CLIPPING DA ABRAFRIGO Nº 1264 DE 25 DE JUNHO DE 2020

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Ano 6 | nº 1264| 25 de junho de 2020

  

ABRAFRIGO

ACOMPANHAMENTO DAS PROPOSTAS DA CNI

Atualizado com medidas adotadas até 24 de junho de 2020

A ABRAFRIGO ressalta a inclusão de novo proposta encaminhada pela CNI que trata do adiamento da entrada em vigor do Bloco K na sua versão completa, o que está previsto para novos setores industriais a partir de janeiro de 2021 e janeiro de 2022. Veja no Link:

https://drive.google.com/file/d/1so_9KqA0Dr-_5gKUb5PmE-MBCjzCgtGC/view?usp=sharing 

NOTÍCIAS 

Boi gordo: mercado firme

Segundo levantamento da Scot Consultoria, em São Paulo, a referência na última quarta-feira (24/6) ficou em R$213,00/@, bruto e a prazo, R$212,50/@, livre de Senar, também a prazo, e em R$210,00/@, descontados os impostos (Senar e Funrural) e na mesma condição de pagamento

Firmeza também para as negociações pelo boi jovem, destinado ao mercado chinês, que está cotado em R$215,00/@, bruto e à vista. A pouca oferta de boiada e as escalas de abate curtas sustentam a alta para a cotação da arroba do boi gordo, o que tem feito a diferença de preços negociados entre o boi “China” e boi “comum”, que atende ao mercado interno, se estreitarem. Para as fêmeas, vaca e novilha, os preços ficaram estáveis, em R$194,00/@ e R$203,00/@, bruto e a prazo, na mesma ordem.

SCOT CONSULTORIA 

Arroba do boi gordo continua subindo com oferta enxuta, aponta Safras

De acordo com a consultoria, as exportações aquecidas estão sendo decisivas neste momento; destaque para a demanda da China

Os preços da arroba do boi gordo voltaram a subir em algumas regiões de produção e comercialização nesta quarta-feira, 24. Segundo o analista da Safras & Mercado Fernando Henrique Iglesias, a oferta de animais terminados segue restrita, ao mesmo tempo em que as exportações continuam ocorrendo com volumes expressivos. “A grande demanda chinesa é o diferencial do momento para a pecuária de corte, em um momento de demanda doméstica titubeante, um desdobramento das medidas de isolamento social que alteraram drasticamente os padrões de consumo”, afirma. Importante destacar, conforme Iglesias, que não houve novos desdobramentos em relação às exportações de carne bovina brasileira com destino à China. Até o momento, apenas uma unidade frigorífica, em Rondonópolis (MT), anunciou voluntariamente a suspensão das exportações, em decisão conjunta com o Ministério da Agricultura; um caso isolado. Grandes frigoríficos brasileiros já assinaram o documento certificando que sua produção está livre do coronavírus e que as práticas de controle vêm sendo adotadas de maneira rigorosa. Na capital de São Paulo, os preços do mercado à vista subiram de R$ 212/213 para R$ 214 por arroba. Em Uberaba (MG), continuaram em R$ 208. Em Dourados (MS), passaram de R$ 203 para R$ 204. Em Goiânia (GO), foram de R$ 207 para R$ 208 a arroba. Já em Cuiabá (MT), subiram de R$ 186 para R$ 187. No mercado atacadista, os preços da carne bovina seguem firmes. Segundo Iglesias, o ambiente de negócios volta a sugerir por reajustes, com ênfase na primeira quinzena de julho, período em que o consumidor médio estará capitalizado. “As exportações em bom nível seguem como um grande diferencial para o mercado brasileiro; a demanda chinesa sem dúvida ofereceu um relevante ponto de suporte aos preços locais”, diz. A ponta de agulha ficou em R$ 11,85 o quilo. O corte dianteiro permaneceu em R$ 12,55 o quilo, e o corte traseiro continuou em R$ 13,75 o quilo.

AGÊNCIA SAFRAS 

Baixa demanda no mercado de couro

A baixa demanda pelo produto mantém o mercado do couro verde sem força

Do lado do mercado externo, os volumes exportados continuam em queda. Segundo dados divulgados pela Secretaria de Comércio Exterior (Secex), o Brasil exportou 8,81 mil toneladas de couro nos primeiros nove dias úteis de junho, volume 72,8% menor, na comparação com o mesmo período do ano passado.

SCOT CONSULTORIA

Preços do sebo bovino com alta na comparação anual

A oferta ajustada à demanda mantém os preços do sebo andando de lado

Segundo levantamento da Scot Consultoria, no Brasil Central, a gordura animal está cotada em média, em R$2,68/kg, livre de imposto, estabilidade na comparação semanal. No Rio Grande do Sul, a cotação permaneceu em R$3,10/kg na mesma condição. Apesar da “paradeira” no mercado, os preços do produto no Brasil Central e no Rio Grande do Sul estão 30,7% e 37,8% maiores, respectivamente, na comparação anual. Para o curto prazo a expectativa é de que o mercado siga com os preços andando de lado.

SCOT CONSULTORIA 

ECONOMIA 

Dólar salta 3,3% e tem maior alta em 3 meses

O dólar saltou mais de 3% ante o real na quarta-feira, puxado por dia de forte aversão a risco no mundo diante de renovados temores sobre impactos econômicos do Covid-19 e depois de os EUA reascenderem preocupações sobre guerra comercial

O dólar à vista subiu 3,33%, a 5,3246 reais na venda. É a maior valorização percentual diária desde 18 de março de 2020 (+3,94%). Na B3, o dólar futuro tinha alta de 3,34%, a 5,3260 reais, às 17h13.

O real liderou com folga as perdas entre as principais moedas nesta sessão, mas o dólar subia forte também contra peso mexicano, dólar neozelandês, coroa norueguesa e rublo russo —todas divisas de maior risco e correlacionadas a commodities, assim como a brasileira. Não bastasse o receio sobre o coronavírus, os Estados Unidos estão considerando alterar as tarifas de vários produtos europeus como parte da disputa de aeronaves dos parceiros comerciais, de acordo com um aviso do Gabinete do Representante Comercial dos EUA na terça-feira. “Ainda vamos ter muitos soluços nos mercados no curto prazo”, disse Adriano Cantreva, sócio da Portofino Investimentos. Para ele, o cenário de médio e longo prazo ainda aponta real em desvalorização, para patamares perto da faixa entre 5,50 por dólar e 5,75 por dólar. Enquanto isso, o Brasil segue perdendo dólares, segundo dados do fluxo cambial, os quais mostraram saída líquida de 2,369 bilhões de dólares no acumulado entre os dias 15 e 19 de junho. Em 2020, o déficit na conta do fluxo cambial contratado é de 12,580 bilhões de dólares, contra resultado positivo de 3,507 bilhões de dólares no mesmo período de 2019. Dados parciais do BC mostraram também entrada líquida de investimentos estrangeiros em carteiras negociadas no mercado doméstico em junho até 19, mas o Chefe do Departamento de Estatísticas da autarquia, Fernando Rocha, avaliou ainda não ser possível falar em inflexão de saídas expressivas em meses anteriores em meio à crise do coronavírus. No relatório mensal da dívida, também divulgado nesta quarta, o Tesouro Nacional informou que a participação dos investidores estrangeiros na dívida mobiliária interna caiu a 9,11% em maio, sobre 9,36% no mês anterior, a menor desde 2009.

REUTERS

Ibovespa fecha em queda com mercados voláteis

O Ibovespa fechou em baixa na quarta-feira, reflexo da volatilidade contínua nos mercados em razão de incertezas associadas à pandemia de Covid-19

Índice de referência do mercado acionário brasileiro, o Ibovespa caiu 1,66%, a 94.377,36 pontos. O volume financeiro totalizou 25,77 bilhões de reais. Da mínima do ano até a véspera, considerando dados de fechamento, o Ibovespa contabilizou um ganho de cerca de 50%. Ainda assim, permanece distante da máxima histórica de fechamento de 119.527,63 pontos apurada no dia 23 de janeiro. O Fundo Monetário Internacional (FMI) disse que a pandemia está causando danos mais amplos e mais profundos à atividade econômica do que se pensava e piorou as previsões para o PIB global, estimando agora contração de 4,9%, ante projeção anterior de queda de 3%. Em Wall Street, o S&P 500 fechou em queda de 2,6%, com investidores avaliando o risco para a economia de um aumento nos casos de coronavírus em vários Estados norte-americanos. A principal autoridade de doenças infecciosas dos EUA disse que as próximas duas semanas podem ser críticas para conter a epidemia. Para o gestor Daniel Pegorini, Diretor-Presidente da Valora Investimentos, os mercados tendem a continuar voláteis, com alguma estabilização dependente de fatores como o avanço em relação a uma vacina, porque sem ela não será possível controlar a pandemia. “Ter idas e voltas (dos processos de lockdown) é o pior dos cenários, em razão da enorme incerteza sobre onde tudo isso irá parar”, acrescentou.

REUTERS 

FMI piora estimativa de contração da economia do Brasil em 2020 a 9,1% por coronavírus

O Fundo Monetário Internacional (FMI) piorou com força sua estimativa para a contração da economia brasileira em 2020 devido aos impactos da pandemia de coronavírus sobre a atividade, mas ao mesmo tempo passou a ver maior crescimento no ano que vem

Na atualização de seu relatório Perspectiva Econômica Global divulgada na quarta-feira, o FMI passou a projetar contração do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro de 9,1% neste ano, contra recuo de 5,3% previsto em abril, já calculado por reflexo da pressão das medidas adotadas contra o coronavírus. Se confirmado, seria o pior resultado da série história que começou em 1900. Mas para 2021 a projeção de crescimento do FMI para o Brasil aumentou a 3,6%, de 2,9% no relatório anterior. “Entre economias emergentes e em desenvolvimento, a projeção é que o impacto sobre a atividade decorrente de interrupções domésticas fique mais perto do cenário de baixa previsto em abril, mais do que compensando a melhora no sentimento do mercado financeiro”, explicou o FMI em seu relatório. “A redução também reflete maior contágio da demanda externa mais fraca”, completou. Para o grupo de mercados emergentes e em desenvolvimento, o FMI prevê retração de 3% em 2020, 2 pontos percentuais pior que a estimativa do relatório de abril, passando a um crescimento de 5,9% em 2021, refletindo em grande parte a recuperação prevista para a China (+8,2%). Excluindo a China, as taxas para o grupo seriam de queda de 5,0% em 2020 e crescimento de 4,7% em 2021, de acordo com o FMI. O cenário para o Brasil fica mais em linha ao de América Latina e Caribe, com recessão de 9,4% em 2020 e expansão de 3,7% em 2021. O FMI explicou que, de forma geral, a pandemia de Covid-19 teve impacto mais negativo sobre a atividade no primeiro semestre de 2020 do que o esperado e que a recuperação deve ser mais gradual do que se projetava antes. O FMI fez ainda avaliações sobre a resposta fiscal dos países à pandemia, destacando que nas economias emergentes ela foi estimada em 5% do PIB, “considerável, mas menos do que em economias avançadas”. Para o Brasil, o FMI prevê um déficit fiscal de 16% do PIB em 2020 e de 5,9% em 2021, com a dívida bruta alcançando 102,3% do PIB neste ano e 100,6% no próximo. De acordo com o FMI, a métrica para a dívida bruta brasileira se refere ao setor público não-financeiro, excluindo Eletrobras e Petrobras, e inclui dívida soberana detida pelo Banco Central.

REUTERS 

EMPRESAS 

MPT diz que protocolo do governo contra Covid-19 em frigoríficos tem falhas e contraria orientações da OMS

Segundo procuradores, regras tendem a “incrementar e expandir os casos de contaminação nas plantas frigoríficas”

Após ter suas observações ignoradas pelo governo na elaboração do protocolo único para controle e prevenção da Covid-19 em frigoríficos, o Ministério Público do Trabalho, por meio da sua Coordenadoria de Defesa do Meio Ambiente de Trabalho (Codemat), elaborou uma Nota Técnica apontando a ineficácia das novas normas diante de uma série de inconformidades com as orientações já divulgadas pelo Ministério da Saúde e pela Organização Mundial da Saúde (OMS). “A exigência de condições mais gravosas para o enquadramento como caso suspeito para os trabalhadores mostra-se, pois, como violação ao princípio da igualdade previsto no art. 5º, caput, da Constituição Federal”, aponta o documento. O trecho se refere à exigência de apresentação clínica de síndrome respiratória aguda para classificação de casos como suspeitos para a doença, que também apresenta sintomas leves associados a resfriados comuns – o que diverge do Protocolo de Manejo Clínico da Covid-19 elaborado pelo Ministério da Saúde e destinado ao atendimento da população em geral e as orientações da OMS. “Ao deixar de considerar todo e qualquer caso de síndrome gripal desacompanhado de ‘quadro respiratório agudo’ como suspeito, viabiliza-se que os estabelecimentos frigoríficos mantenham em atividade trabalhadores potencialmente contaminados pela Covid-19 ainda em estágio inicial nas linhas de produção, representando grave violação ao princípio da precaução”, avalia a Nota Técnica. O mesmo ocorre com o enquadramento de casos contactantes, já que as regras publicadas pelo governo para atender à indústria abrange apenas trabalhadores que tenham tido contato com casos confirmados da doença, contrariando, mais uma vez, os protocolos adotados internacionalmente para prevenção e controle da pandemia. No total, dez pontos da nova portaria são questionados pela nota técnica, incluindo critérios falhos na adoção de equipamentos de proteção individual, distanciamento de pessoas, inconformidade com a definição do grupo de risco adotada pelo Ministério da Saúde, além de contradições dentro da própria norma. Isso porque, ao mesmo tempo em que a portaria conceitua que trabalhadores afastados considerados casos suspeitos poderão retornar às suas atividades mediante exame laboratorial com resultado negativo para Covid-19, dispensa a obrigatoriedade da testagem em massa para a reabertura de unidades “por não haver, até o momento da edição deste Anexo, recomendação técnica para esse procedimento”.

GLOBO RURAL 

FRANGOS & SUÍNOS 

Milho: melhora de preço do frango vivo aumenta poder de compra do produtor avícola

Mesmo assim, primeiro semestre de 2020 está sendo encerrado com o menor poder de compra dos últimos cinco anos

Desde abril, os preços do milho vêm recuando no mercado interno. Após pico histórico em março passado (R$60,95/saca), o grão alcança no momento (R$50,20/saca, resultado preliminar) valor quase 18% inferior. Em junho registra cotação menor que a do recorde anterior (R$53,86/saca em maio de 2016), além de permanecer com um preço 21% superior ao de um ano atrás (R$41,37/saca em junho de 2019). Para o produtor do frango a contribuição vinda dessa queda é, por ora, mínima. Atualmente o frango vivo dispõe do melhor poder de compra dos últimos oito meses mais pela retomada de preços da ave viva do que pela queda no preço do milho. O poder de compra para o primeiro semestre de 2020 (perto de 3,5:1, ou seja, 3,5 toneladas de milho por tonelada de frango vivo) se encontra no menor patamar dos últimos cinco anos, além de permanecer mais de um quarto aquém da média registrada nos 12 meses de 2019.

AGROLINK 

China eleva em 86% importações de carne suína em maio

As compras no mês passado ficaram apenas um pouco abaixo do recorde registrado em abril, de 400 mil toneladas

A China importou 370 mil toneladas de carne suína em maio, o que significou aumento de 86% na comparação com mesmo mês de 2019, informou na terça-feira a agência Reuters, com base em dados da Administração Geral de Alfândegas da China. As importações em maio ficaram apenas um pouco abaixo do recorde registrado em abril, de 400 mil toneladas, informa a Reuters. As importações totais de carne suína nos primeiros cinco meses do ano alcançaram 1,72 milhão de toneladas, disse a Administração Geral de Alfândegas, com elevação de 146% sobre mesmo período do ano anterior. As importações incluindo miúdos atingiram 510 mil toneladas em maio, alta de 62% na comparação anual, levando as importações totais no ano para 2,28 milhões de toneladas. As fortes compras vêm após a peste suína africana ter dizimado o rebanho suíno da China ao longo dos últimos dois anos, reduzindo a produção de porcos em quase um terço no primeiro trimestre e mantendo os preços da carne favorita do país em máximas recorde.

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