Ano 5 | nº 1086| 25 de setembro de 2019
NOTÍCIAS
Oferta de boi deve continuar restrita até o início de 2020
Segundo analista, o ambiente de negócios segue firme no que tange aos preços da matéria-prima
O mercado físico de boi gordo teve preços estáveis na terça-feira. Segundo o analista de Safras & Mercado, Fernando Henrique Iglesias “a oferta de animais terminados no geral é restrita, premissa que tende a se sustentar até o final do ano, avaliando o clima complicado em grande parte do Centro-Sul, dificultando o desenvolvimento adequado das pastagens, tardando o processo de engorda do boi. Nessas condições, é possível que a oferta de animais de pasto esteja apta ao abate apenas no primeiro bimestre de 2020, levando a um quadro de restrição de oferta justamente no período de maior demanda no ano”, assinalou Iglesias. Em São Paulo, preços a R$ 163,00 a arroba. Em Minas Gerais, preços de R$ 158,00 a arroba. No Mato Grosso do Sul, os preços ficaram em R$ 151,00 a arroba. Em Goiás, preço em R$ 150,00 a arroba em Goiânia. No Mato Grosso, preço de R$ 145,00 a arroba. Já a carne bovina no atacado permanece com preços acomodados. Ainda há pouco espaço para alta durante a segunda quinzena do mês, avaliando a reposição mais lenta entre atacado e varejo. O mercado ainda carrega otimismo em relação às exportações com destino à China, avaliando a severidade do surto de peste suína africana que segue dizimando o rebanho suinícola local. Com isso, o corte traseiro permaneceu com preço de R$ 12,50 por quilo. A ponta de agulha seguiu a R$ 8,50 por quilo. Por fim, o corte dianteiro seguiu a R$ 8,65 por quilo.
Agência Safras
Oferta pequena de boiadas para abate contrapõe o escoamento ruim de carne
A restrição na disponibilidade de animais terminados contrapõe a dificuldade no escoamento de carne bovina no mercado doméstico
Este cenário ameniza a necessidade de compra de boi gordo, deixando o mercado pouco movimentado no cenário geral. Na última terça-feira (24/9), das 32 praças pesquisadas pela Scot Consultoria, 24 ficaram estáveis. As altas ocorreram em praças onde o confinamento não é tão expressivo e a oferta está mais apertada, como é o caso do Pará e Rondônia, estados que tiveram as maiores valorizações no fechamento do dia 24/9.
SCOT CONSULTORIA
Produção de carne bovina em MT no 1º semestre é maior desde 1997
A produção de carne bovina em Mato Grosso durante o primeiro semestre deste ano registrou o maior volume desde 1997, disse o Instituto Mato-Grossense de Economia Agropecuária (Imea) em relatório divulgado na segunda-feira (23).
O estado produziu 722,19 mil toneladas no período, alta de 17,66% ante o primeiro semestre de 2018. “Este cenário tem sido impulsionado pelo aumento dos abates e da produtividade do estado, que, para se ter uma ideia, em todas as categorias bovinas, a média do incremento por carcaça desde o início da série foi de duas arrobas”, escreveram analistas do Imea em relatório. O aumento da produção ocorre em um momento de fraca demanda no mercado doméstico, e frigoríficos elevam exportações para escoar a produção. Mato Grosso foi o estado com o maior número de plantas de carne bovina habilitadas pela China. Seis frigoríficos do estado foram habilitados, elevando para sete o número total de plantas autorizadas, segundo levantamento da consultoria Agriffatto. O Imea espera que as vendas de carne bovina para os mercados externo e doméstico desacelerem se os preços de petróleo não se normalizarem logo, após os ataques a plantas petrolíferas da Arábia Saudita. A redução temporária na oferta do petróleo elevou os preços do combustível, o que pode afetar custos com frete e aumentar os preços da carne para os consumidores.
CARNETEC
Ligeiro ajuste nos preços dos animais de reposição
A baixa capacidade de suporte das pastagens, juntamente às incertezas quanto ao rumo dos preços do boi, são os fatores que têm restringido a demanda e tirado um pouco da força do mercado de reposição
Na semana passada, na média de todas as categorias e estados pesquisados, os preços ficaram praticamente estáveis, com variação positiva de 0,2%, segundo levantamento da Scot Consultoria. E este tem sido o cenário observado no mercado há algumas semanas: preços com ajustes para cima, mas de forma muito compassada e gradativa.
SCOT CONSULTORIA
Em três décadas, idade média de abate de bovinos caiu 40% no Brasil
Investimento em tecnologia também permitiu aumento do peso médio das carcaças de 16@ para 20@
Nos últimos 30 anos a pecuária brasileira registrou seus maiores avanços produtivos. A idade de abate dos animais diminuiu de cinco para menos de três anos, o peso de carcaça aumentou de 16@ para 20@ e o Brasil passou da condição de importador a exportador de carne bovina para mais de 180 países. “Investir em tecnologia, melhorar a sanidade, a nutrição e, principalmente, aumentar o rigor da seleção genética do rebanho são os pilares dessa evolução”, explica o criador Bento Abreu Sodré de Carvalho Mineiro, Diretor da Fazenda Sant’Anna, em Rancharia (SP).
PORTAL DBO
ECONOMIA
Ibovespa fecha em queda com declínio em commodities
O Ibovespa fechou em queda na terça-feira marcada pelo declínio de commodities no exterior, ampliando perdas no final com a piora dos pregões em Wall Street, após comentários do Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump
Em discurso na Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU), Trump criticou duramente as práticas comerciais da China, dizendo que não aceitará um “acordo ruim” nas negociações comerciais com Pequim. Índice de referência do mercado acionário brasileiro, o Ibovespa caiu 0,73%, a 103.875,66 pontos. O volume financeiro somou 14,25 bilhões de reais, ante média diária no mês de 17 bilhões de reais. Mais cedo, notícias sobre novas negociações na próxima semana permitiram uma abertura mais positiva das bolsas em Nova York, mas os comentários de Trump relembraram as incertezas sobre um desfecho na guerra comercial iniciada pelo país contra a China. Da cena local, repercutiu mal o adiamento para a próxima semana da votação do parecer do relator Tasso Jereissati sobre as emendas apresentadas à reforma da Previdência na CCJ do Senado, prevista para ocorrer na terça-feira. O Banco Central reiterou a leitura de continuidade no processo de cortes da Selic na ata da última reunião do Copom na semana passada, quando reduziu a taxa básica de juros em 0,5 ponto percentual, para 5,5% ao ano. A JBS ON e BRF ON avançaram 7,1% e 2,81%, conforme permanece o cenário favorável para exportadoras de carnes diante dos problemas com o surto de peste suína africana na China. MARFRIG ON subiu 2,72%.
REUTERS
Dólar encerra perto de estabilidade
O dólar encerrou próximo à estabilidade contra o real na terça-feira, em meio a leve apreensão do mercado diante do adiamento da votação do parecer do relator da Previdência na CCJ, com agentes do mercado de olho nos desenvolvimentos das relações comerciais entre Estados Unidos e China
O dólar à vista teve queda de 0,03%, a 4,1695 reais na venda. Na B3, o dólar futuro tinha ganho de 0,18%, a 4,1725 reais. No exterior, divisas pares do real, como rand sul-africano, lira turca e peso mexicano, se apreciavam contra o dólar. Para Rodrigo Franchini, responsável pela área de produto da Monte Bravo, o real brasileiro se descolava de seus pares emergentes diante de preocupações com o adiamento para semana que vem da votação do parecer do relator Tasso Jereissati (PSDB-CE) sobre as emendas apresentadas à reforma da Previdência, inicialmente prevista para esta terça-feira na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado. A sensação de otimismo se sobressaía apesar de o Presidente dos EUA, Donald Trump, ter criticado duramente as práticas comerciais da China em um discurso na Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU), dizendo que não aceitará um “acordo ruim”. Franchini afirmou que, neste momento, o mercado doméstico de câmbio não sofreu ainda impacto das notícias sobre esforços de alguns democratas pelo impeachment do Presidente dos EUA, Donald Trump. Ele afirmou que, pelo fato de o Federal Reserve ter autonomia, avaliação inicial é que esses desdobramentos políticos não ameaçam política de juros dos EUA.
REUTERS
EMPRESAS
BRF alongará prazo vencimento das dívidas para quatro anos, diz CEO
Captação externa de US$ 750 milhões ajudará a tornar estratégia viável
A captação externa de US$ 750 milhões realizada pela BRF na semana passada ajudará a empresa a alongar o prazo médio de vencimento das dívidas para 4 anos, disse o Presidente-Executivo da companhia, Lorival Luz. No fim de junho (último dado reportado pela BRF), o prazo médio era 3,2 anos. Com os recursos da emissão de títulos de dívida da semana passada, a BRF resgatará parte dos títulos no exterior que vencem entre 2020 e 2024. “Estamos recomprando títulos com prazo médio de vencimentos de 3 anos e fizemos uma emissão com prazo de 10,3 anos”, destacou o executivo. De acordo com Luz, a dona de Sadia e Perdigão utilizará US$ 700 milhões dos recursos oriundos da emissão para recomprar os papéis. Paralelamente, a BRF está renegociando dívidas com bancos no Brasil para alongar o prazo de vencimento. Com a geração de caixa, a companhia também está pagando dívidas de curto prazo. Em relação às despesas com juros, a emissão de títulos não representa economias. Pelos US$ 750 milhões captados na semana passada, a BRF pagará juro de 4,875%. Alguns dos papéis que serão recomprados, porém, possuem taxas menores. A mínima é de 2,75%. Luz reiterou a meta de redução do índice de alavancagem (relação entre dívida líquida e Ebitda). O objetivo da BRF é que esse indicador diminua para 3,15 vezes até dezembro. No fim de junho, o índice estava em 3,74 vezes. No balanço do segundo trimestre, a empresa informou uma dívida bruta R$ 20,9 bilhões, sendo R$ 10,6 bilhões em moeda estrangeira.
VALOR ECONÔMICO
JBS emite dívida para comprar gado
A JBS está perto de encerrar sua primeira emissão no Brasil de Certificado de Recebíveis do Agronegócio (CRA), por meio da instrução normativa CVM 400, no total de R$ 500 milhões
De acordo com a edição da terça-feira do Valor Econômico, a previsão é que a operação seja concluída ainda nesta semana e tem a coordenação da XP Investimentos. Os recursos devem ser utilizados para a compra de gado. Segundo o jornal, a emissão serve como uma espécie de proteção contra a aplicação de penalidades contra a companhia por casos de corrupção. No prospecto disponibilizado a investidores, a companhia destaca que não tem como garantir se sofrerá novas punições relacionadas à questão. Na prática, caso a JBS venha a sofrer uma nova punição, deverá comunicar ao agente fiduciário dos CRAs. Depois disso, ele terá três dias úteis para apurar se a nova multa afetará a relação dívida líquida x Ebitda a ponto de superar 4,75 vezes. Neste caso, uma da das possibilidades é disparar o vencimento antecipado dos papéis, convocando também uma assembleia dos detentores dos CRAs. Ao todo, serão emitidos R$ 500 milhões em duas séries, uma corrigida pelo juro diário do CDI e outra pela inflação do IPCA mais juros. A primeira série, pelo CDI, terá prazo de quatro anos e taxa entre 104% do CDI e 115% do CDI. Os juros serão pagos semestralmente. No caso da segunda série, o vencimento seria em cinco anos e a remuneração mínima será o juro da NTN-B 2024 do Tesouro Nacional mais 0,8%, ou IPCA mais juros de 3,80% ao ano, o que for maior. O teto do rendimento será o juro da NTN-B 2024 mais 1,5% ou IPCA mais 5% ao ano, o que for maior. Aqui também o investidor deverá escolher uma remuneração ao fazer seu pedido e a empresa decidirá qual juro vai aceitar. Quem tiver pedido juro mais alto ficará de fora da oferta. A liquidação financeira será no dia 17 de outubro. A aplicação mínima é de R$ 10 mil e o papel também terá formador de mercado.
Investing
FRANGOS & SUÍNOS
Paraná é responsável por metade das exportações avícolas brasileiras para a China
A habilitação de mais quatro plantas frigoríficas paranaenses para exportação de carne de frango para a China, neste mês de setembro, promete favorecer ainda mais a produção e os embarques do segmento no estado
Segundo dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex) do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), o Paraná foi responsável por aproximadamente metade do volume exportado de carne de frango, pelo Brasil, para o país asiático no mês de agosto (48%), com cerca de 18,1 mil toneladas da proteína enviadas pelos nove frigoríficos já habilitados até então. O valor corresponde a um aumento de 23% em relação ao mesmo mês em 2018, no qual foram exportadas 14,7 mil toneladas de frango para a China, como mostram os dados. Ainda segundo a Secretaria, o estado foi responsável por aproximadamente 51% das exportações avícolas nacionais para a China no acumulado do ano, até agosto, com 176,5 mil toneladas, registrando um crescimento de 55,8% em comparação ao mesmo período de 2018, quando 113,2 mil toneladas foram embarcadas. As novas habilitações são resultado de um trabalho conjunto da avicultura do estado, que tem como foco a abertura contínua de mercados para seu produto. No país asiático, são quase 1,5 bilhão de habitantes que demandam alimentos, por isso é um destino importante para o segmento. No total, o Paraná exportou 117,3 mil toneladas de carne de frango no mês de agosto e 1,04 milhão de toneladas no acumulado, segundo o levantamento. Sendo assim, os embarques para a China representaram 15,4% das exportações de agosto e 16,8% das exportações no acumulado do ano.
AGROLINK
Brasil mantinha 1,47 bi de galináceos com produção recorde de ovos em 2018
Produção brasileira de ovos de galinha foi recorde no ano passado
Em 31 de dezembro do ano passado, o efetivo brasileiro de galináceos, que envolve galos, galinhas, frangos e pintos, atingiu 1,468 bilhão de cabeças, alta de 2,9% sobre o resultado de 2017. O Sul é destaque na criação de frangos para abate, com 46,9%, seguido do Sudeste, com 25,4%. Essa região é destaque na produção de ovos de galinha. O Paraná lidera o ranking nacional do efetivo de galináceos, com 26,2% do total. A pesquisa registra 246,9 milhões de galinhas existentes em 2018, aumento de 2,5% em relação a 2017, com o Sudeste respondendo por 38,9% do total de cabeças no país, superando o Sul, que ficou com 25% do total. O Sudeste aparece também em primeiro lugar na produção de ovos, respondendo por 43,8% do total produzido em 2018, ou 1,946 bilhão de dúzias. A produção brasileira de ovos de galinha foi recorde no ano passado, alcançando 4,4 bilhões de dúzias, alta de 5,4% em comparação ao resultado apurado no ano anterior, com rendimento de R$ 14 bilhões. O IBGE ressaltou que essa é a primeira vez na série histórica que o total de ovos ultrapassou 4 bilhões de dúzias. O maior produtor nacional foi o estado de São Paulo, com 25,6% do total de ovos.
AGÊNCIA BRASIL
Suíno Vivo: Paraná, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e São Paulo registram alta
Apenas o estado de Minas Gerais não registrou variações na cotação do suíno vivo nesta terça-feira (24) e manteve a estabilidade por R$ 4,99/kg
São Paulo teve a alta mais alta, sendo 0,84% – por R$ 4,83/kg. Santa Catarina registrou alta de 0,70%, estabelecendo o preço por R$ 4,31/kg. O Rio Grande do Sul registrou alta de 0,48%, sendo 4,17/kg. O estado do Paraná teve alta de 0,23% e finalizou o dia por R$ 4,36/kg.
CEPEA
Frango Vivo: cotações permanecem estáveis
As cotações do frango vivo permaneceram estáveis nesta terça-feira (24) nas principais praças do país. Segundo os dados do Epagri, em São Paulo a estabilidade foi mantida por R$ 3,30/kg, no Paraná 3,07/kg e Santa Catarina por R$ 2,49/kg
Indicadores da Scot Consultoria registraram variações apenas no frango no atacado, que teve uma queda de 0,50% e estabeleceu o preço por R$ 3,98/kg. O frango na granja manteve a estabilidade por R$ 3,30/kg. Os dados do Cepea, divulgados na segunda-feira (23), registraram um aumento de 1,15% na cotação do frango congelado, finalizando o dia por R$ 4,39/kg. Já na cotação do frango congelado o aumento foi de 0,66% – por 4,55/kg.
CEPEA
Maiores informações:
ABRAFRIGO
imprensaabrafrigo@abrafrigo.com.br
Powered by Editora Ecocidade LTDA
041 3088 8124