo Queiroga. Essa reunião foi intermediada por Paulo Guedes. “O Brasil, hoje, enfrenta a sua maior crise de sua história recente: a educação está paralisada, a economia, o entretenimento, até as igrejas estão paradas. E os empresários estão solidarizados. Os empresários estão fazendo uma doação. Mas, para que isso aconteça, para que haja uma flexibilização da legislação”, pediu Wizard. “Precisamos deixar claro que a vacinação de funcionários tiraria gente do SUS (Sistema Único de Saúde). Nós queremos comprar vacinas e doar para os seus funcionários”, concluiu Hang. Mais cedo, Guedes propôs incentivar por meio de isenções tributárias que doses compradas pela iniciativa privada sejam doadas ao SUS.

UOL ECONOMIA 

Programa de redução de jornada e salário será renovado, diz Bolsonaro

O Presidente Jair Bolsonaro afirmou na quinta-feira (25) que o governo vai reeditar o programa que permite a redução de jornadas e salários ou suspensão do contrato de trabalho. O Benefício Emergencial para Preservação do Emprego e da Renda (BEm), como foi batizado o programa, vigorou até o final do ano passado e, segundo o governo, ajudou a preservar cerca de 10,2 milhões de empregos e mais de 1,5 milhão de empresas

“O nosso conhecido BEm está em vias entrar em campo pela segunda vez, fazendo com que aproximadamente 11 milhões de pessoas não percam o seu emprego”, afirmou o Presidente durante uma cerimônia, no Palácio do Planalto. Bolsonaro também afirmou que o Programa Nacional de Apoio às Microempresas e Empresas de Pequeno Porte (Pronampe) deverá atender o setor de bares e restaurantes, um dos que mais têm sido afetados pela crise. O Pronampe foi criado em maio do ano passado para auxiliar financeiramente os pequenos negócios e, ao mesmo tempo, manter empregos durante a pandemia de covid-19. As duas medidas se somam à retomada do Auxílio Emergencial, também citada pelo Presidente em seu discurso, e que dessa vez deve atender cerca de 45,6 milhões de famílias ao custo de R$ 43 bilhões.

Agência Brasil 

BC reduz a 3,6% projeção de alta do PIB em 2021 e vê IPCA de 7,8% no 2º tri

O Banco Central reduziu sua projeção para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) neste ano a 3,6%, ante alta de 3,8% projetada em dezembro, citando o impacto esperado do recrudescimento da pandemia sobre a atividade, mostrou o Relatório Trimestral de Inflação (RTI)

“Em termos de trajetória, a projeção para o PIB é de recuo moderado ao longo do primeiro semestre, seguido de recuperação relevante nos últimos dois trimestres do ano, decorrente da redução esperada na taxa de letalidade da Covid-19 e no número de internações, com o avanço da vacinação”, diz o relatório. A estimativa do BC considera a manutenção do regime fiscal no país, uma nova rodada de auxílio emergencial de cerca de 44 bilhões de reais –conforme já previsto por medida provisória do governo– e a perspectiva de que o cronograma de vacinação contra a Covid-19 siga sem desvios importantes. “O mercado de trabalho formal se recuperou mais firme do que se esperava. Isso melhorou a confiança, e a poupança que tinha sido criada, a circunstancial, pode se transformar em consumo, e fez com que a economia fosse mais forte do que a gente tinha inicialmente projetado”, afirmou. Apesar de a projeção para a alta do PIB não ter sofrido mudança significativa, o BC alterou o prognóstico para sua composição e previu desempenho melhor da indústria, com acréscimo de 6,4% (5,1% antes) e pior dos serviços, com crescimento de 2,8% (3,8% antes). No caso de serviços, a revisão refletiu a intensificação da pandemia, que deve prejudicar a normalização de segmentos como transportes, armazenagem, alojamento e alimentação fora de casa, disse o BC. Em relação à inflação, o BC repetiu as projeções divulgadas na semana passada para seu cenário básico –que apontam IPCA em torno de 5% para este ano e de 3,5% para 2022–, mas o relatório também detalhou os prognósticos de curto prazo, mostrando que a autoridade monetária espera que o IPCA chegue a 7,8% em 12 meses ao fim do segundo trimestre deste ano, antes de começar a recuar. A estimativa do Bacen é que, em março, o IPCA fique em 0,82%, passando a 0,61% em abril e a 0,31% no mês seguinte.

Reuters

Congresso aprova Orçamento com mais dinheiro para obras e reajuste para militares

No texto, verba para investimentos de militares superou os R$ 8 bilhões, um quinto de tudo o que é previsto para este ano; ações e serviços públicos de saúde terão R$ 125 bilhões, pouco acima do piso constitucional (R$ 123,8 bilhões)

O Congresso aprovou o Orçamento de 2021, após mais de três meses de atraso. Na última hora, os parlamentares alteraram o projeto para cancelar despesas planejadas inicialmente pelo governo em áreas como Previdência e seguro-desemprego e turbinar o volume de emendas. Com isso, o Legislativo aumentou o volume de recursos que recebem a digital dos deputados e senadores e são destinados a redutos eleitorais, com pagamento obrigatório. O cenário pressiona o Executivo e vai provocar o rompimento do teto de gastos, que limita o crescimento de despesas, se não houver cortes ao longo do ano. Com o Orçamento aprovado, o Ministro da Economia, Paulo Guedes, prometeu antecipar o 130 de aposentados e pensionistas do INSS e tirar da gaveta outras medidas “engatilhadas” para o combate ao recrudescimento da pandemia. No total, ações e serviços públicos de saúde terão um orçamento de R$ 125 bilhões, pouco acima do piso constitucional (R$ 123,8 bilhões). O montante está acima do orçamento do ano passado, que era de R$ 121 bilhões, mas abaixo dos valores efetivamente aplicados em saúde no ano passado, considerando os créditos extraordinários da pandemia, que totalizaram R$ 161 bilhões. Embora com críticas, o orçamento foi mantido com a maior parcela em investimentos para o Ministério da Defesa e também o reajuste dos militares previsto para este ano. Na Câmara, o placar foi de 346 favoráveis e 110 contrários; no Senado, foram 60 votos a favor do texto e apenas 12 contrários. O texto segue agora para sanção do presidente.

O ESTADO DE SÃO PAULO

MEIO AMBIENTE

Marfrig apresenta avanços do Verde+

No bioma Cerrado, o índice encerrou em 47%

A Marfrig, líder global em produção de hambúrgueres e uma das maiores empresas de carne bovina do mundo, apresentou ontem os avanços do programa Marfrig Verde+, lançado em julho de 2020, com o objetivo de garantir que 100% da cadeia de produção da empresa seja sustentável e livre de desmatamento até 2030. Criado em parceria com a IDH – Iniciativa para o Comércio Sustentável, o projeto está baseado nos pilares produção-conservação-inclusão. Entre os destaques dos primeiros meses de desenvolvimento, estão o mapa de mitigação de riscos de fornecedores, o uso de tecnologia de ponta, como o blockchain, e o rastreamento avançado da cadeia de valor na Amazônia e no Cerrado. Desde que anunciou a iniciativa pioneira no último ano, a Marfrig tem atuado junto aos demais parceiros estratégicos para desenvolver as ações e ferramentas necessárias para a implementação do plano. Na frente de mecanismos financeiros, em fevereiro de 2021, a companhia celebrou contrato com o Fundo &Green, no valor de 30 milhões de dólares, que serão empregados para acelerar as frentes do Verde+, sobretudo as que envolvem conservação de áreas florestais. Para isso, foi desenvolvido um Plano de Ação, cuja evolução será compartilhada com todos os públicos. Outro pilar importante do programa é a Rede de Assistência Técnica ao produtor, com o objetivo de auxiliar produtores rurais nas questões socioambientais, bem como na implementação de um modelo de gestão mais eficiente, trazendo mais rentabilidade e lucratividade. Dessa forma, foi desenvolvido um novo protocolo de acompanhamento do Marfrig Club, presente em todas as 12 unidades da companhia no Brasil, em que os parceiros têm suporte especializado e com as ferramentas necessárias para melhorar o seu negócio. No Sistema de Monitoramento de Fornecedores Indiretos, terceiro pilar estratégico do Plano Verde+, os avanços ficaram por conta do mapeamento de risco e a implementação do blockchain. O Mapa de Risco de Mitigação de Fornecedores, desenvolvido em colaboração com a Agroícone, empresa especializada em inteligência territorial, cruza os dados georreferenciados e documentos das fazendas com informações públicas oficiais para identificar potenciais não conformidades. A área monitorada equivale a 30 milhões de hectares, um território maior que o estado de São Paulo ou o Reino Unido. Com isso, a Marfrig fechou o ano de 2020 com 62% de sua cadeia de valor no bioma Amazônia mapeada — a meta é ter 100% rastreado até 2025. O sistema de geomonitoramento também está sendo atualizado para abranger o bioma Cerrado, que teve 47% da cadeia monitorada em 2020, sendo que o prazo para essa região termina em 2030.

AGROLINK

EMPRESAS

JBS mostra otimismo sobre cenário de importações de carne pela China

A JBS espera forte demanda da China por carne neste ano diante de um quadro em que o rebanho do país ainda se recupera da epidemia de peste suína africana

Executivos da JBS afirmaram durante teleconferência sobre os resultados de quarto trimestre que ainda não está claro quando os rebanhos na China vão se recuperar totalmente, o que implica que o país vai continuar a depender de importações de alimentos. O quadro beneficia as fábricas da JBS que exportam para a China a partir dos Estados Unidos e Brasil, disseram os executivos. A China foi destino de cerca de um terço das exportações da JBS no ano passado e há espaço para crescimento, disse André Nogueira, Presidente da operação norte-americana da companhia. O lucro da JBS no quarto trimestre subiu 65% sobre o mesmo período do ano anterior, impulsionado pelas exportações à China, demanda firme por carne bovina nos EUA e fortes volumes de vendas no Brasil. O resultado também foi apoiado na desvalorização do real ante o dólar. Executivos da JBS afirmaram que a empresa poderá usar sua forte posição de caixa para fazer aquisições, mas não deram detalhes. Segundo eles, no Brasil, os preços elevados do milho vão continuar a pressionar as margens da unidade de processados Seara.

Reuters

EUA e Seara elevam ganhos da JBS no quarto trimestre

Lucro líquido da empresa subiu 65% no período e chegou a R$ 4 bi

Aquisições, dividendos aos acionistas e redução do endividamento. Impulsionada pela geração de caixa extraordinária nos EUA – o dólar ajuda – e pelo avanço da Seara, a JBS pôde fazer de tudo em 2020. No balanço do quarto trimestre, divulgado há um dia, no início da noite de ontem, a companhia reportou um lucro líquido de R$ 4 bilhões, crescimento de 65% na comparação com o resultado do mesmo intervalo de 2019. Em 2020, o lucro líquido totalizou R$ 4,6 bilhões, o que significa uma redução de 24,2% em relação aos R$ 6 bilhões do ano anterior. Essa queda, porém, reflete o prejuízo não caixa do primeiro trimestre, quando a alta do dólar pesou sobre o valor das dívidas em moeda estrangeira. Não fosse isso, o resultado da companhia brasileira de carnes teria ficado perto dos R$ 10 bilhões. De setembro a dezembro, o lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda, na sigla em inglês) chegou a R$ 7 bilhões, aumento de 24% na comparação anual. No acumulado de 2020, o Ebitda ajustado totalizou R$ 29,5 bilhões, um incremento de 48,7%. Assim, a margem Ebitda caiu 0,7 ponto no trimestre, para 9,9%, mas aumentou 1,2 ponto no ano, para 10,9%. “Com caixa muito confortável e uma alavancagem baixa, podemos fazer uma remuneração agressiva aos acionistas mantendo o balanço sólido. Não precisamos fazer trade off”, afirmou o CFO da JBS, Guilherme Cavalcanti, ao Valor, lembrando que a companhia também fez aquisições – R$ 700 milhões pelos ativos de margarina da Bunge e US$ 238 milhões pela americana Empire Packing, um negócio que ampliou a fatia da companhia em carnes embaladas. Em dezembro, o índice de alavancagem (relação entre dívida líquida e Ebitda) atingiu o menor patamar da história, em 1,56 vez em reais e 1,58 quando medida em dólares, a principal moeda da companhia. No trimestre imediatamente, anterior, a alavancagem era de 1,83 vez e 1,6 vez. A companhia também conseguiu reduzir sua dívida líquida em 2,5%, saindo de US$ 9,1 bilhões em setembro para US$ 8,9 bilhões no fim do ano passado. Da dívida total, 7% vence no curto prazo. Turbinada pelo dólar valorizado – cerca de 80% do caixa da companhia é gerado nos EUA -, a JBS registrou uma receita líquida de R$ 76 bilhões no quarto trimestre, incremento de 33,1% na comparação anual. Em 2020, aumentou 32,1%, ultrapassando R$ 270 bilhões pela primeira vez. Operacionalmente, o negócio entregou bons resultados nos EUA. Ainda que a margem tenha caído em função dos seca na Austrália – os resultados do país estão abrigados na divisão JBS USA Beef -, as margens seguem acima das médias históricas. No quarto trimestre, o Ebitda da divisão ficou estável, em US$ 503,4 milhões (quase R$ 2,8 bilhões). A margem do negócio chegou a 9% no quarto trimestre, queda de 0,4 ponto. Em 2020, no entanto, a margem Ebitda da JBS USA Beef teve um incremento de 2,2%, atingindo 11%.

VALOR ECONÔMICO

JBS prevê bons resultados nos EUA e na Europa em 2021

Retomada das economias – e do food service – tende a beneficiar negócios da companhia

As unidades da JBS nos Estados Unidos e na Europa deverão continuar entregando bons resultados em todas as divisões de negócios em 2021, o que tende a gerar resultados robustos e bons dividendos no próximo anos. Em teleconferência com analistas, executivos da companhia afirmaram que a perspectiva positiva decorre, em boa medida, da retomada da economia — e do food service — nos dois mercados, com reflexos positivos sobre as demandas domésticas em meio a exportações ainda aquecidas. “Começamos este ano em uma posição bem mais favorável de demanda do que no ano passado, com mais gado em confinamento e com demanda muito forte nos mercados doméstico e externo”, afirmou o CEO da JBS USA, André Nogueira. Segundo ele, a perspectiva de melhora está calcada no retorno do food service nos Estados Unidos e na Europa — onde as reaberturas deverão ganhar força entre maio e junho, se tudo correr bem. Nesse contexto, a JBS USA começa a operar em maio uma nova planta para a produção de bacon. Mas nem tudo são flores. O boi continua a ser uma dor de cabeça para a empresa na Austrália e no Brasil, espremendo margens nos dois países. A JBS Brasil, que reúne as operações de carne bovina no país — as operações de couro e novos negócios também fazem parte da divisão —, reportou a pior margem Ebitda da companhia no quarto trimestre de 2020, de 5,1%. A arroba teve um aumento relevante, o que é um desafio grande do ponto de vista de rentabilidade, considerando que a cotação chegou a R$ 300. “O preço do gado vai desafiar bastante a margem, mas a gente sabe que é um cenário cíclico. O preço do bezerro está interessante e faz o pecuarista reter matrizes, o que cria um cenário de oferta restrita a curto prazo e maior produção mais adiante”, afirmou Wesley Batista Filho, CEO da JBS Brasil e América do Sul. Apesar do cenário de custos elevados, a JBS não deverá reduzir a utilização de capacidade de frigoríficos no Brasil. “A gente vai focar bastante na agregação de valor, na exportação — que vem desenvolvendo muito o mercado — e na eficiência. Por isso não vemos a redução da taxa de utilização como algo no horizonte”. Questionado sobre como está a utilização dos frigoríficos, estimada em 45% por um analista, o executivo afirmou que o nível está mais elevado, em linha com o ano passado. “Não reduzimos a taxa de utilização de nossas plantas e não temos previsão para fazer isso”, disse Wesley Batista Filho. Não há dados separados da Austrália, mas a piora da margem da divisão JBS USA Beef — onde as operações australianas estão incluídas — é um indicativo da situação adversa no país. Enquanto a Marfrig, por exemplo, viu a margem do negócio de bovinos na América do Norte aumentar 0,72 ponto, para 13,1%, a JBS registrou queda de 0,4 ponto na margem no quarto trimestre, para 9%. Os preços do gado e da carne em máximas históricas pesaram sobre o resultado. “A situação só não está negativa porque temos muitos outros negócios e o Grupo Primo. O próximo ano ou ano e meio será muito desafiador na Austrália”, destacou Nogueira.

VALOR ECONÔMICO

FRANGOS & SUÍNOS

Suínos: apesar de boas exportações, preços caem no mercado interno

A quinta-feira (25) foi de quedas para o mercado de suínos, principalmente para o animal vivo. De acordo com análise do Cepea/Esalq, as vendas de carne nos mercados atacadistas seguem lentas, o que mantém em queda os valores da proteína pela quarta semana seguida. – esta é a quarta semana consecutiva que o Cepea verifica recuo nos preços 

Para o animal vivo, conforme a instituição informa, as baixas nas cotações têm sido intensas em São Paulo, tendo em vista que a produção desse estado é mais direcionada ao mercado doméstico, que, por sua vez, está bastante enfraquecido, diante do agravamento da pandemia de covid-19, que resultou em restrições mais severas no comércio, e da economia bastante fragilizada. Nos estados do Sul do País, pesquisas do Cepea mostram que as quedas nas cotações do animal vivo foram amenizadas pela influência das grandes indústrias exportadoras da região, uma vez que os embarques de carne suína vêm registrando bom desempenho em março. Em São Paulo, segundo a Scot Consultoria, a arroba do suíno CIF ficou estável em R$ 103,00/R$ 110,00, enquanto a carcaça especial teve recuo de 2,38%/2,30%, valendo R$ 8,20/R$ 8,50 o quilo. No caso do animal vivo, conforme informações do Cepea/Esalq, referentes à quarta-feira (24), o preço ficou estável em Minas Gerais, R$ 5,99/kg, e em São Paulo, R$ 5,86/kg. Houve queda de 1,18% em Santa Catarina, atingindo R$ 5,87/kg, retração de 1,03%, chegando a R$ 5,75/kg, e de 0,49% no Rio Grande do Sul, fechando em R$ 6,13/kg. Apesar das exportações de carne suína terem demonstrado bons resultados a cada semana, no mercado interno a suinocultura independente derrapa na menor demanda por animais vivos e acumula quedas. Conforme explicam lideranças do setor, com a virada para abril, entrada da massa salarial e retomada do pagamento do Auxílio Emergencial, ainda que em menor proporção, a expectativa é de reação do mercado.

Cepea/Esalq 

ABRAFRIGO

imprensaabrafrigo@abrafrigo.com.br

POWERED BY EDITORA ECOCIDADE LTDA 

041 3289 7122

 

abrafrigo

Leave Comment