CLIPPING DA ABRAFRIGO Nº 1008 DE 05 DE JUNHO DE 2019

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Ano 5 | nº 1008 | 05 de junho de 2019

ABRAFRIGO NA MÍDIA

Suspensão de exportações deve atrasar habilitações para China

Segundo Presidente da Abrafrigo, caso de mal da vaca louca deve impactar habilitação de novos frigoríficos

O caso atípico de vaca louca registrado em Mato Grosso, que fez com que o Ministério da Agricultura suspendesse as exportações de carne bovina para a China, causará um “ligeiro atraso” nas habilitações de plantas brasileiras para o gigante asiático. A avaliação é de Péricles Salazar, presidente executivo da Associação Brasileira de Frigoríficos (Abrafrigo). “Isso afeta um pouco (as habilitações), até porque já foram enviados os questionários para a China. Evidentemente que esse caso vai causar um ligeiro atraso, mas acredito que, tão logo ele seja superado, nós também conseguiremos habilitar novas plantas”, disse Salazar. No último dia 23, a Ministra da Agricultura, Tereza Cristina, afirmou que o Ministério havia enviado uma lista com 30 frigoríficos – de frangos, suínos, bovinos e uma de asininos – à China para habilitação. Desses 30, seis já estão aprovados, mas ainda não habilitados. Na ocasião, ela afirmou esperar que a habilitação fosse obtida em 30 dias. Salazar, que esteve presente na segunda-feira em reunião em Brasília convocada pela ministra – também com a presença da Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carnes (Abiec) -, disse que os chineses já estavam pensando em suspender as importações da carne bovina brasileira por causa do registro da doença. Ele afirmou que acredita que o Ministério agiu da forma correta ao interromper a emissão de certificações sanitárias, e que a repercussão do caso é “tempestade em copo d’água”. “O problema foi atípico, sem consequência, aconteceu numa vaca de 17 anos. E a China, com base nas informações que o Brasil mandou, deve levantar o embargo em breve”, opinou o Presidente da Abrafrigo.

ESTADÃO/PORTAL DBO/GLOBO RURAL

NOTÍCIAS

Mercado incerto

Em função da notificação da ocorrência de um caso atípico de encefalopatia espongiforme bovina (doença da vaca louca), na segunda-feira (3/6) o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) suspendeu as exportações de carne bovina para a China, maior comprador da carne brasileira

Em função desta medida os frigoríficos permaneceram fora das compras na terça-feira (4/6). Em São Paulo, praticamente todas as indústrias se afastaram dos negócios, principalmente aquelas plantas que trabalham exclusivamente com o mercado chinês. Em algumas regiões de Minas Gerais e Mato Grosso do Sul, grande parte dos frigoríficos também saiu das compras e alguns deles planejam adiar o abate dos animais já escalados. No restante do país o mercado trabalhou fraco e os frigoríficos que estavam ativos eram aqueles que atendem principalmente o mercado interno e aqueles com menor capacidade de abate. Apesar da cautela geral observada no mercado do boi gordo, não há risco sanitário para o Brasil, a suspensão para a China é temporária e cumpre uma das exigências do protocolo sanitário assinado pelo Brasil e pelo país asiático. Destacamos também que a Organização Mundial de Saúde Animal (OIE) examinou o registro da doença e manteve o status sanitário brasileiro de risco insignificante para a doença.

SCOT CONSULTORIA

Ministra está confiante que Brasil voltará a exportar carne à China em breve

A Ministra da Agricultura, Tereza Cristina, afirmou na terça-feira que a China deve pedir nos próximos dias a retirada da suspensão de exportação de carne bovina brasileira ao país asiático, após fim do processo de análise pela Organização Internacional de Saúde Animal (OIE)

Depois da identificação de um caso atípico de vaca louca em Mato Grosso, o Ministério da Agricultura informou na véspera o encerramento do caso pela OIE sem alteração do status sanitário brasileiro, que segue como risco insignificante para a doença. “A OIE já terminou o processo, abriu e fechou sem pedidos complementares. Enfim, é uma coisa absolutamente normal, nós estamos esperando a China nesses próximos dias nos pedir para tirarmos a suspensão”, disse a Ministra, ao chegar no Ministério de Minas e Energia nesta manhã. Tereza também disse que o país deve rever no futuro o protocolo bilateral assinado com a China em 2015, que determina a suspensão temporária em casos atípicos. Ela também avaliou que o comércio com a China, principal comprador da carne do Brasil, segue “muito bem”. A ministra minimizou o episódio e afirmou que os procedimentos adotados atestam a eficácia da inspeção brasileira. “Ano passado mais de 20 países tiveram uma ocorrência como essa, atípica. Portanto, ela não é contagiosa, não tem perigo para ninguém, isso é uma coisa normal. Isso mostra transparência, governança do serviço de inspeção e um protocolo que o Brasil tem”, defendeu Cristina. “O único país que exige essa suspensão temporária é a China. Então nós também vamos conversar no futuro sobre um novo protocolo”, complementou.

REUTERS

Embargo para venda de carne à China deverá durar um mês

A suspensão das exportações brasileiras de carne bovina para a China, determinada em caráter preventivo pelo Ministério da Agricultura, deverá durar pelo menos um mês, afirmou uma fonte do governo que acompanha de perto o assunto

A Ministra Tereza Cristina afirmou ontem que espera que o embargo seja retirado antes, em uma semana. O problema é que o serviço sanitário chinês, que já está analisando as informações prestadas pela Pasta sobre o caso atípico de “vaca louca” em Mato Grosso, não fixou prazo para concluir o trabalho. O embargo temporário foi adotado pelo Ministério da Agricultura em cumprimento a uma cláusula do acordo de certificado sanitário firmado entre Brasil e China que prevê a suspensão imediata das exportações quando detectado qualquer caso da enfermidade. China e Hong Kong absorvem pouco mais de 40% das exportações de carne bovina do Brasil, que em maio superaram US$ 400 milhões no total. Ontem pela manhã, ao sair de uma reunião colegiada do Conselho Nacional de Política Energética (CNPE), a Ministra da Agricultura, Tereza Cristina, reforçou que a suspensão é “temporária” e “absolutamente normal”. Segundo ela, a Organização Mundial de Saúde Animal (OIE) também já recebeu a notificação do ministério, examinou o processo e não fez pedidos complementares. Apesar de o caso se restringir à carne bovina, uma fonte da indústria disse que o episódio deverá “retardar” o processo de habilitação, pela China, de mais 30 frigoríficos brasileiros de todas as carnes.

VALOR ECONÔMICO

Rabobank vê alta de 2% na oferta de carne bovina brasileira em 2019

A produção brasileira de carne bovina deve crescer cerca de 2% em 2019 e os preços devem subir ainda mais no segundo semestre diante da aceleração das exportações, segundo análise do Rabobank divulgada na segunda-feira (03)

O crescimento esperado da produção é uma desaceleração em relação a alta de 4% em 2018. O preço médio do boi subiu 10% em abril – quando as exportações de carne bovina subiram 57% para 133,36 mil toneladas – em relação ao mesmo mês do ano passado. Nos quatro primeiros meses do ano, as exportações do produto subiram 13%. China e Hong Kong têm liderado as compras brasileiras de carne bovina. União Europeia, Emirados Árabes Unidos, Irã e Rússia também apresentam significativa elevação nas importações neste ano. O Rabobank espera que a demanda internacional por carne bovina brasileira continue impactada pela lacuna na oferta global relacionada aos casos de peste suína africana na Ásia. Já a demanda doméstica deve ter uma recuperação mais lenta que a esperada anteriormente, em linha com a revisão na expectativa para crescimento da economia brasileira neste ano e altos índices de desemprego. “Esperamos que levará algum tempo para alcançar os níveis pré-crise de consumo per capita no Brasil”, escreveram analistas do Rabobank em relatório.

CARNETEC

Cotações disparando no mercado de reposição

O volume de chuvas diminuiu, as temperaturas caíram e a qualidade das pastagens já não é mais a mesma observada nos meses anteriores

Essa somatória de fatores acelerou a saída da boiada gorda das pastagens e, consequentemente, recriadores e invernistas aumentaram a procura por reposição para fazer a troca. Fato comum para o período do ano. Além da maior demanda, o volume de bezerros desmamados chegando ao mercado está aumentando gradativamente nas últimas semanas, gerando mais um fator de estímulo para os negócios. Mas o pecuarista que está fazendo a troca atualmente se depara com um cenário de queda no poder de compra. Isso porque, de um lado, a desova de final de safra está aumentando a disponibilidade de matéria-prima para os frigoríficos, gerando queda nas cotações da arroba do boi gordo. Por outro lado, as cotações no mercado de reposição seguem o caminho oposto. Já são onze meses consecutivos de alta das cotações. Chama atenção que, além das valorizações consecutivas, a intensidade das altas está aumentando. Na média de todas as categorias de machos, fêmeas e estados pesquisados pela Scot Consultoria, em maio as cotações subiram 2,3%, a maior alta dos últimos onze meses. Com essa disparidade entre as cotações do boi gordo e do bezerro, a relação de troca piorou para recriadores e invernistas. Tomando como base São Paulo, em abril eram necessárias 8,18 arrobas de boi gordo para a compra de um bezerro desmamado, anelorado, com 6@. Em maio essa mesma relação saltou para 8,67 arrobas. Ou seja, uma piora de 6,0% na relação de troca. Para o curto prazo o cenário no mercado de reposição não deve ter alterações significativas. A tendência é de manutenção do cenário de demanda aquecida e cotações firmes. Já pelo lado do boi gordo, o início de mês pode trazer firmeza para às cotações da arroba e minimizar a queda no poder de compra do recriador e invernista. 

SCOT CONSULTORIA

ECONOMIA

Dólar fecha no menor patamar em 8 semanas ante real

Depois de ter abandonado sua média móvel de 50 dias nos últimos pregões, na terça o dólar caiu abaixo da média de 200 dias, considerado um indicativo de longo prazo. E já está colado em sua média de 100 dias, outra importante medida técnica acompanhada pelo mercado

Com isso, a divisa escapou do que é conhecido entre operadores como canal de alta, iniciado em fevereiro passado, pouco após a cotação bater as mínimas em torno de 3,65 reais. Desde a máxima em oito meses alcançada em meados de maio, o dólar já acumula queda de 6%. Analistas têm associado esse movimento a um intenso desmonte de posições compradas na moeda norte-americana nos mercados futuros, acelerado pelo reforço nas discussões sobre cortes de juros nos Estados Unidos. Apenas nos dois primeiros pregões deste mês, os fundos locais já se desfizeram de 1,7 bilhão de dólares em apostas compradas na divisa dos EUA, considerando contratos de dólar futuro, cupom cambial e swap cambial. Entre o fim de janeiro e o término de maio, período de forte alta do dólar, esse grupo de investidores comprou, em termos líquidos, o equivalente a 17,4 bilhões em contratos de dólar na B3.  “Apesar do declínio (esperado para o ano), a balança comercial continuará em níveis elevados em relação aos anos anteriores”, afirmaram economistas do BTG Pactual em nota a clientes. Em 12 meses até maio, o saldo da balança é positivo em 59 bilhões de dólares. O dólar à vista BRBY caiu nesta terça-feira 0,83%, a 3,8567 reais na venda. É o nível mais baixo para um encerramento desde 10 de abril passado (3,824 reais). Na B3, o contrato de dólar futuro mais negociado DOLc1 cedia 0,81%, a 3,8625 reais.

REUTERS

Com aval externo, Ibovespa fecha em alta

O Ibovespa fechou em alta na terça-feira, com Sabesp disparando diante do andamento do projeto de lei que cria um novo marco regulatório para o setor de saneamento básico, embora o tom positivo no pregão tenha sido mitigado pelo tombo de Braskem após fracasso na venda da companhia

Índice de referência do mercado acionário brasileiro, o Ibovespa encerrou com acréscimo de 0,37 por cento, a 97.380,28 pontos. O volume financeiro somava 14,5 bilhões de reais. Na máxima do dia, o Ibovespa chegou a 97.722,88 pontos, beneficiado por ganhos em praças acionárias no exterior. Estrategistas do Itaú BBA reiteraram sua visão positiva para o médio prazo para os papéis brasileiros, sustentando a recomendação ‘overweight’ e acrescentando que mantêm a expectativa de aprovação da reforma da Previdência até o terceiro trimestre, conforme relatório a clientes. “Nós continuamos confortáveis com nossa visão positiva sobre as ações brasileiras, uma vez que a visão de médio prazo mais do que compensa os desafios de curto prazo”, afirmou a equipe. No exterior, Wall Street firmou-se no azul após comentários do chairman do banco central norte-americano, Jerome Powell, que abriram a porta para a possibilidade de um corte de juros nos Estados Unidos. O S&P 500 fechou em alta de % e o Dow Jones avançou %.

REUTERS

Produção industrial cresce 0,3% de março para abril

A produção industrial brasileira teve leve alta de 0,3% na passagem de março para abril deste ano. O crescimento veio depois de uma queda de 1,4% na passagem de fevereiro para março. Os dados são da Pesquisa Industrial Mensal, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), divulgada ontem (4)

De acordo com a pesquisa, em abril, no entanto, houve quedas nos outros quatro tipos de comparação: -3,9% na comparação com abril de 2018, -0,1% na média móvel trimestral, -2,7% no acumulado do ano e de -1,1% no acumulado de 12 meses. Na passagem de março para abril, houve alta em três das quatro grandes categorias econômicas, com destaque para os bens de consumo duráveis (3,4%). Também tiveram crescimento os bens de capital, isto é, as máquinas e equipamentos (2,9%), e os bens de consumo semi e não duráveis (2,6%). Por outro lado, os bens intermediários, isto é, os insumos industrializados usados no setor produtivo, caíram 1,4% de março para abril. Entre as 26 atividades industriais pesquisadas, 20 tiveram alta na produção, com destaque para veículos automotores, reboques e carrocerias (7,1%), máquinas e equipamentos (8,3%), outros produtos químicos (5,2%) e produtos alimentícios (1,5%), todos revertendo as quedas registradas em março. Das seis atividades em queda, o destaque foi para as indústrias extrativas, que recuaram 9,7%, registrando o quarto resultado negativo do setor e acumulando perda de 25,7% no período.

Agência Brasil

EMPRESAS

Parte do conselho da BRF resistiu a conversas sobre fusão com Marfrig, dizem fontes

A direção da BRF encontrou resistência de uma minoria de seu conselho de administração para negociações sobre uma potencial fusão com a Marfrig, negócio que pode criar uma das maiores processadoras de alimentos do mundo, disseram três fontes com conhecimento do assunto

As companhias anunciaram na última quinta-feira que discutem um possível acordo de fusão entre a BRF, que produz suínos e aves e é líder mundial em exportações de carne de frango, e a Marfrig, segunda maior processadora de carne bovina no mundo depois da JBS. As fontes disseram que os 10 conselheiros da BRF, dona das marcas Sadia e Perdigão, não aprovaram por unanimidade as negociações exclusivas com a Marfrig. Elas se recusaram a divulgar a contagem de votos. Dissidentes questionaram como uma união se encaixaria na estratégia do Presidente do Conselho, Pedro Parente, de cortar dívidas, vender ativos e reestruturar operações da BRF após uma série de prejuízos sofridos pela companhia nos últimos anos. Uma das fontes disse que a administração ainda assim recebeu apoio de uma “maioria sólida” do conselho, deixando espaço para discussões. Essa pessoa avalia que votos contrários são naturais em transações dessa magnitude. O conselho da BRF inclui Parente, o ex-ministro da Agricultura Roberto Rodrigues e Augusto Cruz, ex-presidente-executivo do grupo varejista GPA, entre outros. A BRF se recusou a comentar sobre o assunto além do documento enviado ao órgão regulador na última quinta-feira.

REUTERS

BRF TRABALHA PARA REVERTER A SITUAÇÃO

O ceticismo em relação a uma fusão com a Marfrig ocorre em um momento em que a BRF se esforça para realizar sua própria recuperação após três anos consecutivos de prejuízo, levantando preocupações de que uma fusão possa se tornar uma distração para esse processo

As negociações com a Marfrig, com duração prevista de 90 dias e prorrogáveis por mais 30 dias, serão guiadas por um pequeno grupo de executivos, disse uma das fontes. BRF e Marfrig discutem uma operação baseada em ações, o que não aumentaria a dívida da BRF e poderia até mesmo melhorar a relação dívida líquida sobre lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda), segundo analistas. Fonte familiarizada com as negociações disseram que as empresas querem criar uma gigante frigorífica global que poderia encarar de igual para igual rivais maiores, como JBS e Tyson Foods, que também produzem carne de aves, suínos e bovinos. As ações da BRF caíram 5% na sexta-feira, com investidores e analistas questionando a economia de custos resultante da combinação de duas empresas em diferentes segmentos e mercados geográficos. Algumas pessoas próximas à BRF também levantaram preocupações sobre o que um acordo com a Marfrig significaria para a governança corporativa, disseram as fontes. A BRF é uma corporação com controle pulverizado enquanto a estrutura de controle da Marfrig está mais próxima de uma empresa familiar. O fundador e Presidente do Conselho de administração, Marcos Molina, controla a Marfrig e tem um acordo de acionistas com o BNDES, que juntos detêm cerca de 70% da empresa. Após a fusão, os acionistas controladores da Marfrig deteriam uma participação de 5,5% na empresa combinada e o BNDES deteria 5%, segundo cálculos dos analistas do BTG Pactual. Os maiores acionistas individuais seriam dois fundos de pensão – Petros, com participação de 9,8%, e Previ, com 9,1%. Uma fonte familiarizada com as negociações disse que as discussões preliminares preveem que a empresa resultante da fusão será uma corporação e nenhum acionista teria direitos especiais de voto.

REUTERS

BRF e Marfrig já discutem os detalhes da fusão

Após o aval de seus conselhos de administração, BRF e Marfrig iniciaram ontem as conversas oficiais para delinear o acordo de fusão, conforme uma fonte. No mercado, alternativas para a governança da nova gigante das carnes começam a ser aventadas

Inevitavelmente, os próximos 90 dias serão marcados por idas e vindas nas tratativas, o que provoca desconforto em fontes próximas às duas empresas. Movimentos estratégicos de longo prazo, como a abertura de capital nos Estados Unidos, também serão analisadas pelos negociadores da fusão, apurou o Valor. Se a união for aprovada, uma tacada posterior poderá ser redomiciliar a sede da nova empresa, aproveitando inclusive a estrutura da americana National Beef, controlada pela Marfrig. Por ora, o que está acordado com o conselho de administração da BRF é a permanência de Pedro Parente como Presidente do conselho e de Lorival Luz como CEO da nova companhia, apurou o Valor. Mas fontes avaliam que uma alternativa possível é o compartilhamento da função de presidente do conselho  entre Parente e o empresário Marcos Molina, fundador e presidente do conselho da Marfrig. Qualquer acordo, porém, terá de ser apreciado pelos acionistas de cada companhia em assembleia. De acordo com duas fontes, a direção-executiva da nova empresa deverá aproveitar os quadros dos dois grupos. Além de Lorival Luz como CEO, o principal cargo de finanças (CFO, na sigla em inglês) da nova empresa poderá ficar com Eduardo Miron, que é CEO da Marfrig desde o segundo semestre de 2018. Antes de assumir a Presidência-Executiva da Marfrig, o executivo era o vice-presidente de finanças e de relações com investidores. Na quinta-feira, quando as duas empresas anunciaram as negociações para uma possível fusão, poucos detalhes sobre a governança da nova companhia foram revelados, o que preocupou analistas. Pela proposta anunciada, os acionistas da BRF ficarão com 85% da empresa resultante, e os da Marfrig, com 15%. As negociações ainda estão concentradas no campo dos conselhos de administração e das direções-executivas, o que indica que as conversas sobre um eventual acordo de acionistas ficarão para depois. Um dos receios é que o negócio seja ingovernável, dada a diferença de estilo dos acionistas. https://www.valor.com.br/agro/6291801/brf-e-marfrig-ja-discutem-os-detalhes-da-fusao

VALOR ECONÔMICO

INTERNACIONAL

Austrália eleva embarques de carne bovina para China

Vendas ao mercado chinês cresceram 60% no acumulado de janeiro a maio ante igual período de 2018

A China vem se firmando cada vez mais como um grande cliente de longo prazo para a carne bovina da Austrália. No acumulado de janeiro a maio, os importadores chineses compraram 95,4 mil toneladas do produto australiano, ante 59,4 mil toneladas registradas em igual período do ano passado, o que representou um forte aumento de 60%. Entre os países fornecedores de carne vermelha para a China, o maior concorrente da Austrália hoje é justamente o Brasil, que também tem aumentado consideravelmente os seus embarques para o gigante asiático. Em maio último, as exportações australianas para o mercado chinês cresceram 7% na comparação com o mês anterior, refletindo sobretudo a extensa liquidação de bovinos em áreas extremamente secas do leste do país, informou o portal Beef Central. Os embarques da Austrália totalizaram 105,5 mil toneladas em maio, o volume mais alto desde agosto do ano passado, quando atingiu 106 mil toneladas. Porém, as exportações no período ficaram abaixo das 109,7 mil registradas em igual mês de 2018. No acumulado de janeiro a maio, as vendas externas australianas alcançaram 469 mil, 8% acima da quantidade verificada no mesmo período de cinco meses do ano passado. Segundo a reportagem da Beef Central, estima-se que os volumes de produção de carne bovina diminuam gradualmente até o final do ano, caso permaneça o clima seco nas regiões pecuárias, já que o estoque disponível de gado para abate está se esgotando. O Japão continua sendo o maior cliente da Austrália, com compras de 26,8 mil toneladas em maio, um aumento de 21% em relação às exportações de abril, mas abaixo das 31 mil toneladas comercializadas em maio do ano passado. No acumulado dos cinco meses do ano, o Japão importou 114.7 mil toneladas de carne bovina australiana, uma queda de 11 toneladas sobre o volume observado no mesmo período em 2018.

PORTAL DBO

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