Ano 11 | nº 2484 | 10 de junho de 2025
NOTÍCIAS
Subiu a cotação do “boi China” e a da novilha em São Paulo
Com redução nas ofertas e melhora no escoamento de carne, a semana começou com preços mais altos para o “boi China” e para a novilha, cuja alta foi de R$2,00/@ e R$3,00/@, respectivamente. A cotação do boi gordo e a da vaca não mudou. As escalas de abate estavam tendendo, em média, a sete dias.
Na Bahia, na região Sul, as ofertas estavam confortáveis e as escalas atendendo, em média, 13 dias. A cotação não mudou. Na região Oeste, a cotação da novilha subiu R$3,00/@, enquanto as demais categorias seguiram sem alteração. As escalas estavam, em média, para oito dias. No mercado atacadista de carne com osso, na semana, as vendas apresentaram bom desempenho, quadro esperado devido ao movimento típico do início do mês, impulsionado pelo recebimento dos salários. Esse cenário, e a menor oferta de bovinos e, consequentemente, de carne, contribuiu para a elevação dos preços das carcaças. Dessa maneira, a cotação da carcaça casada de boi capão subiu 1,2% ou R$0,25/kg, e a do boi inteiro subiu 2,0% ou R$0,40/kg. Para as carcaças das fêmeas não foi diferente. O acréscimo na cotação da vaca foi de 1,3% ou R$0,25/kg, e para a da novilha foi de 1,5% ou R$0,30/kg. No mercado de carnes alternativas, a cotação do frango médio* caiu, embora a queda tenha sido menor em relação às semanas anteriores. A queda foi de 1,0% ou R$0,07/kg. A cotação da carcaça de suíno especial**, subiu 1,7% ou R$0,20/kg.
Scot Consultoria
Média diária exportada de carne bovina in natura cresce 33,5% na primeira semana de junho/25
Preços pagos ficam 20% maiores na comparação anual
Os embarques de carne bovina in natura na primeira semana de junho/25 alcançaram 64,2 mil toneladas, o que reforça o bom desempenho das exportações neste primeiro semestre de 2025. De acordo com as informações da Secretaria de Comércio Exterior (Secex), do Mdic, o volume exportado ao longo de todo o mês de junho do ano passado foi de 192,4 mil toneladas, em 20 dias úteis. A média diária exportada ficou em 12,845 mil toneladas, alta de 33,5% quando comparada com a média de junho de 2024, com 9,622 mil toneladas. Os preços médios pagos pela carne bovina in natura ficaram em US$ 5.367 por tonelada na primeira semana de junho/25, ganho anual de 20,2% em comparação com os valores de junho de 2024, com US$ 4.466 por tonelada. O valor total negociado para a carne bovina na primeira semana de junho ficou em US$ 344,7 milhões. Em junho do ano anterior, a receita total foi de US$ 859,5 milhões. A média diária do faturamento ficou em US$ 68,23 milhões, registrando um ganho de 60,4% frente ao observado no mesmo mês do ano passado, que foi de US$ 42,98 milhões.
SECEX/MDIC
ECONOMIA
Dólar encerra em queda com ajuda de exterior, apesar de decepção com medidas fiscais
Moeda americana renova menor patamar em oito meses ante o real
O dólar comercial encerrou o pregão da segunda-feira em queda frente ao real, em um dia em que a moeda americana exibiu depreciação na maioria dos mercados mais líquidos acompanhados pelo Valor, com conversas entre Estados Unidos e China no radar. Pela manhã, o dólar chegou a avançar com ímpeto contra a moeda brasileira após as novas medidas anunciadas pelo governo para substituir a alta do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF). As iniciativas do governo pressionaram os mercados locais, mas, com o Congresso não indicando apoio às propostas, houve uma reversão no movimento. Operadores, porém, dizem que o câmbio poderia ter apreciado ainda mais caso não houvesse ruídos locais. Encerradas as negociações, o dólar à vista registrou desvalorização de 0,14%, cotado a R$ 5,5619, no menor patamar desde 10 de outubro de 2024, quando fechou a R$ 5,5322. No dia, a moeda americana bateu a mínima de R$ 5,5522 e encostou na máxima de R$ 5,5988. Já o euro comercial teve alta de 0,10%, a R$ 6,3534. Perto das 17h20, o dólar ainda recuava 0,37% ante o peso mexicano, 0,26% ante o rand sul-africano e 0,43% contra o won sul-coreano.
Valor Econômico
Ibovespa fecha em queda pressionado por medidas alternativas ao IOF
A diminuição das perdas registradas por bancos e pelas ações da Petrobras limitou um recuo maior
Após iniciar a manhã sob forte pressão com as repercussões iniciais das medidas alternativas anunciadas pelo governo ao aumento do IOF, o Ibovespa reduziu a queda ao longo da tarde e fechou com recuo de 0,30%, aos 135.699 pontos, distante da mínima de 134.119 pontos. A diminuição das perdas registradas por bancos e pelas ações da Petrobras limitou um recuo maior. Na máxima, o índice chegou a alcançar os 136.106 pontos. Segundo participantes, dúvidas em torno do percentual de aumento da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL) dos bancos, além do rebaixamento das ações da Petrobras por analistas do Santander e do Bank of America (BofA) pesaram sobre os papéis durante a sessão. A possível unificação da alíquota do Imposto de Renda (IR) sobre aplicações financeiras em 17,5%, incluindo ganhos com a renda variável, também afetou negativamente o Ibovespa na sessão. Entre as instituições financeiras, a maior queda ficou para as ordinárias do Bradesco, que recuaram 0,75%. Já as ações PN da Petrobras fecharam em queda de 1,55% e as ON cederam 1,05%. Por outro lado, os papéis da Vale avançaram 0,59%. O volume financeiro do índice foi de R$ 14,7 bilhões e chegou a R$ 19,7 bilhões na B3. Já em Wall Street, os principais índices fecharam mistos: o Nasdaq subiu 0,31%; o S&P 500 avançou 0,09%; e o Dow Jones fechou no zero a zero.
Valor Econômico
Mercado reduz projeção para inflação e sobe para crescimento em 2025, mostra Focus
Analistas consultados pelo Banco Central reduziram a projeção para a inflação brasileira neste ano pela segunda semana seguida, mantendo a previsão para a alta dos preços em 2026, enquanto subiram a expectativa em relação ao crescimento da economia em 2025, de acordo com a pesquisa Focus divulgada na segunda-feira.
O levantamento, que capta a percepção do mercado para indicadores econômicos, mostrou que a expectativa para a inflação, medida pelo IPCA, é de 5,44% ao fim deste ano, abaixo da previsão de 5,46 na pesquisa anterior. Para 2026, a projeção para a alta dos preços no país foi mantida em 4,50%. O centro da meta perseguida pelo BC é de 3%, com uma margem de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo. A pesquisa semanal com uma centena de economistas mostrou ainda a previsão de que o Produto Interno Brasileiro (PIB) suba 2,18% neste ano, acima da projeção de crescimento de 2,13% semana anterior. Para 2026, a expectativa para a expansão econômica subiu ligeiramente para 1,81%, de 1,80% anteriormente. Sobre a política monetária do Banco Central, houve manutenção na expectativa para a taxa básica de juros neste ano e no próximo. A mediana das projeções para a Selic ao final de 2025 é de 14,75%, enquanto para o término de 2026 a previsão é de que a taxa atinja 12,50%, no que foi a 19ª semana consecutiva de manutenção desse patamar. No momento, a Selic se encontra em 14,75% ao ano. No Focus desta segunda, houve ainda manutenção na expectativa para o preço do dólar no final de 2025, a R$5,80, e leve redução na projeção para 2026, a R$5,89, ante R$5,90 há uma semana. A divisa norte-americana acumula queda ante o real de 9,8% neste ano, em movimento puxado por um processo de correção de preço, após sua disparada no fim do ano passado, e maior incerteza em relação aos planos tarifários dos Estados Unidos.
Reuters
FRANGOS & SUÍNOS
Volume exportado de carne suína alcança 24,9 mil toneladas na primeira semana de junho/25
Preço médio pago pelo produto teve avanço de 10,9% no comparativo anual
As exportações brasileiras de carne suína in natura alcançaram 24,9 mil toneladas na primeira semana de junho, informou a Secretaria de Comércio Exterior (Secex), do Mdic. O volume embarcado de carne suína em junho do ano anterior chegou a 93,7 mil toneladas, em 20 dias úteis. Segundo a Secex, a média diária exportada na primeira semana de junho/25 ficou em 4,9 mil toneladas, isso representa um avanço anual de 6,4%, sendo que a média diária exportada no mês de junho do ano passado ficou em 4,6 mil toneladas. O preço médio do produto também registrou alta, atingindo US$ 2.618 por tonelada. O valor representa um avanço de 10,9% frente ao preço médio de US$ 2.360 por tonelada negociado em junho de 2024. Com isso, o valor total negociado na primeira semana do mês somou US$ 65,29 milhões. A média diária de faturamento foi de US$ 13,05 milhões, um aumento de 18% em relação aos US$ 11,06 milhões de média diária observados em junho do ano anterior. O faturamento total de junho de 2024 foi de US$ 221,39 milhões.
SECEX/MDIC
ABPA: Exportações de carne suína crescem 13,7% em maio
Alta acumulada no ano chega a 15,4% em volumes
A Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) informou que as exportações brasileiras de carne suína (incluindo todos os produtos, entre in natura e processados) totalizaram 118,7 mil toneladas, volume 13,7% superior ao registrado no mesmo período do mesmo período do ano passado, com 104,4 mil toneladas. Em receita, houve incremento de 29,3% no comparativo mensal, com US$ 291,1 milhões em maio deste ano, contra US$ 225,2 milhões no mesmo período do ano passado. No acumulado do ano (janeiro a maio), os embarques chegaram a 584,8 mil toneladas, número 15,4% superior ao registrado no mesmo período do ano passado, com 506,6 mil toneladas. Em receita, o saldo realizado nos cinco primeiros meses deste ano chegou a US$ 1,381 bilhão, desempenho 29,8% maior em relação ao ano anterior, com US$ 1,064 bilhão. Principal destino das exportações de carne suína do Brasil, as Filipinas importaram 28,2 mil toneladas em maio, desempenho 115% superior ao embarcado no mesmo período do ano passado. Em seguida estão China, com 11,9 mil toneladas (-43%), Chile, com 10,9 mil toneladas (+21%), Singapura, com 8,3 mil toneladas (+7,1%) e Japão, com 8,2 mil toneladas (+60%). Santa Catarina segue como principal exportador de carne suína do Brasil, com 59,6 mil toneladas exportadas em maio deste ano (+8,7% em relação ao mesmo período do ano passado), seguida pelo Rio Grande do Sul, com 27,3 mil toneladas (+15,8%), Paraná, com 19,2 mil toneladas (+28,9%), Mato Grosso, com 3 mil toneladas (-10,2%) e Minas Gerais, com 2,9 mil toneladas (+25,1%).
ABPA
Média diária exportada de frango recua 12% na primeira semana de junho/25
Setor aguarda fim das restrições sanitárias para retomar as exportações
Os embarques de carne de frango seguem registrando quedas, diante do impacto do primeiro caso de gripe aviária em granja comercial no Brasil, reportado no município de Montenegro (RS) no dia 15 de maio. Com relação ao embargo à proteína brasileira, ainda há 21 países, incluindo gigantes como China e União Europeia, que mantêm a suspensão total das exportações brasileiras. Outros 13 países, como o Reino Unido e a Arábia Saudita, restringiram as compras apenas ao Rio Grande do Sul. E um grupo menor, como Japão e Emirados Árabes, limitou o embargo somente ao município de Montenegro. A Secretaria de Comércio Exterior (Secex), do Mdic, informou que o volume exportado de carne de aves in natura chegou a 89,7 mil toneladas na primeira semana de junho/25. No ano passado, o volume exportado em junho alcançou 407.996,8 mil toneladas em 20 dias úteis. A média diária na primeira semana de junho/25 ficou em 17,9 mil toneladas, representando uma queda de 12% em relação à média diária exportada no ano anterior, que estava em 20,3 mil toneladas. Segundo o analista de mercado da Safras & Mercado, Fernando Henrique Iglesias, a partir do dia 18 de junho, com o fim do período de vazio sanitário, o Brasil deve retomar plenamente as exportações de carne de frango. Iglesias projeta que o país deve alcançar um recorde de exportação na atual temporada, superando 5,2 milhões de toneladas. Ele ressalta ainda que o Brasil hoje detém cerca de 40% da corrente de comércio mundial desse produto. O preço pago pelo produto na primeira semana ficou em US$ 1.791 por tonelada, o que representa uma leve alta de 0,04% em comparação com os valores praticados em junho do ano anterior, que estavam próximos de US$ 1.785 por tonelada. Apesar da queda no volume exportado, o informe da Stag Securities destacou que os preços pagos pela tonelada exportada de frango não diminuíram muito, mantendo um preço favorável em reais. No faturamento, a receita obtida na primeira semana de junho ficou em US$ 160,8 milhões, enquanto em junho do ano anterior o valor foi de US$ 728,4 milhões. Já a média diária do faturamento ficou em US$ 32,1 milhões, baixa de 11,7% em relação à média diária observada em junho do ano anterior, que ficou em US$ 36.4 milhões.
SECEX/MDIC
imprensaabrafrigo@abrafrigo.com.br
POWERED BY NORBERTO STAVISKI EDITORA LTDA
041 3289 7122
041 996978868