CLIPPING DA ABRAFRIGO Nº 1010 DE 07 DE JUNHO DE 2019

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Ano 5 | nº 1010 | 07 de junho de 2019

NOTÍCIAS

Arroba começou junho com forte queda

Os preços do boi gordo iniciaram este mês registrando quedas um pouco intensas. No acumulado parcial de junho (de 31 de maio a dia 5 de junho), o Indicador do boi gordo ESALQ/B3 registra recuo de 5%, fechando a R$ 145,50 nessa quarta-feira, 5

Segundo pesquisadores do Cepea, esse movimento está atrelado à forte retração de agentes, que estão atentos à reação do mercado internacional diante da notícia de um caso atípico de “vaca louca” em Mato Grosso. Como medida preventiva adotada pelo Ministério da Agricultura, os embarques de carne bovina à China – um dos principais destinos da proteína nacional, atrás apenas de Hong Kong – foram suspensos. Essa paralisação, que atende a uma cláusula do acordo sanitário entre o Brasil e o país asiático, duraria pelo menos um mês, mas o governo espera que esse período seja menor. Vale lembrar que a demanda asiática somada ao dólar elevado tem favorecido o resultado com as exportações nacionais de carne bovina in natura. De acordo com dados da Secex, nos cinco primeiros meses, a receita em moeda nacional foi recorde e o volume embarcado, menor apenas que o de 2007.

CEPEA

Freio de mão puxado no mercado do boi gordo

A suspensão da exportação de carne bovina para China continua afetando o mercado interno

Alguns frigoríficos estavam fora das compras na última quinta-feira (6/6). É praticamente uma semana sem negócios. Por outro lado, os frigoríficos que estão ativos aproveitam para pressionar negativamente os preços da arroba do boi gordo. Em São Paulo, estado que aparentemente mais sofreu os impactos da suspensão, existem frigoríficos ofertando até R$10,00/@ a menos em relação ao que ofertavam na semana passada. Contudo, nesses patamares não há negócios. Os produtores estão retraídos. Diante desse cenário de incertezas, ter cautela é a estratégia coerente. E devido a esta resistência dos pecuaristas paulistas, as indústrias estão tentando trazer boiadas de Goiás e Minas Gerais para preencher as escalas, tarefa que não tem sido fácil. No estado os poucos negócios realizados são a R$149,50, à vista e livre de Funrural. É o menor preço desde dezembro de 2018 e representa uma queda de 2,6% na comparação semanal. Essa situação deverá mudar assim que o nível de carne nos frigoríficos diminuir.

SCOT CONSULTORIA

Sequência de altas interrompidas no mercado de reposição

O cenário de queda na arroba do boi gordo esfriou o mercado de reposição, diminuindo a demanda por negócios e abriu espaço para um maior volume de tentativas de compras abaixo das referências, o que pressionou negativamente as cotações das categorias

No fechamento semanal, na média de todas as categorias de machos, fêmeas e estados pesquisados pela Scot Consultoria, as cotações recuaram 0,2%, interrompendo uma sequência de altas que já perdurava desde o final de fevereiro. Mas vale ressaltar que o número de negócios nestes patamares menores de preços é baixo e a tendência é de que o mercado de reposição retome o seu ritmo natural conforme o mercado do boi gordo volte a trabalhar dentro da normalidade.

SCOT CONSULTORIA

Cresce movimentação de carne bovina nos portos brasileiros

Produto foi o único entre os de contêiner refrigerado a ter crescimento na movimentação no 1º tri, aponta Maesk

Em seu relatório trimestral de movimentação de contêineres, a Maersk – líder global em transporte de contêiners–, aponta que o volume de cargas contendo carne bovina no Brasil foi o único entre os demais produtos refrigerados a apresentar crescimento nos três primeiros meses deste ano ante igual período de 2018. De acordo com a empresa, foram contabilizados a movimentação de 13.576 contêineres-exportação (equivalentes a quarenta pés – FFEs) de carne bovina brasileira no período, um acréscimo de 9% sobre a quantidade registrada em igual intervalo de 2018 (12.441 contêineres). Os dados representam o total de importações e exportações para a indústria de linhas de navegação no Brasil. As demais carnes – de frango e suína – tiveram desempenho negativo nos três primeiros meses do ano, em relação ao mesmo período do ano passado. As remessas contendo carne de frango caíram 13%, para 33.311, contêineres ante 38,293 contêineres verificados no primeiro trimestre do ano passado. A movimentação de carne suína recuou 1% na mesma base de comparação, para 3.920 contêineres, segundo a Maersk. De maneira geral, considerando todos os produtos de importação e exportação, os executivos da Maersk apresentaram um quadro pessimista para as relações comerciais internacionais do Brasil, reforçado, segundo a companhia, pelos dados de movimentações de mercadorias. Entre os números apurados pela Maersk, um deles chamou bastante atenção dos responsáveis pelo relatório: o declínio de 10% nas importações de produtos químicos, que, de acordo com a empresa, são principalmente compostos por fertilizantes.

PORTAL DBO

Bancada do agro se articula para que governo perdoe passivo do Funrural

A FPA quer que a promessa de campanha do Presidente Jair Bolsonaro seja cumprida antes da votação da reforma da Previdência

Deputados da Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA) começaram a se articular no Congresso para que a promessa de pôr fim à cobrança do passivo do Funrural, feita por Jair Bolsonaro durante a campanha para Presidência, seja cumprida antes da votação da reforma da Previdência. O deputado federal Jerônimo Goergen (PP-RS) conversou com o relator da reforma, deputado federal Samuel Moreira (PSDB-SP), para que o fim da cobrança do Funrural seja incluído no texto como emenda ou levado ao Plenário da Câmara para votação.

CANAL RURAL

ECONOMIA

Dólar tem leve queda com ajustes, atento a exterior e política doméstica

O dólar mostrou acomodação na quinta-feira, com analistas à espera novidades da cena política local

O dia positivo no exterior amparou leve queda da moeda norte-americana no mercado à vista, enquanto no segmento futuro a taxa de câmbio ficou perto da estabilidade. A aparente divergência ocorreu porque na quarta-feira, com o mercado à vista fechado, a taxa no mercado futuro desacelerou. Com isso, o mercado futuro teve nesta sessão menos apetite por vendas, por já ter terminado o dia anterior em nível mais baixo. Já o dólar à vista se ajustou “com atraso” à perda de fôlego do dólar futuro ocorrida na véspera. O dólar no mercado interbancário fechou em queda de 0,33%, a 3,8826 reais na venda. Na B3, o contrato de dólar futuro mais negociado tinha leve alta de 0,1% na quinta-feira, para 3,8920 reais. De forma geral, o mercado evitou grandes movimentações em meio a expectativa pelo resultado do julgamento, no Supremo Tribunal Federal (STF), sobre exigência de aval do Congresso e de realização de licitação pública nas operações de alienação do controle acionário de estatais. Uma votação favorável é bem vista pelo mercado, uma que facilitaria a execução da agenda de concessões e privatizações do governo, o que poderia atrair fluxo de capital ao Brasil. O dólar tem se enfraquecido ante o real nas últimas semanas. Desde a máxima de 20 de maio, a moeda acumula queda de 5,4%.

REUTERS

Ibovespa retoma fôlego e fecha em alta; exterior ajuda

O Ibovespa fechou em alta de mais de 1% e acima dos 97 mil pontos na quinta-feira, retomando o viés positivo com a percepção recente de melhora no ambiente político no país, em movimento endossado pelo cenário externo

Índice de referência do mercado acionário brasileiro, o Ibovespa subiu 1,26%, a 97.204,85 pontos. O giro financeiro somou 12,9 bilhões de reais. Na véspera, o Ibovespa fechou abaixo de 96 mil pontos em dia de realização de lucros. Economistas do UBS no Brasil veem um “bom momento” no país e avaliam que a pauta do governo está andando, e que há um apoio crescente no Congresso para a reforma da Previdência. “…resta saber se isso se traduz nos votos necessários dos parlamentares quando a medida chegar ao plenário do Congresso”, ponderaram Tony Volpon e Fabio Ramos, em relatório a clientes. No exterior, a possibilidade de os Estados Unidos adiarem a aplicação de tarifas a produtos mexicanos agradou, após novas ameaças do presidente Donald Trump contra bens chineses adicionarem volatilidade aos negócios mais cedo. Apostas de que o Federal Reserve pode cortar os juros se necessário também continuaram dando suporte a bolsas no exterior, bem como o adiamento do prazo para a primeira alta dos juros na zona do euro.

REUTERS

Poupança tem saída líquida de R$718,7 mi em maio, pior resultado para o mês em 3 anos

A caderneta de poupança registrou saída líquida de 718,718 milhões de reais em maio, divulgou o Banco Central na quinta-feira, segundo resultado negativo consecutivo e pior para o mês desde 2016

Os saques em maio superaram os depósitos em 463,876 milhões de reais no Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo (SBPE), enquanto na poupança rural houve saída líquida de 254,842 milhões de reais. O resultado para maio é o pior desde 2016, quando houve resgate líquido de 6,592 bilhões de reais. E representa o segundo mês seguido no vermelho, já que em abril houve saída líquida de 2,878 bilhões de reais. No acumulado dos cinco primeiros meses de 2019, a poupança registra saque líquido de 16,997 bilhões de reais. O estoque da poupança fechou maio em 795,160 bilhões de reais.

REUTERS

Preços globais dos alimentos sobem em maio, diz FAO; vê menor produção de cereais

Os preços mundiais dos alimentos aumentaram pelo quinto mês consecutivo em maio, depois que o mau tempo elevou os preços do queijo e do milho, informou a agência de alimentos da ONU na quinta-feira

A Organização para a Alimentação e a Agricultura (FAO) também alertou que uma queda acentuada na safra de milho esperada nos Estados Unidos, afetada por cheias, diminuiu sua previsão anterior de produção global de cereais em 2019. O índice de preços dos alimentos da FAO, que mede as variações mensais de uma cesta de cereais, oleaginosas, laticínios, carne e açúcar, registrou uma média de 172,4 pontos no mês passado contra 170,3 pontos em abril – seu maior nível desde junho do ano passado. O índice de preços do leite da FAO subiu 5,2% em relação ao valor de abril, atingindo máxima de cinco anos, com o queijo ajudando a elevar o índice graças à forte demanda global pelo produto, já que uma seca na Oceania limitou as perspectivas de exportação da região. O índice de preços de cereais da FAO subiu 1,4% devido a um aumento repentino nas cotações de preço do milho após o plantio da safra ter caído para o ritmo mais lento já registrado nos Estados Unidos devido às inundações generalizadas e chuvas. Em contrapartida, o índice do açúcar caiu 3,2% no mês e o índice de preços dos legumes caiu 1,1%. Em sua segunda previsão para 2019, a FAO previu que a produção mundial de cereais chegará a 2,685 bilhões de toneladas, abaixo da previsão anterior de 2,722 bilhões de toneladas, mas ainda 1,2% acima dos níveis de 2018, quando a produção caiu.  “A produção mundial de milho, no entanto, está agora projetada para cair, com a produção dos EUA podendo encolher 10% em relação ao ano anterior, em meio a um ritmo muito reduzido de plantações devido às condições climáticas desfavoráveis”. A agência da ONU disse que as novas estimativas de produção e utilização sugerem que os estoques mundiais de cereais podem cair em até 3% na nova temporada, atingindo uma mínima de quatro anos de 830 milhões de toneladas.

REUTERS

EMPRESAS

Marfrig busca recursos para fusão com a BRF

O empresário Marcos Molina, principal acionista e Presidente do conselho da Marfrig, está conversando com potenciais interessados em algumas unidades da companhia, apurou o Valor

Em meio às negociações para uma fusão com a BRF – que criaria a quarta maior empresa de carnes do mundo -, ele estaria em busca de R$ 2 bilhões com a venda de ativos. Ao mesmo tempo, busca linha de crédito para comprar mais ações após a formação da nova companhia, a fim de fortalecer sua posição acionária. Nos termos atuais, ele teria 5,5% de participação. Molina já ofereceu um ativo no Uruguai ao grupo chinês Fosun e tratou, em reunião preliminar, da venda de plantas em São Paulo, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul com dois grupos nacionais, entre eles a JBS.

https://www.valor.com.br/agro/6296219/molina-busca-capital-para-fusao-com-brf

VALOR ECONÔMICO

FRANGOS & SUÍNOS

Bom ritmo das exportações brasileiras de carne suína

O mercado de suínos teve valorizações nesta primeira semana de junho. Nas granjas paulistas, o animal terminado está cotado, em média, R$95,50/@, alta de 3,8% na comparação semanal

A maior movimentação do mercado interno durante essa semana, somada aos bons volumes de carne suína in natura exportados estão permitindo altas neste elo da cadeia. No atacado, devido à maior movimentação para repor estoques no início do mês, a valorização no período foi de 3,4% e a carcaça suína passou de R$7,20/kg para os atuais R$7,55/kg. No âmbito externo, as exportações brasileiras de carne suína in natura em maio representaram o melhor resultado em quase dois anos. O total embarcado foi de 58,1 mil toneladas, 13,8% mais que o exportado em abril último e 41,7% acima de maio de 2018. Para o curto prazo, novas altas não são descartadas, tendo em vista o recebimento dos salários e o consumo mais aquecido. Além disso, as exportações em bons patamares também influenciam a precificação no mercado interno.

SCOT CONSULTORIA

INTERNACIONAL

China vai aumentar inspeção de carne canadense

A China planeja aumentar as inspeções das importações canadenses de carne, à medida que as relações comerciais entre os dois países se deterioram

Exemplificando como os produtos agrícolas se tornam ferramentas políticas, Pequim já suspendeu as autorizações de duas plantas de suínos canadenses e atualmente está exigindo que o Canadá liberte um executivo de tecnologia chinês que enfrenta extradição nos Estados Unidos. O Ministério da Agricultura do Canadá enviou uma notificaçã, à indústria dizendo que a alfândega chinesa abriria todos os contêineres de produtos de carne canadenses, em alguns casos inspecionando 100% do conteúdo. A China citou o recente descumprimento do Canadá das remessas de carne suína e o risco de febre suína africana.

MeatingPlace.com

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