CLIPPING DA ABRAFRIGO Nº 903 DE 21 DE DEZEMBRO DE 2018

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Ano 4 | nº 903 | 21 de Dezembro de 2018

NOTÍCIAS

Bolsonaro quer perdoar dívida rural; rombo é de R$ 17 bi

Sob grande pressão de setores do agronegócio desde a campanha, o presidente eleito, Jair Bolsonaro, já sinalizou a interlocutores que apoia a aprovação, no próximo ano, de projeto de lei (9.525/2017) no Congresso que concede perdão total das dívidas acumuladas por produtores rurais e agroindústrias com o Fundo de Assistência ao Trabalhador Rural (Funrural)

Na avaliação de advogados tributaristas, no entanto, a anistia tem vícios legais e pode ser barrada futuramente pelo Supremo Tribunal Federal (STF). Como gera despesas para o Orçamento sem indicar receitas equivalentes, a proposta de lei fere a Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF), uma lei complementar. Além do mais, caso aprovada e sancionada por Bolsonaro, a futura lei ainda pode afrontar decisão do próprio STF, que considerou constitucional a cobrança do passivo do Funrural, em março do ano passado. O próximo capítulo desse imbróglio em torno do Funrural, contudo, promete nova batalha que não será fácil no Congresso – onde a bancada ruralista, antes numerosa, encolheu pela metade após as eleições – e muito menos dentro do novo governo. O futuro Ministro da Economia, Paulo Guedes, teve que intervir junto ao líder do PSL na Câmara, Delegado Waldir (PSL-GO), para barrar a votação do projeto no plenário da Câmara – os ruralistas conseguiram aprovar a urgência, mas aceitaram adiar a votação. Procurado pela reportagem, Guedes não quis se pronunciar. “Conversei com o Bolsonaro esses dias na Granja do Torto e ele garantiu que vai cumprir sua promessa de campanha de que faria tudo para resolver o problema do Funrural, e resolver está muito claro o que é: aprovar a lei que isenta o pagamento retroativo”, disse ao Valor um dos principais conselheiros de Bolsonaro, Luiz Antônio Nabhan, que será Secretário de Assuntos Fundiários no Ministério da Agricultura no novo governo. “Ninguém aqui quer acabar com o Funrural, ele continua sendo cobrado. Agora, o retroativo é que é impagável.”

https://www.valor.com.br/brasil/6034935/bolsonaro-quer-perdoar-divida-rural-rombo-e-de-r-17-bi

VALOR ECONÔMICO

BOI/CEPEA: Preços da arroba estão firmes nesta semana

Preços da arroba do boi gordo estão mais firmes nesta semana no mercado interno
Os preços da arroba do boi gordo estão mais firmes nesta semana no mercado interno. Segundo pesquisadores do Cepea, esse contexto está atrelado aos valores da carne negociada no mercado atacadista – que registram alta expressiva em dezembro – e à menor oferta de animais prontos para abate. Vale ressaltar, no entanto, que as escalas alongadas por parte de alguns frigoríficos resultam em eventuais pequenas quedas nos preços do boi. Assim, o Indicador ESALQ/BM&FBovespa do boi gordo subiu 0,7% entre 12 e 19 de dezembro, fechando a R$ 151,10 nessa quarta-feira, 19 – no acumulado do mês, a alta é de 1,9%.

CEPEA/ESALQ 

Mercado do boi gordo perdendo o ritmo

Com a aproximação do Natal, está difícil a aquisição de boiadas e o volume de negócios diminuiu

Os frigoríficos que precisam de bois para atender a demanda esperada para essa época do ano estão ofertando preços acima da referência. Em São Paulo, por exemplo, a cotação subiu R$0,50/@ na última quinta-feira (20/12), um acréscimo de 0,3% na comparação dia a dia. Desde o início de dezembro a valorização foi de 2,0% no estado. As escalas de abate em São Paulo giram em torno de seis dias, porém, foram registradas indústrias com escalas mais curtas. Em Goiânia-GO o cenário é o mesmo e a alta foi de 0,7%. Por outro lado, em regiões onde a oferta foi suficiente para atender a demanda, foram registadas desvalorizações. Como foi o caso de Sul do Tocantins, onde a queda foi de R$1,00/@ frente ao levantamento anterior (19/12). 

SCOT CONSULTORIA

Milho subiu mais que o boi gordo em dezembro

Os preços subiram em dezembro, em função da menor oferta do lado vendedor, câmbio relativamente firme (boa movimentação para a exportação) e preocupações com relação à situação da safra de verão, devido à falta de chuvas nos últimos dias no Paraná, principalmente

Segundo levantamento da Scot Consultoria, na região de Campinas-SP, a saca de 60 quilos está cotada em R$39,00, sem o frete. A alta foi de 8,9% em relação à média de novembro deste ano. Já na comparação com dezembro do ano passado, o insumo está custando 25,4% mais. Considerando a praça de São Paulo, atualmente é possível comprar 3,88 sacas de milho com o valor de uma arroba de boi gordo. A alta do milho (8,9%) foi maior que a valorização da arroba do boi gordo (2,0%) no período analisado. Com isso, o poder de compra do pecuarista frente ao cereal piorou 6,4% em dezembro, na comparação com o mês anterior. Em relação a dezembro do ano passado esta diferença é de -18,0% ou 0,85 saca de milho a menos adquirida com o valor de uma arroba de boi gordo no estado. A expectativa é de mercado firme nos primeiros meses de 2019, em função da menor disponibilidade interna no primeiro semestre, basicamente formada pelos estoques de passagem que somam a safra de verão (30% do volume total).

SCOT CONSULTORIA

ECONOMIA

BC piora projeção de crescimento do PIB em 2018 a 1,3%, e mantém estimativa para 2019 em 2,4%

O Banco Central piorou ligeiramente sua projeção de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil este ano a 1,3 por cento, sobre 1,4 por cento antes, atribuindo a mudança à revisão nas estatísticas das contas nacionais, que afetou a base de comparação ao elevar ligeiramente o nível do PIB de 2017

Para o próximo ano, a projeção para a expansão da atividade econômica foi mantida em 2,4 por cento, apontou o BC em seu Relatório Trimestral de Inflação, publicado nesta quinta-feira. No documento, o BC informou que a economia segue operando com elevado nível de ociosidade, mas assinalou que a retomada econômica “tem se traduzido em redução gradual dessa ociosidade”. Em relação à política monetária, o BC reiterou mensagem divulgada desde a última semana, quando manteve a Selic em seu mínimo histórico de 6,5 por cento, ao destacar um quadro favorável para a inflação, que joga para um futuro indeterminado eventual início de aperto nos juros após deixar de mencionar essa possibilidade em suas comunicações. Voltou a alertar, contudo, que os riscos altistas para o IPCA, ligados à deterioração do cenário externo para economias emergentes, permanecem relevantes e seguem com maior peso em seu balanço.

REUTERS

Ibovespa fecha em queda contaminado por Wall St e petróleo

A bolsa paulista fechou em queda na quinta-feira, sucumbindo ao viés negativo dos pregões em Wall Street, com as ações da Petrobras entre as maiores pressões diante do forte declínio dos preços do petróleo no exterior

Índice de referência do mercado acionário brasileiro, o Ibovespa.BVSP caiu 0,47 por cento, a 85.269,29 pontos, conforme dados preliminares, após subir 1,06 por cento na máxima, no começo da sessão. O volume financeiro somou 16,247 bilhões de reais. Em Nova York, o S&P 500.SPX perdia mais de 1 por cento, ainda reflexo da frustração no mercado com a decisão do Federal Reserve na véspera de seguir com o plano de alta adicional dos juros nos próximos dois anos, além de balanços. “Os ajustes no comunicado (do Fed)… não foram suficientes para o mercado”, destacou o analista Jasper Lawler, do London Capital Group, em nota a clientes, ressaltando que agentes no mercados aguardavam uma sinalização “muito mais dovish”. Na véspera, o banco central norte-americano elevou o juro para a faixa de 2,25 a 2,5 por cento, mas reduziu o número de altas esperadas para 2019 e estimou desaceleração da economia norte-americana, embora ainda a considere saudável.

REUTERS

Dólar recua e retorna a R$3,85 com ação do Banco Central

O dólar terminou a quinta-feira em baixa e de volta aos 3,85 reais, de olho no desempenho no mercado internacional e após o Banco Central anunciar mais uma intervenção no mercado cambial

O dólar recuou 0,53 por cento, a 3,8521 reais na venda, depois de oscilar entre a mínima de 3,8347 reais e a máxima de 3,8768 reais. O dólar futuro tinha queda de 1,21 por cento. Na véspera, o banco central dos Estados Unidos elevou a taxa de juros pela quarta vez este ano como esperado, e disse que “mais algumas” altas serão necessárias no ano à frente, projetando dois aumentos no próximo ano em vez dos três que via em setembro. Mas a ligeira revisão não foi suficiente para aliviar os temores dos mercados sobre uma desaceleração econômica nos EUA em meio às tensões comerciais, ao enfraquecimento do impulso dado pelos cortes tributários e ao aperto das condições monetárias para as empresas. O dólar operava em baixa ante a cesta de moedas e também ante as divisas de países emergentes, como o peso mexicano. Internamente, a nova atuação do Banco Central no mercado cambial ajudou a segurar o dólar em baixa. A autoridade realizou novo leilão de linha —venda com compromisso de recompra— com oferta de 1 bilhão de dólares. O objetivo é dar liquidez ao mercado. Este foi o quarto leilão deste tipo em dezembro, sendo que a autoridade já havia feito dois outros no final de novembro.

REUTERS

PIB da agropecuária terá aumento mais modesto, abaixo de outros setores, prevê Ipea

O Produto Interno Bruto (PIB) da agropecuária do Brasil poderá crescer até 2 por cento em 2019, após um crescimento de 0,9 por cento estimado para 2018, de acordo com projeções divulgadas na quinta-feira pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), fundação vinculada ao Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão

O Ipea disse ainda, com base em projeções de produção da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), que a perspectiva é de que o setor agropecuário apresente crescimento abaixo da média da economia, após ter sido um destaque positivo em anos de recessão econômica no Brasil. De outro lado, há expectativa de recuperação em outros segmentos econômicos. “A base (da agropecuária) é muito elevada em 2017 e o PIB agro cresceu naquele ano 12 por cento, e o sarrafo (base) ficou alto. O nosso cenário é bom, mas pode ser revisado mais para frente”, disse o economista e Diretor do Ipea, José Ronaldo de Castro. O Ipea prevê que o PIB do Brasil cresça 1,3 por cento este ano e 2,7 por cento, em 2019. Ele citou ainda alguns problemas registrados na indústria de carne de frango, um mercado que o Brasil lidera na exportação, mas que teve retração em embarques neste ano, em meio a embargos da União Europeia. A greve dos caminhoneiros em maio também afetou o setor. Castro citou ainda a forte concorrência da Ásia no mercado de açúcar, outro produto em que o Brasil detém uma liderança. As exportações brasileiras vão despencar em 2018. Do lado positivo, o Brasil ampliou fortemente seus embarques de soja e carne bovina em 2018, mercados que foram beneficiados pelo crescimento de embarques para a China. Considerando dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), as previsões para o PIB da agropecuária são mais modestas, de aumento de 0,6 por cento em 2018 e de 0,9 por cento em 2019.

REUTERS

EMPRESAS

EUA e Japão dão força ao IPO da Athena

A abertura de capital, na bolsa de Santiago (Chile), da Athena Foods, subsidiária que reúne os negócios da Minerva fora do Brasil, deverá ocorrer em um dos melhores momentos para a indústria de carne bovina da América do Sul

Assim, o braço da companhia brasileira poderá reforçar o discurso de que é líder na exportação de carne bovina na região e inclusive ampliar essa liderança. Em dezembro, Japão e Estados Unidos abriram seus mercados à carne bovina de Uruguai e Argentina, respectivamente. De certo modo, as duas notícias foram a confirmação de um mantra do empresário Fernando Galletti de Queiroz, Presidente da Minerva. Em entrevista ao Valor, ele reafirmou a aposta na América do Sul como a região mais competitiva do mundo para a produção de carne. “A abertura desses mercados mostra que a demanda global está se direcionando para a América do Sul”, argumentou. Na Argentina, onde a Athena é a maior indústria de carne bovina, a Minerva foi o primeiro frigorífico a exportar aos EUA. Em 11 de dezembro, enviou 500 toneladas do produto aos americanos. O potencial de exportações para os Estados Unidos é grande, disse Galletti, lembrando que o país, apesar de ser exportador de carne bovina, é também o maior importador mundial do produto. Conforme projeções do Departamento de Agricultura dos EUA (USDA), as importações totalizaram 1,4 milhões de toneladas (equivalente carcaça) neste ano, o que representa 16,4% do total global. “É um mercado importante. Vamos trabalhar para consolidar nossa posição”, afirmou Galletti, sinalizando que a Athena está apta a buscar a mesma participação que tem nas exportações totais da Argentina nos embarques aos EUA. Com somente um abatedouro em funcionamento no país sul-americano – a empresa tem outros quatro fechados -, a Athena lidera as exportações de carne da Argentina, com fatia de 17%. Braço da companhia brasileira já lidera as exportações de carne bovina de toda a América do Sul Se quiser obter participação semelhante no mercado americano, a Minerva teria de exportar, no médio prazo, 3,4 mil toneladas. Isso porque, ao abrir seu mercado, os Estados Unidos criaram uma cota de 20 mil toneladas com imposto reduzido – de US$ 44 por tonelada. Acima dessa cota, os embarques serão tributados em 26,4%. No momento, o governo argentino está discutindo com os representantes da indústria do país como será a divisão de cotas, afirmou Galletti. “Mesmo que tenha uma limitação de cotas, o importante é o acesso sanitário”, acrescentou.

VALOR ECONÔMICO

BRF visa concluir vendas de ativos no início de 2019

A BRF S.A. espera concluir a venda da subsidiária argentina Campo Austral e dos ativos na Tailândia e na Europa no início de 2019, disse o Diretor Global de Operações da empresa, Lorival Luz, em teleconferências na quarta-feira (19)

“As negociações finais devem ocorrer no início do próximo ano…no início de janeiro, elas devem ter o seu segmento”, disse Luz.  A venda dos ativos da BRF na Argentina, Tailândia e Europa faz parte do plano de reestruturação da companhia que visa levantar R$ 5 bilhões. A BRF já fechou a venda das empresas argentinas Quickfood e da Avex, além das operações de sua unidade de hambúrgueres em Várzea Grande, em Mato Grosso. A empresa também concluiu a estruturação de um fundo de investimentos em direitos creditórios no valor de R$ 875 milhões, como parte de seu plano de reestruturação. Essas transações realizadas já geraram R$ 1,9 bilhão para a companhia. A BRF também concluiu refinanciamentos de cerca de R$ 1 bilhão. A Campo Austral é o terceiro e último bloco de ativos da BRF à venda na Argentina, que inclui operações de carne suína e de frios, além das marcas Bocati e Colchaquí. 

Cinco interessados continuam na disputa pela compra dos ativos na Tailândia e na Europa e devem apresentar suas propostas até o final desta semana. Luz disse que as empresas interessadas são companhias globais e de diferentes geografias. 

CARNETEC

FRANGOS & SUÍNOS

SUÍNOS/CEPEA: Menor oferta de animais para abate eleva preços do vivo

Pesquisas do Cepea apontam que a menor oferta de animais para abate, especialmente no Sul do País, tem elevado as cotações do suíno vivo

Pesquisas do Cepea apontam que a menor oferta de animais para abate, especialmente no Sul do País, tem elevado as cotações do suíno vivo. Já quanto aos principais insumos da ração, o milho e o farelo de soja, a posição mais retraída de compradores consultados pelo Cepea tem impedido e/ou limitado altas nos preços. Com isso, o poder de compra do suinocultor tem se elevado na parcial de dezembro, na maior parte das regiões. No geral, mesmo com o ritmo de vendas para dezembro abaixo do esperado pelo setor, a oferta restrita de animais para abate tem elevado os preços do suíno.

CEPEA/ESALQ

Demanda reage e dá sustentação aos preços da carcaça suína no atacado

A expectativa de aquecimento nas vendas nesta reta final do ano se concretizou. A demanda nesta semana cresceu em função das festas de final de ano

No atacado, a carcaça suína valorizou-se 3,3% nos últimos sete dias, estando cotada, em média, em R$6,20/kg. Nas granjas paulistas, apesar da estabilidade nos preços, houve uma maior movimentação no período. O animal terminado segue negociado, em média, em R$76,00/@. Para os próximos dias, o ritmo de negociações deverá diminuir com as indústrias já abastecidas. Por outro lado, as vendas na ponta final da cadeia deverão seguir ativas, o que poderá manter o mercado firme.

SCOT CONSULTORIA

Frango Vivo: cotações seguem estáveis nas principais praças nesta quinta (20)

Na quinta-feira (20), o mercado do frango vivo se manteve estável nas principais praças do país, sendo o maior valor de negociação anotado no Paraná, a R$2,91/kg

O indicador da Scot Consultoria para o frango em São Paulo manteve estabilidade para o frango na granja, a R$2,90/kg e queda de -0,71% para o frango no atacado, a R$4,22/kg.

O Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) da Esalq/USP ressalta que a indústria voltou a intensificar o ritmo de abates de frango no terceiro trimestre de 2018.

De julho a setembro, foram abatidos 1,4 bilhão de animais, 3,6% a mais do que o segundo trimestre, mas 3,8% abaixo do registrado no mesmo período de 2017.

NOTÍCIAS AGRÍCOLAS

INTERNACIONAL

Árabes prometem medidas ‘políticas e econômicas’ se Bolsonaro mudar embaixada em Israel

A Liga Árabe aumenta a pressão sobre o governo do Presidente eleito Jair Bolsonaro e aprovou, na terça-feira no Cairo, uma resolução pedindo que o Brasil “respeite o direito internacional” e que abandone a ideia de mudar a embaixada do País de Tel Aviv para Jerusalém, o que significaria o reconhecimento da cidade como capital de Israel

O grupo irá mandar uma carta de protesto ao novo governo e, segundo o governo palestino, os embaixadores brasileiros serão alertados de que, se o plano for mantido, a região tomará as “medidas políticas, diplomáticas e econômicas necessárias” diante de um ato considerado como “ilegal”. A decisão foi tomada depois que as autoridades palestinas solicitaram uma reunião de emergência da Liga Árabe diante do anúncio do presidente eleito. Pesou ainda o fato de a Austrália, no fim de semana, dar uma sinalização na mesma direção, ainda que com uma decisão mais suave que a brasileira e reconhecendo apenas Jerusalém Ocidental como capital de Israel. Outra decisão anunciada por Cairo foi o envio de uma “delegação de alto escalão” ao Brasil para lidar com a crise e para informar ao novo governo de Bolsonaro sobre a necessidade de “cumprir o direito internacional” no que se refere à situação de Jerusalém. Agradecendo aos demais países árabes, o chanceler palestino, Riyad Malki, indicou em um comunicado que a decisão havia sido tomada por unanimidade. Na carta enviada a Bolsonaro, os árabes vão destacar as resoluções da ONU que estabelecem o status legal de Jerusalém. O conselho da Liga Árabe ainda decidiu comunicar aos embaixadores brasileiros nos diferentes países árabes sobre “qualquer ato que viole o status legal e histórico de Jerusalém”. De acordo com Malki, o recado irá alertar que “estados membros da Liga Árabe tomariam as medidas poliicas, diplomáticas econômicas necessárias em relação a essa ação ilegal”. Embaixadores palestinos de alto escalão explicaram ao Estado que a aprovação da resolução é um sinal claro de que os demais governos árabes estão dispostos a reduzir compras de carnes e outros produtos brasileiros caso a mudança da embaixada prometida por Bolsonaro siga adiante.

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