CLIPPING DA ABRAFRIGO Nº 2411 DE 20 DE FEVEREIRO DE 2025

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Ano 11 | nº 2411 |20 de fevereiro de 2025

 

NOTÍCIAS

Mercado do boi gordo frouxo em São Paulo

A boa oferta de boiadas, com destaque para as fêmeas, combinado com o escoamento de carne bovina ainda abaixo do esperado, resultou em pressão sobre os preços. A cotação do boi gordo caiu R$1,00/@, a do “boi China”, a da vaca e a da novilha caiu R$2,00/@

As escalas de abate estão atendendo, em média, sete dias. No Mato Grosso, na região Norte prevalece a oferta de fêmeas de descarte para abate, com uma procura não muito aquecida por parte dos compradores. O preço do boi gordo caiu R$2,00/@ e o preço da vaca e da novilha não mudou. Na região Sudoeste, o preço permaneceu estável para todas as categorias. Na região de Cuiabá, os preços não mudaram. Na região Sudeste, a oferta de boiadas diminuiu, porém, com o escoamento de carne bovina devagar, o mercado ficou equilibrado. A cotação do boi gordo e da vaca não tiveram alterações, e o preço da novilha caiu R$2,00/@. Em Santa Catarina o mercado permaneceu equilibrado. A oferta de bovinos não está alta, porém o escoamento da carne bovina não anima. Desta forma, não houve alterações nos preços em nenhuma categoria. As escalas de abate estão atendendo, em média, seis dias.

Scot Consultoria

Queda da arroba do boi poderia ser maior

Indústria continua operando com escalas de abate mais folgadas, enquanto exportações de carne impedem maiores desvalorizações

O mercado físico do boi gordo volta a se deparar com queda nos preços. “Novamente precisa ser mencionado o papel da oferta de fêmeas nesse movimento de baixa, fazendo com que a indústria frigorífica conseguisse um bom avanço de suas escalas de abate”, diz o analista de Safras & Mercado Fernando Henrique Iglesias. De acordo com ele, esse cenário foi bastante representativo na Região Norte e contribuiu para a redução de patamares que se sucedeu nos demais estados que contam com abates relevantes. “Por outro lado, as exportações de carne bovina em bom nível são a principal variável de sustentação dos preços, evitando quedas ainda mais contundentes.” Média de preços da arroba do boi; São Paulo: R$ 315,92 (R$ 317 ontem). Goiás: R$ 300,18 (estável). Minas Gerais: R$ 305,82 (R$ 306,18 anteriormente). Mato Grosso do Sul: R$ 305,34 (R$ 306,02 na terça). Mato Grosso: R$ 310,27 (R$ 312,43 ontem). O mercado atacadista segue com preços acomodados para a carne bovina. “No entanto, a perspectiva ainda é de queda dos preços no curto prazo, considerando a reposição mais lenta entre atacado e varejo durante a segunda quinzena do mês”, considera Iglesias. Além disso, conforme o analista, o perfil de consumo traçado para o primeiro bimestre ainda aponta a preferência por proteínas mais acessíveis, a exemplo da carne de frango, do ovo e dos embutidos. O quarto dianteiro ainda é precificado a R$ 17,00 por quilo. A ponta de agulha segue a R$ 17,50 e o quarto traseiro ainda está a R$ 25.

Agência Safras

Governo e frigoríficos vão discutir regulamentação do autocontrole no abate animal

Secretaria de Defesa Agropecuária do Ministério da Agricultura criou um grupo técnico de trabalho para tratar do assunto. A Abrafrigo participa; Legislação do autocontrole tem apoio da indústria de carnes, mas é criticada pelos fiscais federais agropecuários

A Secretaria de Defesa Agropecuária do Ministério da Agricultura criou um grupo técnico de trabalho para discutir a regulamentação de trecho da Lei do Autocontrole (14.515/2022) que trata do credenciamento de empresas e profissionais para a prestação de serviços de inspeção antes da morte e após a morte de animais destinados ao abate nos frigoríficos. Este é um dos itens “polêmicos” da lei, que gerou críticas dos servidores federais que atuam nessa área. Em alguns momentos, durante a discussão da legislação, auditores agropecuários classificaram a medida como “terceirização” das funções do Estado. Por outro lado, a indústria frigorífica considera a iniciativa fundamental para aumentar o fluxo de abate, devido ao déficit de pessoal concursado para trabalhar nessa área. Portaria publicada nesta quarta-feira (19/2) ressalta que a regulamentação deverá, obrigatoriamente, preservar o poder de polícia exclusivamente aos servidores do Ministério da Agricultura nesse processo, bem como delimitar de forma clara obrigações e proibições a quem for atuar na inspeção animal. Outras premissas são a manutenção do papel dos auditores fiscais federais agropecuários seguirão como responsáveis pela supervisão técnica das equipes e pelas decisões técnicas finais. O grupo, coordenado pelo Departamento de Inspeção de Produtos de Origem Animal (Dipoa) da Pasta, será formado por representantes da SDE, Associação Brasileira de Frigoríficos (Abrafrigo), da Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carnes (Abiec), da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), do Conselho Federal de Medicina Veterinária (CFMV), do Fórum Nacional dos Executores de Sanidade Agropecuária (Fones) e do Sindicato Nacional de Auditores Fiscais Federais Agropecuários (Anffa Sindical). A portaria diz que o grupo técnico deverá apresentar uma minuta para a regulamentação, mas deverá preservar alguns pilares básicos. A norma deverá prever que o Médico Veterinário Habilitado, obrigatoriamente, seja vinculado a uma pessoa jurídica (empresa) credenciada pelo Ministério da Agricultura, aprovado em treinamento específico, e integrante da equipe de inspeção. O grupo ainda deverá preservar as garantias de autonomia técnica para destinar carcaças, partes ou produtos, conforme legislação sanitária, e a obrigação de reportar interferências e irregularidades ao auditor agropecuário responsável pelo processo. Outra indicação da Pasta é que a norma delimite claramente obrigações e proibições Limitação de atuação nas atividades operacionais de inspeção ante mortem e inspeção post mortem, com respeito às formas e critérios já definidos na lei e instituídos pelo Dipoa; Vedação de vínculo de Médicos Veterinários Inspetores com agentes controladores dos abatedouros; Definição clara de situações de conflito de interesse para pessoa jurídica e Médicos Veterinários Inspetores; Fiscalizações regulares in loco realizadas pelo Ministério da Agricultura; Fiscalização das atividades de supervisão de seus funcionários cedidos pela pessoa jurídica, definidas no Programa de Autocontrole; Poder de polícia mantido exclusivamente ao Ministério da Agricultura. O grupo terá prazo de 30 dias, prorrogáveis por igual período, para concluir os trabalhos. Ele deverá se reunir três vezes por semana.

Valor Econômico

Justiça decide que exportação de bois vivos para abate não fere legislação brasileira

Por unanimidade, desembargadores do TRF-3 entendem que regulação existente garante bem-estar animal

O Tribunal Regional Federal da 3ª Região (TRF-3) decidiu, nesta quarta-feira (19), que a exportação de animais vivos para abate não viola a legislação brasileira. Por 3 votos a 0, os desembargadores da corte determinaram a reforma da sentença de primeiro grau que havia proibido a exportação em todos os portos do país. A corte julgou um recurso da União, que alegou que o transporte de animais vivos não estaria “intrínseca e inerentemente” relacionado a maus-tratos. A procuradoria federal também apontou que a regulação existente já é suficiente para disciplinar o assunto. O julgamento no TRF-3 começou em dezembro do ano passado, mas foi interrompido por um pedido de vista. Naquela ocasião, o desembargador Nery Júnior já havia votado favoravelmente às exportações. “A decisão do TRF3 de reverter a sentença é acertada. Trata-se de uma discussão de questões estruturais, em que a mera proibição de exportação não seria capaz de atingir a solução pretendida e, também, causaria uma série de outros problemas na cadeia produtiva”, afirma o advogado Eduardo Diamantino, sócio do Diamantino Advogados Associados, que representou a Associação Brasileira de Criadores de Zebu (ABCZ) na ação. “A exportação de animais vivos, além de ser uma demanda de mercado, já é fortemente regulamentada e está sujeita à fiscalização pelo Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) em todas as suas várias etapas, além da vigilância sanitária dos países que recebem as cargas vivas”, acrescenta Diamantino, que sustentou oralmente no processo. A ação foi aberta pelo Fórum Nacional de Proteção e Defesa Animal, que em abril de 2023 conseguiu o veto à exportação. O juiz federal Djalma Moreira Gomes entendeu que os animais são titulares de direitos e que, por isso, merecem proteção jurídica. O magistrado, entretanto, ressalvou que a sentença só seria colocada em prática se fosse confirmada pelo TRF3. “A presente sentença não produz efeitos até que a matéria seja apreciada pelo TRF da 3ª Região”, escreveu o magistrado na ocasião.

Globo Rural

ECONOMIA

Dólar volta a ultrapassar os R$5,70 puxado pelo exterior

Em um dia sem notícias de impacto na área econômica, o dólar fechou a quarta-feira em alta ante o real e novamente acima dos R$5,70, acompanhando o viés positivo para a moeda norte-americana no exterior, em meio a novas ameaças de imposição de tarifas pelos EUA

O dólar à vista fechou em alta de 0,65%, aos R$5,7258, após ter registrado na véspera a menor cotação de encerramento no ano, de R$5,6887. Em 2025 a moeda norte-americana acumula queda de 7,33%. Às 17h04 na B3 o dólar para março — atualmente o mais líquido — subia 0,61%, aos R$5,7345. Na noite de terça-feira o presidente dos EUA, Donald Trump, disse que pretende impor tarifas sobre automóveis “em torno de 25%” e taxas de importações semelhantes sobre semicondutores e produtos farmacêuticos. Na sexta-feira, Trump já havia dito que as tarifas sobre automóveis seriam aplicadas em 2 de abril. A possibilidade de acirramento da guerra comercial — vista como um fator inflacionário para os EUA, que poderia levar a juros mais altos — deu força ao dólar ante diversas divisas. No Brasil, a moeda norte-americana à vista marcou a cotação máxima de R$5,7334 (+0,79%) às 10h04. Operador ouvido pela Reuters pontuou que um dos motivos para a volatilidade do dólar ante o real foi uma grande operação realizada por investidor estrangeiro no mercado futuro, comprando grande lote de moeda no início da sessão e vendendo posteriormente. Completada a operação, o dólar voltou a subir ante o real, alinhando-se novamente ao exterior. No Brasil, alguns agentes também aproveitaram os recuos mais recentes do dólar para realizar lucros, comprando moeda, em sintonia com a realização vista nos mercados de ações e de DIs (Depósitos Interfinanceiros). Pela manhã, o Banco Central vendeu 15.000 contratos de swap cambial tradicional para fins de rolagem do vencimento de 1º de abril de 2025. À tarde, o BC informou que o Brasil registrou fluxo cambial total negativo de US$2,335 bilhões em fevereiro até o dia 14, com saída de US$1,628 bilhão pela via financeira e saída de US$707 milhões pela via comercial.

Reuters

Ibovespa fecha em baixa com ajustes; BB recua antes de balanço

O sinal negativo prevaleceu na bolsa paulista na quarta-feira, reflexo de movimentos de realização de lucros, com as ações do Banco do Brasil entre as maiores pressões de baixa do Ibovespa, tendo no radar a divulgação do resultado do último trimestre e do ano de 2024 após o fechamento

Índice de referência do mercado acionário brasileiro, o Ibovespa recuou 0,98%, a 127.267,18 pontos, de acordo com dados preliminares, após marcar 128.528,28 pontos na máxima e 127.028,24 pontos na mínima do dia. O volume financeiro no pregão somava R$18,3 bilhões antes dos ajustes finais.

Reuters

Brasil tem fluxo cambial negativo de US$2,335 bi em fevereiro até dia 14, diz BC

O Brasil registrou fluxo cambial total negativo de US$2,335 bilhões em fevereiro até o dia 14, em movimento puxado tanto pela via financeira quanto pela comercial, informou na quarta-feira o Banco Central.

Os dados mais recentes são preliminares e fazem parte das estatísticas referentes ao câmbio contratado. Pelo canal financeiro, houve saída líquida de US$1,628 bilhão em fevereiro até o dia 14. Por este canal são realizados os investimentos estrangeiros diretos e em carteira, as remessas de lucro e o pagamento de juros, entre outras operações. Pelo canal comercial, o saldo de fevereiro até o dia 14 foi negativo em US$707 milhões. Na semana passada, de 10 a 14 de fevereiro, o fluxo cambial total foi negativo em US$1,984 bilhão. No acumulado do ano até 14 de fevereiro, o Brasil registra fluxo cambial total negativo de US$9,260 bilhões.

Reuters

FRANGOS & SUÍNOS

Suínos: preços do animal vivo escalaram na quarta-feira (19), com destaque de alta de 3,64% no Paraná

A quarta-feira (19) terminou para o mercado de suínos com altas para o animal vivo, destacando 3,64% para a cotação do animal no Paraná. De acordo com o Cepea, as cotações do suíno vivo e da carne estão com tendência de alta em fevereiro em todas as praças acompanhadas. Para os pesquisadores do Cepea, o impulso vem das demandas aquecidas interna e internacional.

Segundo dados da Scot Consultoria, o valor da arroba do suíno CIF em São Paulo ficou estável, com preço médio de R$ 177,00, assim como a carcaça especial, fechando em R$ 14,20/kg, em média. Conforme informações do Cepea/Esalq sobre o Indicador do Suíno Vivo, referentes à terça-feira (18), houve alta de 0,96% em Minas Gerais, chegando a R$ 9,44/kg, elevação de 3,64% no Paraná, com valor de R$ 9,10/kg, incremento de 1,28% no Rio Grande do Sul, chegando a R$ 8,73/kg, avanço de 1,14% em Santa Catarina, custando R$ 8,85/kg, e de 0,99% em São Paulo, fechando em R$ 9,21/kg.

Cepea/Esalq

Quarta-feira (19) de cotações estáveis para o mercado do frango

Cotações com poucas mudanças foram registradas no encerramento da quarta-feira (19) para o mercado do frango. As exceções foram as quedas no valor da ave no atacado paulista e no preço do frango congelado

Conforme a Scot Consultoria, o valor do frango na granja em São Paulo não mudou, custando, em média, R$ 5,50/kg, enquanto a ave no atacado cedeu 0,88%, custando, em média, R$ 7,85/kg. No caso do animal vivo, o preço ficou estável no Paraná, com valor de R$ 4,65/kg, assim como em Santa Catarina, com preço de R$ 4,61/kg.  Segundo informações do Cepea/Esalq, Vivo, referentes à terça-feira (17), o preço da ave congelada ficou estável, valendo, R$ 8,40/kg, enquanto o frango resfriado subiu 0,95%, cotado em R$ 8,48/kg.

Cepea/Esalq

Uruguai declara alerta sanitário devido ao caso de gripe aviária na Argentina

Foco situado em áreas próximas à fronteira norte acende sinal de alerta na cadeia produtiva uruguaia

O Ministério da Pecuária, Agricultura e Pesca (MAP.) do Uruguai declarou estado de alerta para todo o seu território, em razão da existência de focos de gripe aviária na Argentina, situados em áreas próximas à fronteira norte do país. A Direção Geral de Serviços Pecuários (DGSG) informou que, após a notificação da Argentina sobre a detecção de um foco de gripe aviária na proximidade com a fronteira norte do Uruguai, “foi declarado estado de alerta sanitário em todo o território nacional”. A situação, relata reportagem do jornal uruguaio El Observador,” é considerada de alto risco para os produtores locais de aves e ovos, considerando a gravidade que a doença implicaria ao setor produtivo se atingisse o país”.

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