
Ano 11 | nº 2556 | 19 de setembro de 2025
NOTÍCIAS
Mercado paulista registra queda do “boi China”
De acordo com a análise da quinta-feira (18) do informativo “Tem Boi na Linha”, publicado pela Scot Consultoria, houve queda na cotação do “boi China” em São Paulo.
“A oferta de bovinos esteve boa e o consumo de carne bovina permaneceu estável”, apontou a consultoria. Com isso, “os frigoríficos ficaram com escalas de abate mais alongadas e reduziram o ritmo das compras”. No mercado externo, “embora a exportação tenha apresentado bom desempenho, a queda do dólar reduziu a margem dos exportadores, o que pesou contra a cotação da arroba”. A consultoria informou que “a cotação do boi gordo, da vaca e da novilha não mudou na comparação diária”, enquanto “a cotação do boi China caiu R$ 2,00/@”. As escalas de abate ficaram, em média, para dez dias. Todos os preços foram brutos e com prazo. Em Tocantins, “o cenário foi de boa oferta”, informou a Scot. Com isso, “os frigoríficos alongaram as escalas de abate e a cotação da arroba sofreu pressão, mas não em todas as regiões”. Na região Norte, “a cotação manteve-se estável para todas as categorias na comparação diária”. Já na região Sul, “a cotação da arroba do boi gordo caiu R$ 2,00, a da vaca R$ 3,00 e a da novilha não mudou”. A arroba do “boi China” caiu R$ 2,00. Todos os preços foram brutos e com prazo. No Rio Grande do Sul, “o mercado estava estável, com a oferta de bovinos atendendo à demanda dos frigoríficos, sem excedentes, e com o escoamento de carne bovina ocorrendo de forma morna”, relatou a Scot. Assim, “as cotações ficaram estáveis para todas as categorias na comparação diária”.
Scot Consultoria
Escalas de abate preenchidas até o fim do mês e exportações em alta
O mercado físico do boi gordo voltou a se deparar com preços mais baixos
De acordo com o analista da consultoria Safras & Mercado Fernando Henrique Iglesias, os frigoríficos mantêm escalas de abate mais confortáveis em grande parte do país, posicionados para o restante de setembro. Segundo ele, a incidência de animais de parceria (contratos a termo) contribuiu de maneira decisiva para esse cenário. “Outro elemento de pressão a ser considerado é a recente movimentação cambial, com o real bastante valorizado, com juros atrativos neste momento”, diz. Como contraponto, Iglesias ressalta que as exportações de carne bovina prosseguem com volumes bastante expressivos no decorrer de 2025. Preços médios do boi gordo: São Paulo: R$ 302,75 — ontem: R$ 305,50. Goiás: R$ 289,29 — R$ 291,43. Minas Gerais: R$ 287,65 — R$ 288,24. Mato Grosso do Sul: R$ 320,34 — R$ 320,55. Mato Grosso: R$ 298,78 — R$ 299,26. O mercado atacadista se depara com preços acomodados durante a quarta-feira para a carne bovina. Segundo Iglesias, o ambiente de negócios volta a sugerir pela queda das cotações no curto prazo. Isso acontece pelo arrefecimento do consumo durante a segunda quinzena do mês, período pautado por menor apelo ao consumo. “Além disso, apesar da recente alta, a carne de frango ainda conta com a preferência da maior parcela da população brasileira, em especial das famílias com menor renda, entre um e dois salários-mínimos”, pontuou o analista. O quarto traseiro ainda é precificado a R$ 24,10 por quilo; o dianteiro segue a R$ 18,00 por quilo; e a ponta de agulha se mantém no patamar de R$ 17,10 por quilo.
Agência safras
Boi/Cepea: Baixa demanda mantém pressão sobre cotações
O mercado pecuário tem apresentado pressão nas cotações, apontam levantamentos do Cepea.
Segundo o Centro de Pesquisas, isso se deve à baixa demanda, visto que boa parte das escalas já está completa com lotes negociados por meio de contrato. Em regiões como Tocantins, Norte de Minas, Goiânia, Centro-Sul da Bahia, Mato Grosso e Noroeste do PR, levantamentos do Cepea mostram que houve redução de 3 a 5 Reais por arroba nesta semana. Já em outras, como Mato Grosso do Sul e Pará, os preços seguem firmes.
Cepea
Produção de carne bovina do Brasil em 2026 deve ter leve retração, diz Conab
A produção brasileira de carne bovina deve recuar 3,5% em 2026, totalizando 10,6 milhões de toneladas em equivalente carcaça, segundo projeções da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) divulgadas na quinta-feira.
A queda na produção do país, maior exportador mundial de carne bovina, ocorre após três anos de abate elevado de fêmeas e reflete a menor oferta esperada de animais, em meio à recomposição de rebanhos. Na véspera, a consultoria Datagro havia projetado cenário semelhante, enquanto um executivo da JBS afirmou durante evento em São Paulo que a companhia tem se preparado para uma provável mudança no ciclo pecuário brasileiro. A retração na produção bovina, afirmou a Conab, deve pressionar os preços da arroba e favorecer o consumo de proteínas alternativas, como frango e suíno. A produção de carne de frango deve crescer 2,8%, alcançando 15,93 milhões de toneladas. A recuperação das exportações após os embargos sanitários de 2025 e o custo competitivo frente à carne bovina sustentam o avanço do setor, disse a Conab. A exportação de carne de frango no ano que vem foi estimada em 5,36 milhões de toneladas, ante 5,23 milhões de toneladas em 2025. Já a produção de carne suína deve subir 3,6%, para 5,77 milhões de toneladas, com exportações estimadas em 1,53 milhão de toneladas, um novo recorde. A Conab destacou que o encarecimento da carne bovina tende a favorecer a substituição por proteínas de menor custo, especialmente entre consumidores de menor renda. A carne de frango deve seguir como a proteína mais acessível no varejo, enquanto a suína ganha espaço como alternativa competitiva, conforme o relatório.
Reuters
Brasil precisa elevar qualidade da carne exportada e buscar preços melhores
Representantes do setor defendem melhoramento genético para aumentar a produção de carnes nobres. Cerca de 70% da carne bovina produzida no Brasil fica no mercado interno e são exportados cortes, em sua maioria, de dianteiros, que têm menor valor agregado
Os pecuaristas brasileiros precisam promover uma “revolução” na cadeia, para elevar ao máximo a produção de carne de qualidade e alto valor agregado para, assim, conseguir preços melhores no mercado internacional, que se equiparem aos valores pagos pela carne de concorrentes como Estados Unidos e Austrália. Essa foi a principal defesa de representantes do setor que participaram do Congresso Nacional da Carne (Conacarne), realizado na quinta-feira (18/9) em Belo Horizonte. “Temos que chegar lá fora e receber o que os EUA, a Austrália recebem (pela carne bovina), mas para isso temos que fazer a lição de casa”, disse o presidente da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), João Martins. Segundo o dirigente, produtores rurais da região Sul já estão intensificando o melhoramento genético para aumentar a produção de carnes nobres. E, para Martins, quando estes trabalhos se espalharem mais pelo país será possível encontrar valores de exportação melhores do que os praticados atualmente. Cerca de 70% da carne bovina produzida no Brasil fica no mercado interno e são exportados cortes, em sua maioria, de dianteiros, que têm menor valor agregado. A proposta da CNA ocorre em momento em que os produtos brasileiros foram atingidos com uma sobretaxa de 50% dos EUA que, no caso da carne bovina, elevou as tarifas de exportação ao mercado americano para 76,4%, praticamente inviabilizando negócios. A ausência de vendas aos EUA deve gerar um impacto negativo de até US$ 400 milhões ao setor de carne bovina em 2025, de acordo com estimativas da indústria, pois os demais países compradores pagam valores menores pelo produto brasileiro. A senadora Tereza Cristina, ex-ministra da Agricultura, ressaltou que acredita que a situação com os americanos deve se resolver, pois “eles precisam da nossa carne”. Ela destacou, porém, que os exportadores brasileiros precisam acessar mercados que paguem mais pela carne, como o Japão, que está em vias de abertura, após o reconhecimento internacional do Brasil como país livre de febre aftosa sem vacinação. Também presente no Conacarne, o presidente da Associação Brasileira de Criadores de Zebu (ABCZ), Gabriel Cid, foi em linha com discurso da CNA e defendeu a melhoria genética da produção nacional. “Já conseguimos produzir carne em quantidade, agora temos que produzir carne de qualidade”, afirmou o dirigente.
Globo Rural
Rebanho bovino atinge 238 milhões de cabeças; Mato Grosso mantém liderança
Com o abate histórico de fêmeas, volume recuou em comparação a 2023; confira os estados e municípios com maior rebanho
O rebanho bovino brasileiro totalizou de 238,2 milhões de cabeças em 2024, uma queda de 0,2% em relação a 2023. O volume é o segundo maior da série histórica iniciada em 1974, sendo superado apenas pelo total registrado no ano passado. Os dados são da pesquisa Produção da Pecuária Municipal (PPM), divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), na quinta-feira, 18. O recuo se deve ao volume histórico de abates no ano passado que, segundo o IBGE, alcançou 39,7 milhões de cabeças, especialmente de fêmeas. “Nesse caso, a queda de bovinos, ocorre em função do ciclo pecuário. Há alguns anos o abate de fêmeas está elevado, em função dos preços do bezerro e da arroba, que desestimularam a retenção de fêmeas para reprodução, sendo assim era esperada uma redução no rebanho”, explicou a pesquisadora do IBGE, Mariana Oliveira. No ranking estadual, Mato Grosso liderou a criação de bovinos, com 13,8% do efetivo nacional, 32,9 milhões de animais. O Pará ocupou a segunda colocação em 2024, com 25,6 milhões de animais, 10,7% do rebanho nacional, seguido por Goiás, com 23,2 milhões de bovinos, uma participação de 9,7%. O município de São Félix do Xingu, no Pará, manteve a liderança do ranking com um rebanho estimado em 2,52 milhões de cabeças, o equivalente a 1,1% do total brasileiro. O segundo lugar foi de Corumbá, no Mato Grosso do Sul, com 2,2 milhões de animais, 0,9% do efetivo nacional. Em terceiro Porto Velho, em Rondônia, com 1,79 milhão de bovinos, 0,8% do rebanho brasileiro, seguido por Cáceres, em Mato Grosso, com 1,31 milhões e Marabá, no Pará, com 1,29 milhões de cabeças. Somados, esses cinco municípios respondem por 3,9% do rebanho bovino nacional, totalizando 9,2 milhões de animais, indica o IBGE.
O Estado de São Paulo/Agro
ECONOMIA
Dólar fecha em leve alta ante o real puxado pelo exterior
O dólar encerrou a quinta-feira em leve alta, influenciado, por um lado, pelo avanço da moeda norte-americana no exterior e, por outro, pelo corte de juros nos EUA na véspera, com manutenção da Selic em nível elevado no Brasil.
O dólar à vista fechou com alta de 0,33%, aos R$5,3193. Em 2025, o dólar acumula baixa de 13,91%. Às 17h03 na B3 o dólar para outubro — atualmente o mais líquido no Brasil — subia 0,12%, aos R$5,3330. No exterior, o dia foi de alta do dólar ante a maior parte das demais divisas, com o mercado ponderando que, apesar de ter cortado sua taxa de referência em 25 pontos-base na tarde de quarta-feira, o Fed não deu indicações de que tem pressa para reduzir rapidamente os juros nos próximos meses. Além disso, a divulgação de dados sobre pedidos de auxílio-desemprego nos EUA, que vieram abaixo do esperado, deu um suporte adicional à moeda norte-americana. No Brasil, este impulso altista para o dólar foi contrabalançado pela própria decisão do Fed, somada ao anúncio do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central. Na noite de quarta-feira, com os mercados já fechados, o colegiado manteve a taxa básica Selic em 15%, reforçando a mensagem de permanência neste patamar por período prolongado. “A ‘superquarta’ confirmou os principais cenários do mercado, de corte de 25 pontos-base (de juros) nos EUA e manutenção no Brasil. O DXY (índice do dólar) sobe lá fora, por conta da resiliência do mercado de trabalho e porque o Fed não vê espaço para um ritmo mais agressivo de cortes”, comentou durante a tarde João Duarte, especialista em câmbio da One Investimentos. “Mas a combinação entre a decisão do Fed com a postura conservadora do Brasil nos juros reforça a atratividade do país para os investidores”, acrescentou Duarte. Com isso, o dólar oscilou entre pequenas altas e baixas ante o real durante praticamente todo o dia, para acelerar apenas na reta final.
Reuters
Ibovespa fecha quase estável após máximas
O Ibovespa fechou quase estável na quinta-feira, com Petrobras pressionando para baixo em sessão de queda dos preços do petróleo no exterior, enquanto Natura disparou e forneceu um contrapeso razoável ao índice após anunciar acordo para vender ativos reunidos sob a divisão Avon International.
Índice de referência do mercado acionário brasileiro, o Ibovespa encerrou com variação negativa de 0,06%, a 145.499,49 pontos. Durante a sessão, marcou 145.726,41 pontos na máxima e 144.993,21 pontos na mínima. O volume financeiro somou R$22,78 bilhões. Investidores repercutiram a decisão do Banco Central do Brasil de manter a Selic em 15% ao ano, divulgada após o fechamento da bolsa na quarta-feira, confirmando as expectativas do mercado, com a autoridade monetária sinalizando que a taxa ficará nesse patamar por um período prolongado. Para a economista Iana Ferrão, do BTG Pactual, a mensagem do BC é compatível com Selic estável até o fim de 2025, com início da flexibilização em janeiro de 2026. Em comentário enviado ainda na quarta-feira, ela citou, contudo, que uma antecipação de corte para dezembro de 2025 não está descartada. Em Wall Street, o penúltimo pregão da semana teve novos recordes, ainda sob efeito de expectativas de mais cortes de juros nos Estados Unidos, com o noticiário corporativo destacando o anúncio da Nvidia de que investirá US$5 bilhões na Intel. O S&P 500 subiu 0,48%.
Reuters
Preços pagos ao produtor rural subiram 2,8% em agosto, diz Cepea
O desempenho refletiu os aumentos em todos os grupos acompanhados. Segmento de hortifrutícolas foi o que teve o mais crescimento nos valores no mês passado
Levantamento do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) mostra que, em agosto, o Índice de Preços ao Produtor de Grupos de Produtos Agropecuários (IPPA) subiu 2,8% em relação ao mês anterior. O desempenho refletiu os aumentos em todos os grupos acompanhados: de 1,5% para Grãos; 1,3% para Pecuária; 24,4% para Hortifrutícolas; e 4,9% em Cana e Café. No mesmo período, o Índice de Preços por Atacado de Produtos Industriais (IPA-OG-DI), calculado pela Fundação Getulio Vargas (FGV), registrou estabilidade (-0,1%), indicando que, de julho para agosto, os preços agropecuários praticamente não registraram mudança em relação aos valores industriais na economia brasileira. No cenário internacional, os preços dos alimentos convertidos em reais recuaram 0,9%, reflexo da combinação de desvalorização do dólar (-1,5%) e do aumento dos preços internacionais dos alimentos (0,6%) – baseados no índice do Fundo Monetário Internacional (FMI). Comparando-se a parcial do ano com igual intervalo de 2024, ainda conforme levantamento do Cepea, o IPPA registrou expressivo avanço de 15,2%, impulsionado pelas significativas altas em Grãos (6,6%), Pecuária (24,5%) e Cana e Café (25,2%). Já o grupo Hortifrutícolas caiu 14,1% no período. Ainda nessa base de comparação, o IPA-OG-DI teve alta de 4,5%, enquanto os preços internacionais dos alimentos convertidos em reais subiram 9,3%, resultado da valorização de 9,4% do dólar, mesmo perante o ligeiro recuo de 0,3% nos preços internacionais dos alimentos.
Globo Rural
EMPRESAS
BRF cancela ações próprias antes de fusão com a Marfrig
Também foi aprovada a retirada da listagem dos recibos de ações (ADRs) da Bolsa de Nova York. Ao cancelar ações, a BRF reduz o número total de papéis em circulação no mercado, mas sem diminuir o valor total do capital investido na empresa
A BRF aprovou na quinta-feira (18/9) o cancelamento de 90,2 milhões de ações que estavam em sua própria posse, conhecidas como ações em tesouraria. Essas ações haviam sido recompradas pela empresa em programas anteriores ou retornaram à companhia após alguns acionistas decidirem sair da sociedade, no contexto da operação de fusão com a Marfrig anunciada em maio deste ano. Ao cancelar essas ações, a BRF reduz o número total de papéis em circulação no mercado, mas sem diminuir o valor total do capital investido na empresa. Após o cancelamento, o capital social da BRF continua o mesmo, mas passa a ser representado por aproximadamente 1,59 bilhão de ações ordinárias. O conselho de administração da empresa também decidiu solicitar à Comissão de Valores Mobiliários (CVM) a mudança do seu registro de companhia aberta da categoria “A” para a categoria “B”. Essa alteração significa que a empresa deixará de ter ações negociadas na bolsa de valores brasileira, embora continue sujeita à fiscalização da CVM. Também foi aprovada a retirada da listagem dos recibos de ações (ADRs) da Bolsa de Nova York, que atualmente permitem a negociação de papéis da BRF por investidores estrangeiros. Com isso, a BRF pretende interromper suas obrigações de divulgação periódica de informações à SEC, o órgão regulador do mercado financeiro dos Estados Unidos. Todas essas medidas ainda dependem da conclusão oficial da incorporação da BRF pela Marfrig, o que está previsto para acontecer no próximo dia 22 de setembro. A data marcará o encerramento das negociações dos papéis da BRF na B3. A empresa que nascerá da união entre BRF e Marfrig vai se chamar MBRF e sua negociação na bolsa brasileira passarão a ocorrer sob o código (“ticker”) MBRF3 a partir do dia 23. Com receita líquida de R$ 152 bilhões e presença em 117 países, a MBRF será uma das maiores empresas de alimentos do mundo. Terá um portfólio robusto de carne bovina, suína e de aves e de produtos industrializados, reunidos em marcas como Sadia, Perdigão, Qualy, Banvit e Bassi.
Valor Econômico
CARNES
Produção de carnes deve crescer 0,7% em 2026, aponta Conab
Proteínas bovina, suína e de aves do Brasil devem somar 32,3 milhões de toneladas no próximo ano. Exportações de carnes deve evoluir 3,3% e chegar a 11 milhões de toneladas no ano que vem
A produção de carnes bovina, suína e de aves do Brasil deverá crescer 0,7% em 2026 e atingir 32,3 milhões de toneladas, de acordo com as primeiras projeções da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). De acordo com a estatal, as exportações dos três tipos de proteínas animais devem evoluir 3,3% e chegar a 11 milhões de toneladas no ano que vem. Para 2025, a perspectiva é de produção de 32 milhões de toneladas e vendas externas de 10,7 milhões de toneladas. A Conab também prevê aumento na importação de carnes, de 2,9%, para 68,5 mil toneladas. Com isso, a perspectiva é que a disponibilidade interna total chegue a 21,3 milhões de toneladas em 2026, um recuo de 0,2% em relação ao volume disponível neste ano. De acordo com os dados, a disponibilidade per capita deverá recuar 0,7%, para 103,2 quilos por habitante por ano. As perspectivas da Conab são de queda de 3,5% na produção de carne bovina, para 10,6 milhões de toneladas, mas de aumento de 2,4% nas exportações da proteína, para 4,1 milhões de toneladas. As importações devem recuar 7,8%, para 42,7 mil toneladas, e a disponibilidade interna ficará em 6,5 milhões de toneladas, queda de 7% em relação a 2025. Com isso, a disponibilidade per capita é projetada em 31,6 quilos por habitante por ano, diminuição de 7,4% em relação a este ano. Na avicultura, a perspectiva é de aumento de 2,8% na produção total de carne, para 15,9 milhões de toneladas, em 2026. A previsão da Conab é que o alojamento de aves tenha alta de 1,1%, para 7,2 bilhões de cabeças. A exportação deve crescer 2,5%, para 5,3 milhões de toneladas. A disponibilidade interna deverá evoluir 3%, para 10,5 milhões de toneladas. A disponibilidade per capita será de 51,1 quilos por habitante, incremento de 2,6% em relação a 2025. A produção de carne suína deverá crescer 3,6%, para 5,7 milhões de toneladas, com rebanho 1,4% maior, com 44,8 milhões de animais. Já as exportações devem ter alta de 5,2%, para 1,5 milhão de toneladas. Com isso, a disponibilidade interna do produto ficará em 4,2 milhões de toneladas e a disponibilidade per capita em 20,6 quilos por pessoa.
Globo Rural
FRANGOS & SUÍNOS
Rebanho suíno soma 43,9 milhões de animais em 2024
Só a região Sul concentra 22,8 milhões de animais, 51,9% do rebanho existente no País
O rebanho suíno brasileiro totalizou 43,9 milhões de animais em 2024, uma alta de 1,8% ante 2023, segundo maior quantitativo já registrado. Os dados são da pesquisa Produção da Pecuária Municipal 2024, divulgada nesta quinta-feira, 18, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O número de matrizes de suínos ficou em 5,0 milhões, elevação de 0,6% em relação ao ano anterior, maior registro já feito para esse efetivo. “O abate de suínos, em 2024, foi o maior da série da Pesquisa Trimestral do Abate de Animais, do IBGE, ainda que a atividade esteja crescendo em ritmo menor que em anos anteriores. Foi observado um aumento de 1,2% no número de suínos abatidos e de 0,6% no peso de carcaça produzido. Ademais, houve recorde nas exportações de carne suína in natura, de acordo com os dados da Secex (Secretaria de Comércio Exterior do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços)”, justificou o IBGE. A região Sul concentra 22,8 milhões de animais, 51,9% do rebanho existente no País. Santa Catarina manteve a liderança no ranking estadual, com 9,3 milhões de cabeças, alta de 0,1% ante 2023, para uma fatia de 21,2% do total nacional, seguido por Paraná (7,3 milhões de suínos, uma fatia de 16,6% do rebanho brasileiro) e Rio Grande do Sul (6,2 milhões de animais, 14,1% do total nacional). A cidade de Toledo, no Paraná, manteve o maior efetivo suíno entre os municípios, seguida de Uberlândia (Minas Gerais) e Marechal Cândido Rondon (Paraná).
O Estado de São Paulo/Agro
Suinocultura Independente: Após período de estabilidade, preços recuam
Em Goiás, preços dos suínos tiveram recuo de 4,49%, enquanto em São Paulo a queda foi de 2,81%. No Paraná de 1,34%
Após algumas semanas de estabilidade, a cotação da suinocultura independente registrou queda nas principais regiões na quinta-feira (18). Os participantes do mercado relatam que as indústrias estão com dificuldade de repassar preços maiores aos consumidores. De acordo entre suinocultores e frigoríficos, segundo dados da Associação Paulista de Criadores de Suínos (APCS), o preço dos suínos no estado de São Paulo registrou queda de 2,81% e está precificado em R$ 9,33/kg. No mercado mineiro, o valor do animal também apresentou queda de 4,49% e está cotado em R$ 8,50/kg no fechamento desta semana, segundo a Associação dos Suinocultores do Estado de Minas Gerais (Asemg). Segundo informações da Associação Catarinense de Criadores de Suínos (ACCS), o valor do animal também registrou desvalorização de 0,56% nesta semana, em que os preços passaram de R$ 8,91/kg para R$ 8,86/kg. No Paraná, considerando a média semanal (entre os dias 11/09/2025 e 17/09/2025), o Indicador do Preço do Kg vivo do Suíno LAPESUI/UFPR teve queda de 1,34%, fechando a semana em R$ 9,03. No comparativo mensal das médias semanais, o preço do kg/vivo do suíno no Paraná apresentou alta de 5,83% em relação à semana do dia 20/08/2025.
APCS/ Asemg/ ACCS/ LAPESUI/UFPR
País registra recorde de 1,6 bilhão de aves comerciais em 2024, diz IBGE
Só a população de galinhas poedeiras cresceu 6,8% elevando também a produção de ovos; confira os estados e as cidades com maior produção.
Os produtores brasileiros reuniam um recorde de 1,6 bilhão de galináceos no ano de 2024, uma alta de 1,7% em relação a 2023, o equivalente a 26,8 milhões de aves a mais. Os dados são da pesquisa Produção da Pecuária Municipal 2024, divulgada nesta quinta-feira, 8, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A Região Sul concentrou 47,3% do efetivo nacional, 748,7 milhões de galináceos, queda de 0,8% ante o ano anterior. O Sudeste teve expansão de 5,2% no número de aves, para 376,5 milhões, uma participação de 23,8% no total nacional. Entre os Estados, o Paraná teve alta de 2,4% no número de animais, para 456,0 milhões de animais, o equivalente a 28,8% do efetivo nacional. O Estado de São Paulo concentrou 205,0 milhões de galináceos, aumento de 3,0% ante 2023, com uma fatia de 13,0% do efetivo nacional. O Rio Grande do Sul somou 155,2 milhões de aves, queda de 2,2% ante 2023, mas ainda responsável por 9,8% do total nacional. O município de Santa Maria de Jetibá, no Espírito Santo, liderou o ranking de maior efetivo de galináceos, seguido por São Bento do Una (Pernambuco), Bastos (São Paulo), Toledo (Paraná) e Uberlândia (Minas Gerais). A criação de galinhas, aves fêmeas destinadas à produção de ovos para consumo ou incubação, somou um recorde de 277,5 milhões de animais em 2024, alta de 6,8% ante 2023. A Região Sudeste aumentou em 9,3% a criação de galinhas, para 99,3 milhões de aves, 35,8% do efetivo nacional. O Sul deteve 68,2 milhões de galinhas, alta de 4,8% ante 2023, com 24,6% do total nacional. O Estado de São Paulo concentrou 56,8 milhões de galinhas poedeiras, aumento de 4,6% ante o ano anterior, uma fatia de 20,5% da produção brasileira. O Paraná somava 27,9 milhões de aves, aumento de 2,7% ante 2023, uma participação de 10,1% na produção nacional. O Rio Grande do Sul tinha 22,3 milhões de galinhas, elevação de 4,8% em um ano, 8,0% de participação no efetivo nacional. A produção nacional de ovos de galinha atingiu o recorde de 5,4 bilhões de dúzias em 2024, um crescimento de 8,6% em relação a 2023. Segundo o IBGE, a produção de ovos vem aumentando ininterruptamente desde 1999. O valor de produção totalizou R$ 31,9 bilhões em 2024, crescimento de 4,9% em relação ao ano anterior. O preço médio foi estimado em R$ 5,89 por dúzia. O Sudeste foi responsável por 40,4% do total de ovos produzidos em 2024, e o Estado de São Paulo se destacou como o maior produtor, com uma fatia de 23,6% da produção nacional. O IBGE observou produção de ovos em 5.451 municípios brasileiros. Os cinco principais municípios produtores tanto de galinhas quanto de ovos foram: Santa Maria de Jetibá (Espírito Santo), Bastos (São Paulo), São Bento do Una (Pernambuco), Primavera do Leste (Mato Grosso) e Beberibe (Ceará).
O Estado de São Paulo/Agro
imprensaabrafrigo@abrafrigo.com.br
POWERED BY NORBERTO STAVISKI EDITORA LTDA
041 996978868
