Ano 5 | nº 1022 | 27 de junho de 2019
ABRAFRIGO
Governo confirma o trâmite legislativo para extinção do passivo do Funrural (veja o VÍDEO NO LINK)
https://drive.google.com/file/d/1Kh47MQ0T1HCou7zK1tbanXFoslJNAkuP/view?usp=sharing
NOTÍCIAS
Oferta restrita dá sustentação aos preços da arroba do boi gordo
Na última quarta-feira (26/6), a cotação do boi gordo subiu em três praças pecuárias, considerando o preço à vista, e caiu em uma, no caso do preço a prazo
Embora as variações tenham sido pequenas frente ao dia 25/6, o cenário de oferta restrita de boiadas está generalizado, o que deixa o mercado firme. Na média das trinta e duas praças pesquisadas pela Scot Consultoria, desde o início da segunda metade do mês, o preço do boi subiu 1,2%. Houve valorização em 68,8% das praças, considerando o mesmo período. Apesar da segunda quinzena ser, normalmente, de preços mais frouxos, a retomada dos embarques de carne bovina à China deu fôlego para o mercado do boi. Nas três primeiras semanas do mês o país embarcou, em média, de 5,6 mil toneladas de carne bovina in natura por dia. Alta de 128,7% na comparação com a média diária de junho de 2018. Para o curto prazo, a expectativa é de que com a virada de mês o mercado siga com os preços firmes.
SCOT CONSULTORIA
ECONOMIA
Demanda de fim de mês limita baixa do dólar, em dia positivo no exterior
O dólar fechou em ligeira queda frente ao real na quarta-feira, mas o estímulo às vendas foi limitado pela persistente demanda por moeda no mercado físico, reflexo do aumento de saídas de recursos em fim de mês
Junho marca ainda o término de trimestre e de semestre, o que tem reforçado a procura de empresas e investidores por dólares para envio ao exterior —como remessas de lucros e dividendos, por exemplo. A taxa do casado —um cupom cambial de curtíssimo prazo e que reflete o custo do dólar no país— chegou a bater 8% nesta quarta-feira, muito acima do usual, entre 3% e 4%. Após o leilão de linha do Banco Central —no qual a autoridade monetária injetou 1 bilhão de dólares no sistema—, o casado caiu à faixa de 6%, patamar ainda considerado alto, mas retomou força e voltou a tocar os 8%. “O mercado está muito afetado por questões técnicas. Tem a ‘briga’ pela Ptax, saídas de recursos… Não duvido que o BC volte a anunciar mais linhas”, disse Thiago Silencio, operador de câmbio da CM Capital Markets. Ainda pela manhã, o BC vendeu todo o lote de 1 bilhão de dólares em linha de moeda estrangeira com compromisso de recompra, elevando o estoque total dessas operações para 15,025 bilhões de dólares, 6 bilhões de dólares a mais que no começo de junho. No fim do pregão no mercado interbancário, o dólar fechou em queda de 0,16%, a 3,8467 reais na venda. Na B3, o contrato de dólar futuro de maior liquidez oscilava em torno da estabilidade, a 3,8475 reais. O real ficou atrás de alguns de seus pares emergentes, como rand sul-africano, peso mexicano e lira turca, que lideravam os ganhos nos mercados de câmbio nesta sessão.
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Ibovespa fecha no azul E RECUPERA PERDAS
O Ibovespa recuperou na quarta-feira parte das perdas da véspera, em meio às expectativas de que a reforma da Previdência possa ser votada na comissão especial nesta semana
O Ibovespa subiu 0,6%, a 100.688,63 pontos. O volume financeiro do dia somou 15,9 bilhões de reais. Perto do final do pregão, o deputado Marcelo Ramos (PL-AM), presidente da comissão especial da reforma da Previdência, marcou para a quinta-feira a leitura de complementação de voto do relator e avaliação de pedidos de adiamento de votação do parecer. Segundo Ramos, se todos os requerimentos de adiamento forem derrubados, a comissão poderá definir a data de início de votação da reforma. “Alguns dias de atraso não vão fazer diferença tão gritante na Previdência, o importante é que ela seja aprovada antes do recesso (Parlamentar)”, disse Felipe Silveira, analista da Coinvalores. O recesso parlamentar começa em 18 de julho. O mercado ainda se recupera do discurso do Presidente do Federal Reserve, Jerome Powell, na terça-feira, que minou apostas sobre possível corte de juros nos Estados Unidos. Os Presidentes dos EUA, Donald Trump, e da China, Xi Jinping, vão se reunir nesta semana na cúpula do G20 sob a expectativa de que aliviem a guerra comercial iniciada por Washington. A JBS ON fechou na ponta negativa do índice, recuando 3%, após ser o único papel com variação positiva no pregão da véspera, quando, no final do dia, o Departamento de Justiça dos Estados Unidos informou que iniciou uma investigação criminal sobre acusações que afirmam que processadoras de carne incluindo a controlada Pilgrim’s Pride fizeram conluio para fixação de preços de carne de frango.
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EMPRESAS
JBS paga dívida e normaliza relação com bancos
Dois anos após o acordo que fez com bancos no Brasil para preservar linhas de crédito em meio à crise provocada pela delação premiada dos irmãos Joesley e Wesley Batista, a JBS pagou mais de R$ 13 bilhões em dívidas bancárias no país, reduzindo esse tipo de débito para aproximadamente R$ 8,7 bilhões
Intensificados no primeiro semestre, os pagamentos realizados já podem viabilizar a liberação das garantias de crédito (estoques, ativos biológicos e recebíveis) dadas pela JBS e a extinção do acordo com as instituições financeiras. Na semana passada, a empresa anunciou ao mercado o pagamento antecipado de US$ 700 milhões (R$ 2,7 bilhões), quitando dívidas com a Caixa Econômica Federal. Na prática, o relacionamento da companhia com os bancos volta à normalidade, uma evolução significativa na comparação com o quadro delicado logo após a delação. Em julho de 2017, quando firmou o primeiro acordo, a companhia evitou uma crise de liquidez que poderia inviabilizar suas operações. À época, 30% do endividamento total de R$ 61,6 bilhões vencia no curto prazo (em até 12 meses). A maior parte dos débitos se referia a linhas de crédito de financiamento às exportações. Desde o primeiro acordo, o perfil das dívidas da JBS melhorou sensivelmente. Em 31 de março deste ano (último dado disponível), a dívida bruta da companhia totalizava US$ 14,4 bilhões (o equivalente a R$ 56,1 bilhões). Do total, somente US$ 797 milhões (R$ 3,1 bilhões) vence em até doze meses. Ou seja, o passivo de curto prazo representa só 5,5% do total. Nesse período, o índice de alavancagem da JBS (relação entre dívida líquida e Ebitda) recuou de 4,2 vezes para 3,2 vezes. Em julho de 2017, auge da crise, diversos bancos se comprometeram a preservar R$ 20,4 bilhões em linhas de crédito por um ano. Em contrapartida, a empresa aceitou amortizar 2,5% do principal trimestralmente e destinar 80% dos recursos oriundos da venda de ativos (Moy Park, Five Rivers, participação na Vigor e fazendas) – a empresa angariou R$ 4,7 bilhões com a venda desses ativos. Em maio de 2018 a empresa garantiu, por três anos, a manutenção de linhas de R$ 12,2 bilhões. Neste caso, a contrapartida foi a amortização de 25% do principal até 2021, o que foi atingido antecipadamente. O Vice-Presidente de Finanças e de Relações com Investidores da JBS, Guilherme Cavalcanti, disse que o bom momento da empresa – os negócios nos EUA geram muito caixa – deve permitir o pagamento antecipado de mais dívidas.
VALOR ECONÔMICO
Friboi tem recorde no transporte de carne por modal ferroviário em maio
A Friboi, empresa do grupo JBS S.A., registrou recorde no transporte de contêineres de carne bovina congelada via ferrovias em maio, e acumula alta de 50% no total transportado via este modal em 2019, informou a empresa na quarta-feira (26)
Em maio, a área logística da empresa movimentou 80% mais contêineres de exportação de carne bovina para os portos de Cambé (PR) e Rondonópolis (MT) via modal ferroviário do que no mesmo mês de 2018. A meta é fechar o ano com crescimento acumulado de 40% no transporte de contêineres de carne bovina pelo modal ferroviário na comparação com 2018. “O modal ferroviário faz parte da estratégia de viabilidade da exportação do negócio e já corresponde a mais de 30% do total enviado para outros países”, disse a empresa em comunicado. Segundo a Friboi, a ferrovia é um modo de transporte economicamente viável e mais sustentável por resultar em redução na emissão de poluentes em relação a outros modais. “Com essas alternativas, entre janeiro de 2018 e maio de 2019, a unidade de negócios reduziu em 9,4 mil toneladas de CO2 equivalente somente com o uso de trens. Essas emissões correspondem a 1.652 voltas ao mundo de carro ou a 5.092 carros rodando por um ano”, disse a empresa.
CARNETEC
FRANGOS & SUÍNOS
Chineses reduziram consumo de carne suína em até 15%
Rabobank prevê prazo de 5 anos para a recuperação total da demanda no país
O consumo interno de carne suína na China caiu entre 10% e 15% desde o início do surto de febre suína africana (ASF) no país, aponta relatório do Rabobank. “Acreditamos que o consumo de suínos na China enfraqueceu devido à preocupação dos consumidores e processadores com a segurança alimentar”, explica a instituição em nota assinada pela analista sênior Chenjun Pan. De acordo com o banco holandês, a proliferação da doença reduziu a oferta de suínos do país asiático e contribuiu para o aumento dos preços da proteína. Os dados oficiais da China apontam para uma queda de 22% do rebanho doméstico de suínos desde abril, mas o governo local trabalha com uma previsão de perdas no plantel de até 70% devido aos surtos da ASF. Essas previsões, observa o Rabobank, foram as mais otimistas divulgadas até então. O banco acrescenta ainda que as perdas reais do rebanho de suínos continuam difíceis de serem contabilizadas. Além disso, a analista explica que a queda no consumo varia dependendo do canal de distribuição, sendo mais acentuada entre processadores. O Rabobank disse ainda que pode levar mais de cinco anos para que a produção de carne suína da China se recupere totalmente da ASF. Nesse intervalo de tempo, relata o banco, os consumidores chineses se acostumarão a comer menos carne suína, mas o porco continuará sendo a principal proteína consumida no país.
PORTAL DBO
OMC abre painel sobre exportação de carne de frango do Brasil para Indonésia
O Órgão de Solução de Controvérsias da Organização Mundial do Comércio (OMC) abriu na segunda-feira (24) um painel para avaliar a contestação do Brasil em relação às barreiras para a exportação de carne de frango à Indonésia, informou o governo brasileiro
A abertura do painel atende ao pedido do governo brasileiro que alega que a Indonésia ainda aplica barreiras à importação do frango brasileiro, mesmo após o Órgão de Solução de Controvérsias da OMC ter determinado em 2017que o país asiático descumpria regras do comércio internacional. “Tendo-se encerrado o período acordado pelas partes para a implementação da decisão da OMC, o Brasil avalia que a Indonésia não lhe deu pleno cumprimento”, disseram os Ministérios da Agricultura, Pecuária e Abastecimento e das Relações Exteriores brasileiros em nota conjunta. Se a OMC concluir que a Indonésia descumpriu a determinação de 2017, o Brasil poderá obter compensações por prejuízos causados pelas barreiras comerciais, “ou, na ausência de compensações, o direito de impor medidas retaliatórias”, disse o governo brasileiro.
CARNETEC
Tereza Cristina defende, na UE, segurança dos produtos brasileiros
A Ministra da Agricultura, Tereza Cristina, defendeu em sua primeira viagem a Bruxelas, sede da União Europeia, que os produtos exportados pelo Brasil são seguros. Ela se reuniu ontem com o Comissário da Direção-Geral de Saúde e Segurança Alimentar da Comissão Europeia, Vyteni Andriukaitis. Há pouco mais de um ano, o bloco europeu barrou totalmente as compras de pescados e vetou a entrada em seu mercado de carne de frango produzida em 20 frigoríficos brasileiros
“Reforçamos aos nossos parceiros que estamos seguros quanto à qualidade de nossos produtos exportados, inclusive para a União Europeia”, disse Tereza em sua conta no Twitter. Já Andriukaitis destacou, na mesma rede social, ser importante que Brasil e UE mantenham o diálogo em questões de segurança dos alimentos. Durante a conversa dos dois, porém, não houve qualquer promessa do bloco de enviar uma missão sanitária ao Brasil para inspecionar plantas de carne de frango e fábricas de pescado, procedimento necessário para a reabertura de seu mercado. Segundo uma fonte europeia, “a troca técnica entre a UE e o Brasil continuará até que as garantias e ações corretivas do Ministério da Agricultura do Brasil satisfaçam a UE. Quando isso acontecer serão enviadas as missões de auditoria”, destacou a fonte. Uma fonte do Ministério da Agricultura, por sua vez, afirmou que o objetivo principal do encontro de Tereza Cristina e Andriukaitis foi criar um ambiente mais amigável para dissipar as “muitas desconfianças” dos europeus em relação ao Brasil desde a Operação Carne Fraca, deflagrada pela Polícia Federal em março de 2017 para investigar casos de corrupção entre fiscais agropecuários e funcionários de frigoríficos. “A Ministra foi dizer que o cenário político mudou no Brasil e retomar as tratativas para voltarmos a exportar pescado e destravar o comércio para frangos”, disse a fonte. Em recente audiência pública na Câmara, Tereza Cristina chegou a dizer que a UE “tem má vontade com o Brasil”, mas que estava sendo feito um “esforço danado” pelo Ministério da Agricultura para encerrar os embargos. A Ministra está desde ontem em Bruxelas, onde permanece até sexta-feira para reuniões ministeriais no âmbito do acordo de livre comércio entre Mercosul e UE.
VALOR ECONÔMICO
INTERNACIONAL
Dados de maio do USDA mostram ritmo recorde de carne vermelha
O Serviço Nacional de Estatísticas Agrícolas do Departamento de Agricultura dos EUA (NASS) divulgou seu relatório mensal de abate de gado para maio e registrou um recorde para o mês.
A produção comercial total de carne vermelha para os EUA foi de 2,07 bilhões de quilos em maio, que é 1% a mais que os de 2,04 bilhões de quilos em maio de 2018
O NASS também publicou os números de produção de carne vermelha para os primeiros cinco meses de 2019. De janeiro a maio, 10,16 bilhões de quilos de carne vermelha foram produzidos, o que é até 2 por cento a mais que no mesmo período em 2018. Na categoria de produção de carne bovina, a agência registrou 1,06 bilhões de quilos em maio, 1% acima do ano anterior. O abate de bovinos incluiu 2,94 milhões de cabeças, um aumento de 1% em relação a maio de 2018. A produção de carne de vitelo totalizou ,2,86 milhões de quilos, 1 por cento abaixo de maio do ano passado. No entanto, o abate de bezerros totalizou 46.200 cabeças, uma queda de 1% em relação a 2018.
MeatPoultry.com
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