CLIPPING DA ABRAFRIGO Nº 825 DE 28 DE AGOSTO DE 2018

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Ano 4 | nº 825 | 28 de agosto de 2018

 NOTÍCIAS

Expectativa é de reação para os preços da carne

Nos últimos dias, mesmo trabalhando com estoques mais ajustados, os efeitos da sazonalidade do consumo de carne na segunda parte do mês afetaram negativamente os preços no mercado atacadista de carne sem osso

Na média de todos os cortes pesquisados a queda foi de 1,5%. As desvalorizações recaíram mais sobre os cortes de traseiro que sobre os cortes de dianteiro. Primeiro porque a “carne de segunda” possui menor valor agregado e menor elasticidade renda, ou seja, é menos afetada pelo período de menor volume de dinheiro em circulação. Além disso, repercutindo as primeiras pesquisas de intenção de voto e as incertezas quanto à economia do Brasil, tivemos valorizações do dólar, que fechou dia 22/8 cotado em R$4,05. Esse cenário aumentou a firmeza para as exportações de carne bovina in natura. Até a terceira semana de agosto, de acordo com dados do MDIC, o Brasil exportou diariamente 27,0% mais carne bovina em relação ao mesmo período de 2017. Essa segunda via de escoamento também auxiliou a amenizar as quedas nos preços dos cortes de dianteiro (produtos mais demandados pelos países importadores). Mas apesar do cenário atual ser de pressão para baixo nas cotações da carne no atacado, a expectativa para essa semana é de reação nos preços, já que o mercado varejista aumenta a demanda pelos cortes, a fim de se abastecer para a entrada do mês.

Scot Consultoria

Oferta restrita mantém viés de alta no mercado do boi gordo

O mercado do boi gordo está firme. Este cenário é reflexo da oferta limitada de boiadas

Os compradores estão se preparando para os primeiros dez dias de setembro, esperando que o consumo melhore (ainda mais com o feriado do dia sete). As ofertas de compra estão firmes e o objetivo é compor escalas de abate consistentes. Segundo levantamento da Scot Consultoria, em São Paulo a cotação da arroba subiu na última segunda-feira (27/8). No estado, a cotação ficou, em média, em R$145,00/@, alta de 0,7% frente o fechamento da última sexta-feira (24/8). A exceção fica por conta do Rio Grande do Sul, onde a oferta de boiadas tem sido suficiente para atender a demanda, permitindo que os frigoríficos pressionem o mercado. No estado, na média das duas praças pesquisadas, desde o início do mês, o preço do boi gordo caiu 4,7%, considerando o preço à vista, livre de Funrural.

SCOT CONSULTORIA

Incertezas sobre frete prejudicam logística de exportação

Tabela tem intensificado o overbooking em navios, com exportadores reservando mais espaço do que o necessário. Apesar da manutenção do embargo russo, as exportações de carne bovina, segundo dados da Dataliner, cresceram 8% no segundo trimestre, de 11.294 contêineres de 40 pés para 12.153. A previsão da Maersk é de que o crescimento em 2018 fique entre 5% e 10%.

Em vigor há quase três meses, o tabelamento do frete tem afetado diversas cadeias e processos do agronegócio, incluindo as exportações. De acordo com a Maersk Line, a tabela tem intensificado o problema de overbooking em navios, com exportadores reservando espaços em vários armadores, mas sem utilizá-los totalmente no momento do embarque. “A tabela é uma incerteza extra para os exportadores, que muitas vezes não conseguem caminhões ou apenas a um nível de preço que não é viável. Com isso, o volume não chega aos portos no momento certo”, afirma Matias Concha, Diretor de Trade e Marketing da empresa para a Costa Leste da América do Sul. “O setor precisa de certezas. Sem as regras do jogo, não dá para jogar. Não dá para planejar três, quatro meses se não se sabe como ficará a questão do frete”, afirma Antonio Dominguez, Diretor Principal da Maersk para a Costa Leste da América do Sul, sobre a insegurança em relação ao tabelamento. “Traz riscos para todos e resulta em custos extras. De meados de julho a agosto, 200 mil toneladas, quase um navio inteiro, deixou de ser exportado”, relata Denis Freitas, diretor da Safmarine para a Costa Leste da América do Sul. O ciclo de overbooking tem dificultado até que os exportadores aproveitem o cenário cambial positivo, com desvalorização do Real, que representa aumento da competitividade e da demanda pelo produto brasileiro. No segundo trimestre, os embarques brasileiros caíram 6%. Entre as commodities agropecuárias, alta apenas na carne bovina e em frutas e vegetais.

Portal DBO

Abate de bovinos de MT dentro do próprio estado aumenta em 2018

A venda de bovinos criados em Mato Grosso para abate fora do estado caiu para o menor patamar já registrado pelo Instituto Mato-Grossense de Economia Agropecuária (Imea) neste ano até julho, informaram os analistas do Imea em relatório divulgado no site da entidade na segunda-feira (27)

Apenas 1,35% dos animais mato-grossenses foi abatido em frigoríficos de outros estados, ou mesmo fora do país, de janeiro a julho deste ano. O ápice da venda de bovinos para outros estados ocorreu em 2007, quando 5,28% do total de animais foi abatido fora de Mato Grosso.

“Desde então, o cenário se alterou, com novas plantas frigoríficas abrindo, uma melhor infraestrutura do estado e um controle fiscal mais rigoroso”, disse o Imea em relatório. JBS, Marfrig e Minerva, os três principais processadores brasileiros de carne bovina, possuem unidades em Mato Grosso.

CARNETEC

ECONOMIA

STF julgará o mais rápido possível questionamentos da lei do frete, diz Fux

O Supremo Tribunal Federal (STF) deverá julgar em plenário o mais rápido possível os questionamentos de associações do agronegócio e da indústria sobre a nova lei do frete, disse o Ministro Luiz Fux na segunda-feira, após uma audiência com as partes interessadas

Fux, que havia determinado anteriormente a suspensão de todas as ações questionando a constitucionalidade da lei, disse que agora o STF terá mais elementos para decidir sobre o tema. Segundo o ministro, o STF pode julgar procedente, improcedente ou parcialmente procedente os questionamentos à lei do frete. “Há a possibilidade de uma decisão no meio termo… Há uma obrigação do Judiciário de acolher o que recebe e dar uma resposta”, declarou ele a jornalistas após a audiência. Fux destacou que deixará as ações suspensas até o julgamento do caso pelo STF. Na segunda-feira, mais duas leis do pacote de medidas para encerrar a greve dos caminhoneiros foram sancionadas pelo Presidente Temer. A primeira envolve a isenção de pedágio sobre eixo suspenso de caminhões em todas as rodovias do país, inclusive as sob concessão estadual. O texto permite que o valor do pedágio seja elevado para os outros usuários das rodovias “a fim de compensar a isenção”, caso não exista outra forma de reequilibrar contratos de concessão. A segunda lei determina que Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) contrate um mínimo de 30 por cento dos serviços de transporte de grãos com cooperativas e associações de transportadores autônomos.

REUTERS

Dólar tem segunda queda seguida e termina abaixo de R$4,10

O dólar recuou pela segunda sessão consecutiva e terminou abaixo de 4,10 reais, influenciado pelo exterior, onde predominou a busca pelo risco e após os Estados Unidos e México chegarem a um acordo sobre o Nafta, aliviando as tensões sobre guerra comercial

A agenda e o noticiário tranquilos contribuíram para o recuo da moeda norte-americana, mas a cautela com a cena eleitoral conteve o movimento. O dólar recuou 0,57 por cento, a 4,0812 reais na venda, depois de tocar a mínima de 4,0478 reais. Nos últimos cinco pregões, a moeda havia acumulado o maior ganho semanal desde novembro de 2016. O dólar futuro recuava cerca de 0,6 por cento. “O mercado está um pouco mais racional. O cenário favorável lá fora e a ausência de notícias (eleitorais) estão fazendo o mercado se acomodar um pouco depois de uma semana de muita cautela”, disse o operador da Spinelli Corretora José Carlos Amado. No exterior, o dólar caía ante a cesta de moedas após o chairman do Federal Reserve, Jerome Powell, ter mantido na sexta-feira o discurso de gradualismo para a política monetária norte-americana. Desta forma, segue a avaliação de duas novas altas nos Estados Unidos até dezembro. Também ajudou no humor o acordo entre EUA e México sobre o Tratado de Livre Comércio da América do Norte (Nafta, na sigla em inglês), o que favoreceu o forte avanço do peso mexicano ante o dólar. Falta só o Canadá chegar a um acordo para participar do novo arranjo. Internamente, os investidores seguiam monitorando a cena eleitoral local com a expectativa de maior exposição dos candidatos à Presidência com o início da campanha eleitoral na televisão na sexta-feira.

Redação Reuters

Ibovespa avança 2% com exterior favorável, mas giro é fraco com incerteza eleitoral

A semana começou com o Ibovespa fechando em alta de mais de 2 por cento, favorecido pelo maior apetite a risco no mercado global, mas o giro financeiro foi reduzido, diante de um cenário eleitoral ainda recheado de incertezas no Brasil

O principal índice de ações da B3 subiu 2,19 por cento, a 77.929,68 pontos. O volume financeiro, contudo, somou 7,3 bilhões de reais, contra uma média diária de 11,2 bilhões de reais. No exterior, o acordo comercial entre Estados Unidos e México no âmbito da renegociação do Tratado de Livre Comércio da América do Norte (Nafta) e a expectativa de um desfecho envolvendo também o Canadá deram suporte aos mercados. Em Wall Street, o Dow Jones encerrando o dia em alta de 1,01 por cento. O S&P 500 avançou 0,77 por cento. Os desdobramentos do lado do comércio referendaram o apetite a risco já estimulado por discurso do chairman do banco central norte-americano, Jerome Powell, na sexta-feira, reiterando o gradualismo no ajuste monetário dos EUA. Apesar da alta forte do Ibovespa, apreensões com o panorama da disputa presidencial no Brasil mantêm agentes financeiros cautelosos e com expectativa de volatilidade nos negócios. “Não há como escapar da volatilidade dada a incerteza eleitoral” disse a equipe da Eleven Financial, em nota a clientes, ressaltando que não esperar nada diferente nos próximos dias do que aconteceu na semana passada.

Redação Reuters

Brasil registra déficit de US$4,4 bi nas transações correntes em julho, pior que esperado

O Brasil registrou déficit em transações correntes de 4,433 bilhões de dólares em julho, pior que o esperado, num dado influenciado principalmente pelo resultado mais fraco da balança comercial que o registrado no mesmo período do ano passado

Em pesquisa Reuters, a expectativa era de déficit de 3,8 bilhões de dólares. No mês, os investimentos diretos no país (IDP) somaram 3,897 bilhões de dólares, em linha com a projeção de analistas de 4,0 bilhões de dólares. A balança comercial novamente deu o tom para as transações correntes, ficando superavitária em 3,9 bilhões de dólares, bem abaixo do patamar de 6,055 bilhões de dólares em julho do ano passado. A performance mais modesta vem na esteira da recuperação das importações, que cresceram 49,3 por cento sobre um ano antes, ao passo que as exportações subiram menos, com avanço de 21,9 por cento em julho, divulgou o BC. Já os gastos líquidos de brasileiros no exterior tiveram ligeira queda a 1,314 bilhão de dólares, sobre 1,439 bilhão de dólares em julho de 2017. Por sua vez, as remessas de lucros e dividendos para fora também recuaram a 1,746 bilhão de dólares ante 2,077 bilhões de dólares no mesmo mês do ano passado. De janeiro a julho, o resultado das transações correntes ficou negativo em 8,078 bilhões de dólares, sobre déficit de apenas 2,835 bilhões de dólares em igual etapa de 2017. Em 12 meses, esse déficit chegou a 15,005 bilhões de dólares, equivalente a 0,76 por cento do Produto Interno Bruto (PIB). A expectativa é de um déficit de 17,55 bilhões de dólares nas transações correntes em 2018.

Redação Reuters

IPC-Fipe desacelera alta a 0,37% na 3ª quadrissemana de agosto

O Índice de Preços ao Consumidor (IPC) de São Paulo desacelerou a alta a 03,7 por cento na terceira quadrissemana de agosto, contra 0,47 por cento na segunda leitura do mês, informou nesta segunda-feira a Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe). O IPC-Fipe mede as variações quadrissemanais dos preços às famílias paulistanas com renda mensal entre 1 e 10 salários mínimos.

Redação Reuters

Economistas elevam projeções para inflação e dólar neste ano, mostra Focus

As expectativas do mercado para a inflação neste ano e no próximo foram elevadas na pesquisa Focus divulgada pelo Banco Central na segunda-feira diante da perspectiva de um dólar mais alto em 2018

Para este ano, a alta do IPCA é calculada no levantamento em 4,17 por cento, enquanto que para 2019 fica em 4,12 por cento, 0,02 ponto percentual a mais do que na semana anterior em ambos os casos. Enquanto para 2018 o centro da meta oficial é de 4,50 por cento, para o próximo ano é de 4,25 por cento. Para ambos, entretanto, a margem de tolerância é de 1,5 ponto percentual para mais ou menos. Em agosto, a alta do IPCA-15 desacelerou a 0,13 por cento, ante 0,64 por cento em julho, menor nível para o mês em oito anos, levando o avanço em 12 meses para 4,30 por cento. Para o dólar, o Focus mostrou que os especialistas consultados passaram a ver uma cotação de 3,75 reais no final de 2018, de 3,70 reais antes, depois de a moeda norte-americana ter terminado a semana passada no patamar de 4,10 reais. A projeção para o final de 2019 é de que o dólar encerre a 3,70 reais, sem alteração sobre o levantamento anterior. Mesmo com a atual pressão do dólar, o nível baixo de inflação e as expectativas ancoradas mantêm o espaço para que o BC deixe os juros baixos, e os especialistas consultados mantiveram a visão de que a Selic fechará este ano no atual patamar e mínima histórica de 6,50 por cento, terminando 2019 a 8 por cento.Já em relação ao crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) para 2018, houve ajuste para baixo a 1,47 por cento, de 1,49 por cento, com as contas para o aumento da produção industrial sofrendo forte corte a 2,61 por cento, de 2,73 por cento. Para 2019, entretanto, permanece a expectativa de expansão de 2,50 por cento do PIB.

Redação Reuters

FRANGOS & SUÍNOS

Frango: tendências da disponibilidade per capita até 2028

MAPA estima que entre 2018 e 2028 a produção brasileira de carne de frango cresça 29%

Em sua “Projeções do Agronegócio” para os próximos 10 anos, o MAPA estima que entre 2018 e 2028 a produção brasileira de carne de frango cresça 29% e as exportações do produto perto de 34%, o que deve gerar disponibilidade interna 27% maior que a prevista para o corrente exercício. No caso específico da disponibilidade interna, tais projeções significam passar de um volume em torno de 9,5 milhões de toneladas em 2018 para mais de 12 milhões de toneladas em 2028, isto significando expansão média próxima de 2,5% ao ano. Números recentes do IBGE – que atualizou suas projeções relativas à população brasileira, indicam, com base no comportamento atual do crescimento vegetativo, que a população tende a uma expansão anual próxima de 0,7%, acumulando até 2028 incremento de 6,82% o que significa que a disponibilidade interna aumentará 20,4 pontos percentuais mais que a população. Isto, naturalmente, implica em significativo aumento da disponibilidade per capita. Mais exatamente, de 19,1% até 2028, o que solicita um aumento médio muito próximo de 2% ao ano. Assim, a oferta per capita passaria de 45,565 kg em 2018 para 54,267 kg em 2028 – um adicional de 8,7 kg. Números do setor avícola indicam que o consumo de carne de frango entre 2010 e 2017 girou em torno dos 44,277 kg per capita.

AGROLINK

Febre suína em plantéis terá forte impacto no comércio chinês, diz USDA

A maior preocupação é que alguns surtos tenham ocorrido em importantes regiões da produção do país

O Departamento de Agricultura dos EUA (USDA) informou no domingo (26/8) ao mercado que o maior surto de febre suína africana registrado na China terá um “impacto significativo na segurança alimentar e no comércio do país”. Segundo o USDA, o segundo e o terceiro surtos da doença representam uma escalada significativa da peste no país, porque aconteceram em regiões que representam 14% do total de carne suína produzida na China e fazem limite com outras quatro províncias que representam uma fatia de 20% na produção. 

ESTADÃO CONTEÚDO

Frango Vivo: estabilidade permanece nas principais praças do país

Na segunda-feira (27), as cotações do frango vivo se mantiveram estáveis nas principais praças do país, sendo o maior valor negociado em São Paulo, a R$3,00/kg

O indicador da Scot Consultoria para o frango em São Paulo trouxe estabilidade tanto para o frango na granja, a R$3,00/kg, quanto para o frango no atacado, a R$3,40/kg. As cotações da carne de frango têm registrado movimentações distintas no mercado brasileiro, de acordo com dados do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) da Esalq/USP. “A segunda quinzena do mês é tradicionalmente marcada pela retração no consumo dos brasileiros, o que tende a pressionar as cotações”, diz o boletim divulgado hoje.

Notícias Agrícolas

Suíno Vivo: cotações estáveis nesta segunda (27)

Na segunda-feira (27), as cotações do suíno vivo se mantiveram estáveis nas principais praças do país, à espera das referências das cooperativas e bolsas. O maior valor negociado é anotado em São Paulo, a R$3,79/kg

O Indicador do Suíno Vivo Cepea/Esalq, referente à sexta-feira (24), trouxe estabilidade para quase todas as praças, com exceção do Paraná, que teve queda de -0,30%, a R$3,27/kg e de São Paulo, com alta de 0,28%, a R$3,56/kg. O milho, um dos principais insumos do setor, tem ganhado forte impulso nas cotações do mercado interno devido à alta do dólar, como aponta o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) da Esalq/USP. Os vendedores seguem retraídos, já que há uma menor oferta nessa segunda safra e o valor do frete, principalmente no Centro-Oeste, não é atrativo.

Notícias Agrícolas

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