CLIPPING DA ABRAFRIGO Nº 1042 DE 25 DE JULHO DE 2019

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Ano 5 | nº 1042| 25 de julho de 2019

NOTÍCIAS

Boi: Mercado lento em São Paulo

Em São Paulo os preços se mantiveram estáveis por mais um dia, as referências para arroba já acumulam quatro dias de estabilidade

No estado, a oferta regulada à demanda não imprime nos frigoríficos a necessidade de alongar as escalas. No geral, as programações de abate paulistas estão heterogêneas e grande parte das indústrias estão com as escalas prontas até o dia 5 de agosto. Mas, vale destacar que há indústrias ofertando até R$3,00/@ abaixo da referência, que está em R$154,50/@, a prazo e livre de Funrural. Apesar da oferta calma, a venda ruim da carne segue como fator baixista. Apesar da estabilidade, há sinalizações de que quedas podem ocorrer em curto prazo, com a chegada mais consistente do gado confinado. No restante do país o mercado está mais firme. Em estados que não são confinadores, como o Pará, por exemplo, a pressão de compra está grande e os preços da arroba seguem em alta. Além do Pará, Minas Gerais, Acre e Tocantins também estão com a oferta curta de animais terminados, quadro que tem trazido valorizações para o boi gordo.

Scot Consultoria

Custo de produção sobe em julho para a pecuária de corte

O Índice de Custo de Produção para a pecuária de corte de alta tecnologia apresentou alta em julho de 0,4% frente a junho

Houve queda nos preços dos alimentos concentrados, com destaque para o farelo de soja. No entanto, os suplementos minerais, os fertilizantes, os defensivos e os produtos para sanidade tiveram alta nas cotações, o que pesou no indicador. Na comparação anual o índice está 3,3% maior este ano. Para o curto prazo, a necessidade da suplementação animal, em função do déficit nas pastagens, junto à uma maior movimentação para os embarques de milho neste segundo semestre e os estoques mais enxutos para os farelos, podem pesar nos preços dos insumos e consequentemente nos custos da atividade.

SCOT CONSULTORIA

Arroba do boi segue sem alterações com demanda interna fraca, mesmo diante de uma redução na oferta de animais

Expectativa é que frigoríficos voltem às compras a partir da próxima semana e preços da arroba melhorem

As referências para o boi gordo não registraram nenhuma alteração nesta semana devido à demanda fraca. Além disso, o mercado passa por um cenário de redução de oferta de animais com a entressafra ganhando força ao longo dos próximos meses. Segundo o analista de mercado da Agrifatto, Marco Guimarães, os preços estão andando de lado com o mercado a espera de novas notícias sobre a China. “A expectativa é de cotações lateralizados nos próximos dias, tendo em vista que a arroba está sendo negociada nos patamares de R$ 154,00, à vista e livre de Funrural, no estado de São Paulo”, ressalta. Com um consumo interno fraco, a estimativa é que tenha uma melhora na demanda com o início do próximo mês e os preços podem se encaminhar para patamares mais altos. “O contrato futuro do mês de agosto está observando cotações mais altas com a melhora sazonal no consumo de carne bovina e que os preços podem atingir até R$ 155,00/@”, comenta. Com relação às escalas de abate, o analista aponta que a média no estado de São Paulo estava ao redor de 12 a 14 dias úteis nos dias 05 a 10 de julho. “Agora as programações estão giram em torno de dez dias úteis na mesma base. Então, nós percebemos uma quebra de 3 a 4 dias e a tendência é que as escalas se aproximem da média à medida que os preços se fortaleçam”, aponta.

AGRIFFATO

ECONOMIA

Dólar cai ante real seguindo movimento externo

O dólar caiu levemente ante o real na quarta-feira, num dia de modo geral negativo para a moeda norte-americana no mundo, com investidores no aguardo de nova rodada de afrouxamento monetário pelos principais bancos centrais, o que pode beneficiar divisas emergentes

O dólar à vista teve baixa de 0,10%, a 3,7691 reais na venda. Na B3, o dólar futuro recuava 0,07%, a 3,7725 reais. O Banco Central Europeu (BCE) anuncia na quinta-feira sua decisão de política monetária, com operadores esperando corte de 10 pontos-base na já negativa taxa básica de juros da zona do euro. Na semana que vem, é a vez de o Federal Reserve (Fed, banco central dos Estados Unidos) provavelmente cortar os juros. Juros mais baixos nas principais economias melhoram a relação risco/retorno para aplicações em ativos de mercados mais arriscados, como os emergentes, o que pode estimular entrada de capital para o Brasil, contribuindo para alívio no dólar e nas taxas da renda fixa. O Morgan Stanley considera que o real é uma das moedas que mais pode se beneficiar de um cenário de alívio monetário nos Estados Unidos. Também na lista estão rupia indiana, rublo russo, peso mexicano e peso chileno.

REUTERS

Ibovespa sobe com noticiário corporativo

O Ibovespa fechou em leve alta na quarta-feira com notícias corporativas, enquanto o recuo das ações da Vale atenuou ganhos

Índice de referência do mercado acionário brasileiro, o Ibovespa .BVSP subiu 0,4%, a 104.119,54 pontos. O volume financeiro da sessão somava 16 bilhões de reais. O analista Régis Chinchila, da Terra Investimentos, chamou a atenção para a melhora das empresas ligadas ao consumo e varejo com o governo anunciando medidas para estimular a economia que envolvem a liberação de FGTS e PIS/Pasep. O Ministério da Economia calcula que a flexibilização das regras de saques dos recursos do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) vai gerar um crescimento de 0,35 ponto percentual no Produto Interno Bruto (PIB) em 12 meses. “Outra pauta que segue em andamento nas mesas de operações é a questão do corte da taxa de juros na próxima quarta-feira, com possibilidade de queda em 0,50 ponto”, acrescentou Chinchila, destacando que representa outro incentivo à atividade econômica.

REUTERS

Irã ameaça cortar importação do Brasil se navios não forem abastecidos

O Irã ameaça reduzir ou até cortar suas importações do Brasil, a menos que os dois navios do país, paralisados há 50 dias no porto de Paranaguá (PR), sejam abastecidos. A informação é da agência Bloomberg

O Embaixador do Irã em Brasília, Seyed Ali Saghaeyan, disse a autoridades brasileiras ontem que seu país poderia facilmente encontrar novos fornecedores de milho, soja e carne se o país Brasil se recusar a permitir o reabastecimento dos navios. As embarcações estão paradas porque a Petrobras nega-se a abastecê-los, alegando que são iranianos e que há risco de a empresa sofrer sanções dos EUA. Sem o combustível, os navios não conseguem retornar ao Irã. Um deles está carregado de milho e o outro iria buscar o mesmo produto em Imbituba (SC). Os navios trouxeram ureia importada para o Brasil e o produto, que foi descarregado no mês passado, faz parte da lista de restrições impostas por Washington ao comércio com Teerã. O Brasil exporta cerca de US$ 2 bilhões para o Irã por ano, principalmente commodities como milho, carne bovina e açúcar. Teerã compra um terço de todas as exportações brasileiras de milho. “Eu disse aos brasileiros que eles deveriam resolver o problema, não os iranianos”, disse Saghaeyan. “Se não for resolvido, talvez as autoridades em Teerã possam querer tomar alguma decisão, porque este é um mercado livre e outros países estão disponíveis.” A Eleva, empresa que fretou os navios, argumenta que as embarcações entraram legalmente no Brasil e que comprou o produto de firmas que não estão na lista de entidades sancionadas pelos EUA. A decisão final será tomada no Supremo Tribunal Federal, ao qual a Petrobras recorreu, depois que a Eleva obteve uma liminar na Justiça do Paraná obrigando a estatal a fornecer o combustível.

VALOR ECONÔMICO

Acordo com caminhoneiros deve ser fechado semana que vem, diz ministro

No final da reunião da quarta, que durou mais de 4 horas, representantes do setor demonstraram confiança no fechamento de acordo que contemple interesses de cada segmento

O Ministro da Infraestrutura, Tarcísio Gomes de Freitas, disse na quarta-feira, dia 24, que um acordo com os caminhoneiros deve ser fechado na próxima semana. A proposta envolve a realização de “acordos coletivos” entre a categoria e transportadoras e embarcadores para resolver uma das principais reivindicações dos caminhoneiros, um ajuste no piso mínimo de frete de transporte rodoviário de cargas para prever a possibilidade de lucro para os caminhoneiros autônomos. Segundo a categoria, a resolução da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), suspensa na segunda-feira, dia 22, só trazia a previsão do custo mínimo para o frete, deixando de fora a remuneração do caminhoneiro autônomo pela carga transportada. As reuniões da próxima semana estão marcadas para ocorrer de segunda a quarta-feira. A ideia é fazer uma espécie de acordo coletivo entre os segmentos. Pela proposta em negociação, alguns itens seriam revistos na tabela para incluir custos, que de acordo com os caminhoneiros não foram considerados. Na outra ponta, os representantes do segmento fariam um acordo sobre o percentual de remuneração a ser aplicado no cálculo do frete. “Ao longo das negociações surgiu essa possibilidade, que está prevista na lei, de fazer esses acordos coletivos. Os embarcadores toparam, os transportadores toparam e os autônomos também”, disse o ministro. “A vantagem é que o acordo gera o consenso e a partir daí se estabelece um patamar de valor que efetivamente vai ser praticado, o que não aconteceu até agora com a história da tabela de frete. Se gerava um valor que não era efetivamente pago”.

Agência Brasil

EMPRESAS

JBS capta US$ 2 bi para alongar dívidas

A JBS anunciou que concluiu por meio de suas empresas no exterior, uma captação de US$ 2 bilhões em notas de crédito no mercado internacional. O valor será usado para melhorar o perfil da dívida da companhia

Segundo a JBS, por meio da sua subsidiária JBS Investments II GmbH, a empresa realizou a emissão e precificação de Notas Sênior em um valor total de US$ 750 milhões, com taxa de 5,75% ao ano e vencimento em 2028 (“Notas 2028”). Adicionalmente, a JBS USA, por meio de suas controladas JBS USA Lux S.A., JBS USA Finance, Inc. e JBS USA Food Company, emitiu Notas Sênior no valor total de US$ 1,25 bilhão, com taxa de 5,50% ao ano e vencimento em 2030. As notas serão garantidas pela JBS e são parte da sua estratégia de gestão de dívida (liability management). A Companhia optou por expandir os valores iniciais de ambas as notas, devido a uma demanda combinada de mais de quatro vezes a oferta original. Os recursos obtidos com as transações serão utilizados para o resgate de duas Notas Sêniores da JBS S.A. O primeiro, de até US$ 350 milhões do saldo da Nota Sênior com vencimento em 2023 (taxa de 6,25% ao ano), e o segundo, para o resgate integral do saldo da Nota Sênior de US$ 750 milhões com vencimento em 2024 (taxa de 7,25% ao ano). O restante dos recursos captados será utilizado para pagamento de dívidas com vencimentos mais curtos, incluindo dívidas referentes ao Acordo de Normalização.

Money Times

FRANGOS & SUÍNOS

Embarques de carnes por portos do Sul saltam por impacto da peste suína

A alta demanda por carnes nos mercados internacionais diante do surto de peste suína que reduz o rebanho chinês tem resultado na elevação dos embarques pelos portos de Paranaguá (PR) e Itajaí (SC) neste ano, segundo dados das empresas que administram os terminais

O Porto de Paranaguá embarcou 36,2 mil toneladas de carne suína brasileira para o exterior no primeiro semestre, 57,4% a mais que o exportado no mesmo período do ano passado. Essas exportações geraram receita de US$ 76 milhões, informou a empresa Portos do Paraná. Já o Porto de Itajaí (SC) informou que frango e carnes lideraram as exportações a partir do porto no semestre. As exportações de frango a partir do porto somaram US$ 1,1 bilhão (693,6 mil toneladas) no período e as de outras carnes somaram US$ 560,4 milhões (272,7 mil toneladas).

CARNETEC

INTERNACIONAL

Importação de carnes pela China aumenta 50,8% em junho

No acumulado do ano, o país asiático importou 2,7 milhões de toneladas

As importações chinesas de carnes e miúdos totalizaram 513.949 toneladas em junho deste ano, volume 50,8% maior que o adquirido em igual mês do ano anterior, informou o Departamento de Alfândegas da China. A despesa com a importação do produto aumentou 65,9%, atingindo US$ 1,54 bilhão no mês de junho. No acumulado do ano, o país asiático importou 2,736 milhões de toneladas. As importações de carne frango e miúdos de frango congelados foram as que registraram maior alta. Em junho deste ano, a China adquiriu 71.921 toneladas, volume 107,8% superior ao comprado no mesmo mês do ano passado. No primeiro semestre do ano, o país asiático comprou 348.448 toneladas do produto. As compras de carne suína cresceram 62,8%, para 160.467 toneladas em junho deste ano. No acumulado do ano, a China comprou 818.703 toneladas de carne suína. De carne bovina, o país asiático importou 133.744 toneladas em junho, alta de 60,6% na comparação anual. De janeiro a junho deste ano, já foram adquiridas 697.529 toneladas da commodity pela China. De carne de cordeiro, o país adquiriu 32.696 toneladas em junho, 13,7% a mais que no mesmo mês do ano passado. No acumulado do ano, a China importou 215.363 toneladas da proteína.

ESTADÃO CONTEÚDO

Colômbia quer abrir mercado chinês para carne bovina

Missão do país foi para a China no sábado para negociar acordo que pode abrir também o país asiático para o abacate colombiano

O Ministro da Agricultura e Desenvolvimento Rural da Colômbia, Andrés Valência Pinzón, viajou à China no sábado (27/7) para acelerar a abertura do país asiático para produtos como carne e abacate. De acordo com nota do ministério colombiano, Pinzón disse estar “apostando na abertura de mercado para a China, onde há uma lacuna de proteína que deve ser preenchida rapidamente”. De acordo com a nota, a China já é o segundo parceiro comercial da Colômbia e importante investidor no país. Pinzón disse que, na viagem, será solicitada a aceleração no processo de admissibilidade da carne bovina colombiana, mesmo que o país latino-americano não tenha, ainda, recuperado seu status de área livre de aftosa com vacinação pela Organização Mundial de Saúde Animal (OIE), após a detecção de focos na doença no país em 2018. Também em relação à carne suína o governo colombiano quer ampliar mercados. “A Colômbia convidou as autoridades chinesas para realizar a visita de inspeção da produção primária e de suas usinas de beneficiamento”, diz a nota.

ESTADÃO CONTEÚDO

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