CLIPPING DA ABRAFRIGO Nº 664 DE 22 DE DEZEMBRO DE 2017

abra

Ano 3 | nº 664 22 de dezembro de 2017

NOTÍCIAS

Demanda por carne bovina aumenta no fim do ano, preço do boi sobe

A demanda mais aquecida no fim do ano e a redução na oferta de animais prontos para o abate colaboraram para elevar os preços do boi gordo e de cortes de carnes neste mês de dezembro, segundo dados do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea)

A arroba do boi gordo fechou em R$ 146,95 na quinta-feira (21), alta acumulada no mês de 1,87%, segundo o indicador ESALQ/BM&FBovespa. Também houve elevação no consumo de carne de frango no fim do ano, em relação aos meses anteriores, segundo o Cepea. Mas isso ainda não refletiu na reação de preços da carne. O preço de carne de frango congelada no atacado da Grande São Paulo fechou em R$ 3,77/quilo na quinta-feira (21), com variação acumulada de 0,27% em dezembro. Já o valor da carne de frango resfriada cai 0,81% no mês, a R$ 3,68/kg. Na comparação anual, os preços das carnes de frango resfriada e congelada ainda acumulam queda de dois dígitos em dezembro. “Apesar de a demanda por frango (como um todo) não ter aumentado no ano, houve alta para produtos específicos, como coração de galinha”, disse o Cepea em relatório semanal de preços divulgado nesta semana. Já o consumo de carne suína em dezembro ainda não aumentou no ritmo esperado pelo setor, levando frigoríficos no sul do Brasil a encerrarem a produção para o ano, segundo o Cepea. “Agentes consultados pelo Cepea ainda esperam recuperação dos preços nas próximas semanas, baseada no possível aumento da demanda diante das celebrações de fim de ano.” O preço da carcaça suína especial no atacado da Grande São Paulo cai 3,99% em dezembro até quinta-feira (21), para R$ 6,26.

CARNETEC

Preço do boi gordo está sustentado, mas com menor fluxo de negociações

Mercado do boi gordo sustentado, mas com menor pressão altista, se comparado ao observado nas últimas semanas

Em São Paulo, a referência para o boi gordo ficou em R$146,50/@, à vista, livre de Funrural, na última quinta-feira (21/12). A maior parte dos frigoríficos já encerrou as compras para 2017 e trabalha a originação de gado para a primeira semana de janeiro. De qualquer modo, as empresas não demonstram o mesmo “apetite” das últimas semanas para as compras neste momento, reflexo de uma situação mais incerta quanto ao escoamento da carne bovina no mercado atacadista em curto prazo. Boa parcela dos produtores também já opta por reduzir as vendas, o que deverá contribuir com uma redução da movimentação de mercado na última semana do ano. No norte de Minas Gerais, as férias coletivas da maior unidade de abate da região reduzem a pressão compradora de gado, fato que deve se estender até o fim de janeiro.

A carcaça de bovinos castrados está cotada em R$9,98/kg no atacado, alta de 5,4% em trinta dias.

SCOT CONSULTORIA

Mercado de reposição está mais calmo em Mato Grosso

A aproximação com o período de férias e as festividades do final de ano afastam tanto a ponta vendedora quanto a ponta compradora das negociações

Em médio prazo, a expectativa é que a chuvas que caíram nas últimas semanas aumentem o ímpeto dos pecuaristas. Para as primeiras semanas de janeiro é esperado aquecimento neste mercado. Para o produtor que pretende fazer o giro do estoque da fazenda no início de 2018 o momento é mais favorável do que foi em 2017. Na comparação anual, o preço do boi gordo caiu 0,2%, enquanto o boi magro (12@), o garrote (9,5@) e o bezerro de ano (7,5@) caíram 1,4%, 2,7% e 5,8%, respectivamente. Diante deste cenário o poder de compra do pecuarista aumentou e a relação de troca melhorou, principalmente para categorias mais novas, já que a oferta destes animais, superior à demanda em grande parte do ano, derrubou as cotações. Em dezembro de 2016, com o preço de venda de um boi gordo de 16,5@ comprava-se 1,81 bezerro de 7,5@, atualmente compra-se 1,92, melhora de 6,0% no poder de compra do pecuarista. 

SCOT CONSULTORIA

Preço da carne bovina sobe, mas margem do varejo cai

No varejo, houve alta de preços para a carne bovina em todos os estados pesquisados pela Scot Consultoria

Em São Paulo a valorização foi de 0,4%, de 0,1% em Minas Gerais e de 0,3% no Rio de Janeiro. A maior alta foi registrada no Paraná, de 1,5%. Apesar das altas, os seguidos reajustes de preços impostos pelos frigoríficos estreitaram as margens dos varejistas para o menor patamar de 2017. A diferença média entre o preço de venda e o de compra está em 58,3%.

SCOT CONSULTORIA

Mercado do sebo perdeu força

Com as festas de fim de ano se aproximando, o mercado de sebo vem perdendo movimentação, cenário natural para a época do ano

O mercado perdeu força nos últimos dias, mas não houve alteração de preço. Tanto no Brasil Central, como no Rio Grande do Sul, o produto está cotado, em média, em R$2,30/kg, livre de imposto, segundo levantamento da Scot Consultoria. Para o restante de 2017, a perspectiva é de que os preços sigam caminhando de lado.

SCOT CONSULTORIA

EMPRESAS

BRF contrata financiamento de R$ 500 milhões com Banco do Brasil

A BRF acertou a contratação de um empréstimo de R$ 500 milhões junto ao Banco do Brasil no formato de Nota de Crédito à Exportação (NCE), em reunião extraordinária do conselho realizada ontem

A dívida tem custo de 6,6% ao ano e taxa fixa de 0,4%. O vencimento é em 10 de janeiro de 2019. A contratação do financiamento foi aprovada por unanimidade. Apenas se absteve o conselheiro Walter Malieni, do Banco do Brasil.

VALOR ECONÔMICO

Moody’s muda perspectiva de rating da Marfrig de positivo para estável

A agência de classificação de riscos Moody’s mudou a perspectiva do rating atribuído à Marfrig de positiva para estável. Segundo a agência, a mudança reflete a percepção de que a desalavancagem — redução da relação entre dívida líquida e Ebitda — deve levar mais tempo que o inicialmente avaliado

A nota global da processadora de alimentos “B2” foi mantida. A Moody’s avalia que, durante 2017, a queda da geração de caixa resultante dos menores volumes vendidos no primeiro semestre do ano, incluindo o impacto negativo gerado pela Operação Carne Fraca, e a taxa de câmbio menos favorável à companhia impediram o bom andamento do processo de desalavancagem. “Embora antecipem uma recuperação nas operações em 2018, principalmente como consequência do aumento dos volumes e do aumento dos preços da carne, não esperamos que as métricas da Marfrig se recuperem tão rápido”, afirma a agência, em nota. A estimativa da Moody’s é que a relação entre a dívida e o Ebitda permaneça acima de 6 vezes nos próximos 12 meses. A perspectiva da empresa havia sido mudada para positivo em janeiro deste ano, quando a agência esperava uma redução da dívida e uma alavancagem de 5 vezes até o fim de 2017.

VALOR ECONÔMICO

INTERNACIONAL

Indústria de carne vermelha da Austrália pode ser carbono neutra até 2030

A indústria australiana de carne vermelha pode ser neutra em carbono até 2030, disse o Diretor-Gerente do Meat & Livestock Australia (MLA) Richard Norton, no final do mês passado

Norton disse que alcançar o objetivo colocaria a cabeça e os ombros da Austrália acima dos seus concorrentes, dando aos consumidores uma confiança ainda maior na qualidade e integridade da carne vermelha australiana e transformando a crítica ambiental da indústria.

Ele disse que a reputação da carne vermelha australiana era inigualável entre os consumidores globais, mas a indústria deve manter o foco na mudança das demandas dos consumidores e atuar sobre ameaças emergentes e que podem prejudicar o mercado para prosperar no futuro. “Com o compromisso da indústria, as configurações de políticas adequadas e novos investimentos em pesquisa, desenvolvimento e adoção, a indústria australiana de carne vermelha pode ser neutra em carbono até 2030. E podemos ser o primeiro país exportador de carne vermelha a fazer isso.” Para alcançar isso, Norton informou que o MLA havia iniciado um projeto com o CSIRO para identificar caminhos para a indústria da carne vermelha, fazenda e sector de processamento, para tornar-se neutra em carbono. O projeto identificou uma série de opções de inovação e gestão de fazenda, incluindo o uso expandido de leguminosas e besouros de estrume em pastagens, gestão de incêndios das savanas no norte da Austrália, suplementos alimentares, confinamento e gestão da vegetação. A seleção genética e uma potencial vacina para reduzir a produção de metano no rúmen foram outras oportunidades, disse ele. “Essas vias não exigem a mão pesada da regulamentação. O que eles exigem é o compromisso da indústria, as configurações políticas corretas dos governos federais e estaduais e um investimento contínuo em pesquisa, desenvolvimento e adoção de inovação dentro da indústria.” Norton disse que os dividendos de estabelecer um objetivo neutro em carbono incluem: – aumento da produtividade na indústria da carne vermelha; – renda agrícola adicional de projetos de mitigação de carbono; – uma importante contribuição para as metas governamentais sobre redução de emissões, e – outra forte garantia para os consumidores da qualidade e integridade da carne vermelha australiana produzida de forma natural e com excelente sabor. Norton informou que o MLA vem reunindo mais informações sobre o consumidor dos mercados de exportação do que nunca, e que estava informando diretamente onde e como investiu o dinheiro arrecadado com o imposto de marketing da indústria. “Há sinais de mercado claros em nossos mercados internacionais de alto valor que as emissões da produção pecuária são um problema para consumidores que também estão cada vez mais interessados na procedência de seus alimentos. Ao mesmo tempo, empresas globais e empreendedores bilionários estão investindo muitos dólares em projetos para fabricar carne cultivada e sintética alegando ter zero impacto ambiental e de bem-estar.” “Existem outros sinais também. Ambos os lados do parlamento federal se comprometeram a reduzir ainda mais as emissões nacionais de carbono até 2030 e a maioria dos governos estaduais estabeleceram metas neutras em carbono.” Norton disse que a indústria australiana de carne vermelha já fez grande parte do esforço pesado na redução das emissões totais da Austrália até o momento e teve a oportunidade de criar uma história ainda melhor sobre seu produto nos próximos anos. “O setor da carne vermelha já reduziu sua participação nas emissões totais da Austrália de 20% das emissões totais de 600 milhões de toneladas da Austrália em 2005 para apenas 13% em 2015, enquanto também ajudou a reduzir as emissões globais da Austrália para 525 milhões de toneladas no mesmo período.” “Mais uma demonstração da vontade da nossa indústria de se engajar é o compromisso da indústria da carne bovina em reduzir as emissões ao designar ‘gestão do o risco climático’ e ‘o equilíbrio das coberturas de árvores e gramíneas’ como duas das seis principais áreas prioritárias no seu Sustainability Framework.” “A MLA agora acredita que nossa indústria pode atingir um objetivo neutro em carbono, ao mesmo tempo em que gera ganhos de produtividade e diferencia a carne vermelha australiana de concorrentes de baixo custo e alternativas artificiais. “Isso garantirá que a carne vermelha australiana continue sendo a escolha natural nos mercados internacionais de alto valor que recompensam a qualidade, a integridade do produto e os sistemas de produção ética e ambientalmente sustentáveis.”

Meat & Livestock Australia (MLA)

Maiores informações:

ABRAFRIGO

imprensaabrafrigo@abrafrigo.com.br

Powered by Editora Ecocidade LTDA

041 3088 8124

https://www.facebook.com/abrafrigo/

abrafrigo

Leave Comment