CLIPPING DA ABRAFRIGO Nº 2558 DE 23 DE SETEMBRO DE 2025

clipping

Ano 11 | nº 2558 | 23 de setembro de 2025

 

NOTÍCIAS

Diminuiu o ágio do “boi China” nas praças paulistas

Apesar de boa parte da ponta compradora ter estado fora das compras, o cenário foi de mercado frouxo. Com o mercado bem ofertado, as escalas de abate confortáveis e escoamento de carne fraco, os frigoríficos que já haviam retomado os negócios iniciaram a semana oferecendo menos pela arroba do “boi China”. Para as demais categorias, as cotações não mudaram.

Apesar de boa parte da ponta compradora ter estado fora das compras, o cenário foi de mercado frouxo. Com o mercado bem ofertado, as escalas de abate confortáveis e escoamento de carne fraco, os frigoríficos que já haviam retomado os negócios iniciaram a semana oferecendo menos pela arroba do “boi China”. Para as demais categorias, as cotações não mudaram. A cotação do “boi China” caiu R$2,00/@. As escalas de abate ficaram, em média, para 12 dias. Rio de Janeiro – Com pouca capacidade de suporte das pastagens, dificultando a retenção da boiada pelos produtores, a oferta estava boa – especialmente de fêmeas –, e as vendas de carne seguiram fracas. Com isso, a cotação das fêmeas caiu R$2,00/@, enquanto a do boi gordo não mudou. Mercado atacadista de carne com osso – Como esperado, com o avanço do final do mês, o mercado que já vinha lento, seguiu fraco na semana. Após algumas semanas de estabilidade na cotação em parte das carcaças casadas, o menor escoamento pressionou o preço de todas as categorias. A cotação da carcaça casada do boi capão caiu 1,2%, ou R$0,25/kg. A cotação das demais carcaças casadas caiu 1,3%, ou R$0,25/kg. A cotação que mais caiu foi a da ponta de agulha, onde a do boi capão caiu 1,8%, ou R$0,30/kg, e a do boi inteiro cuja queda foi de 2,1%, ou R$0,35/kg. No mercado de carnes alternativas, a cotação do frango médio* subiu 2,7%, ou R$0,20/kg. Em contrapartida, a cotação no mercado atacadista do suíno especial** caiu 2,3%, ou R$0,30/kg. *Ave que leva em consideração o peso médio da linhagem para um lote misto, com rendimento de carcaça estimado em 74,0%. **Animal abatido, sem vísceras, patas, rabo e gargantilha.

Scot Consultoria 

União Europeia reabre mercado para carne de frango e de peru do Brasil

Decisão confirma confiança internacional no sistema de defesa agropecuária brasileiro e ocorre no mesmo dia do início da auditoria chinesa sobre influenza aviária

A União Europeia anunciou, nesta segunda-feira (22), a reabertura do mercado europeu para a carne de frango e de peru produzida no Brasil. As exportações estavam suspensas desde maio, após a confirmação de um foco isolado de influenza aviária de alta patogenicidade (IAAP) no Rio Grande do Sul. O regulamento europeu, publicado hoje, entra em vigor a partir de amanhã (23), mas já autoriza a entrada de produtos brasileiros com data de produção a partir de 18 de setembro. A medida foi resultado de negociações conduzidas pelo ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, com o comissário europeu de Saúde e Bem-Estar Animal, Olivér Várhelyi, no último dia 4 de setembro. A retomada será feita de forma escalonada:

– Todo o território brasileiro, exceto o Rio Grande do Sul: liberado para exportar com data de produção a partir de 18 de setembro; – Rio Grande do Sul (exceto área foco): autorizado a exportar a partir de 2 de outubro; Raio de 10 km em torno da granja foco: retomada em 16 de outubro. Graças à rápida contenção do foco pelas autoridades brasileiras, o país recuperou em apenas 28 dias o status de livre da doença. O reconhecimento europeu reforça a posição do Brasil como maior exportador mundial de carne de frango e evidencia a credibilidade internacional do sistema de defesa agropecuária nacional. De janeiro a agosto de 2025, o Brasil já exportou 3,28 milhões de toneladas de carne de frango, que geraram US$ 6,15 bilhões em receita. Hoje também teve início a auditoria da China no Brasil, destinada a avaliar os controles sanitários relacionados à influenza aviária. A missão técnica é considerada etapa essencial para a retomada das exportações ao mercado chinês, último grande destino a manter restrições à carne de frango brasileira.

MAPA 

Câmbio e escalas cheias devem frear alta da arroba mesmo com exportações em alta

Cotações estão em baixa no decorrer de setembro e devem continuar assim até o fim do mês

O mercado físico do boi gordo voltou a se deparar com preços mais baixos para a arroba ao longo desta semana. O analista da consultoria Safras & Mercado conta que esse movimento de baixa se deve ao fato de os frigoríficos em grande parte do país estarem com escalas de abate mais confortáveis, posicionados para o restante de setembro. “A incidência de animais de parceria (contratos a termo) contribuiu de maneira decisiva para esse cenário”, disse. De acordo com ele, outro elemento de pressão a ser considerado é a recente movimentação cambial, com o real valorizado e juros atrativos neste momento. “Por outro lado, as exportações são o grande ponto de suporte neste momento, com volumes embarcados bastante expressivos no decorrer de 2025”, conta. Arroba firme, sem altas expressivas: O coordenador da equipe de inteligência de mercado da Scot Consultoria, Felipe Fabbri, destaca que a expectativa até o fim do ano é de um mercado com preços firmes para a arroba, mas com fundamentos que limitam qualquer alta mais expressiva. “Entretanto, olhando até o fim de setembro, enxergo um mercado com fundamentos baixistas, com a indústria pressionando cada vez mais para baixar os preços.” Fabbri também pontua que as exportações de carne bovina estão em ritmo acelerado em setembro, assim como esteve nos últimos meses. “No entanto, o dólar está na mínima do ano, o que pesa para a margem da indústria exportadora e diminui o potencial de pagar mais para o pecuarista pela arroba.” Exportações de carne em setembro: As exportações de carne bovina fresca, congelada ou refrigerada do Brasil renderam US$ 771,121 milhões em setembro até o momento (10 dias úteis), com média diária de US$ 77,112 milhões, de acordo com a Secretaria de Comércio Exterior (Secex). A quantidade total exportada pelo país chegou a 137,274 mil toneladas, com média diária de 13,727 mil toneladas. O preço médio da tonelada ficou em US$ 5.617,40. Em relação a setembro de 2024, houve alta de 42,6% no valor médio diário da exportação, ganho de 14,6% na quantidade média diária exportada e avanço de 24,4% no preço médio.

Olhar Alerta

ECONOMIA

Dólar sobe na contramão do exterior enquanto mercado monitora Haddad

O dólar sobe ante o real nesta segunda-feira, na contramão do recuo da moeda norte-americana no exterior, com o mercado monitorando o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, que participa de evento nesta manhã em São Paulo.

A semana carregada de indicadores e eventos econômicos no Brasil e no exterior também está no radar dos investidores. Às 10h33, o dólar à vista tinha alta de 0,28%, aos R$5,3353 na venda. Na B3, o contrato de dólar futuro de primeiro vencimento tinha leve alta de 0,01%, a R$5,3475. Em evento promovido pelo BTG Pactual, Haddad defendeu que, para o arcabouço fiscal ser fortalecido, é necessário criar condições políticas para tratar sobre ajuste de regras com os parlamentares. O ministro disse ainda que não vê uma norma fiscal melhor que a do arcabouço e defendeu o combate de “desperdícios” com o avanço de propostas que já estão tramitando no Congresso Nacional, após citar temas como supersalários no serviço público e Previdência de militares. O dólar se manteve no território positivo durante os comentários de Haddad, dando continuidade ao movimento mais recente de ajustes de alta nas cotações após as decisões sobre juros no Brasil e nos EUA na quarta-feira passada. Ao longo desta semana, investidores estarão atentos à divulgação da ata do último encontro do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central, na terça-feira, ao IPCA-15 de setembro e ao Relatório de Política Monetária do BC, ambos na quinta-feira. Nos EUA, destaque para dados do Produto Interno Bruto (PIB), na quinta-feira, e para o índice PCE, na sexta-feira. Na última sexta-feira, o dólar à vista fechou em leve alta de 0,02%, aos R$5,3205. “Não há como afirmar se o dólar/real fará uma longa pausa, como ocorreu quando atingiu os suportes anteriores de R$5,60 e R$5,40. Por ora, o nível atual não surpreende e pode ser boa oportunidade para comprar”, pontuou nesta manhã o diretor da consultoria Wagner Investimentos, José Faria Júnior, em relatório a clientes. “Entendemos que a região de R$5,40 virou resistência forte, já que foi nível que impediu a queda do dólar por mais de dois meses”, acrescentou. O Banco Central fará às 11h30 leilão de até 30.000 contratos de swap cambial tradicional para fins de rolagem do vencimento de 1º de outubro de 2025. Às 10h34, o índice do dólar — que mede o desempenho da moeda norte-americana frente a uma cesta de seis divisas fortes — caía 0,28%, a 97,456.

Reuters

Ibovespa recua em pregão com tombo de Cosan; Embraer sobe

O Ibovespa fechou em queda nesta segunda-feira, em sessão marcada pelo tombo das ações da Cosan após anúncio de capitalização bilionária com diluição expressiva da base acionária, enquanto Embraer figurou na ponta positiva após divulgar encomenda de aeronaves da Latam. 

Às 10h21, o Ibovespa, referência do mercado acionário brasileiro, cedia 0,86%, a 144.615,03 pontos. O contrato futuro do índice com vencimento mais curto, em 15 de outubro, recuava 0,67%.

Reuters 

Boletim Focus aponta queda da Selic em 2026

Previsão é de taxa de juros de 12,25% para o próximo ano

Os analistas do mercado financeiro reduziram, mais uma vez, a previsão da taxa básica de juros da economia brasileira, a Selic, para o ano que vem. De acordo com o Boletim Focus, publicado nesta segunda-feira (22), pelo Banco Central, a previsão agora é de 12,25%, sendo que na semana passada era de uma Selic em 12,38%, para encerrar 2026.  Para este ano, os economistas mantiveram as previsões da semana passada para todos os índices do Boletim Focus. A perspectiva da Selic se mantém em 15%, para 2025, a mesma que se repete há 13 semanas. Na avaliação do economista e professor da Universidade de Brasília, César Bergo, a previsão de uma Selic, no ano que vem, é o ponto mais importante do Focus desta segunda, por ajudar no controle da inflação.  Outro aspecto econômico do Boletim Focus é a inflação, que também se manteve em 4,83% no IPCA, Índice de Preços ao Consumidor Amplo.

No câmbio, os analistas preveem que o ano termine com o dólar valendo R$ 5,50: a mesma da semana passada. Para o economista Cesar Bergo, isso também pode ajudar no controle da inflação interna. No Focus, também se manteve a previsão de crescimento do PIB para este ano: 2,16% de aumento na economia do país, o chamado Produto Interno Bruto, que é a soma de todos os bens e serviços produzidos no Brasil.

Agência Brasil 

Ações da Marfrig e BRF caem no último dia de negociações na B3 antes da fusão
A partir desta terça-feira, começa a operação da MBRF na bolsa 

As ações da Marfrig e da BRF fecharam em queda na B3, nesta segunda-feira (22/9), último dia em que são negociadas como companhias distintas. A partir desta terça (23/9) começa a operação da MBRF na bolsa, nova empresa combinada após a fusão entre as duas gigantes do setor de frigoríficos. Os papéis da BRF recuaram 5,38%, valendo R$ 17,95. Os da Marfrig caíram 4,61%, cotados R$ 21,12. O mercado já esperava um movimento de baixa. “Marfrig está voltando para o patamar de preço da data de anúncio do deal (acordo para a fusão), e BRF cai mais, uma vez que tem desconto implícito na relação de troca de R$ 0,85”, disse Igor Guedes, analista da Genial Investimentos. A relação de troca de ações da BRF pela MBRF foi estabelecida em R$ 0,8521 nos termos da incorporação proposta por sua controladora Marfrig. Apesar destas particularidades, o pregão desta segunda-feira é negativo para a maioria das companhias negociadas na B3. “Vejo que quase todos os setores estão em queda. Com a alta na curva de juros, as empresas acabam recuando, o pagamento de dívida vai ficando mais pesado”, pontuou Gustavo Cruz, estrategista-chefe da RB Investimentos. Para a estreia da MBRF na bolsa, a perspectiva ainda é de instabilidade. “Esperamos maior volatilidade e ajustes entre preço e valor esperado até que o mercado reprecifique a nova estrutura e as sinergias sejam mais claras”, afirmou Régis Chinchila, analista de research da Terra Investimentos. A expectativa já citada pelo empresário Marcos Molina, dono da MBRF, é que a nova companhia combinada consiga capturar cerca de R$ 800 milhões em sinergias por ano, grande parte vindas de ganhos logísticos, comerciais e simplificação na cadeia de suprimentos.

Globo Rural

GOVERNO 

Governo Lula congela mais R$ 1,4 bi em gastos de 2025 e cita preocupação com queda nas receitas

Desaceleração da economia em decorrência dos juros afeta arrecadação, e Fazenda pede aprovação de medidas. Em setembro, governo recorreu a dividendos de bancos estatais para compensar receita menor.

O governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) anunciou nesta segunda-feira (22) o congelamento de mais R$ 1,4 bilhão em gastos do Orçamento de 2025 para compensar o aumento de despesas obrigatórias e cumprir o limite do arcabouço fiscal. O valor se soma a outros R$ 10,7 bilhões que já haviam sido bloqueados nas avaliações anteriores. Diante da necessidade de esforço extra, o total indisponível para os ministérios chegou a R$ 12,1 bilhões. Apesar do aperto nas despesas, o principal foco de preocupação da equipe econômica neste momento é a trajetória da arrecadação, que começa a exibir sinais mais evidentes dos impactos negativos da política de juros do Banco Central, cujo objetivo é esfriar a atividade econômica para controlar a inflação. “Nossa preocupação em relação à receita é grande. Isso pode alterar as projeções com as quais a gente vem contando”, disse o secretário-executivo do Ministério da Fazenda, Dario Durigan. Ele ressaltou, no entanto, que isso não muda as metas fiscais a serem perseguidas pelo governo. “Apesar de a gente ficar atento à desaceleração, em especial com o que atinge a receita, não haverá mudança. Os planos estão dados.” O secretário evitou responder diretamente se as decisões do BC sobre juros ameaçam o cumprimento da meta fiscal deste ano, mas classificou o status atual da política monetária como “bastante restritiva” e afirmou que o governo se preocupa com a “dose do remédio”. Nesse contexto, o secretário fez um apelo para que o Congresso aprove duas propostas consideradas necessárias para fechar as contas de 2025 e 2026: a MP (medida provisória) de aumento de impostos e o projeto de lei que corta benefícios fiscais. “Há necessidade de se manter em alerta e engajado com o Congresso Nacional para que a gente siga cumprindo nossa agenda”, afirmou.

Folha de São Paulo

Projeto de uso de imóveis rurais para quitar dívidas públicas avança na Câmara

Proposta prevê a destinação dos imóveis à reforma agrária e precisa ser aprovada na Câmara e no Senado 

A Comissão de Finanças e Tributação da Câmara dos Deputados aprovou o Projeto de Lei 4522/21 que autoriza o uso de imóveis rurais para o pagamento de dívidas com a Fazenda Pública, nos casos em que a penhora não recair sobre dinheiro. A medida respeita a impenhorabilidade da moradia prevista na Lei 8.009/90. De acordo com a proposta, a iniciativa pode beneficiar contribuintes com débitos inscritos em dívida ativa da União, estados, Distrito Federal e municípios. Caso não haja recurso contra a execução, a Fazenda Pública poderá transferir a propriedade do imóvel rural penhorado ao Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), para fins de reforma agrária. O órgão terá prazo de 30 dias para se manifestar. Entre os principais pontos do texto estão: avaliação dos imóveis conforme a Planilha de Preços Referenciais do Incra; inclusão dos bens adjudicados no patrimônio do Incra; depósito da diferença pelo Incra quando o valor do bem exceder o crédito; compensação orçamentária entre União e Incra; possibilidade de Receita Federal e Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional delegarem ao Incra as avaliações. “Iniciativas da forma como proposta têm especial relevância, pois não promovem impacto sobre as despesas públicas, mas são indutoras da almejada retomada econômica, resguardando-se o equilíbrio das contas públicas”, disse a relatora da proposta, deputada Camila Jara (PT-MS). O texto ainda será apreciado, em caráter conclusivo, pela Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJ). Para ser transformada em lei, a proposta precisa da aprovação da Câmara dos Deputados e do Senado Federal.

Agro Estadão

INTERNACIONAL 

Argentina zera imposto de exportação sobre carnes e frango

Governo argentino já havia anunciado eliminação das “retenciones” sobre grãos e oleaginosas

Após anunciar a eliminação das retenciones (impostos sobre exportações) sobre grãos e oleaginosas, o governo argentino também reduziu a zero os impostos retidos na fonte sobre carne bovina e de aves. O porta-voz presidencial, Manuel Adorni, anunciou isso na plataforma de mídia social X, assim como fez pela manhã sobre os grãos. De agora até 31 de outubro, não haverá mais retenções na fonte para produtos agroindustriais. “O governo nacional decidiu que também haverá zero impostos retidos na fonte sobre a exportação de aves e carne bovina até 31 de outubro de 2025. Este é o único governo que, diante da adversidade, responde reduzindo os impostos”, disse Adorni. A expectativa oficial é que o setor agrícola acelere as vendas externas, o que se traduzirá em uma maior entrada de dólares no Banco Central, que está sob pressão há semanas devido à falta de reservas. Em julho, o presidente argentino Javier Milei já havia reduzido o imposto sobre as exportações de carne bovina e de frango de 6,75% para 5%.

Globo Rural 

Comunidade europeia lança campanha pelo consumo exclusivo de alimentos da UE

Em seu discurso sobre o Estado da União, a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, anunciou uma nova iniciativa: “Posso também anunciar hoje que aumentaremos nosso orçamento de promoção para lançar uma nova campanha ‘Compre alimentos europeus’. Porque podemos dizer com orgulho que nossa comida europeia é a melhor do mundo.”

As organizações abaixo assinadas que representam os setores europeus de aves, coelhos e ovos acolhem com satisfação este reconhecimento dos elevados padrões e da qualidade dos alimentos europeus. No entanto, para que a campanha “Compre alimentos europeus” tenha significado, os consumidores devem ter acesso a informações claras sobre a origem dos alimentos que compram e consomem. Atualmente, as normas da UE exigem a rotulagem de origem apenas para carne fresca de aves e ovos. Essa obrigação não existe para produtos processados (como nuggets, pizzas ou refeições prontas), para carne de coelho (fresca, refrigerada, congelada e processada) ou para serviços de alimentação e catering (HORECA), onde se utiliza a maioria da carne de aves, ovos e coelho importados. Essa lacuna impede que os consumidores saibam se estão consumindo produtos europeus produzidos de acordo com os elevados padrões de bem-estar animal, ambientais e de segurança alimentar da UE, ou importações produzidas em condições inferiores. Por esta razão, os nossos setores têm apelado consistentemente à Comissão Europeia para que amplie a rotulagem de origem obrigatória a: –  Todos os produtos de carne de aves e coelhos, incluindo itens processados, carne moída e aparas. –  Ovos e produtos derivados de ovos, incluindo aqueles usados como ingredientes e em produtos processados posteriormente. – Serviços de alimentação, catering e plataformas online, para garantir consistência e transparência em toda a cadeia Uma rotulagem de origem aprimorada fortaleceria a confiança do consumidor e evitaria a concorrência desleal. É um passo essencial para permitir que os cidadãos realmente “comprem alimentos europeus” e para reconhecer os esforços dos agricultores e processadores europeus. Assinam a mensagem, entre outras entidades: AVEC: Associação de Processadores de Aves e Comércio de Aves nos países da UE; Copa Cogeca : “A voz unida dos agricultores e suas cooperativas na União Europeia”; EFFAB, Fórum Europeu de Criadores, associação que representa as organizações e empresas de criação e reprodução animal na Europa; ERA: Associação Europeia dos Produtores de Carne de Coelho.

Suisite

México Confirma Caso de Miíase (New World Screwworm) a 110 km da Fronteira dos EUA

O Serviço Nacional de Saúde, Segurança e Qualidade Agroalimentar do México (SENASICA) confirmou um novo caso de miíase (New World Screwworm – NWS) em Sabinas Hidalgo, localizado no estado de Nuevo León, a menos de 70 milhas (cerca de 110 km) da fronteira entre México e Estados Unidos, em 21 de setembro.

O USDA (Departamento de Agricultura dos EUA) informa que este é agora o registro mais ao norte da NWS durante este surto, e o que mais ameaça a indústria de gado e animais de produção dos Estados Unidos. Sabinas Hidalgo está localizado próximo a uma das rotas comerciais mais movimentadas do mundo, a principal rodovia que liga Monterrey, Nuevo León, a Laredo, Texas. “Proteger os Estados Unidos contra a NWS não é negociável e é uma prioridade máxima do Governo Trump”, disse a Secretária de Agricultura dos EUA, Brooke L. Rollins, em comunicado. “Isto é uma prioridade de segurança nacional. Demos ao México todas as oportunidades e todos os recursos necessários para combater a NWS desde o anúncio do Plano NWS Bold em junho de 2025.” Rollins afirma que os EUA não dependerão do México para defender sua agricultura. “Estamos executando com firmeza nosso plano de cinco frentes e tomaremos medidas decisivas para proteger nossas fronteiras, mesmo na ausência de cooperação”, disse Rollins. “Além disso, perseguiremos medidas agressivas contra qualquer pessoa que prejudique o gado norte-americano.” O registro anterior mais ao norte havia sido relatado cerca de 370 milhas mais ao sul, em 9 de julho, em Veracruz, de acordo com o USDA. Relatórios preliminares do SENASICA indicam que o animal afetado — uma novilha de 8 meses — havia sido recentemente transferido para um confinamento certificado em Nuevo León, vindo de uma região no sul do México com casos ativos conhecidos de NWS. O USDA afirma que essa possível ligação com movimentação animal reforça a “necessidade inegociável de que o México implemente e cumpra integralmente o Plano de Ação Conjunta EUA–México para NWS no México”. Os portos dos EUA permanecem fechados para importação de gado, bisões e cavalos do México. O USDA tem monitorado ativamente quase 8.000 armadilhas no Texas, Arizona e Novo México. Mais de 13.000 amostras de triagem já foram enviadas, sem detecção de moscas de NWS. O USDA disse que continuará analisando todas as novas informações relacionadas ao caso recente em Nuevo León e buscará todas as opções para liberar moscas estéreis nessa região, se necessário. Além disso, o USDA divulgará em breve um plano significativo para ajudar a reconstruir o rebanho bovino dos EUA, incentivando os pecuaristas e impulsionando uma revitalização em grande escala da indústria de carne bovina americana, diz o comunicado.

Drovers

FRANGOS & SUÍNOS 

Desempenho do frango abatido na 38ª semana de 2025, terceira do mês de setembro

Depois de esbarrar nos R$7,00/kg nos primeiros dias do mês e retroceder à menor cotação dos últimos 18 meses (nesse espaço de tempo, abaixo dos R$7,02/kg de 2 de setembro só os R$6,99/kg de 27 de março de 2024), na semana passada – terceira de setembro e 38ª de 2025 – o frango abatido obteve valorização de, praticamente, R$1,00/kg.

Mais exatamente, o ganho obtido foi de 13,7%, índice registrado no curto espaço de duas semanas, o que faz com que, após quatro meses consecutivos de resultados negativos, a média alcançada no mês volte a apresentar resultado positivo (por ora mínimo), não só em relação ao mesmo mês anterior, mas também em comparação ao mesmo mês de 2024. À primeira vista, esgotaram-se os estoques formados a partir do instante (maio passado) em que, por conta do caso de IAAP na avicultura comercial, o governo brasileiro declarou o auto embargo das exportações de carne de frango, gerando grande excedentes no mercado interno. E se isso realmente ocorreu, coincidiu, agora, com a retomada (ainda parcial) das exportações, o que gera déficit na oferta. Não por menos, no decorrer da semana as integrações paulistas buscaram suprir esse déficit mediante a aquisição da ave viva entre criadores independentes. Claro, encontraram o produto. Mas como a oferta foi limitada e a procura intensa, o frango vivo experimentou valorização similar à da ave abatida, sua cotação passando, em apenas duas semanas, de um máximo de R$5,60/kg para, até, R$6,40/kg, valor que representou ganho de, praticamente, 1% ao dia. Minas Gerais não escapou desse movimento, mas de forma mais modesta. Pois, de acordo com a AVIMIG, após iniciar setembro cotado a R$5,60/kg e sofrer baixas consecutivas que fizeram a cotação recuar para R$5,35/kg, a partir do dia 12 o frango vivo ofertado no mercado independente mineiro voltou a recuperar preços, terminando a semana cotado a R$5,80/kg.

Avisite

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