CLIPPING DA ABRAFRIGO Nº 2557 DE 22 DE SETEMBRO DE 2025

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Ano 11 | nº 2557 | 22 de setembro de 2025

 

NOTÍCIAS

Queda nas cotações do boi gordo em São Paulo

Cotação do boi China recua R$ 5,00/@ na semana

De acordo com análise divulgada na sexta-feira (19) pelo informativo “Tem Boi na Linha”, da Scot Consultoria, as cotações do boi gordo em São Paulo apresentaram queda ao longo da terceira semana de setembro. O levantamento aponta que os preços do boi gordo, das fêmeas e do “boi China” recuaram R$ 5,00/@ no período. Segundo a publicação, “esse movimento foi resultado do alongamento das escalas de abate”, cenário que possibilitou a redução dos preços ofertados por parte dos frigoríficos. O ritmo mais lento das vendas de carne também colaborou para a pressão sobre os preços, levando compradores a negociações mais cautelosas e buscando oportunidades pontuais. Na comparação diária, o informativo indica que a cotação do boi gordo caiu R$ 2,00/@, enquanto a das fêmeas permaneceu estável. As escalas de abate ficaram, em média, em dez dias. Em Minas Gerais, a análise mostra que as cotações foram influenciadas pela oferta confortável de bovinos e pelo alongamento das escalas. O levantamento aponta queda diária em três das quatro praças pecuárias do estado. No Triângulo Mineiro, a cotação do boi gordo caiu R$ 2,00/@ e a da vaca recuou R$ 3,00/@. Na região de Belo Horizonte, houve retração de R$ 2,00/@ para o boi gordo, enquanto os preços da vaca e da novilha permaneceram estáveis. No Norte do estado, não foram observadas alterações nas cotações. Já no Sul, a cotação da vaca caiu R$ 2,00/@, enquanto as demais categorias permaneceram estáveis.

Scot Consultoria

Frigoríficos seguem com escalas cheias até o fim do mês

O mercado físico do boi gordo se depara com preços acomodados. Os frigoríficos se deparam com escalas confortáveis em grande parte do país, posicionados para o restante de setembro.

De acordo com o analista da consultoria Safras & Mercado Fernando Henrique Iglesias, a tendência é que a indústria siga pressionando os pecuaristas por preços mais baixos até o final do mês. “As exportações são o grande ponto de suporte neste momento, com volumes bastante expressivos no decorrer de 2025”, diz. Cotação média do boi gordo: São Paulo: R$ 302,75. Goiás: R$ 289,29. Minas Gerais: R$ 287,65. Mato Grosso do Sul: R$ 320,34. Mato Grosso: R$ 298,78. O mercado atacadista se depara com preços acomodados durante a quinta-feira para a carne bovina. O quarto traseiro ainda é precificado a R$ 24,10 por quilo; o dianteiro segue a R$ 18 por quilo; e a ponta de agulha se mantém no patamar de R$ 17,10 por quilo.

Safras News/Olhar Alerta

Queda nas cotações das fêmeas no Sul do Tocantins

Maior disponibilidade de bovinos e frigoríficos com escalas alongadas tem afetado a cotação da arroba bovina.

A região apresenta boa oferta de bovinos, principalmente pelo número considerável de bois de cocho nos confinamentos, muitos dos quais têm sido ou já foram negociados. Esse movimento reduziu a necessidade de compras por parte dos frigoríficos nesta semana, desacelerou o ritmo de aquisições e alongou as escalas de abate. Somada à maior disponibilidade de boiadas, essa dinâmica pressionou as cotações na comparação semanal. Neste período, a arroba do boi gordo não mudou, negociada em R$285,50/@. Entre as fêmeas, a cotação da vaca recuou 1,1%, ou R$3,00/@, apregoada em R$261,00/@, e a da novilha apresentou queda de 0,7%, ou R$2,00/@, cotada em R$266,00/@. Todos os preços são a prazo e descontados o Senar e o Funrural. O diferencial de base do boi gordo é de R$17,00/@, ou menos 6,0%, com a arroba nas praças paulistas cotada em R$302,50, considerando o preço a prazo e livre dos impostos. No curto prazo, a tendência é de manutenção a queda nos preços.

Scot Consultoria

ECONOMIA

Dólar encerra o dia estável e acumula queda ante o real pela 4ª semana

O dólar fechou a sexta-feira praticamente estável no Brasil, em meio a uma agenda esvaziada de indicadores e eventos econômicos, mas ainda assim a divisa norte-americana completou a semana com uma baixa acumulada ante o real, a quarta queda semanal consecutiva.

Apesar do avanço firme ante boa parte das demais divisas no exterior, o dólar à vista fechou a sexta-feira com leve alta de 0,02% no Brasil, aos R$5,3205. Na semana a divisa acumulou queda de 0,62% e, no ano, baixa de 13,89%. Às 17h05, na B3 o dólar para outubro — atualmente o mais líquido no Brasil — subia 0,23%, aos R$5,3320. A sexta-feira foi marcada por nova alta do dólar ante as demais divisas no exterior, com investidores ajustando posições após o Federal Reserve cortar, na quarta-feira, sua taxa de juros em 25 pontos-base, para a faixa entre 4% e 4,25%, sinalizando a intenção de promover novas reduções até o fim do ano. No Brasil, em um dia de agenda esvaziada, o dólar chegou a subir em sintonia com o exterior, atingindo a cotação máxima de R$5,3405 (+0,40%) às 9h36 — ainda na primeira hora de negócios –, mas perdeu força logo depois, reaproximando-se da estabilidade. Por trás do movimento estava novamente a percepção de que, com uma taxa Selic de 15%, o Brasil tem um diferencial de juros bastante atraente em relação aos EUA, o que atrai investimentos externos. Em publicação na sexta-feira, o Departamento de Pesquisa Macroeconômica do Itaú Unibanco informou a revisão de sua projeção para a taxa de câmbio no fim deste ano, de R$5,50 para R$5,35, mantendo o valor de R$5,50 para o encerramento de 2026. “O cenário externo benigno, com enfraquecimento global do dólar, deve permitir que o real siga operando em níveis mais apreciados no curto prazo”, registrou nota assinada pelo economista-chefe do banco, Mário Mesquita. “Para o ano que vem, no entanto, o estreitamento do diferencial de juros, o prêmio de risco e o cenário desafiador das contas externas limitam perspectivas mais favoráveis.”

Reuters

Ibovespa renova recordes em pregão com oscilações modestas e vencimento de opções

O Ibovespa renovou máximas históricas nesta sexta-feira, voltando a superar os 146 mil pontos no melhor momento, mas as variações foram modestas durante o pregão, em meio a noticiário esvaziado e vencimento de opções sobre ações na bolsa paulista.

Índice de referência do mercado acionário brasileiro, o Ibovespa encerrou com acréscimo de 0,25%, a 145.865,11 pontos. No melhor momento, chegou a 146.398,76 pontos. Na mínima, marcou 145.495,55 pontos. Na semana, subiu 2,53%. O volume financeiro nesta sexta-feira somou R$28 bilhões. De acordo com analistas do Itaú BBA, o Ibovespa está em tendência de alta no curto prazo a caminho dos 150.000 e 165.000 pontos. Do lado da baixa, acrescentaram no relatório Diário do Grafista, o primeiro suporte está em 144.900 pontos. Para Fábio Perina e equipe, o momento é de alinhamento e possibilidade de novas máximas históricas nos próximos dias. “No entanto, há uma reflexão importante a acompanhar: o Ibovespa fez nova máxima em 2025, o dólar renovou mínima de 12 meses, o que é bom, porém os demais índices setoriais da B3 ainda não engataram”, ponderaram. Wall Street também encerrou no azul e com novas máximas, apoiando o movimento na B3. O S&P 500 avançou 0,49%.

Reuters 

GOVERNO 

Negociação sobre acordo Mercosul-UE está concluída, diz ministro Mauro Vieira

De acordo com o ministro das Relações Exteriores, assinatura será feita assim que o debate sobre o tema for concluído no Conselho Europeu. Ministro Mauro Vieira se encontrou com a Alta Representante da União Europeia, Kaja Kallas.

O ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, disse na sexta-feira, 19, que a negociação do acordo comercial entre o Mercosul e a União Europeia (UE) “está concluída” e que a assinatura virá assim que o debate sobre o tema no Conselho Europeu for finalizado. “A negociação do acordo foi concluída, falta a assinatura. Para que haja a assinatura, é necessário que o acordo seja traduzido em todas as línguas dos países da União Europeia, seja submetido ao Conselho Europeu para discussão do conteúdo, o que está ocorrendo neste momento, e depois disso entendemos que poderá ser assinado na Cúpula do Mercosul”, disse Vieira, em entrevista coletiva à imprensa após reunião com a alta representante para Política Externa e Segurança da União Europeia, Kaja Kallas. “A negociação está concluída e, sendo concluído o debate no Conselho Europeu, o lado europeu estará pronto para a assinatura. O Mercosul já está pronto para a assinatura”, completou o ministro. Segundo ele, após a assinatura, os temas poderão ser discutidos em cada país no processo de aprovação legislativa do acordo. “Depois, outras questões são aprovação legislativa nos países da União Europeia e nos países do Mercosul. Aí é outra coisa, um debate que vai acontecer em cada País”, afirmou. Questionada sobre o prazo para finalizar a discussão sobre o acordo, Kallas disse que o tema foi encaminhado ao Conselho Europeu e que é preciso aguardar o resultado. “Somos 27 democracias e há diferentes grupos, a discussão está acontecendo e esperamos que ocorra tudo bem”, disse a alta representante da União Europeia. Vieira disse que, antes da reunião com Kallas no Itamaraty, os dois estiveram com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva no Palácio da Alvorada, onde também puderam discutir vários assuntos, entre eles o acordo entre União Europeia e o Mercosul. O ministro disse que discutiu junto de Kallas pautas como a defesa do multilateralismo, que, segundo ele, “se torna mais significativo no cenário atual” mundial. “Reiterei que a parceria do Mercosul com o bloco europeu adquire importância mais premente face às atuais ameaças ao sistema internacional de comércio”, declarou.

O Estado de São Paulo/Agro 

BB já liberou R$ 40 bilhões em financiamentos na safra 25/26

Banco vai oferecer R$ 230 bilhões em financiamentos para o agronegócio nesta safra, volume 2% superior se comparado à temporada passada

O Banco do Brasil (BB) já desembolsou cerca de R$ 40 bilhões em financiamentos para o agronegócio na safra 2025/26, que começou em 1º de julho e se estende até 30 de junho de 2026. O montante inclui operações de crédito rural, títulos agrícolas, como Cédulas de Produto Rural (CPRs), crédito agroindustrial e recursos para giro, os chamados de negócios da cadeia de valor do agro, efetivadas de julho à metade de setembro. Os dados foram apresentados pelo vice-presidente de Agronegócios e Agricultura Familiar do BB, Gilson Bittencourt, no evento “Perspectivas para a Agropecuária na Safra 2025/26”, da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), ocorrido na quinta-feira, 18, em Brasília (DF). “O processo está evoluindo bem. Temos expectativa de que os recursos do Plano Safra vão chegar para a grande maioria e vamos conseguir contribuir para que a produção recorde da safra se concretize”, afirmou Bittencourt. Em relação ao desempenho dos desembolsos, Bittencourt informou que as operações de custeio no âmbito do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf) e do Programa Nacional de Apoio ao Médio Produtor Rural (Pronamp) estão em linha com as safras anteriores, mas com redução expressiva nas operações de investimentos. “O que era esperado em função da própria dificuldade de liquidez. É o momento em que os produtores estão fazendo um ajuste de caixa, especialmente com margens mais apertadas, mas sem comprometer a nova safra”, apontou. Já no financiamento a grandes produtores, há recuo tanto nas operações de investimento quanto de custeio, pontuou Bittencourt. “Parte disso vem sendo atendida com CPRs, fora do crédito rural contabilizada pelo Banco Central, mas está sendo financiada. E outra parte, efetivamente, com a Selic atual há maior precaução para produtores que operam com taxas livres”, avaliou. Ele destacou, entretanto, que não é uma particularidade do Banco do Brasil, e sim uma situação enfrentada por todo o mercado. Ao todo, o BB vai oferecer R$ 230 bilhões em financiamentos para o agronegócio na safra atual. O valor é 2% superior ao desembolsado pelo banco na temporada anterior, 2024/25. Desse montante, R$ 106 bilhões serão destinados à agricultura empresarial (grandes produtores, cooperativas e agroindústrias) e R$ 54 bilhões vão para a agricultura familiar e médios produtores. Outros R$ 70 bilhões deverão ser distribuídos em negócios da cadeia de valor do agro.

O Estado de São Paulo/Agro

INTERNACIONAL

Reconstruindo o Rebanho de Vacas dos EUA: Uma Escalada Calculada

A liquidação de vacas ficou para trás. A retenção de novilhas já está em andamento. O ciclo do gado dos EUA está oficialmente mudando para o modo de reconstrução, mas essa recuperação não será uma disparada. Está se configurando como uma escalada lenta e estratégica.

Os gargalos no processamento de carne bovina, a seca persistente, os custos elevados de alimentação, a escassez de mão de obra e os atritos do pós-pandemia mantiveram as margens de vaca-bezerro relativamente apertadas de 2016 a 2022. Algumas dessas pressões diminuíram, mas com o número de rebanhos prestes a crescer, outras podem facilmente ressurgir. À medida que os produtores retêm mais bezerras nesta temporada de outono, a reposição do rebanho continua sendo um exercício cauteloso e calculado. O Rabobank prevê que o inventário de vacas de corte em 1º de janeiro de 2026 será de 28 milhões de cabeças, um aumento de 200 mil cabeças em relação ao ano anterior. Um segundo aumento de menos de 500 mil cabeças é provável no ano seguinte. Em resumo, não espere mudanças dramáticas no início deste esforço de reconstrução. De 2024 a 2026, o rebanho nacional de vacas de corte deve se manter relativamente estável. Um crescimento mais significativo do rebanho é projetado a partir de 1º de janeiro de 2027, entrando no início da década de 2030. Mesmo assim, a projeção de pico de inventário provavelmente ficará de 500 mil a 1 milhão de cabeças abaixo dos níveis recordes de 2019 — e isso não é necessariamente ruim. Graças aos ganhos de eficiência de longo prazo em todo o setor de carne bovina dos EUA, uma reconstrução que ultrapasse 30,5 milhões de vacas pode ser mais do que suficiente para atingir um novo recorde de produção total. A oferta de carne bovina per capita pode alcançar níveis não vistos em mais de duas décadas. Ainda assim, adicionar cerca de 2,5 milhões de vacas durante esta próxima fase será uma tarefa complicada. De acordo com a mais recente pesquisa State of the Beef Industry do Farm Journal, apenas 47% dos produtores estão considerando expandir seu rebanho de vacas nos próximos cinco anos — uma queda de quatro pontos em relação ao já modesto número do ano passado.

dRovers

FRANGOS & SUÍNOS

Chile salta para 2º lugar entre os maiores destinos da carne suína brasileira

Chile ultrapassa China e se torna o segundo maior comprador de carne suína do Brasil

O volume crescente de carne suína brasileira exportada ao Chile vem chamando a atenção, apontam pesquisadores do Cepea. Segundo dados da Secex analisados ??pelo Centro de Pesquisas, a quantidade embarcada saltou de 7,7 mil toneladas em janeiro deste ano para 13,3 mil toneladas em agosto. O destaque foi em julho, quando 14,5 mil toneladas de carne suína foram escoadas ao país sul-americano, ou seja, o dobro do volume de janeiro. Com isso, os pesquisadores ressaltam que o Chile foi, em julho e agosto, o segundo maior destino da proteína brasileira, assumindo uma posição que até então vinha sendo sustentada pela China. As Filipinas mantêm como maior destino da carne brasileira desde fevereiro deste ano. De acordo com a análise do Cepea, o aumento dos embarques ao Chile está atrelado ao fato de o governo daquele país ter reconhecido, em abril deste ano (e oficializado em julho), o estado do Paraná (segundo maior produtor nacional), como livre de febre aftosa sem vacinação e de peste suína clássica.

Agrolink

Frango/Cepea: Alta dos insumos preocupa, mas poder de compra segue favorável ao avicultor

Recentes aumentos nos preços do milho e do farelo de soja preocupam

Levantamentos do Cepea mostram que o poder de compra de avicultores paulistas avança ligeiramente na parcial de setembro. Segundo o Centro de Pesquisas, os recentes aumentos nos preços do milho e do farelo de soja (principais insumos da atividade) preocupam, mas, ao mesmo tempo, o frango vivo vem se valorizado um pouco mais, garantindo situação favorável ao produtor. Pesquisadores explicam que a alta do animal está associada ao tradicional aquecimento da demanda na primeira metade do mês. No caso do milho, de acordo com a Equipe Grãos/Cepea, ainda que novas estimativas indiquem crescimento na produção brasileira da safra 2024/25, os preços do cereal seguem registrando pequenos avanços, sustentados pela firme demanda interna e pela posição mais cautelosa de vendedores, que limitam o volume disponível no spot nacional. Quanto ao farelo de soja, a Equipe Grãos/Cepea aponta que parte dos consumidores retomou as aquisições do derivado, e os valores oscilaram dentre as regiões pesquisadas pelo Cepea.

Cepea 

Missão chinesa no Brasil anima exportadores de carne de frango

Vendas brasileiras do produto à China não ocorrem desde maio, após a confirmação de caso de gripe aviária em uma granja comercial em Montenegro (RS). Frangos em granja: Brasil já retomou status de área livre de gripe aviária, mas alguns mercados, entre eles o chinês, ainda não retomaram importações

Na expectativa de retomar as exportações de carne de frango e de outras aves para a China, o Brasil recebe a partir desta segunda-feira (22/9) a visita de uma missão técnica chinesa, que vai auditar o sistema de inspeção federal brasileiro para comprovar que o país está livre da gripe aviária. As vendas brasileiras do produto à China não ocorrem desde maio, após a confirmação de caso da doença em uma granja comercial em Montenegro (RS). Sete inspetores chineses visitarão laboratórios federais agropecuários, propriedades que atuam na produção de aves e frigoríficos. Após a inspeção, os técnicos vão emitir um parecer sobre a situação para possível normalização do comércio. Os trabalhos incluirão ainda agenda em abatedouros de bovinos já habilitados no Pará e em São Paulo. No governo e no setor produtivo, a expectativa é de que a missão reconheça o status do país de área livre de gripe aviária, o que levaria à reabertura do mercado chinês em breve. Mesmo com o registro de apenas um caso, já encerrado, a China bloqueou as importações de carne de frango de todas as regiões do Brasil porque essa é a diretriz do acordo sanitário bilateral. Maior importador de carne de frango brasileira, a China comprou 353,4 mil toneladas do produto em 2024, um volume que gerou receita de US$ 786,9 milhões. De janeiro a maio deste ano, quando as autoridades confirmaram o foco de gripe aviária em Montenegro, o ritmo da exportação aos chineses estava acelerado: o volume já havia passado de 228 mil toneladas, e o faturamento, de US$ 547 milhões. José Eduardo dos Santos, presidente da Associação Gaúcha de Avicultura (Asgav), observou que os frigoríficos do Estado não vendem à China desde julho de 2024, quando ocorreu um caso da doença de Newcastle em Anta Gorda (RS). “O setor está preparado para receber a missão. O Rio Grande do Sul é um potencial fornecedor de produtos avícolas à China”, disse. Nesta segunda-feira, a missão chinesa será recebida no Ministério da Agricultura, em Brasília. Os representantes do governo brasileiro vão apresentar informações sobre o sistema nacional de controle e prevenção da gripe aviária, o programa anual de vigilância de doenças e o plano de contingência para emergências zoossanitárias. Na sequência, os chineses visitarão duas granjas de avicultores integrados de um frigorífico de aves que fica no raio de dez quilômetros do foco de gripe aviária registrado em Montenegro. A auditoria será em estabelecimentos de reprodução para corte nos municípios de Feliz e Pareci Novo. Depois, os chineses visitarão um abatedouro em São Sebastião do Caí. No local, a missão avaliará os sistemas de autocontrole e autoinspeção nas instalações de espera. A análise incluirá medidas de inspeção ante-mortem, tratamento de animais com anormalidades e rastreabilidade das aves vivas que chegam à unidade. Os técnicos chineses também visitarão laboratório federais no Recife, referência no diagnóstico do mal da vaca louca, e em Campinas (SP), especialista na detecção de gripe aviária. As agendas serão para intercâmbio com as equipes técnicas e avaliação da capacidade laboratorial.

Globo Rural

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