Ano 6 | nº 1266| 29 de junho de 2020
ABRAFRIGO
PROVIMENTO N. 100, DE 26 DE MAIO DE 2020 do CORREGEDOR NACIONAL DE JUSTIÇA
Dispõe sobre a prática de atos notariais eletrônicos utilizando o sistema e-Notariado, cria a Matrícula Notarial Eletrônica-MNE e dá outras providências. Estabelece normas gerais sobre a prática de atos notariais eletrônicos em todos os tabelionatos de notas do País.
Veja no Link: https://atos.cnj.jus.br/atos/detalhar/3334
NOTÍCIAS
Preço da carne bovina subiu no atacado
O preparo das indústrias para abastecer o mercado varejista, sustentado ainda pelas constantes altas do boi gordo, refletiu nos preços da carne sem osso, que apresentou valorização de 0,89% na semana passada na média de cortes pesquisados pela Scot Consultoria
O aumento foi igualmente visto dentre os cortes de dianteiro e traseiro, 0,01% de diferença entre eles. Vale destacar que os preços dos cortes do dianteiro subiram 30,6% frente ao mesmo período do ano passado. A expectativa para os próximos dias é de maior demanda com a virada do mês, o que mantém o viés de alta para a carne bovina.
SCOT CONSULTORIA
Embarques de carne bovina seguem em ritmo forte na terceira semana do mês
O volume exportado deve ficar entre 150 e 170 mil toneladas ao fim de junho, prevê analista da Agrifatto
A terceira semana de junho registrou mais um período de fortalecimento nos embarques de carne bovina brasileira, destaca o economista Yago Travagini, consultor pela Agrifatto. Citando dados da Secretária de Comércio Exterior (Secex), o economista relata que a média diária de exportações de carne bovina in natura avançou 7% na terceira semana do mês em comparação com a semana anterior, atingindo um total de 7,66 mil toneladas embarcadas por dia. A receita gerada com essas vendas atingiu uma média de US$ 33 milhões por dia. No acumulado do ano, o total arrecadado já ultrapassando o valor registrado no mesmo período do ano passado, chegando a US$ 466,76 milhões. “O volume embarcado deve ficar entre 150 e 170 mil toneladas ao fim do mês”, prevê Travagini, acrescentando que, se confirmado, representará um novo recorde histórico para junho.
PORTAL DBO
Pressão de alta no mercado do boi gordo
Em São Paulo, a oferta limitada de animais terminados e as escalas enxutas, em média para três dias úteis, fizeram com que os preços disparassem
Segundo levantamento da Scot Consultoria, na última sexta-feira (26/6), a arroba do boi gordo subiu 2,3% na comparação feita dia a dia e ficou cotada em R$220,00, bruto e a prazo, R$219,50, livre de Senar, a prazo, e em R$216,50, descontados os impostos (Senar e Funrural).
Para a vaca gorda e novilha gorda as cotações subiram 1,5% e 1,0%, respectivamente. Negócios com bovinos de até quatro dentes estão firmes em R$220,00/@, bruto à vista.
O cenário geral é de programações de abate enxutas e a oferta ditando o rumo do mercado.
SCOT CONSULTORIA
Menor oferta deu sustentação à cotação do sebo bovino
A oferta limitada associada à melhoria da demanda por sebo resultou em valorização na última semana
No Brasil Central, segundo levantamento da Scot Consultoria, a gordura animal está cotada em R$2,85/kg, livre de imposto. Alta de 6,3% nos últimos sete dias. No Rio Grande do Sul também houve valorizações e a gordura bovina está cotada em R$3,25/kg, valorização de 4,8% na mesma comparação. A demanda crescente para produção do biocombustível com a flexibilização da quarentena em algumas regiões e a produção de produtos de higiene, em função da pandemia coronavírus, explicam a firmeza no mercado do sebo. O cenário geral é de programações de abate enxutas e a oferta ditando o rumo do mercado.
SCOT CONSULTORIA
ECONOMIA
Dólar salta 9,6% em 3 semanas seguidas de alta por incerteza e BC
O mercado de câmbio no Brasil voltou a registrar pregão de forte volatilidade na sexta-feira, com o dólar chegando a disparar novamente mais de 3% e fechando na máxima em um mês, em meio a um exterior avesso a risco e à percepção de que o Banco Central está minimizando o constante vaivém nos preços da moeda
O dólar à vista encerrou em alta de 2,58%, a 5,4652 reais na venda, maior valor desde 22 de maio (5,5739 reais na venda). A cotação operou com ganhos durante todo o pregão. Na máxima, saltou 3,12%, a 5,494 reais, e na mínima subiu 0,76%, para 5,3685 reais. O real, de longe, foi a moeda de pior desempenho nesta sessão. Na semana, o dólar acumulou apreciação de 2,76%. É a terceira semana consecutiva de alta, período em que subiu 9,57%. Na quarta-feira, o dólar fechou em forte alta de 3,33%, um dia depois de cair 2,26%. Na quinta, a cotação oscilou entre ganho de 1,06% e queda de 1,07%. Na semana passada, a moeda acumulou salto de 5,41%, o mais forte desde a semana finda em 8 de maio. Os números evidenciam a volatilidade realizada (passada), mas pelos dados da volatilidade implícita (futura) a intensa oscilação dos preços deve persistir. A volatilidade implícita nas opções de dólar/real para três meses subiu nesta sexta para 21,7%, máxima desde meados de março, quando os mercados estavam sob forte pressão decorrente da pandemia de coronavírus. A volatilidade implícita —uma medida da incerteza sobre a taxa de câmbio— para o real é a maior entre as principais moedas emergentes. Na sexta, o BC voltou a recorrer à venda de dólares à vista, o que não acontecia desde o último dia 1º. A autoridade monetária colocou 502,5 milhões em moeda spot. O dólar saiu das máximas, mas permaneceu em firme alta até o fim da sessão, e o real seguiu como a divisa de pior desempenho no dia. O BC também fez nesta sexta colocação de 1,5 bilhão de dólares para rolagem de linhas de dólares com compromisso de recompra e de 12 mil contratos de swap cambial tradicional —também para rolagem.
REUTERS
Apreensão derruba Ibovespa em semana volátil
O Ibovespa fechou em queda na sexta-feira, com bancos e Petrobras entre as maiores pressões negativas, após semana de sobe e desce, marcada por preocupações com o risco de uma nova onda de casos de Covid-19 em meio à reabertura das economias
Índice de referência do mercado acionário brasileiro, o Ibovespa encerrou o pregão em baixa de 2,24%, a 93.834,49 pontos. O volume financeiro somou 23 bilhões de reais. Na semana, contabilizou uma perda de 2,8%. Na visão do analista Régis Chinchila, da Terra Investimentos, participantes do mercado adotaram cautela na semana diante do temor de que novas infecções pelo vírus ameacem o processo de reabertura da economia dos EUA e de outros países. Em Wall Street, o S&P 500 fechou em queda de 2,4%, pressionado ainda pelo declínio das ações de instituições financeiras, após o Federal Reserve limitar pagamentos de dividendos por bancos, após teste de estresse. O índice ainda está distante das máximas do começo do ano, quando se aproximou dos 120 mil pontos, mas já se afastou da mínima de 2020, quando regrediu a quase 60 mil pontos em março, duramente afetado pela aversão a risco em razão do Covid-19. Do noticiário brasileiro, corroboraram o viés negativo novos ruídos envolvendo prisão do ex-assessor do senador Flávio Bolsonaro, em inquérito que investiga a suposta apropriação e desvio de salários de servidores do Rio de Janeiro.
REUTERS
EMPRESAS
Ministério da Agricultura suspende exportação de frigorífico da JBS à China
É o segundo frigorífico brasileiro a ter a cobiçada licença retirada por causa de casos de covid-19 entre trabalhadores
O Ministério da Agricultura suspendeu a autorização para que a carne de frango produzida no abatedouro da JBS em Passo Fundo (RS) seja exportada à China. Trata-se do segundo frigorífico brasileiro a ter a cobiçada licença retirada por causa de casos de covid-19 entre trabalhadores. No início da semana, o abatedouro de bovinos do mato-grossense Agra também foi suspenso. Conforme o Valor apurou, a expectativa no setor é que mais abatedouros tenham a exportação à China suspensa pelo ministério nos próximos dias. No caso da JBS de Passo Fundo, a decisão da Pasta já consta no Sistema de Informações Gerenciais do Serviço de Inspeção Federal (SIGSIF). Em comum, os abatedouros suspensos tem a incidência de casos do covid-19 entre funcionários. Com as suspensões voluntárias, o Ministério da Agricultura tenta responder às medidas de maior controle adotadas pela China nas últimas semanas para evitar uma segunda onda de covid-19. Embora não existam evidências de que os alimentos transmitam o vírus, Pequim pediu que os diferentes governos suspendam a exportação “de produtos alimentícios cujos estabelecimentos produtores tenham identificado funcionários infectados com a covid-19, em situação que crie risco de contaminação dos alimentos”, conforme mensagem enviada pelo embaixador do Brasil na China, Paulo Estivallet de Mesquita, e transmitida aos exportadores do Brasil pelo Itamaraty. Procurada pelo Valor, a JBS não respondeu até a publicação desta reportagem. No momento, a companhia não pode produzir no abatedouro de Passo Fundo porque uma decisão desta semana do Tribunal Regional do Trabalho da 4ª Região (TRT-RS) interditou a unidade até que o grupo comprove a adoção das medidas de proteção determinadas pelos auditores do trabalho.
VALOR ECONÔMICO
Justiça autoriza retomada parcial de unidade da JBS em Passo Fundo por quatro dias
Decisão atende a pedido da empresa e evita que 1,5 mil toneladas de produtos que estavam prontos para expedição estraguem
A desembargadora Vania Cunha Mattos, do Tribunal Regional do Trabalho da 4ª Região (1ª SDI), determinou, na tarde de sexta-feira, a retomada parcial do funcionamento dos setores de expedição e paletização do abatedouro de carne de frango da JBS em Passo Fundo (RS) por quatro dias. A decisão atende reivindicação da empresa e tem como objetivo evitar que 1,5 mil toneladas de produtos que estavam prontos para expedição estragassem, bem como outras 700 toneladas de alimentos que se encontravam no túnel de congelamento pudessem ser preparados para expedição. A unidade está interditada desde a última quinta-feira por decisão do Decisão do Tribunal Regional do Trabalho da 4ª Região (TRT-RS) e deverá permanecer assim até que a JBS comprove a adoção das medidas de proteção determinadas pelos auditores do trabalho para evitar novos casos de covid-19 entre os funcionários. Dos 260 empregados que atuam na unidade de abate de 80 funcionários foram autorizados a manter as atividades nestes dois setores pelo período determinado, desde que estejam assintomáticos. Em nota, a companhia afirmou que não comenta processos judiciais em andamento. E reiterou que “a empresa tem como objetivo prioritário a saúde de seus colaboradores e ressalta que desde o início da pandemia tem adotado um rígido protocolo de prevenção contra a covid-19 na sua unidade de Passo Fundo (RS) e em todas as suas plantas no Brasil, conforme as orientações dos órgãos de saúde e protocolo do Ministério da Saúde, Economia e Agricultura. A JBS também segue as orientações do Hospital Albert Einstein e especialistas médicos contratados pela Companhia para apoiar na implantação rigorosa de medidas para a proteção de seus colaboradores.”
VALOR ECONÔMICO
Em carta, Marfrig manifesta intenção de investir no Paraguai
Declaração ocorre após grupo de desistir da compra do Frigonorte, que firmou acordo com a concorrente Minerva
Mesmo após desistir de adquirir o Frigonorte, indústria paraguaia de carne bovina que foi colocada à venda em meio a turbulências financeiras, a brasileira Marfrig ainda quer ingressar no Paraguai, país que costuma entregar boa rentabilidade para a indústria frigorífica. Na semana passada, a companhia manifestou oficialmente a intenção de investir no país vizinho. Em carta entregue a Rodolfo Alfaro, Ministro da Agricultura paraguaio, a Marfrig disse estar ciente do interesse do governo local em fomentar a pecuária. O documento, obtido pela reportagem, é assinado por Heraldo Geres, Vice-Presidente jurídico da Marfrig. A manifestação do grupo brasileiro chamou atenção pelo momento em que ocorreu, poucos dias após a rival brasileira Minerva Foods fechar um contrato com o Frigonorte para a prestação de serviços. Pelos termos do acordo, de um ano de validade, a empresa paraguaia produzirá carne e a Minerva se encarregará da venda. Embora permita a reabertura do Frigonorte, que está fechado e deve mais de US$ 4 milhões para pecuaristas, o acordo com a Minerva provocou muitas críticas de parte dos produtores de gado, que temem o que consideram ser uma excessiva concentração do abate nas mãos da Minerva – com quatro plantas em operação no Paraguai, a empresa já é a maior indústria de carne bovina, respondendo por quase 45% das exportações de carne bovina do país. Em meio ao noticiário sobre o acordo entre Frigonorte e Minerva, o órgão antitruste do Paraguai anunciou em 19 de junho uma apuração preliminar sobre a operação. Na ocasião, Comissão Nacional da Concorrência (Conacom) informou que a ação não significava o início formal de um procedimento de investigação. Na última sexta-feira, o órgão antitruste informou, após ter acesso à minuta do contrato entre as duas empresas, que o negócio será avaliado como um “ato de concentração”. Paralelamente, pecuaristas do Paraguai ainda tentam evitar o acordo entre Minerva e Frigonorte. “O governo está preocupado porque há gente sem emprego e o que estamos dizendo é que a Athena Foods [subsidiária da Minerva] não é a única opção. Nós podemos ser a opção com um sócio internacional”, disse Fernando Serrati, presidente de uma associação de produtores, ao jornal paraguaio “Ultima Hora”.
VALOR ECONÔMICO
FRANGOS & SUÍNOS
Suíno vivo em valorização nos estados produtores
O maior preço pago pelo quilo do suíno vivo ocorre em Minas Gerais e Goiás, no valor de R$ 5,50
Os preços do suíno vivo seguem em alta nos estados produtores, conforme as bolsas regionais. A elevação do consumo interno e as exportações consistentes têm contribuído para a valorização do animal vivo. O maior preço pago pelo quilo do suíno vivo ocorre em Minas Gerais e Goiás, no valor de R$ 5,50. De acordo com o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), da Esalq/USP, as demandas interna e externa aquecidas têm elevado as cotações. No geral, a reabertura – ainda que parcial – do comércio doméstico e as aquecidas compras por parte da China impulsionam as vendas. O preço pago pelo quilo do suíno segue subindo no Rio Grande do Sul. A pesquisa semanal da cotação do suíno realizada pela Associação de Criadores de Suínos do Rio Grande do Sul (Acsurs) registrou o preço médio de R$ 4,38. Aumento de quatro centavos em relação à semana anterior. Não houve acordo durante a Bolsa de Suínos do Estado de Minas Gerais (BSEMG) realizada nesta quinta-feira (25/06) entre representantes dos suinocultores e dos frigoríficos. A Asemg SUGERE o valor de R$5,50 para a comercialização do quilo do suíno vivo em Minas Gerais, preço que se estende também a Goiás. Em São Paulo, o valor do animal vivo agora está em R$ 4,80. Houve incremento desde o último levantamento da Suinocultura Industrial, feito no começo do mês, quando a cotação estava em R$ 4,69. Houve valorização do suíno vivo ainda em Santa Catarina, o principal produtor do país, onde o quilo agora está custando R$ 4,65. No Paraná, o valor do animal chegou a R$ 4,20. Também com valorizações, o suíno vivo custa R$ 3,81 no Mato Grosso e R$ 5 no Distrito Federal.
Alta nas cotações no mercado de suínos
Em São Paulo, as cotações dos suínos ficaram estáveis nas granjas e no atacado na quarta semana de junho
Nas granjas, o animal terminado está cotado, em média, em R$89,50 por arroba. No atacado, a carcaça está cotada, em média em R$7,20 por quilo. Apesar da estabilidade nos preços na comparação semanal, em trinta dias houve aumento de 4,1 e 4,3%, respectivamente, nas granjas e no atacado.
SCOT CONSULTORIA
INTERNACIONAL
Argentina alcançou suprimento total de carne bovina na pandemia graças à alta dispersão das unidades de abate
A alta dispersão das unidades de processamento de gado presentes na Argentina é um dos fatores que contribuiu para garantir o suprimento de carne bovina, apesar das dificuldades registradas pelas restrições causadas pela pandemia de Covid-19
Em maio passado, 373 plantas argentinas de processamento de carne abateram um total de 1.167.991 cabeças, das quais 39,4% foram processadas em estabelecimentos que liquidaram menos de 500 cabeças, segundo dados oficiais publicados pela Direção Nacional de Controle Comercial Agrícola. Em maio de 2019, 1.182.105 cabeças foram abatidas em todo o território argentino em 369 frigoríficos, das quais 38,7% correspondiam a matadouros que processavam menos de 500 animais. Em maio passado, foram produzidas 262.000 toneladas de carcaça com osso de bovinos em todo o país, número semelhante ao registrado no mesmo mês de 2019, uma vez que a queda no nível de cabeças abatidas foi compensada por um aumento no peso médio do abate, conforme indicado no último relatório mensal da Câmara de Indústria e Comércio de Carnes e Derivados da República Argentina (Ciccra). Nos primeiros cinco meses de 2020, foram produzidas 1.247 milhões de toneladas de carne com osso, 2,9% a mais do que no mesmo período de 2019. Até o momento, os frigoríficos que fecharam temporariamente devido à detecção de casos positivos de Covid-19 são Friar (Nelson), Federal (Quilmes), Santa Giulia (San Vicente) e Subpga (Berazategui).
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