CLIPPING DA ABRAFRIGO Nº 2502 DE 07 DE JULHO DE 2025

clipping

Ano 11 | nº 2502 | 07 de julho de 2025

 

NOTÍCIAS

Preço do boi gordo encerrou a semana com estabilidade após dia de poucos negócios

Grande parte das indústrias frigoríficas esteve fora das compras na sexta-feira. Pecuaristas demonstraram pouca disposição em negociar animais nos preços ofertados

O mercado pecuário apresentou poucos negócios fechados na sexta-feira (4/7), fazendo com que as cotações do Boi gordo ficassem estáveis na maioria das regiões brasileiras, informou a Scot Consultoria. Das 32 praças monitoradas pela Scot, 25 apresentaram os mesmos preços da quinta-feira. Em apenas sete regiões houve queda de valores: Belo Horizonte (MG), Dourados (MS), oeste da Bahia, sudeste e sudoeste de Mato Grosso, Cuiabá (MT) e oeste do Maranhão. Nas praças de Araçatuba e Barretos, referências para o mercado de São Paulo, a cotação do boi gordo continuou em R$ 310 a arroba para o pagamento a prazo. Os valores do “boi China”, da vaca e da novilha também não mudaram. A Scot destaca que grande parte das indústrias frigoríficas esteve fora das compras. A maioria dos negócios da semana foi realizado até quarta-feira, registrando um menor volume de negociações entre quinta e sexta-feira. As escalas de abate se mantiveram, em média, para nove dias. Além disso, o escoamento da carne segue lento, o que continua pressionando o mercado interno. “A oferta de bovinos de confinamento começou a chegar ao mercado, porém ainda de forma tímida”, afirma a Scot. O Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) apontou que a semana se encerra com dados confirmando a sequência de excelente desempenho das exportações de carne bovina brasileira. Em junho, o volume embarcado voltou à marca de 240 mil toneladas de carne in natura, ficando bem próxima da máxima deste ano atingida em abril. Foram exportadas 241.099 toneladas de carne in natura, o maior volume para um mês de junho da história. Na comparação com maio, o aumento foi de 10,5% e, com junho de 2024, de 25,3%. O preço médio foi de US$ 5.448 (ou R$ 30.240) por tonelada. O Cepea destaca que, mesmo com o dólar se desvalorizando de maio para junho, esse valor é 2,5% maior que a média do mês passado e 25,6% superior ao preço, em reais, de junho de 2024.

Globo Rural

Ao longo de julho, mercado se dividirá entre escalas de abate confortáveis e demanda externa aquecida

O mercado físico do boi gordo volta a se deparar com algumas tentativas de compra em patamares mais baixos, informa o analista da consultoria Safras & Mercado Fernando Henrique Iglesias.

Segundo ele, os frigoríficos, em especial os de maior porte, tendem a sustentar essa estratégia por períodos mais extensos, considerando a incidência de animais confinados no mercado, contando com boa oferta também de animais de parceria (contratos a termo), além da utilização dos confinamentos próprios. “A expectativa é que isso possibilite a manutenção de escalas de abate confortáveis no restante do mês. Por outro lado, as exportações em alto nível ainda são uma variável relevante a ser considerada do lado da demanda, ajudando a enxugar a oferta”, ressaltou. Preço médio da arroba do boi: São Paulo: R$ 310,50 — ontem: R$ 312,25. Goiás: R$ 292,50 — R$ 293,93. Minas Gerais: R$ 299,41 — R$ 299,71. Mato Grosso do Sul: R$ 311,36 — R$ 312,84. Mato Grosso: R$ 315,61 — R$ 316,35. O mercado atacadista se depara com manutenção do padrão dos negócios. Segundo Iglesias, considerando a entrada dos salários na economia, motivando a reposição entre atacado e varejo, os preços poderão ganhar sustentação a partir deste final de semana. “Mas vale destacar que a população ainda prioriza o consumo de proteínas mais acessíveis, em especial carne de frango”, disse. O quarto traseiro permanece precificado a R$ 23 por quilo, o dianteiro ainda é cotado a R$ 18,50 por quilo e a ponta de agulha segue a R$ 18,00 por quilo.

Agência Safras

Exportações de carne bovina in natura crescem 25% em junho

Impulsionado pela demanda da China e dos EUA, Brasil exportou 241 mil toneladas em junho e faturou US$ 1,3 bilhão. A receita diária avançou 52,8% frente ao mesmo mês de 2024.

Os embarques de carne bovina in natura em junho tiveram o segundo melhor desempenho de 2025, movimentando 241,09 mil toneladas segundo a Secretaria de Comércio Exterior (Secex), do Mdic. O volume ficou abaixo do total exportado em maio deste ano, com 241,5 mil toneladas. No comparativo anual, os embarques tiveram um avanço de 25,27% se comparado ao exportado no mesmo período do ano anterior, com 192,4 mil toneladas. A média diária exportada em junho/25 ficou em 12 mil toneladas, alta de 25,3%, quando se compara com a média observada em junho de 2024, com 9.622 mil toneladas.   O Banco Itaú BBA comentou que os embarques têm sido impulsionados pelo aumento da demanda asiática e dos Estados Unidos. “A China continua sendo, de longe, o principal destino da carne bovina brasileira, com quase metade dos embarques brasileiros e esperamos que as importações totais do país asiático não retrocedam. Mesmo a possibilidade de um acordo comercial entre China e EUA que pudesse favorecer maiores importações de carne americana, esbarraria na disponibilidade. Então, a China tende a continuar demandando importantes volumes do Brasil”, informou em seu relatório de perspectivas para 2025. Os preços médios pagos pela carne bovina in natura ficaram em US$ 5.448,3 mil por tonelada em junho/25, isso representa um ganho anual de 22,00%, quando se compara com os valores observados em junho de 2024, em que estavam precificados em US$ 4.466 por tonelada. O valor negociado para o produto em junho ficou em US$ 1,.313 bilhão, sendo que em junho do ano anterior a receita total foi de US$ 859,5 milhões. A média diária do faturamento ficou em US$ 65,6 milhões, ganho de 52,8%, frente ao observado no mês de junho do ano passado, com US$ 42,9 milhões.

SECEX/MDIC

Adversidades climáticas e o aumento na oferta de bovinos pressionam as cotações de todas as categorias no Paraná

A ocorrência de geadas em partes do estado tem contribuído para a queda nas cotações.

A ocorrência de geadas na última semana de junho, somada ao frio intenso, tem contribuído para a perda da capacidade de sustentação dos pastos em uma parte significativa do estado. Esse cenário tem levado os pecuaristas a ofertarem um número maior de bovinos, a fim de evitar perdas, o que tem aumentado a oferta na região e impactado os preços. Com isso, na comparação semanal, a cotação do boi gordo recuou 1,9%, ou R$6,00/@, sendo comercializado a R$304,50/@. A cotação da vaca recuou 3,3%, ou R$9,50/@, e a da novilha caiu 1,6%, ou R$5,00/@, na mesma comparação. A vaca está sendo negociada a R$276,00/@, e a novilha a R$295,50/@, segundo levantamento da Scot Consultoria. Os preços são a prazo e já descontados os impostos (Senar e Funrural). Em São Paulo, o diferencial de base do boi gordo é de R$1,00/@, ou -0,3%, com a arroba negociada a R$305,50, considerando o preço a prazo e livre de impostos.

Scot Consultoria

ECONOMIA

Dólar completa 5ª semana consecutiva de queda no Brasil, cotado a R$5,4245

Em uma sessão de liquidez reduzida por conta de feriado nos Estados Unidos, o dólar fechou a sexta-feira em alta ante o real, mas ainda assim marcou a quinta semana consecutiva de queda.

O dólar à vista fechou a sexta-feira em alta de 0,37%, aos R$5,4245, após ter registrado na véspera a menor cotação em mais de um ano, desde 24 de junho de 2024. No acumulado da semana, a divisa dos EUA cedeu 0,44%. Nas cinco semanas, a moeda caiu 5,17% frente ao real e, no acumulado do ano, a queda acumulada está em 12,21%. Às 17h03, na B3, o dólar para agosto subia 0,20%, aos R$5,4590, mas havia movimentado pouco mais de 100 mil contratos — bem abaixo da média de dias normais. O feriado do Dia da Independência nos Estados Unidos retirou a liquidez dos mercados de moedas ao redor do mundo, deixando as cotações sem gatilhos mais fortes no Brasil. No Brasil, investidores se voltaram para Brasília, onde decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes suspendeu liminarmente os efeitos dos decretos presidenciais que elevaram as alíquotas do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), bem como a decisão do Congresso Nacional na semana passada que sustou os efeitos das medidas do governo Lula. Na prática, Moraes zerou a disputa via decretos e convocou uma audiência de conciliação para o próximo dia 15 de julho, com representantes do governo, da Câmara, do Senado e da Procuradoria-Geral da República (PGR). A decisão de Moraes ainda vai passar por um referendo dos demais ministros do STF. Durante a tarde, em entrevista à CNN Brasil, o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), afirmou que a decisão de Moraes evita o aumento do IOF, em sintonia com o desejo da maioria do plenário da Casa. Além disso, defendeu cortes de gastos que não prejudiquem as pessoas mais pobres. Ele citou a revisão de benefícios fiscais — uma pauta defendida pelo governo, mas que sempre encontrou resistência no Congresso. A queda recente do dólar tem refletido a perda de força da moeda norte-americana também no exterior nas últimas semanas, além do diferencial de juros a favor do Brasil. Profissionais ouvidos pela Reuters têm lembrado que, com uma taxa básica Selic em 15% ao ano, o Brasil segue bastante atrativo aos investidores internacionais, ainda mais em um cenário em que o Federal Reserve caminha para cortar juros nos Estados Unidos. Nesta semana, boa parte das atenções estará voltada para o fim do prazo dado pelo presidente dos EUA, Donald Trump, para negociação de tarifas do país com seus parceiros comerciais, incluindo o Brasil. O prazo vence em 9 de julho — data em que, apesar do feriado da Revolução Constitucionalista em São Paulo, os mercados funcionarão normalmente no Brasil.

Reuters

Ibovespa fecha acima de 141 mil pontos pela 1ª vez

O Ibovespa fechou em alta na sexta-feira, renovando máximas históricas, mas o pregão teve oscilações comedidas e liquidez reduzida sem o referencial das bolsas norte-americanas em razão de feriado nos Estados Unidos.

Índice de referência do mercado acionário brasileiro, o Ibovespa subiu 0,24%, a 141.263,56 pontos, após marcar 141.563,85 pontos na máxima e 140.596,75 pontos na mínima do dia. Na semana, contabilizou um ganho de 3,21%. O volume financeiro na sessão desta sexta-feira, porém, totalizou apenas R$9,01 bilhões, de uma média diária de R$24,7 bilhões no ano. Em julho, o Ibovespa já acumula uma alta de 1,73%. Para o estrategista Felipe Paletta, da EQI Research, parte do movimento mais positivo nos primeiros pregões de julho na B3 reflete a percepção de que a chance de cortes na Selic, que se aventa para o início de 2026, começa a ficar mais factível. Além disso, acrescentou, outro fator benigno para o Ibovespa tem sido a melhora das expectativas em relação à China, com um princípio de tração da atividade econômica, o que pode favorecer ações de exportadoras na bolsa paulista. Paletta ainda chamou a atenção para a resiliência da atividade econômica nos EUA, que tem apoiado marcas recordes nas bolsas norte-americanas, enquanto as discussões comerciais de Washington com seus parceiros seguem no radar. Nesta sessão, os pregões em Nova York não abriram em razão do feriado do Dia da Independência nos EUA. O estrategista da EQI também avaliou positivamente a decisão do ministro do STF Alexandre de Moraes de suspender decisões do governo e do Congresso sobre aumento de alíquotas do IOF e marcar audiência de conciliação entre as partes. “Alivia um pouco a insegurança de curto prazo no mercado doméstico porque sugere que pode ir para uma discussão (fiscal) mais estrutural”, afirmou. Moraes justificou sua decisão argumentando que o embate entre o Executivo e o Legislativo contraria a exigência constitucional de harmonia entre os Poderes como princípio básico do Estado Democrático de Direito. No relatório Diário do Grafista, analistas do Itaú BBA afirmaram que o Ibovespa, após renovar máxima, abriu caminho para seguir em direção aos 142.000 e 150.000 pontos. Do lado da baixa, citaram, encontra um primeiro suporte em 138.600 pontos.

Reuters

Queda do índice de inflação de ‘porta de fábrica’ de maio foi a mais forte em dois anos, diz IBGE

Melhor oferta de commodities, aliada a uma cotação mais baixa do dólar, ajudaram a derrubar a taxa do indicador no mês, destacou o pesquisador do IBGE Murilo Alvim

O recuo de 1,29% em maio do Índice de Preços ao Produtor (IPP), calculado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e que mensura variação de preços de “porta de fábrica”, sem impostos e fretes, foi o mais forte desde junho de 2023 (-2,72%). A informação é do pesquisador do IBGE Murilo Alvim. De acordo com ele, melhor oferta de commodities, aliada a uma cotação mais baixa do dólar, ajudaram a derrubar a taxa do indicador no mês. Assim como já veiculado anteriormente pelo IBGE em comunicado, o especialista reiterou que a indústria de alimentos foi uma das principais responsáveis por recuo do IPP em maio. O IBGE apurou queda de 1,33% nos preços de alimentos “porta de fábrica” em maio. O pesquisador salientou que qualquer variação de preços, nesse segmento, seja para cima, ou para baixo, tem forte impacto no resultado total do índice. “O setor representa em torno de 25% do total do indicador”, acrescentou, ao explicar que entre as atividades pesquisadas para cálculo do índice a de alimentos é a de maior peso. Dentro de alimentos, os destaques ficaram com variações de commodities, como soja, trigo e cana-de-açúcar. Além de melhor oferta devido à safra desses itens – o que diminui os preços -, esses produtos também foram influenciados pelo câmbio. Como são commodities, quando ocorre menor cotação do dólar, isso na prática ajuda a diminuir preço. Para além das commodities, a queda do dólar também influenciou para baixo os custos da indústria como um todo. Com o dólar em queda, insumos comercializados em dólar se tornaram mais baratos, ajudando a reduzir os preços de diversos itens, lembrou o técnico. Fora do setor de alimentação, o especialista citou ainda impacto de derivados de petróleo na composição da queda em maio do indicador. Somente refino de petróleo e biocombustíveis contribuiu com -0,28 ponto percentual (p.p.) para o recuo do IPP em maio, disse. Ao ser questionado se o recuo do IPP pode conduzir a repasses de quedas e desacelerações de preços ao varejo, o técnico foi cauteloso. Alvim comentou que, apesar da queda significativa no IPP, prever como essa redução nos preços de fábrica se refletirá nos preços ao consumidor é complexo. Embora haja motivos para acreditar que estas quedas possam ser repassadas para o consumidor, a intensidade e o timing desse repasse não são garantidos, justificou. Portanto, enquanto a pressão dos custos está diminuindo, o impacto final nos preços ao consumidor pode levar um tempo para se materializar e pode variar em função de vários fatores econômicos, frisou. “Pode ser que vá impactar no preço final do consumidor, o preço das gôndolas. Mas não necessariamente a gente consegue fazer logo essa previsão, de quando vai ocorrer esse impacto e de quanto vai ser a força, a intensidade desse impacto”, resumiu.

Valor Econômico

Após dois recordes, superávit comercial tem projeção tímida do Mdic

Queda na estimativa de saldo da balança comercial revela falta de confiança no cenário internacional, com as tarifas impostas por Trump, diz especialista

Com o anúncio da balança comercial de junho, a Secretaria de Comércio Exterior (Secex) do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (Mdic) revisou a previsão de superávit brasileiro deste ano para US$ 50,4 bilhões. Até o fim do primeiro trimestre, a estimativa era de US$ 70,2 bilhões. No ano passado, o saldo da balança comercial brasileira foi de US$ 74,6 bilhões, o segundo melhor resultado da história, segundo o Mdic, atrás do recorde de 2023, que ficou em US$ 98,8 bilhões. De acordo com o presidente executivo da Associação de Comércio Exterior do Brasil (AEB), José Augusto de Castro, o dado chama a atenção, pois é “um valor muito baixo que mostra a falta de confiança no cenário internacional, com as tarifas impostas por Trump”, afirma. “Esse ano ainda será assim: muitos altos e baixos, principalmente baixos.” O especialista ainda explica que as decisões políticas demoram cerca de três ou seis meses para surtirem efeitos. Já Lucas Barbosa, economista A Z Quest, reconhece que as projeções de saldo estão “baixistas”, mas, em sua análise, há chances de chegar a R$60 bilhões, pois “há espaço para surpresas positivas no lado das exportações.” No acumulado deste ano, o superávit alcançou US$ 30 bilhões, queda de 27,6%, na comparação com o mesmo período do ano anterior. Além da revisão do saldo, a pasta informou que a balança comercial registrou superávit de US$ 5,889 bilhões em junho deste ano. O resultado foi 6,9% menor do que o registrado no mesmo mês do ano anterior. As exportações somaram US$ 29,147 bilhões em junho deste ano, alta de 1,4% em relação ao mesmo mês do ano passado. Já as importações alcançaram US$ 23,257 bilhões, alta de 3,8%. As exportações somaram US$ 165,87 bilhões de janeiro a junho deste ano, queda de 0,7%. Já as importações alcançaram US$ 135,777 bilhões, alta de 8,3%. A corrente de comércio, soma de exportações e importações, alcançou US$ 301,647 bilhões no acumulado do ano, um crescimento de 3,2% na comparação com 2024. Castro, da AEB, afirma que o Brasil teve um aumento de superávit no mês de junho devido a venda em maior volume. Os principais produtos de exportação do Brasil — soja, petróleo e minério — estão baratos, o que pode motivar outros países a comprarem mais. “Os valores estão ainda muito baixos e mostram pouca tendência de aumento”, diz. O especialista chama atenção para o aumento de 70% em exportações para a Argentina, o que, em sua visão, “mostra que o Brasil está pegando algum espaço de concorrentes maiores.” Já que o país vizinho consome produtos manufaturados do Brasil, e não somente comodities. Sobre produtos, Barbosa, destaca a queda de 23% da exportação de carne de frango em comparação com o mesmo período do ano passado. Ele recorda que a diminuição se deve aos embargos por causa dos casos de gripe aviária no país, porém “teremos uma recuperação nos meses à frente. Os preços já têm se recuperado em algumas das coletas que acompanhamos.”

Valor Econômico 

INTERNACIONAL

Índice de preços de alimentos subiu em junho, puxado por laticínios, carnes e óleos

Do lado das quedas, destacam-se açúcar e cereais, informa a FAO. Índice de Preços do Óleo Vegetal avançou 2,3% na comparação com maio

O Índice de Preços de Alimentos, calculado pela Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO), atingiu a média de 128 pontos em junho deste ano, aumento de 0,5% em relação a maio. Essa elevação se deu após o aumento dos preços de laticínios, carnes e óleos vegetais. Na comparação com junho de 2024, o índice registrou elevação de 5,8%. No mês passado, o destaque ficou com o Índice de Preços do Óleo Vegetal, que avançou 2,3% na comparação com maio e avançou 18,2% na comparação com junho de 2024. Segundo a FAO, o aumento refletiu principalmente os preços mais altos do óleo de palma, canola e soja, mais do que compensando uma ligeira queda nos preços do óleo de girassol. “Os preços internacionais do óleo de palma subiram quase 5% em junho, em grande parte sustentados pela forte demanda global de importação em meio ao aumento da competitividade de preços”, disse a FAO. Já os valores do óleo de soja também subiram em junho, influenciados pelas expectativas de maior demanda por matéria-prima do setor de biocombustíveis após os anúncios de medidas políticas de apoio no Brasil e nos Estados Unidos. Sobre o Índice de Preços da Carne, a FAO indicou alta de 2,1% em relação a maio e de 6,7% em relação ao seu valor no ano anterior, marcando um novo recorde. O aumento foi impulsionado por preços mais altos em todas as categorias de carne, exceto aves. Os preços globais da carne bovina atingiram um novo pico, refletindo a oferta mais restrita de exportação do Brasil e a forte demanda dos Estados Unidos da América, o que exerceu pressão ascendente sobre os preços de exportação australianos. As cotações da carne suína aumentaram devido à firme demanda global de importação em meio à oferta estável. Por outro lado, a FAO disse que os preços da carne de aves continuaram a cair, pressionados pela ampla oferta doméstica no Brasil após a introdução de restrições à exportação após a detecção da gripe aviária de alta patogenicidade em meados de maio no Brasil. No caso dos laticínios, o índice da FAO teve aumento de 0,5% em junho, e ainda elevação de 20,7% em relação a um ano antes. A tendência ascendente contínua foi impulsionada principalmente pela persistente restrição de oferta na Oceania e na União Europeia, juntamente com a forte demanda de importação da Ásia. Pelo lado das quedas, o destaque ficou com o Índice de Preços do Açúcar, com recuo de 5,2% em relação a maio, marcando o quarto declínio mensal consecutivo e o menor nível desde abril de 2021. O declínio foi principalmente resultado da melhora das perspectivas de oferta nos principais países produtores, como o Brasil, além de Índia e Tailândia, que melhoraram as perspectivas da safra para a temporada 2025/26, contribuindo ainda mais para a queda dos preços globais. Por fim, o Índice de Preços de Cereais da FAO caiu 1,5% em relação a maio e ainda 6,8% abaixo do valor do ano anterior. Os preços globais do milho caíram acentuadamente pelo segundo mês consecutivo, à medida que o aumento da oferta sazonal na Argentina e no Brasil intensificou a concorrência entre as principais origens de exportação. Por outro lado, apesar da pressão da colheita no Hemisfério Norte, os preços internacionais do trigo aumentaram na comparação mensal, refletindo principalmente preocupações climáticas em algumas áreas produtoras importantes, como Rússia, partes da União Europeia e Estados Unidos.

Valor Econômico 

Embarques de carne bovina da Austrália atingem recorde histórico em junho/25

Embarques australianos totalizaram 134.593 toneladas no mês passado, 27% acima do resultado computado em igual mês de 2024, informou a Beef Central

As exportações de carne bovina da Austrália atingiram 134.593 toneladas em junho/25, um recorde histórico para este mês, 4% acima do resultado de maio e 27% maior em relação ao volume computado em igual mês de 2024, informou o portal australiano Beef Central. No acumulado do primeiro semestre do ano, os embarques totalizaram 702.217 toneladas, um acréscimo de 17% sobre o mesmo período do ano passado. Segundo a Beef Central, os resultados refletem as grandes oscilações ocorridas no comércio global de carne bovina neste ano, impulsionadas pela forte queda na produção de carne bovina dos EUA, problemas de acesso comercial para a proteína norte-americana no mercado chinês, além de impactos tarifários e uma demanda internacional persistentemente forte. As exportações de carne bovina australiana para os EUA atingiram 35.350 toneladas em junho/25, um aumento de 23% sobre junho do ano passado, mas 8% abaixo dos embarques computados em maio/25. Segundo a Beef Central, nenhum dos embarques mensais deste ano direcionados ao mercado norte-americano chegou perto do recorde mensal histórico de 47.000 toneladas estabelecido em outubro de 2024, mas, mesmo assim, seguem em volumes altos. No ano civil completo encerrado na segunda-feira (30/6), as exportações da Austrália para os Estados Unidos totalizaram pouco mais de 203.000 toneladas, um avanço de 31% em relação ao ciclo anterior de 12 meses, refletindo novamente a baixa produção atual dos EUA. A China também cresceu neste ano como cliente da carne bovina da Austrália, refletindo questões tarifárias e a não-renovação de licenças para exportação de plantas frigoríficas norte-americanas por parte do governo de Pequim. Os embarques da proteína australiana ao mercado chinês atingiram 27.036 toneladas em junho/25, um aumento de 14% em relação ao mês anterior e um forte avanço de 105% em relação ao resultado de junho do ano passado. No ano fiscal completo, as vendas à China totalizaram 128.510 toneladas, um acréscimo de 43% em relação ao volume obtido em igual período de 2024. As importações japonesas de carne bovina australiana também aumentaram no mês passado, atingindo 21.876 toneladas, um avanço de 10% sobre maio/25, mas 15% abaixo do volume comercializado em junho/24. O volume total do ano fiscal atingiu 117.763 toneladas, 12% abaixo do resultado obtido no mesmo intervalo do ano anterior. A Coreia do Sul seguiu tendência semelhante, com embarques de 19.343 toneladas em junho/25, o sexto maior volume mensal já registrado, e 11% acima do resultado do mês anterior e 20% superior ao resultado obtido no mesmo mês do ano passado. O volume total do ano fiscal atingiu 101.527 toneladas, um aumento de 13% em relação ao ciclo anterior.

Beef Central 

FRANGOS & SUÍNOS

Exportações de carne suína em junho com alta de 30% no volume

Com demanda aquecida e preços em recuperação, Brasil embarcou 122 mil toneladas e faturou mais de US$ 320 milhões

As exportações de carne suína in natura alcançaram 122,1 mil toneladas em junho/25, segundo a Secretaria de Comércio Exterior (Secex), do Mdic. O volume embarcado de carne suína em junho do ano anterior chegou a 93,7 mil toneladas, em 20 dias úteis. A média diária ficou em 6.106 toneladas, ganho de 30,2%, frente ao observado em junho do ano passado que estava em 4.680 toneladas.  Com relação ao preço médio, ele foi de US$ 2.626 por tonelada, um avanço de 11,3% frente ao valor negociado no ano anterior, com US$ 2.360 por tonelada. O valor negociado para o produto em junho ficou em US$ 320,7 milhões, sendo que no ano anterior a receita total em junho foi de US$ 221,3 milhões. A média diária ficou em US$ 16 milhões, avanço de 44,9%, frente ao valor observado no mês de junho do ano passado, que ficou em US$ 11 milhões.

SECEX/MDIC 

Mercado de suínos segue estável no início de julho

A Scot Consultoria disse em seu informe semanal que a expectativa para os próximos dias, de um lado, o clima frio, a entrada de salários e a tendência de o consumo evoluir são fatores positivos. No entanto, do outro, a oferta sobressalente e um comprador cauteloso pesam contra.

O Cepea informou que em algumas regiões, os avanços nas primeiras semanas do mês, decorrentes da oferta ajustada e da demanda um pouco mais aquecida – o clima frio eleva a procura pela carne suína –, foram suficientes para deixar as médias acima das de maio. Já em outras praças, a oferta levemente acima da demanda sobretudo na segunda metade do último mês pressionou as cotações médias, conforme explicam pesquisadores do Cepea. No comparativo semanal, as referências para os suínos registraram poucas movimentações se comparado aos dados da quinta-feira (03) ao que foi divulgado pelo Cepea na sexta-feira (27). Em Minas Gerais, a cotação do suíno saiu de R$ 8,43/kg para R$ 8,42/kg. Já no Paraná, a referência se manteve estável ao longo da semana em R$ 8,17/kg, enquanto no Rio Grande do Sul saiu de R$ 8,13/kg para R$ 8,12/kg. Em São Paulo, o preço do suíno teve uma leve queda saindo de R$ 8,76/kg para R$ 8,75/kg. Já em Santa Catarina, a cotação do animal passou de R$ 8,09/kg para R$ 8,07/kg. No mercado atacadista de São Paulo, a Scot Consultoria apontou que a carcaça especial segue cotada, em média, em R$12,80 por quilo. Nas granjas, o suíno terminado segue negociado, em média, em R$165,00 por arroba. Ainda de acordo com a Scot Consultoria, mesmo com o cenário de estabilidade, o suinocultor viu sua relação de troca com o milho melhorar. O recuo nos preços do grão contribuiu para esse movimento. Em junho, com a venda de um quilo de cevado, foi possível adquirir 7,5 quilos de milho, melhora de 9,4% frente a maio. O Itaú BBA destacou que a suinocultura brasileira vive um ciclo de margens historicamente altas, sustentadas por produção mais disciplinada, custos sob controle e demanda sólida no mercado externo. “Os custos de produção devem permanecer favoráveis ao longo de 2025, com suporte da safrinha de milho robusta e dos preços baixos do farelo de soja — principais componentes da ração animal.”, disse o Itaú BBA.

Scot Consultoria/Itaú BBA 

Exportações de carne de frango caíram quase 29% em junho

Segundo a Secretaria de Comércio Exterior (Secex), do Mdic, o volume exportado de carne de aves in natura chegou a 313.808 toneladas em junho/25.  No ano passado, o volume alcançou no mesmo mês a 407.996 toneladas em 20 dias úteis.

No comparativo mensal, os embarques de junho tiveram um recuo de 28,79% frente ao total exportado em maio/25, que movimentou 440.665 toneladas. De acordo com a perspectiva do Itaú BBA, o Brasil tende a fortalecer sua posição competitiva no mercado global, especialmente diante da ampla dispersão de gripe aviária entre os principais exportadores, o que valoriza ainda mais a estabilidade sanitária brasileira. “A continuidade do protagonismo internacional dependerá do rigor na biossegurança, da prontidão na resposta a novos focos e da articulação entre setor privado, governo e diplomacia comercial. Eventos sanitários recentes reforçam a importância de um planejamento ágil e de uma gestão financeira resiliente, com foco na capacidade de adaptação a choques externos e na manutenção da continuidade operacional”, comentou o banco. A média diária de junho/25 ficou em 15,6 mil toneladas, sendo que isso representa uma queda de 23,1% frente à média diária exportada do ano anterior, que ficou em 20,3 mil toneladas. O preço pago pelo produto em junho ficou em US$ 1.797 por tonelada e isso representa uma leve alta de 0,7% se comparado com os valores praticados em junho do ano anterior, de US$ 1.785 por tonelada. No faturamento, a receita obtida ficou em US$ 564,1 milhões, enquanto em junho do ano anterior o valor ficou em US$ 728,4 milhões. Já a média diária do faturamento foi de US$ 28,2 milhões, baixa de 23,1% frente a média diária observada em junho do ano anterior, com US$ 36,4 milhões.

SECEX/MDIC 

Gripe aviária: mais sete países retiram restrições de exportação à carne de aves brasileira

O Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) atualizou as informações sobre os países que adotaram restrições à importação de carne de aves do Brasil, em razão da detecção de um foco de Influenza Aviária de Alta Patogenicidade (IAAP) no município de Montenegro (RS).

Mais sete países retiraram as restrições à exportação de carne de frango brasileira: Argentina, Cuba, Emirados Árabes Unidos, Filipinas, Índia, Mauritânia e Uruguai. A situação atual das restrições às exportações brasileiras de carne de aves é a seguinte: Sem restrição de exportação: Argélia, Argentina, Bolívia, Bósnia e Herzegovina, Cuba, Egito, El Salvador, Emirados Árabes Unidos, Filipinas, Índia, Iraque, Lesoto, Líbia, Marrocos, Mauritânia, Mianmar, Montenegro, Paraguai, República Dominicana, Sri Lanka, Uruguai, Vanuatu e Vietnã retiraram as restrições de exportação à carne de frango brasileira. Suspensão total das exportações de carne de aves do Brasil: Albânia, Canadá, Chile, China, Macedônia do Norte, Malásia, Paquistão, Peru, Timor-Leste, União Europeia. Suspensão restrita ao estado do Rio Grande do Sul: África do Sul, Angola, Arábia Saudita, Armênia, Bahrein, Bielorrússia, Cazaquistão, Coreia do Sul, Kuwait, México, Namíbia, Omã, Quirguistão, Reino Unido, Rússia, Tajiquistão, Turquia e Ucrânia. Suspensão limitada ao município de Montenegro (RS): Catar e Jordânia. Suspensão limitada aos municípios de Montenegro, Campinápolis e Santo Antônio da Barra: Japão Suspensão limitada à zona: Hong Kong, Maurício, Nova Caledônia, São Cristóvão e Nevis, Singapura, Suriname e Uzbequistão. O reconhecimento de zonas específicas é denominado regionalização, conforme previsto no Código Terrestre da Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA) e no Acordo sobre Medidas Sanitárias e Fitossanitárias (SPS) da Organização Mundial do Comércio (OMC).

MAPA

Frango/Cepea: Queda de junho é a mais intensa em 18 anos

Os preços médios da carne de frango negociada no mercado atacadista da Grande São Paulo registraram, de maio para junho, a queda mais intensa em 18 anos, apontam levantamentos do Cepea 

Segundo o Centro de Pesquisas, esse resultado está atrelado ao caso inédito de gripe aviária em granja comercial do município de Montenegro (RS), confirmado no dia 15 de maio. Nas primeiras semanas de junho, assim como observado na segunda quinzena de maio, os valores domésticos da carne caíram com força, diante das restrições às exportações da proteína impostas por parceiros comerciais do Brasil. No entanto, no dia 18 de junho, o País voltou a ser certificado como livre da doença, após ter cumprido todos os protocolos internacionais, cenário que gerou otimismo no setor. Desde então, levantamentos do Cepea mostram reações nas cotações da carne em muitas praças. Apesar disso, os reajustes positivos ficaram longe de gerar uma recuperação nas expressivas quedas das primeiras semanas do mês. No atacado da Grande SP, em junho, o frango inteiro resfriado teve média de R$ 7,50/kg, forte baixa de 13,4% frente à de maio. Trata-se da variação negativa mais intensa em 18 anos, levando a média mensal ao menor patamar real desde setembro/24 (as médias mensais foram deflacionadas pelo IPCA de maio/25).

Cepea 

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