CLIPPING DA ABRAFRIGO Nº 639 DE 17 DE NOVEMBRO DE 2017

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Ano 3 | nº 639 17 de novembro de 2017

NOTÍCIAS

Exportação e consumo aquecido elevam preços da arroba do boi gordo

O mercado físico do boi gordo teve preços mais altos nesta quinta-feira, 16

Segundo a Safras & Mercado, esse movimento tende a se intensificar neste último bimestre devido ao aquecimento sazonal da demanda típico do período.  O dia foi marcado pelo bom volume de negócios e pelas ofertas de compras firmes. O menor volume de boiadas e o encurtamento das escalas de abate é o quadro vigente na maioria das praças pecuárias. Em Marabá (PA), por exemplo, a escala de abate atende a dois dias. Na região, a arroba do boi gordo está cotada em R$ 131,50, à vista, livre de Funrural. Essa oferta de compra representa uma alta nesta semana de 1,9%. É comum negócios fechados acima dos valores de referência. Com relação ao consumo de carne bovina, o cenário também é de preços firmes. De acordo com a Scot Consultoria, o boi casado de bovinos castrados está cotado em R$ 9,46 o quilo, estabilidade frente ao fechamento de terça-feira, 14. Entretanto, na comparação com o início do mês, foi contabilizado uma alta de 2,5%. No mercado externo o cenário também é positivo, caso o ritmo da exportação das duas primeiras semanas de novembro continue até o final do mês, o volume exportado poderá ser 66,2% maior que o de novembro de 2016. 

CANAL RURAL

Cepea: Liquidez é baixa e diferença entre valores reportados segue ampla

O ritmo de comercialização está lento no mercado de boi gordo

Segundo colaboradores do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (ESALQ/USP), negócios envolvendo volumes maiores, com características diferentes e que atendem a demandas mais urgentes, têm sido efetivados a valores significativamente superiores aos demais, resultando na continuidade da dispersão entre mínimos e máximos registrada na maioria das praças acompanhadas pelo Cepea. Em São Paulo, o Indicador ESALQ/BM&FBovespa do boi gordo subiu apenas 0,21% nos últimos sete dias, a R$ 139,55 no dia 14 – nessa data, o intervalo da amostra considerada para cálculo das médias regionais foi de R$ 137,76 a R$ 144,60 – valores à vista e livres de Funrural.

Cepea

Mercado do boi gordo com preços firmes

Apesar do feriado da última quarta-feira (15/11), ontem (16/11) o mercado foi marcado pelo bom volume de negócios e pelas ofertas de compras firmes

O menor volume de boiadas e o encurtamento das escalas de abate, é o quadro vigente na maioria das praças pecuárias. Em Marabá–PA, por exemplo, a escala de abate atende a dois dias. Na região, a arroba do boi gordo está cotada em R$131,50, à vista, livre de Funrural. Essa oferta de compra representa uma alta nesta semana de 1,9%. Não é incomum negócios fechados acima dos valores de referência. Com relação ao consumo de carne bovina, o cenário também é de preços firmes. O boi casado de bovinos castrados está cotado em R$9,46/kg. Na comparação com o início do mês, contabilizamos uma alta de 2,5%. No mercado externo o cenário também é positivo, caso o ritmo da exportação das duas primeiras semanas de novembro continue até o final do mês, o volume exportado poderá ser 66,2% maior que o de novembro de 2016.

SCOT CONSULTORIA

MS amplia capacidade de abates em mil cabeças/dia

Dez unidades de menor porte vão elevar processamento

A crise na maior processadora de carne do mundo, a JBS, deu início a uma reorganização da cadeia produtiva em Mato Grosso do Sul. Esse processo de “desmonopolização” começou ainda em março, quando foi deflagrada a operação Carne Fraca, pela Polícia Federal que investigava esquema de corrupção, e foi sacramentado com a delação premiada dos irmãos Joesley e Wesley Batista, em maio. Desde então, dez frigoríficos de menor porte deram entrada no Instituto de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul (Imasul) com pedido para aumentar a capacidade de abates de bovinos. De acordo com Jaime Verruck, secretário de estado de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, da Produção e Agricultura Familiar, destes, cinco já foram autorizados a aumentar a linha de produção, o que corresponde a um incremento de mil cabeças ao dia em todo o Estado. “São frigoríficos de menor porte, que passaram, em média, de 500 cabeças ao dia, para 700, uma média de 200 animais ao dia a mais, mil cabeças somando todas”, destacou. Os outros cinco pedidos ainda estão em análise.

CORREIO DO ESTADO. 

Especulações aumentam no mercado de reposição

A conjuntura ainda aponta para um cenário de lentidão no mercado de reposição

Porém, as especulações já são observadas em algumas regiões, principalmente envolvendo as categorias mais eradas, de giro rápido. Isso é reflexo da melhoria das condições de pastagens. Com a chegada das chuvas a partir do final de outubro, os pastos já começam a rebrotar e a aumentar a capacidade de suporte. Vale ressaltar que apesar desse início de movimentação no mercado, até aqui o cenário de preços permanece do mesmo jeito, com as cotações andando de lado. No balanço semanal, considerando a média de todas as categorias de machos e fêmeas anelorados pesquisadas pela Scot Consultoria, houve valorização de 0,3% para as cotações. Para o curto prazo, a depender da velocidade de recuperação de pastagens e do cenário da cotação da arroba do boi gordo, o mercado de reposição pode ganhar ritmo. Vale frisar, que sazonalmente a arroba do boi gordo ganha firmeza no último bimestre do ano, fato que deve ser levado em consideração.

SCOT CONSULTORIA

Rússia volta a ameaçar frigoríficos brasileiros

O serviço sanitário da Rússia comunicou ao Ministério da Agricultura que detectou o promotor de crescimento ractopamina em carregamentos de carne suína exportados por quatro frigoríficos brasileiros

O produto é proibido pela Rússia, mas seu uso é permitido em diversos países. No Brasil, o uso é permitido na produção de suínos, mas proibido na de gado bovino. Três dos quatro estabelecimentos são da Seara, divisão da JBS. Estão localizados nos municípios de Frederico Westphalen (RS), Seara (SC) e Itapiranga (SC). O outro é da BRF e está em Campos Novos (SC). Até o fechamento desta edição o órgão russo não havia divulgado em seu site a suspensão das plantas do Brasil – que, portanto, ainda não estavam embargadas. Mas o Ministério da Agricultura confirmou que recebeu o comunicado russo e, entre os técnicos da Pasta, o sentimento era que o veto às unidades pode acontecer a qualquer momento. Procurada, a JBS garantiu que não recebeu qualquer informação proveniente do mercado da Rússia referente ao cumprimento dos requisitos legais em vigor para exportação” para o país. A BRF, por sua vez, preferiu não se manifestar. De janeiro e setembro, os embarques brasileiros das duas carnes ao mercado russos renderam US$ 941 milhões, segundo dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex/Mdic). A Rússia vem ameaçando barrar as exportações de carnes suína e também de frango do Brasil, ao mesmo tempo em que pressiona pela abertura do mercado brasileiro para trigo, carne bovina e pescados. No caso do trigo, o Ministério da Agricultura já sinalizou – mas não tornou a decisão oficial – que dará o sinal verde, apesar do risco de que pragas “quarentenárias” existentes em lavouras daquele país contaminem plantações no Brasil. A suposta detecção de ractopamina em cargas do Brasil é encarada por técnicos do Ministério da Agricultura como mais uma forma de pressão. Uma fonte do segmento lembrou que o Brasil tem direito de pedir a contraprova dos testes realizados pela Rússia. E observou que a cota destinada aos importadores russos de carne suína neste ano já está quase esgotada.

VALOR ECÔNOMICO

Faeg: mercado frigorífico está mais diversificado

Para presidente da comissão de Pecuária de Corte da entidade, tendência deve se manter em 2018

Os eventos que abalaram o mercado pecuário no primeiro semestre deste ano, atingindo diretamente a maior indústria do segmento, a JBS, provocaram uma diversificação no setor, afirmam criadores. “Para quem é de São Paulo, enxergamos hoje mais opções para entregar gado”, afirmou Oswaldo Furlan Jr., coordenador do Grupo Pecuário Bauru (GPB). Ele afirma que, ao longo do ano, frigoríficos de médio e pequeno portes ganharam mais espaço tanto na venda de carne no atacado, como na compra de gado com pecuaristas. Ele cita o Barra Mansa, de Sertãozinho, e o Better Beef, de Rancharia, ambos no interior de São Paulo, como exemplo. O presidente da comissão de Pecuária de Corte da Federação da Agricultura e Pecuária de Goiás (Faeg), Maurício Negreiros Velloso, afirma que, em Goiás, o mercado também está mais diversificado este ano e que houve mudanças na forma de comercialização de gado. “Antes era mais raro e agora parece estar mais consolidada a venda do tipo ‘paga e leva'”, afirmou. Segundo ele, frigoríficos menores chegam a pagar até R$ 2/arroba a mais do que o preço do mercado e à vista, o que acaba ganhando a preferência do pecuarista. Para ele, a diversificação do mercado é uma tendência que deve se manter no próximo ano. No Estado de Goiás, o paulista Frigol acaba de arrendar uma unidade que estava desativada da Rodopa Alimentos, em Cachoeira Alta, GO, que vai dar mais opções de escoamento de animais aos pecuaristas locais. Com a unidade, a Frigol aumenta em 25% sua capacidade de abate de bovinos, atingindo 60 mil cabeças/mês e 180 mil toneladas de carne/ano. A unidade, que estava desativada, processa carne resfriada e congelada, miúdos e subprodutos com capacidade para abater 600 bovinos/dia.

ESTADÃO CONTEÚDO

EMPRESAS

Marfrig adere ao PERT com débitos de R$ 1,3 bi

A Marfrig Global Foods aderiu ao Programa Especial de Regularização Tributária (PERT) para quitar cerca de R$ 1,3 bilhão em débitos fiscais, informou a empresa processadora de carnes em comunicado na quinta-feira (16)

“O efeito líquido no resultado da companhia, referente à adesão ao PERT, será em torno de R$ 57 milhões em despesas, afetando as linhas de resultado financeiro, imposto de renda e contribuição social”, disse a empresa. A Marfrig pagará R$ 251 milhões até dezembro de 2017 e o saldo remanescente de R$ 490 milhões, após aplicados os devidos descontos e permissões previstos no PERT, serão pagos em 145 parcelas mensais a partir de janeiro de 2018. Do total em débitos inscritos no programa, R$ 672 milhões são referentes à migração de débitos do Refis Copa e R$ 585 milhões por inclusão de débitos vencidos a partir de janeiro de 2014. Além da Marfrig, a JBS e a BRF já anunciaram adesão de débitos ao PERT neste mês, com impactos nos resultados do terceiro trimestre.

CARNETEC

Frigol assume frigorífico em GO e torna-se o 4º maior do Brasil

Frigol arrenda frigorífico em Goiás e eleva em 25% capacidade de abate de bovinos. Entre as grandes companhias do Brasil estão a JBS, a Minerva e a Marfrig

A Frigol anunciou na quinta-feira a incorporação de uma unidade frigorífica em Cachoeira Alta (GO), por meio de arrendamento, o que permitirá à companhia elevar em 25 por cento sua capacidade de abate de bovinos a partir da segunda quinzena de dezembro. Com a unidade, que estava parada após ter sido arrendada à JBS, a Frigol elevará sua capacidade de abate para 60 mil cabeças/mês, ou 180 mil toneladas de carne/ano. “Esse negócio posiciona a Frigol na quarta posição entre as indústrias frigoríficas nacionais”, afirmou a empresa em nota. Entre as grandes companhias do Brasil estão a JBS, a Minerva e a Marfrig. Minerva e Marfrig, e também a Frigol, estão avançando no abate de bovinos no país após os problemas decorrentes de um escândalo de corrupção que atingiu a JBS, depois de os irmãos Batista, Wesley e Joesley, delatarem crimes que supostamente envolveriam políticos, incluindo o presidente Michel Temer. “A Frigol permanece atenta ao mercado, de olho em oportunidades estratégicas para novo ciclo de crescimento, com o respaldo de uma gestão financeira equilibrada, voltada para a geração de resultados para os stakeholders e foco em produtos de maior valor agregado”, disse o CEO da Frigol, Luciano Pascon, em nota. Com o arrendamento, a empresa com receita estimada em 1,4 bilhão de reais em 2017, passa a atuar com plantas em três Estados: São Paulo (Lençóis Paulista), Pará (São Félix do Xingu e Água Azul do Norte) e, agora, Goiás. O frigorífico de Cachoeira Alta faz parte da Rodopa Alimentos e estava desativado. A unidade processa carne resfriada e congelada, miúdos e subprodutos tanto para o mercado interno quanto externo –Hong Kong, Egito, Arábia Saudita, Vietnã e outros países. A Frigol informou ainda que investirá cerca de 5 milhões de reais em equipamentos e na melhoria da infraestrutura para o início dos abates, processo que deve estar concluído em meados de dezembro de 2017. A planta tem capacidade para abater 600 bovinos/dia e incorporará cerca de 360 milhões de reais/ano à receita da Frigol. “Trata-se de uma unidade moderna e de bom porte, em um mercado muito importante e com boa oferta de gado, que se ajusta perfeitamente à estratégia de crescimento da Frigol”, disse o CEO. Serão gerados cerca de 400 empregos diretos para a reativação do frigorífico, segundo a empresa. 

REUTERS

Marfrig expande atuação da marca Montana para mercado de grandes volumes. A marca comemora 15 anos de existência

A Marfrig Global Foods anunciou na quinta-feira (16) a expansão e novo posicionamento de mercado de sua tradicional marca de carnes para churrasco Montana, que passará agora a oferecer também produtos do dia-a-dia, visando grandes volumes do varejo brasileiro

A marca será composta pelas linhas Montana Premium, destinada ao preparo do churrasco, e pela nova linha Montana Dia a Dia, com foco no preparo cotidiano das refeições. Além dos oito cortes da linha Premium, a Montana passa a oferecer 72 cortes na linha Dia a Dia. Para a Marfrig, o processo de expansão e reposicionamento deverá ampliar as vendas e produtos da marca. A empresa estima que as linhas Premium e Dia a Dia da Montana deverão representar 60% das vendas da Divisão Beef da Marfrig no mercado interno. “O consumidor brasileiro está cada vez mais exigente – e isto é muito positivo”, disse o CEO da Marfrig, Martin Secco, em nota. “Há enormes oportunidades para marcas que têm como atributos qualidade, confiança e procedência. É tudo o que queremos oferecer com a marca Montana.” A Montana foi criada no início dos anos 2000 pela dupla de cantores sertanejos Chitãozinho e Xororó, quando era direcionada principalmente ao mercado premium, com cortes embalados a vácuo. A Marfrig adquiriu a Montana em 2006, que foi posteriormente lançada no exterior. O slogan “É boa demais” passará a acompanhar os produtos da marca, que tem agora novo logotipo e embalagens. A Montana também fechou parceria com o Hospital de Amor, localizado na cidade de Barretos (SP), por meio da qual se compromete a abastecer o consumo de carne da instituição, que mantém 12 unidades de tratamento e prevenção de câncer e atende 6 mil pacientes por dia. “A economia gerada pela parceria ajudará a diminuir o déficit operacional de mais de R$ 21 milhões mensais em um momento de crescimento da nossa instituição”, disse o Presidente do Hospital de Amor, Henrique Prata, em nota.

CARNETEC

INTERNACIONAL

Austrália exportou 23% menos gados vivos até outubro

As exportações gado vivo para abate ou engorda da Austrália foram de mais de 66 mil cabeças em outubro, o que representa um aumento de 5% em relação ao ano anterior. As exportações até outubro caíram em 23% em relação ao mesmo período do ano passado, para 631 mil cabeças

As exportações para a Indonésia em outubro totalizaram 38.646 cabeças, um aumento de 37% com relação ao ano anterior – embora em relação a base baixa após um retorno nas exportações depois da interrupção causada por novas regras da política de criação do país. Prevê-se um declínio nas exportações de gado para a Indonésia em direção ao final do ano, apoiado pelos altos preços do gado da Austrália e pela presença de carne de búfalo indiana (IBM). As exportações totais de gado para a Indonésia deverão superar as 500 mil cabeças. As exportações de gado para o Vietnã totalizaram 11.774 cabeças, queda de 29% com relação ao ano anterior. A disponibilidade de gado local (regional) no momento no Vietnã continua forte, as vendas de gado australiano, portanto, ainda são moderadas devido a preços mais altos ou menor rentabilidade nos abatedouros. No entanto, a demanda por gado australiano será apoiada no início do ano novo vietnamita em fevereiro. O Meat and Livestock Australia (MLA) estima que os embarques de gado para o Vietnã terminem o ano em aproximadamente 160 mil cabeças. Após dois meses consecutivos sem envios para a China, foram exportadas 6.138 cabeças de bovinos de cria em outubro, um aumento de 58% com relação ao ano anterior. Até agora nesse ano, as exportações diminuíram em 37%, para 51.162 cabeças – sustentadas pela fraca demanda na indústria de lácteos na China. As exportações de gado para a Turquia totalizaram 11.253 cabeças – o primeiro embarque de gado registrado para a Turquia no ano. O governo turco pretende importar cerca de 700 mil cabeças de gado neste ano, a fim de controlar os preços da carne bovina no país, com o gado australiano a curto prazo sendo usado como meio para atingir o alvo. A maioria do gado fornecido à Turquia vem da Europa e da América do Sul e isso continua ocorrendo. Para o ano até outubro, as exportações de gado para a Malásia foram de pouco mais de 12.500 cabeças, uma queda de 56% em relação ao mesmo período do ano anterior. Os bovinos mais baratos da Tailândia continuam apoiando a demanda na Malásia.

Meat and Livestock Australia (MLA)

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