Ano 3 | nº 445 | 31 de Janeiro de 2017
NOTÍCIAS
Aumento na oferta de bovinos e consumo lento reduzem preços da arroba
O aumento na oferta de bovinos está afetando os preços da arroba do boi gordo, que atingiu no dia 26 de janeiro o menor valor já registrado desde setembro de 2015 em Mato Grosso, segundo o Instituto Mato-Grossense de Economia Agropecuária (Imea)
O Imea afirma que a arroba vem registrando quedas consecutivas desde novembro do ano passado e que os fundamentos do mercado não indicam recuperação no preço, segundo relatório divulgado no site do Imea na segunda-feira (30). De janeiro do ano passado a janeiro deste ano, a queda no preço da arroba é de 1,14%, enquanto os preços do bezerro e do boi magro caíram 12,68% e 8,08%, respectivamente, segundo análise do Imea até o dia 26. A queda no preço da arroba também é influenciada pela demanda ainda fraca por carne bovina no mercado doméstico, segundo informações da Scot Consultoria. “O consumo vai ser lento ao longo dos próximos meses ainda, possivelmente com uma melhoria ao longo do ano”, disse o consultor da Scot Consultoria Hyberville Neto, em vídeo divulgado no website da empresa. O indicador do boi gordo Esalq/BM&FBovespa acumula queda de 2,44% no mês de janeiro até a segunda-feira (30), a R$ 145,81 a arroba, segundo dados do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea). “Operadores do segmento industrial atribuem o interesse reduzido (dos frigoríficos compradores) ao consumo retraído no varejo, por conta sobretudo dos gastos extras de início de ano”, informou o Cepea em nota. Os preços da carne com osso no atacado da Grande São Paulo se mantiveram praticamente estáveis entre 18 e 25 de janeiro, segundo o Cepea.
CARNETEC
Boi gordo: mercado começa a semana menos pressionado em São Paulo
A semana começou com estabilidade nos preços da arroba do boi gordo na maioria das praças pesquisadas pela Scot Consultoria na última segunda-feira (30/1)
Onde houve movimentação, o cenário visto foi de queda nas referências. Ainda é preciso esperar o desenrolar da semana para a definição do posicionamento das empresas. Destaque para Tocantins, que sob pressão por parte das empresas frigoríficas, registrou queda nas referências das duas praças. Em São Paulo após uma semana de tentativas de compras abaixo da referência, a semana começou com negociações menos pressionadas. A referência permanece em R$147,00/@, à vista, nas duas praças. Há ainda ofertas em até R$2,00/@ abaixo da referência, porém, também há quem oferte R$1,00/@ acima. Os preços no mercado atacadista de carne com osso ficaram estáveis. O boi casado de animais castrados ficou cotado em R$9,29/kg.
SCOT CONSULTORIA
Maior movimentação no mercado de animais para reposição no Paraná
Os pastos em boas condições no Paraná têm causado maior movimentação no mercado de reposição
A procura por categorias mais jovens tem sido mais evidente, fazendo as cotações subirem (mesmo que lentamente) semana após semana. Já na comparação anual, no Paraná houve desvalorização para todas as categorias de reposição. Destaque para as categorias bezerro e desmama, que tiveram quedas de 12,3% e 13,7%. Já o boi gordo se manteve praticamente estável no período. Há um ano era possível adquirir 1,89 bezerros desmamados de 6@ com a venda de um boi gordo de 16,5@. Atualmente a relação de troca está em 2,18 animais, melhora considerável de 15,0% no poder de compra do criador.
SCOT CONSULTORIA
Rebanho bovino em MT cresce 3,3% em relação ao ano passado e pode aumentar pressão sobre as cotações
Pecuarista em MT ainda tem resultado positivo na atividade, mas margens já começam a ficar apertadas
O rebanho de bovinos no Mato Grosso atingiu 30,21 milhões de cabeças segundo dados do Imea (Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária). O volume representa um crescimento de 3,32% em relação à safra passada, sendo o maior plantel da história do Estado. O crescimento é reflexo do processo de retenção de fêmeas em todo o país, na qual no estado já perdura há três anos. Conforme explica o diretor técnico da Acrimat (Associação dos Criadores do Mato Grosso), Francisco Manzi, “em função dos preços remuneradores do bezerro, os pecuaristas optaram por reter suas matrizes, elevando o plantel”, diz. Manzi lembra que a Austrália, um dos principais exportadores de carne bovina do mundo, tem a produção equivalente à do Mato Grosso. Assim, como o estado representa um terço do plantel norte-americano e, três vezes superior ao rebaixo uruguaio. Contudo, apesar do crescimento também indicar maior eficiência dos pecuaristas no estado. A evolução do rebanho em um período onde a demanda caminha com dificuldades, poderá significar pressão nas cotações. “Além do aumento na oferta temos um cenário de diminuição da demanda que reflete uma série de fatores”, diz Manzi. Atualmente a arroba no estado tem a referência em R$ 130,00, cotação estável na comparação aos preços praticados no ano passado. A conclusão dos dados de produção se deu após a divulgação do Indea-MT referente a vacinação do rebanho realizado em novembro/16, no qual foram vacinadas 99,62% da produção total. Para o diretor técnico “os produtores precisam se profissionalizar em termos de mão de obra, de aproveitamento das pastagens e tecnologia”, a fim de garantir margem mesmo em momentos de dificuldade no mercado. Por outro lado, os dados econômicos do Brasil e também de importantes compradores do produto nacional, traz um ânimo aos pecuaristas neste ano. “Já começamos a enxergar um aumento da credibilidade, avanço das exportações. Todos esses fatores ajudarão o cenário de demanda”, acrescenta Manzi.
Notícias Agrícolas
Contra a crise, prefeitos de Mato Grosso pedem a reabertura de frigoríficos
O Ministério da Agricultura se comprometeu a sentar com os dirigentes dos frigoríficos para tentar reabrir as indústrias ou iniciar a operação por meio de cooperativas
O Ministério da Agricultura vai convocar frigoríficos que fecharam plantas no oeste de Mato Grosso para tentar reabrir as unidades. Segundo os prefeitos das cidades afetadas, o fechamento das unidades de Mirasol e São José dos Quatro Marcos provocaram a demissão de cerca de 2 mil pessoas. Para Ronaldo Santos, prefeito de São José dos Quatro Marcos, a expectativa da cidade era de que os recursos liberados para os frigoríficos por meio do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) garantissem um investimento na cidade por, pelo menos, 20 anos. “Com o fechamento dessa planta, as famílias foram pegas de surpresa e a gestão municipal também, fazendo com que causasse insegurança no nosso município e região. A partir do momento em que os funcionários terminaram de receber o seguro desemprego, automaticamente essas famílias não tinham, sequer, uma única refeição digna diária para oferecer aos seus filhos”, falou. O Ministério da Agricultura se comprometeu a sentar com os dirigentes dos frigoríficos que fecharam plantas em Mato Grosso para tentar reabrir as indústrias. Se não houver acordo, a segunda opção é incentivar o cooperativismo para a abertura de frigoríficos geridos pelo próprio setor produtivo, com apoio dos governos municipais. “Nós não podemos permitir que muitas vezes por conta apenas de interesses por lucro, o cidadão seja prejudicado. Então, nós temos que buscar alternativas e a ideia, depois da conversa, se não ocorrer pelo caminho da reabertura, nós vamos pensar na possibilidade de as cooperativas e prefeituras façam com que as plantas voltem a funcionar”, falou o Ministro interino da Agricultura, Eumar Novacki. O Presidente do Consórcio Intermunicipal de Desenvolvimento Econômico, Social, Ambiental e Turístico do Complexo de Nascentes do Pantanal, que representa 14 municípios do oeste de Mato Grosso, Wemerson Prata, aprova a proposta. “O ministério tem o poder de chamar o empresário e conversar e exigir dele não apenas o lado econômico, mas a parte social para aquela região. É uma bela iniciativa do ministro”. Apesar do otimismo na negociação, há quem discorde da possível criação de frigorífico gerido por cooperativas. O prefeito de Cáceres, Francis Mares, fala em nome do município com o maior rebanho bovino do estado e que há três anos também teve uma planta fechada. “O frigorífico é uma empresa grande e não adianta nós nos reunirmos para as prefeituras construírem um frigorífico e não ter quem tocar, como foi proposto. Precisamos de profissionais, logística e capital, porque a concorrência é grande”, falou.
CANAL RURAL
EMPRESAS
JBS nomeia membros independentes para conselho da JBS Foods International
Outra nomeação foi Greg Heckman, membro do conselho da produtora de fertilizantes OCI e da gestora de marcas Waitt Brands
A JBS informou na segunda-feira a nomeação de cinco membros independentes para compor o conselho de administração da subsidiária JBS Foods International, que vai reunir os negócios internacionais da maior processadora de carne bovina do mundo. A companhia nomeou John Bohner, membro do conselho da fabricante de cigarros Reynolds American e ex-deputado norte-americano até 2015. Outra nomeação foi Greg Heckman, membro do conselho da produtora de fertilizantes OCI e da gestora de marcas Waitt Brands. A JBS também indicou como membro independente do conselho da JBS Foods International Charles Macaluso, membro do conselho da Darling Ingredients e da subsidiária Pilgrim’s Pride. Steven Mills, membro do conselho da empresa de energia Black Hills Corporation, também foi nomeado para compor o conselho. A lista é finalizada com Dimitri Panayotopoulos, membro do conselho da fabricante de cigarros British American Tobacco Company e consultor sênior da Boston Consulting Group. O grupo brasileiro anunciou no final de 2016 um plano para fazer uma oferta pública inicial de ações (IPO, na sigla em inglês) da JBS Foods International nos Estados Unidos este ano, em estratégia para acelerar a redução de seu endividamento.
FEIRAS & EVENTOS
Dia de campo da Scot consultoria abordará confinamento e recria
Organizado pela Scot Consultoria, o Encontro de Confinamento e Recriadores é voltado para recriadores e confinadores interessados em adquirir e presenciar os lançamentos, desafios do ano, análises e palestras técnicas sobre esses mercados, e conhecer os astros da pecuária brasileira.
O encontro será realizado de 4 a 6 de abril, no Centro de Eventos do Ribeirão Shopping, em Ribeirão Preto (SP). O encerramento com dia de campo acontecerá no dia 7, no Confinamento Monte Alegre, em Barretos (SP). As datas dos eventos estão divididas por sessões exclusivas, sendo que o dia 4 e a manhã do dia 5 é voltado para os recriadores. Os dias 5 e 6 são direcionados para os confinadores, e o dia de campo (7 de abril) terá visita técnica e oficinas de conhecimento para ambos setores. Os valores dos ingressos variam de R$379,00 a R$949,00 (preços com desconto, válidos até 17/2), e os interessados podem escolher entre as cinco opções de entrada disponíveis: participar apenas do encontro de recriadores; do encontro de confinamento com ou sem dia de campo; ou comparecer a ambos encontros, optando ou não pelo dia de campo. Segundo a consultoria, a proposta dos eventos é “oferecer informações de qualidade, reunir os principais nomes do setor, para debater temas como: gestão, casos de sucesso, recria no cocho, custos, índices zootécnicos, nutrição, manejo de pastagem e mercado do boi magro”. O Encontro de Confinamento e Recriadores acontece no Centro de Eventos do Ribeirão Shopping, em Ribeirão Preto (SP), nos dias 4, 5 e 6 de abril. O encerramento com dia de campo será no dia 7, no Confinamento Monte Alegre, em Barretos (SP). Os ingressos estão à venda no site www.confinamentoerecria.com.br e no telefone (17) 3343- 5111.
GLOBO RURAL
INTERNACIONAL
Companhias de alimentos são classificadas por bem-estar animal
O bem-estar animal tornou-se uma questão de negócios chave para as principais companhias de alimentos do mundo, que estão prestando mais atenção ao assunto em suas cadeias de fornecimento, concluiu um relatório que avaliou 99 importantes marcas
Quase três quartos (73%) das companhias as políticas de bem-estar de animais de produção, mais que os 46% em 2012, de acordo com os resultados compilados pela Compassion in World Farming, World Animal Protection e pela firma de investimentos, Coller Capital. As principais prioridades são confinamentos e a redução do uso rotineiro de antibióticos, segundo o relatório, chamado ” Business Benchmark on Farm Animal Welfare”. O bem-estar está surgindo como uma fonte de vantagem competitiva em vez de ser visto somente como um potencial risco de negócio pelos maiores custos ou exposições na mídia das más práticas, observou o relatório. Cargill, BRF e McDonald Corp. estão entre companhias que receberam o Nível 2 no ranking, por tornar o bem-estar animal integral a sua estratégia de negócios. As companhias de Nível 3 que possuem políticas estabelecidas, mas ainda há trabalho a ser feito incluem Hormel Foods, JBS, Subway, Sysco Corp., Tyson Foods, Wal-Mart e Wendy’s. Aquelas que fizeram progressos na implementação (Nível 4) incluíram Chipotle Mexican Grill, Costco Wholesale, Kroger, Panera Bread and WH Group. No Nível 5 por mostrarem evidências limitadas de execução estiveram Chick-fil-A, ConAgra, Darden Restaurants, Dunkin’ Brands, OSI Group, Publix, Starbucks, Target e Yum Brands, entre outros. Aquelas que ficaram na menor classificação, Nível 6, por não mostrar nenhuma evidência de ter bem-estar animal na agenda de negócios incluíram Domino’s Pizza e Kraft Heinz. “À medida que a demanda global por produtos de origem animal continua aumentando e o mundo procura conciliar a produção de alimentos com os limites ecológicos do planeta, cabe a todos nós garantir que os sistemas de produção satisfaçam as necessidades, tanto de saúde como comportamentais das espécies animais que fornecem alimentos”, disse o vice-presidente sênior de sustentabilidade da McDonald’s Corp. Keith Kenny. “Dada a inter-relação das cadeias de fornecimento globais, a indústria e os principais interessados cada vez mais terão que trabalhar em conjunto para criar soluções que funcionam para consumidores, produtores, empresas, meio-ambiente – e, claro, os milhões de animais de produção ao redor do mundo”. Clique aqui e acesse o relatório (em inglês).
MeatingPlace.com
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